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5. Identifica uma expressão presente no mesmo parágrafo através da qual Fernão Lopes faz do seu leitor
testemunha dos sucessos narrados.
5.1.Justifica.
CENÁRIOS DE RESPOSTA
(Questões e respostas do manual “Entre Palavras”, 10º ano, ASA; autores: António Vilas-Boas e Manuel Vieira), pp.
110 e 111.
2 / 2.1. Trata-se do quarto parágrafo, mais concretamente no seu final, quando o cronista informa que sempre que
havia perigo e os sinos tocavam a rebate, a cidade, como um todo, acorria para se defender: “(…) mas como davom
aa campãa, logo os muros era cheos, e muita gente fora.”.
3.1. Trata-se da enumeração de muitas armas e armaduras que ocorre no segundo parágrafo e nos mostra, pela
quantidade e variedade, como a cidade estava para enfrentar os inimigos: “escudos”, “lanças”, “dardos”, “bestas”,
“viratões”, “bacinetes”, “ troos”, “pedras”.
4.1. Esta frase, que ocorre no último parágrafo, significa que aos lisboetas cercados aumentava a coragem quando
eram avisados do perigo; neste parágrafo são apresentados momentos em que os sinos tocavam a rebate pois havia
perigo: logo todos sobressaltavam e corriam para os lugares onde eram necessários, com a coragem avivada.
5./ 5.1. Nas linhas 29 e 30, encontramos a frase “ Ali viriees os muros cheos de gentes”: Fernão Lopes torna-nos
testemunha presencial do que narra através da convocação do sentido testemunhal por excelência- a vista.
3.º Teste de avaliação – 10.º ano
Educação Literária
A (60 pontos)
1. Seleciona, na fala do Escudeiro, marcas de um discurso sedutor e elogioso que caracterizam a personagem, introduzindo
expressões comprovativas.
B (40 pontos)
Lê o seguinte texto e consulta as notas apresentadas.
CAPÍTULO 115
Per que guisa estava a cidade corregida pera se defender, quando el-Rei de Castela pôs cerco sobr'ela.
Nem uũ falamento deve mais vizinho seer deste capitulo que havees ouvido, que
poermos logo aqui brevemente de que guisa estava a cidade, jazendo el-Rei de
Castela sobr'ela; e per que modo poinha em si guarda o Meestre, e as gentes que
dentro eram, por nom receber dano de seus ẽmigos; e o esforço e fouteza que
contra eles mostravom, em quanto assi esteve cercada.
Teresa Amado, Crónica de D. João I de Fernão Lopes, Lisboa: Seara Nova/Comunicação, 1980, pp. 170-171.
1
puseram na cidade tudo o que tinham. 2 quando vissem que era caso para isso.
4. Refere duas medidas tomadas pelo Mestre antes do cerco da cidade, temendo a sua duração prolongada.
5. Explicita como neste excerto os atores individuais e coletivos articulam os seus esforços para o bem comum.
Escreve, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.
Leitura | Gramática
O cinema começou por ser um espetáculo de feira. As pessoas espreitavam por óculos ou binóculos e deixavam-se surpreender
pela ilusão do movimento, como se fosse magia. A elevação da tecnologia a expressão artística, como antes acontecera com a
fotografia abriu novas hipóteses, libertando-o da sua génese popular. A Guerra das Estrelas, apesar de todas as suas reciclagens,
é o que de mais próximo existe com o intuito fundador do cinema: um enorme e surpreendente espetáculo de entretenimento,
megalómano nos meios e efeitos, com o objetivo assumido de gerar grandes lucros comerciais. De resto, a lógica da indústria
americana nunca foi outra: os filmes são vistos como empreendimentos de investidores com o objetivo de criar riqueza. Mas
atenção que tal não impediu Hollywood de gerar John Ford Nicholas Ray ou Alfred Hitchcock. Arte e comércio não são
necessariamente incompatíveis, mas caso haja a necessidade de escolher entre arte e dinheiro, Hollywood opta claramente pelo
segundo.
Passa-se que o cineasta George Lucas criou, em 1977, uma start up de sucesso improvável. Acreditou que o êxito popular não
partia da reciclagem fácil de modelos preexistentes, mas na criação de todo um universo e de uma linguagem cinematográfica
que desse prioridade aos efeitos visuais. Muitos duvidavam do sucesso da fórmula, mas acompanhando-a de uma inteligente
estratégia de marketing e merchandising, também inovadora para a época, Lucas criou um novo paradigma para o cinema. A
partir daí foi só saber como explorar o filão: entenda-se que a eficácia desta exploração do filão esta também dependente da
capacidade artística e tecnológica. (…)
Este sétimo episódio é o grande reconciliador de gerações, fórmula perfeita para, novamente, bater recordes de audiência.
Está tudo lá: Chewbacca R2 – D2, C- 3PO, Han Solo, Princesa Leia, e uma porta para Luke Skywalker. Mas também há um novo
Dart Vader, inevitavelmente mais fraco que o seu antecessor, mas que faz dessa fraqueza uma fonte de enriquecimento
dramático da personagem; um mau do lado do bom; um piloto com atributos humanos; e uma super-heroína que aprende a ter
poderes. Há também a importação de elementos de outros filmes e séries de televisão e uma constante recapitulação da
matéria dada, para ter a certeza de que ninguém fica fora do contexto. (…)
Star Wars é o que há de mais próximo do espetáculo de feira onde o cinema começou por habitar. É bom se entretém. E se
entretém é bom.
