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Outras expressões 12-soluções manual

Português (Ensino Secundário (Portugal))

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Outras Expressões
Português 12.oAno
Guia do Professor – Banda Lateral do Manual

Página 14

Teste diagnóstico
Outro teste diagnóstico e respetiva correção nos recursos do projeto.

Pré-leitura | Oralidade
MC
O11 – 1.1. Identificar o tema dominante, justificando.
G11 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos no ano anterior.

Registos áudio
Tema musical “Cinegirasol” e respetiva transcrição

1.1. O tema é o cinema. Palavras do campo lexical: “altifalantes”, “som”, “tela”, “enredo”,
“aventura”, “fita”, “bobine”.
1.2. A música remete para o Cinegirasol, cinema em que, numa “tela de lençol”, se
projeta o “enredo mole” de alguns filmes conhecidos e protagonizados por figuras
célebres do cinema (xerife e ladrão, cowboys, donzela, Marilyn (Monroe), Steve
MacQueen, Marty Mcfly, de Regresso ao Futuro).

Página 15
Leitura | Compreensão
MC
L11 – 7.3. Explicitar a estrutura do texto: organização interna.
7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.

1. O texto organiza-se em três momentos: o relato dos antecedentes da sessão de


cinema (primeiro e segundo parágrafos), a descrição da sessão de cinema (terceiro
parágrafo) e uma reflexão sobre a importância das sessões para o narrador (partilha
com a mãe) e o destino do “homem do cinema” (último parágrafo).
2. A repetição do verbo salienta a importância das sessões de cinema na vida do
narrador, uma vez que, num processo tão seletivo como o da memória, se mantiveram
vivas na sua mente. 3. O cinema, que não correspondia a um local unicamente dedicado
à projeção de filmes, partilhava o espaço com o de atividades socioculturais como os
“bailes” (l. 10): uma “sala” (l. 10) da “Sociedade” (Filarmónica) (l. 5) da “vila” (l. 2). Em
termos materiais, concretizava-se com recurso ao mobiliário da instituição e à
improvisação de uma bilheteira (ll. 6-10) e de uma tela, a partir de “um lençol
estendido” (l. 11). Das palavras do narrador, depreende-se que o cinema atraía os
jovens, provavelmente pelo isolamento da “vila” e pelo facto de acontecer apenas uma
vez por semana, unindo-os através da partilha de momentos, de referências e de

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brincadeiras.

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4. O narrador, ao contrário de outros espectadores, mantinha-se “concentrado” nas
“imagens riscadas que passavam no lençol” (ll. 16- -17), revelando um fascínio pelo
cinema que a metáfora do “feixe de luz” estendendo “chineses a lutarem no lençol” (l.
19) evidencia. 5. O narrador é presente, servindo-se da primeira pessoa gramatical para
narrar acontecimentos nos quais foi protagonista (“minha”, ll. 3 e 25, “Sentávamo-nos”,
l. 13, “nos”, l. 15, “eu”, l. 16, “ficava”, l. 16...).

Pós-leitura
MC
L11 – 8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
G11 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos no ano
anterior. 18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
19. 1. Reconhecer e fazer citações.
19. 3. Reconhecer e utilizar adequadamente diferentes verbos introdutores de relato
do discurso. 20.1. Identificar deíticos e respetivos referentes.

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1. (C). 2. (D). 3. (B). 4. (B). 5. (A).
6. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa, com a função sintática de
modificador apositivo do nome.
7. “figuras em plasticina” (l. 38). A utilização do pronome concretiza a coesão
referencial. 8. “conta” (l. 25).

Escrita
MC
E11 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um
tema, apreciação crítica e texto de opinião.
12.1. Respeitar o tema.
12.2. Mobilizar informação adequada ao tema.
12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual:
a) texto constituído por três partes (introdução, desenvolvimento e conclusão),
individualizadas e devidamente proporcionadas;
b) marcação correta de parágrafos;
c) utilização adequada de conectores.
12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na
pontuação. 13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e
aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

Registos vídeo
Videoclipe de “Cinegirasol”, d’ Os Azeitonas
Recursos multimédia

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Tutorial – Escrever uma apreciação crítica

