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observador acidental
Nome autores
Deambulação e imaginação: o observador acidental
Deambulação
É o ato ou efeito de se deslocar sem intenção ou destino.
O observador acidental
O sujeito poético caminha sem destino, permitindo-se observar, através dos seus
sentidos, o que lhe vai aparecendo acidentalmente.
«À vista das prisões, da velha sé, das cruzes, / Chora-me o coração que se enche e que se
abisma.» (Noite fechada, vv.7-8)
«E eu, de luneta de uma lente só, / Eu acho sempre assunto a quadros revoltados:» (Noite fechada, vv. 41-
42)
«E de uma padaria exala-se, inda quente, / Um cheiro salutar e honesto a pão no forno.» (Ao gás, vv. 15-16)
Deambulação e imaginação: o observador acidental
Imaginação
A negatividade (opressão, exploração, marginalidade, mendicidade, criminalidade), da cidade desperta o desejo
de evasão no sujeito poético.
«Idade Média! A pé, outras, a passos lentos,/ Derramam-se por toda a capital, que
esfria.» (Noite fechada, vv. 31-32)
Imaginação
A cidade desperta a imaginação do eu:
«Duas igrejas, num saudoso largo,/Lançam a nódoa negra e fúnebre do clero:» (Noite
fechada, vv. 13-14)
«Triste cidade! Eu temo que me avives/Uma paixão defunta! Aos lampiões distantes,»
(Noite fechada, vv. 33-34)
Deambulação e imaginação: o observador acidental
«Alastram em lençol os seus reflexos brancos;/E a Lua lembra o circo e os jogos malabares»
(Noite fechada, vv. 11-12)
«[…] Eu penso/Ver círios laterais, ver filas de capelas» (Ao gás, vv. 5-6)
«Vêm lágrimas de luz dos astros com olheiras,/Enleva-me a quimera azul de transmigrar.»
(Horas mortas, vv. 3-4)
Deambulação e imaginação: o observador acidental
Consolida
Deambulação e imaginação: o observador acidental
A A deambulação noturna permite ao sujeito poético captar a realidade nas suas múltiplas dimensões,
contribuindo, assim, para a sua felicidade crescente.
Falsa
B O sujeito poético deambula pela cidade de Lisboa, que é percecionada através da ativação de diversas
sensações.
Verdadeira
Solução
Deambulação e imaginação: o observador acidental
E No poema O sentimento dum Ocidental, encontramos um observador consciente que adota uma postura objetiva
face à realidade percecionada.
Falsa
H O seu desejo de evasão faz com que evoque o passado, transfigurando-o poeticamente.
Falsa
I A descrição do espaço citadino levada a cabo pelo eu realça, indiretamente, as fragilidades da civilização
ocidental.
Verdadeira
Solução