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Grupo I
A
Lê a cantiga que se segue. Se necessário, consulta o glossário apresentado depois do texto.
D. Dinis (CV 119, CBN 481), in FERREIRA, Maria Ema Tarracha, 1991. Antologia
Literária Comentada – Idade Média. 5.ª ed. Lisboa: Ulisseia (pp. 32-33) (1.ª ed.: 1975)
1. Saudade; 2. tenho; 3. lembra; 4. ouvi; 5. end’ á o poder: tem o poder disso; 6. deixe;
7. prouver, agradar; 8. embora; 9. enlouquecer; 10. tod’ en poder ten: tem todo o poder;
11. […] tal fez Nostro Senhor: / de quantas outras [e]no mundo son / non lhi fez par:
Nosso Senhor a fez tal [tão formosa] que não lhe deu par [outra mulher igual] no
mundo; 12. a la minha fé: por minha fé.
Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
1. Menciona o sentimento que serve de pretexto para o lamento do sujeito poético e refere os
seus efeitos sobre ele.
2. Apresenta três traços caracterizadores da “senhor”, confirmando a tua resposta com
elementos textuais.
3. Analisa a importância do dístico final na construção do sentido global do poema.
B
Lê atentamente a cantiga transcrita. Em caso de necessidade, consulta o glossário.
1. sozinha;
2. estou, permaneço (1.ª pessoa do presente do
indicativo do verbo “maer”: estar, permanecer);
3. nenhumas;
4. comigo;
5. a não ser, senão.
Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
4. Identifica, fundamentando, o género da poesia medieval a que pertence o poema.
5. Comprova a natureza paralelística da cantiga.
Grupo II
Lê o artigo de divulgação científica que se segue.
Boa companhia
A solidão forçada é fatal para o corpo e para a mente. Pelo contrário, ter um saldo
positivo em matéria de amizades pode prolongar a vida.
[…] O indivíduo solitário adapta-se pior ao stress quotidiano. É o que asseguram cientis-
tas da Universidade do Arizona, após comprovarem que a ausência de afetos leva a que cuide-
5 mos menos de nós e durmamos mal. Além disso, uma equipa da Universidade de Chicago
demonstrou que o sangue das pessoas solitárias contém mais epinefrina, uma das hormonas
que preparam o organismo para a luta ou a fuga. Indica, em concreto, um estado fisiológico
de alerta permanente e desnecessário.
Depois de estudarem 1500 indivíduos durante uma década, cientistas australianos con-
1 cluíram que, nas pessoas com um vasto círculo de amizades, a longevidade aumenta cerca de
0
22 por cento. Por outro lado, um estudo da Universidade da Califórnia revelou que as doentes
com cancro da mama sem amigas íntimas tinham quatro vezes maior propensão para falecer
devido ao tumor do que aquelas que tinham dez ou mais amigas.
Uma experiência recente da Duke University (Durham, Estados Unidos), com mil indiví-
1 duos solteiros afetados por doenças cardíacas, revelou que, decorridos cinco anos, apenas se
5
salvara metade dos doentes que não contavam com um amigo de confiança, perante 85% de
sobreviventes entre as pessoas que tinham, pelo menos, uma relação sólida e de confiança.
Por outro lado, as subidas parecem mais suaves junto de alguém com quem nos damos
bem. Foi o que demonstraram cientistas britânicos e norte-americanos após uma experiência
2 em que os voluntários subiam uma colina sozinhos ou acompanhados. Quanto mais sólida
0
era a amizade, menos sentiam a inclinação. “Até a visão do mundo muda quando há um amigo
por perto”, comentavam os autores no Journal of Experimental Social Psychology.
Quer emagrecer? Convide um amigo para jantar. Assim, consumirá maior quantidade de
fruta, verduras, cálcio e fibra, segundo afirma um trabalho recente da Universidade do Min-
2 nesota, publicado pela revista da Associação Dietética Americana. Pelo contrário, as pessoas
5
que enfrentam a mesa de forma solitária costumam ingerir maior quantidade de refrigerantes
e gorduras; por vezes, nem sequer se sentam para comer.
Durante a infância, as boas companhias contrariam a obesidade, porque “a socialização age
como substituto da comida” e evita o abuso de alimentos que potenciam o excesso de peso,
3 segundo um estudo publicado na revista Annals of Behavioral Medicine. Além disso, Russ Jago,
0
da Universidade de Bristol (Reino Unido), demonstrou que a atividade física das crianças au-
menta de forma considerável quando brincam com aqueles de que mais gostam. Por outro
lado, a depressão infantil está relacionada com a ausência de amigos, como comprovou Wil-
liam Bukowski numa investigação divulgada na revista Development and Psychopathology.
2.5. A frase introduzida por “Além disso” (l. 30), relativamente à informação apresentada
anteriormente, introduz uma ideia de
(A) alternativa.
(B) oposição.
(C) adição.
(D) consequência.
2.6. As múltiplas referências a cientistas e a estudos científicos ao longo do texto
(A) identificam os responsáveis pela produção do artigo.
(B) enumeram as experiências e os especialistas europeus dedicados ao assunto
abordado.
(C) comprovam os comentários críticos da autora do artigo.
(D) explicitam as fontes que credibilizam a informação divulgada.
3. Identifica os processos fonológicos ocorridos nas palavras das alíneas seguintes.
a. solitarium > solteiro
b. personam > pessoa
c. retem > rede
4. Indica a função sintática desempenhada pela oração subordinada adjetiva relativa usada no
sexto parágrafo (ll. 28-34).
5. Classifica as orações introduzidas por “que” nas linhas 42 e 44.
Grupo III
Redige a síntese do artigo de divulgação científica de Elena Sanz (Grupo II), de 578 palavras,
num texto de cento e trinta a cento e sessenta palavras.
Cotações da Ficha 1
Cotação
Questões Total por questão Total do grupo
(C) Conteúdo (F) Forma*
1. 12 8 20
A 2. 12 8 20
Grupo I
3. 9 6 15 90 pontos
4. 12 8 20
B
5. 9 6 15
1. - - 15
2.2. - - 5
2.2. - - 5
2.3. - - 5
Grupo II
2.4. - - 5
70 pontos
2.5. - - 5
2.6. - - 5
3. - - 10
4. - - 5
5. - - 10
Grupo III
200 pontos
TOTAL
(20 valores)