PowerPoint®didáticos
Apreciação crítica

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Página 20
EL
No âmbito do estudo da poesia de Fernando Pessoa, o Programa contempla o trabalho
com seis poemas do ortónimo, três fragmentos de Bernardo Soares, dois poemas de
Alberto Caeiro, três de Ricardo Reis, três de Álvaro de Campos e oito poemas de
Mensagem. De forma a possibilitar escolhas e trabalhos diferenciados, apresentam-se
mais propostas do que as que prevê o Programa:
• dez poemas de Fernando Pessoa ortónimo (pp. 27, 29, 32, 34, 39, 42 (dois poemas),
47, 49 e 51);
• quatro excertos de Bernardo Soares (pp. 97, 100, 103 e 109);
• cinco poemas de Alberto Caeiro (pp. 56, 59, 61, 63 e 65);
• oito poemas de Ricardo Reis (pp. 66, 68, 69, 74 (dois poemas), 75, 77
e 240); • seis poemas de Álvaro de Campos (pp. 80, 88, 90, 93, 136 e
170);
• onze poemas de Mensagem (pp. 116, 119, 120, 122, 125, 127, 129, 130, 132, 133 e
135).

Em termos de organização, a sequência apresenta, após a poesia do ortónimo, a dos


três heterónimos, surgindo depois o “semi-heterónimo” Bernardo Soares. Esta opção
prende-se com o conteúdo da carta a Adolfo Casais Monteiro sobre a génese dos
heterónimos (pp. 53-55), na qual Fernando Pessoa distingue os conceitos, as figuras e
as “artes poéticas” dos heterónimos e do semi-heterónimo. Assim, a compreensão da
especificidade do estatuto e da produção deste último parece-nos mais produtiva em
confronto com os dos heterónimos.

Recursos do projeto: ao longo da sequência, indicam-se, em contexto, alguns dos


recursos do projeto. Contudo, aconselha-se a consulta do “Índice de recursos do
projeto”, presente nas páginas 10 a 42 do Dossiê do Professor, no qual se elencam
todos os recursos passíveis de utilização em articulação com as atividades propostas.

MC
O12 – 4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos
expressivos adequados.
L12 – 7.3. Fazer inferências, fundamentando.
7.6. Relacionar aspetos paratextuais com o conteúdo do texto.

Página 21
Sugestões de abordagem do texto:
• Antecipação do assunto do texto a partir do título e da ilustração.
• Apresentação de propostas de resposta à questão colocada pelo autor nas linhas 16-
17 e confronto das diversas perspetivas.

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Página 23
Leitura | Compreensão
MC

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L12 – 7.3. Fazer inferências, fundamentando.
7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.

1.1. “Hoje” (ll. 1 e 21) e “agora” (l. 14) – tempo presente.


“Em tempos” (l. 3), “Esse tempo” (l. 14) – tempo passado.
1.2. Hoje, Fernando Pessoa é “uma voz que existe no nosso interior” (ll. 1-2), ou seja,
uma lembrança, uma inspiração. No passado, teve existência real (ll. 10-13), tinha
“olhos [...] vivos” (ll. 17-18) e era “discreto” (l. 7). Pouco conhecido dos seus
contemporâneos, é apresentado como “vulto” (l. 7) e “pouco mais do que uma sombra”
(l. 9), quando passava entre eles.
2.1. (B); 2.2. (A); 2.3. (C); 2.4. (A).

José Luís Peixoto nasceu na aldeia de Galveias, no Alto Alentejo, onde viveu até aos 18
anos, idade em que foi estudar para a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa. Após terminar a sua licenciatura em Línguas e Literaturas
Modernas, na variante de estudos ingleses e alemães, foi professor em várias escolas
portuguesas e na Cidade da Praia, em Cabo Verde. Em 2001, dedicou-se
profissionalmente à escrita.
Com apenas 27 anos, José Luís Peixoto foi o mais jovem vencedor de sempre do Prémio
Literário José Saramago. Desde esse reconhecimento, a sua obra tem recebido amplo
destaque nacional e internacional. Os seus livros estão traduzidos e publicados em 26
idiomas.
In http://www.joseluispeixoto.net/tag/biografia

Obra: Morreste-me, prosa, 2000; Nenhum Olhar, romance, 2000; A Criança em Ruínas,
poesia, 2001; Uma Casa na Escuridão, romance, 2002; A Casa, a Escuridão, poesia,
2002; Antídoto, prosa, 2003; Cemitério de Pianos, romance, 2006; Cal, prosa e teatro,
2007; Gaveta de Papéis, poesia, 2008; Livro, romance, 2010; Abraço, prosa, 2011; A
Mãe que Chovia, infantil, 2012; Dentro do Segredo, viagens, 2012; Galveias, romance,
2014; Em Teu Ventre, novela, 2015; Todos os Escritores do Mundo têm a Cabeça Cheia
de Piolhos, infantil, 2016; Estrangeiras, teatro, 2016.