A. apreciação crítica.
B. exposição sobre um tema.
C. síntese.
D. artigo de divulgação científica.
3 Na expressão “megalómano nos meios e efeitos” (l.7), a palavra “megalómano” está associada à ideia de
A. rigor.
B. originalidade.
C. exuberância.
D. atualidade.
4. Na frase “De resto, a lógica da indústria americana nunca foi outra: os filmes são vistos como empreendimentos de
investidores com o objetivo de criar riqueza.” (ll.8-9), a utilização da vírgula e dos dois pontos serve, respetivamente,
A. várias marcas de terceira pessoa nas formas verbais, nos pronomes e nos determinantes.
6. Identifica as funções sintáticas desempenhadas pelas expressões sublinhadas na frase: “a lógica da indústria americana nunca
foi outra” (l.8).
8. Na frase “Acreditou que o êxito popular não partia da reciclagem fácil de modelos preexistentes, mas na criação de todo um
universo e de uma linguagem cinematográfica que desse prioridade aos efeitos visuais.” (ll.14-16) indica a função sintática do
pronome relativo.
Escrita
“Há muitas situações em que as pessoas reagem plenamente indiferentes em relação aos semelhantes nas situações de
fragilidade e incapacidade” (autor anónimo).
Tendo em conta o comentário apresentado, num texto bem estruturado, com um mínimo de 100 e um máximo de 150
palavras, apresenta uma exposição sobre a indiferença nas relações humanas.
Grupo I
0. O Escudeiro, para seduzir Inês, mostra-se muito gentil e sedutor. Efetivamente, elogia-a e demonstra o seu desprendimento pelos
interesses materiais, como se verifica em “Senhora, eu me contento/receber-vos como estais”. Trata a jovem por “fresca rosa”,
fazendo-lhe vários elogios, dizendo que é “mui graciosa donzela” e dotada de muitas qualidades: “Bem parece/que a discrição
merece/gozar vossa fermosura”. O discurso do escudeiro demonstra o seu caráter artificial e fingido.
2. A inclusão na peça dos Judeus casamenteiros demonstra a preocupação de Gil Vicente em, por um lado, alargar o leque da
representatividade social e, por outro, reforçar o caráter cómico da farsa. As duas personagens em bloco desempenham um único
papel: o de casamenteiros.
3. Neste excerto, encontramos alguns recursos expressivos. A expressão “fresca rosa” é uma apóstrofe à jovem, designada
metaforicamente, de modo a destacar o facto de o Escudeiro elogiar a beleza e a juventude de Inês para a seduzir. Nas falas dos
Judeus, verificamos a presença da antítese “falar”/ “calar”, realçando o efeito que as palavras do escudeiro têm na jovem, que fica
sem palavras ao ouvir o Escudeiro. Estes recursos contribuem para a caracterização das personagens.
4. Todas as medidas tomadas pelo Mestre demonstram o seu receio pela duração do cerco, que se prevê “grande e poderoso”. Na
verdade, aquando do iminente cerco da cidade, o Mestre ordenou que o povo se abastecesse de alimentos (“logo foi ordenado de
recolherem pera a cidade os mais mantiimentos que haver podessem, assi de pam e carnes, come quaes quer outras cousas”) e
que fossem tomadas medidas militares para proteger a cidade (“que fosse repartida a guarda dos muros pelos fidalgos e cidadãos
honrados; aos quaes derom certas quadrilhas e beesteiros e homẽes d'armas pera ajuda de cada uũ guardar bem a sua”). Conclui-
se, então, que o Mestre procura a melhor forma de resistir aos castelhanos.
5. Neste excerto, a preservação do bem comum depende da entreajuda entre os indivíduos. Assim, o Mestre assume o seu papel de
líder incontestado do povo e as medidas que toma não são questionadas, uma vez que cada homem e cada mulher do povo
contribui, como pode, para a defesa da cidade (“e como cada uũ ouvia o sino da sua quadrilha, logo todos rijamente corriam pera
ela”). Os Portugueses poderão, portanto, sair vitoriosos através da união e do esforço conjunto.
Grupo II
1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Oração subordinada
Complemento do nome adjetiva relativa
A D C B A e predicativo do sujeito. restritiva. Sujeito.
Grupo III
Tópicos de resposta:
• a indiferença numa relação humana poderá surgir como consequência de um episódio de conflito, em que os intervenientes
guardam rancor/mágoa uns aos outros;
• a indiferença entre elementos de uma família (pais e filhos, irmãos…) poderá surgir como consequência do desgaste provocado
por diversas situações familiares;
• a indiferença entre os elementos de um casal poderá surgir após a descoberta de uma traição ou de uma mentira;
• a indiferença poderá surgir de forma involuntária em consequência da excessiva ocupação de um indivíduo com o trabalho,
atividades de lazer ou situações que o preocupem;
• a indiferença poderá ser verificada quando um indivíduo não se importa com as condições de vida das outras pessoas que vivem
em estados de vulnerabilidade (doença, pobreza, fome…);
• a indiferença nas relações governamentais, em que as nações dominantes reagem de forma desprezível para com as situações
de dependência das nações que dependem de um auxilio da nação dominante;
• a indiferença nas relações de trabalho, em que a entidade patronal não se preocupa com os problemas do seu empregado,
estando apenas preocupado com questões financeiras e operacionais;