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Escrita
MC
E12 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de
texto. 11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição
sobre um tema [...]. 12.1. Respeitar o tema.
12.2. Mobilizar informação adequada ao tema.
12.3. Redigir um texto estruturado, que reflita uma planificação, evidenciando um bom
domínio dos mecanismos de coesão textual […].
12.4. Mobilizar adequadamente recursos da língua: uso correto do registo de língua,
vocabulário adequado ao tema, correção na acentuação, na ortografia, na sintaxe e na

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pontuação.
E12.5. Observar os princípios do trabalho intelectual: identificação das fontes utilizadas;
cumprimento das normas de citação; uso de notas de rodapé; elaboração da
bibliografia. E12.6. Utilizar com acerto as tecnologias de informação na produção, na
revisão e na edição de texto.
E13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento,
tendo em vista a qualidade do produto final.

Oralidade
MC

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O12.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
1.2. Explicitar a estrutura do texto.

CD áudio 1 Faixa 01
Transcrição do texto no Dossiê do Professor

1.1. (D), (B), (E), (A), (C).


1.2. Cf. transcrição do texto nas páginas 275-276 do Dossiê do Professor.
(D): Primeiro parágrafo.
(B): Segundo parágrafo.
(E): Do terceiro ao sétimo parágrafo.
(A): Oitavo parágrafo;
(C): último parágrafo.

PowerPoint®didáticos
Exposição sobre um tema

Recursos multimédia
Tutorial – Escrever uma exposição

Página 25
Leitura para informação
MC
L12 – 7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
EL12 – 16.1. Reconhecer a contextualização histórico-literária nos casos previstos no
Programa.

1. a. De finais do século XIX (cerca de 1890, para alguns autores) até ao final dos anos
50; ou das vésperas da Primeira Guerra Mundial até à Segunda Guerra Mundial;
b. Orpheu (1915); Centauro (1916); Exílio (1916); Contemporânea (1922- -1926) e
Athena (1924- 1925); Presença (1927-1940);
c. O Ultraísmo, o Criacionismo, o Imagismo, o Vorticismo, o Construtivismo, o
Expressionismo, o Cubismo e ainda (no contexto do Modernismo português), o

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Sensacionismo, o Intersecionismo, um incipiente Paulismo, o Neopaganismo e o


Futurismo;
d. Tempo de convulsões sociais, de conflitos armados, de regimes políticos autoritários;
e. “universos psicológicos extremamente complexos, instáveis e evanescentes” (l. 41);
euforia do moderno; tédio; dissolução do sujeito; suicídio.

Recursos multimédia
Interatividade – O Modernismo português: a geração de Orpheu

Fichas de trabalho por domínio – Gramática


Fichas globais

Página 5 de 154
Página 27
Pré-leitura | Oralidade
MC
O12 – 1.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
1.3. Fazer inferências.
2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.

Registos áudio
Tema musical “Autopsicodiagnose”, de Miguel Araújo, e respetiva transcrição

1.1. Autopsicodiagnose – conhecimento (diagnose) psicológico (psico) de si próprio


(auto). 1.2. O assunto da canção remete, efetivamente, para a tentativa de
conhecimento psicológico do enunciador, que reflete sobre a sua hipocondria e o seu
receio de perder as razões que a justificam.
Cf. transcrição do tema musical na página 276 do Dossiê do Professor.
2.1. Autorretrato espiritual escrito ou reflexão sobre a escrita do sujeito poético. Auto-:
elemento de formação que exprime a ideia de próprio, independente, por si mesmo (Do
grego autós, ‘o próprio’).
psic(o)-: elemento de formação de palavras que exprime a ideia de alma, espírito (Do gr.
psykhé, ‘alma’)
grafia: representação escrita de uma palavra; escrita (Do gr. gráphein, ‘escrever’ + -ia) in
www.infopedia.pt
2.2. Atendendo ao elemento auto-, o título parece anunciar um texto redigido na
primeira pessoa.

Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14. 2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no

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Programa. CD áudio 1 Faixa 02


1. Ao longo do poema, é usada a terceira pessoa verbal, já que o sujeito lírico se dedica
a tecer considerações de carácter abrangente sobre a construção poética que,
conforme o título anuncia, se aplicam a si próprio também. O uso da terceira pessoa
confere às suas afirmações uma universalidade e um distanciamento que a primeira
pessoa impossibilitaria.

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2.1. (A) real; (1) v. 4. (B) fingida; (2) v. 3. (C) lida; (3) vv. 6-8.
2.2. Ainda que sinta, o poeta necessita de transformar, por meio da razão, as suas
emoções, de modo a transmiti-las aos leitores. Assim, a sua dor real passa a ser uma
dor “fingida”, literariamente explorada. Aos leitores cabe interpretarem o que leem,
sem que experimentem os sentimentos do poeta. Sentem apenas aquilo que a sua
interpretação determina.
3.1. A metáfora aproxima as duas entidades envolvidas no processo de comunicação
poética, em que se concretiza o fingimento (a “razão” e o “coração”).

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3.2. A metáfora esclarece as relações razão/coração sobre que assenta a teoria expressa
pelo sujeito poético. Tal como o comboio de corda é continuamente guiado pelas
calhas, assim o coração (fonte dos sentimentos e das emoções) deve ser, segundo a
teoria enunciada nas estrofes anteriores, orientado pelo pensamento, que condiciona a
sua expressão verbal. O coração sente e o pensamento intelectualiza o que é sentido,
racionalizando-o. O movimento circular dos carris, que obriga à contínua rotação do
comboio e à adoção de um rumo obrigatório, sugere a constante inter-relação e a
íntima dependência entre ambos, tal como acontece com a razão e a emoção humanas.

Outros (Inter)Textos
“Fingimentos poéticos” de Ana Luísa Amaral

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos
anteriores. 18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.

1. a. Falsa – predicativo do sujeito; b. Falsa – oração subordinada adverbial consecutiva


e oração subordinada substantiva completiva; c. Falsa – coesão referencial; d.
Verdadeira.

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Pré-leitura | Oralidade
MC
L12 – 8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.

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CD áudio 1 Faixa 03

1.1. Em “Isto”, o sujeito lírico concretiza na sua própria pessoa e na sua prática poética
as considerações que desenvolvera, de modo geral, sobre a construção lírica em
“Autopsicografia”. Por essa razão, serve-se agora da primeira pessoa (“finjo”, “minto”,
“escrevo”, “Eu”, “sinto”, “uso”, “sonho”, “passo”, “meu”), já que aplica à sua situação
individual as declarações genéricas que efetuara sobre a poesia e a figura do poeta.

Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.4. Fazer inferências, fundamentando.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.

1. “Eu simplesmente sinto / Com a imaginação”


2.1. b.

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2.2. c.; 2.3. d.; 2.4. c.; 2.5. a.; 2.6. c.

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3. O poema constitui uma espécie de “resposta poética” aos que, provavelmente na
sequência de “Autopsicografia” e falhando na interpretação deste poema, o acusavam
de mentir nos poemas que escrevia. A esses, o poeta parece querer responder que a
sua teoria criativa é apenas “Isto”.

Escrita
MC
E12 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um
tema [...]. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3.,
12.4., 12.5. e 12.6.) 13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e
aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

Recursos multimédia
Tutorial – Escrever uma exposição

Grelhas de avaliação
Grelha de avaliação da escrita – Exposição sobre um tema

Fichas de trabalho por domínio – Escrita


Propostas de escrita – Exposição sobre um tema

Página 31

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Leitura para informação


MC
L12 – 8.2. Elaborar tópicos que sistematizem as ideias-chave do texto, organizando-os
sequencialmente.

1. Texto de Auxília Ramos e Zaida Braga:


• O discurso poético pessoano afirma-se pelo fingimento de sentimentos, vivendo pela
inteligência e pela imaginação.
• Negação do poeta confessor (ideia romântica), filtrando tudo pela inteligência, sendo
o texto fruto da imaginação.
• As emoções e os sentimentos, mesmo os verdadeiros, são fingidos, ou seja,
artisticamente trabalhados.
• “Autopsicografia” e “Isto” – arte poética pessoana – o racional sobrepõe-se ao
afetivo. • Intelectualização da sensibilidade.

Texto de Fernando Cabral Martins


“Autopsicografia”
• Consciência da poesia como construção de imagens e formas.
• Fingimento poético e privilégio de pensar.
• “A dor lida” do leitor não corresponde às dores do poeta, a sentida e a fingida.

“Isto”
• Fingir não é “mentir”.
• Importância da interpretação na poesia.

PowerPoint®didáticos

Página 8 de 154
A poesia de Fernando Pessoa ortónimo

Outros (Inter)Textos
“Apócrifo pessoano” de Fernando Pinto do Amaral

Página 32
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.

1. O texto estrutura-se em duas partes. Na primeira, que ocupa as três primeiras


estrofes, a atenção do sujeito poético incide sobre o canto da ceifeira e os efeitos
(contraditórios) que o mesmo exerce sobre si próprio. Na segunda, que se prolonga
pelas três últimas estrofes, o “eu” lírico manifesta o desejo de se transformar num ser
mais natural, semelhante à ceifeira.

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2. A ceifeira aparenta estar “feliz” (v. 2) e canta, com uma “voz” “alegre”, “como se
tivesse / Mais razões p’ra cantar que a vida” (vv. 11-12). É associada ao “campo” e à
“lida” (v. 10) e, essencialmente, atrai o sujeito poético pela sua “inconsciência” (v. 18),
que lhe permite ser “alegre”, ou seja, alcançar a felicidade.
3. O verso 14 explica os motivos pelos quais o canto da ceifeira provoca no sujeito
poético sentimentos contraditórios (v. 9): ao contrário dela, ele não consegue viver
“sem razão” (v. 13) e está constantemente “pensando”.
4.1. Infinitivo pessoal (“poder ser”, v. 17, [poder] “Ter”, v. 18) e imperativo (“Derrama”,
v. 15, “Entrai”, v. 22, “Tornai”, v. 22, “passai”, v. 24).
4.2. O desejo de receber na sua alma o canto da ceifeira (vv. 15-16) mostra-se viável, ao
contrário da aspiração a conseguir a “alegre inconsciência” (v. 18) da ceifeira, mas, ao
mesmo tempo, “a consciência disso!” (v. 19).

Página 33
5. Através da apóstrofe aos elementos naturais (“céu”, “campo”, “canção”) e da
constatação de que a “ciência”, o conhecimento, “pesa tanto” numa “vida” “tão breve”,
o sujeito poético revela o seu desejo de se aproximar mais do estado de “inconsciência”
(v. 18) e manifesta, assim, a dor que sente por ser consciente (dor de pensar).

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.

1. e 1.1. (A) – predicativo do complemento direto – “feliz”;


(C) – predicativo do sujeito – “pensando”;
(E) – predicativo do sujeito – “tão breve”;
(F) – predicativo do complemento direto – “a vossa sombra leve”.

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PowerPoint®didáticos
Funções sintáticas
Fichas de trabalho por domínio – Gramática
Funções sintáticas

Leitura para informação

MC
L12 – 7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.

1. A dor de pensar é um tema recorrente da poesia ortónima, apresentando-se em


tópicos como a preferência pela obediência às leis do instinto, a dilaceração do
pensamento que a nada conduz ou a inveja pela consciência de elementos da natureza.

Página 34

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Pré-leitura
MC
EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma
época e de diferentes épocas.

1. O gato apresentado no texto, que sobe à janela e permanece imóvel, como um


objeto, indiferente a quem passa e o chama, parece representar uma imagem de uma
qualquer divindade. Na sua imobilidade indiferente conhece a eternidade, a
imutabilidade.
1.1. No texto de Júdice, é reconhecido ao gato o privilégio de conhecer “a eternidade”,
numa imobilidade indiferente que é invejada. O mesmo sentimento se manifesta no
texto de Pessoa (v. 3).

Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.

1. O sujeito poético inveja o gato pela ausência de preocupações com que vive,
resultado da sua irracionalidade (“Invejo a sorte que é tua / Porque nem sorte se
chama.”, vv. 3-4), pela sua calma aceitação do destino (“Bom servo das leis fatais”, v. 5),
por agir apenas por “instintos gerais” (v. 7), ou seja, comandado apenas pelos
sentimentos (“sentes só o que sentes”, v. 8), assim conseguindo ser “feliz” (v. 9).
2. Através da apóstrofe, o sujeito poético aproxima-se da entidade que admira e
caracteriza-a usando uma comparação. Destacando o facto de se comportar “na rua”,
ou seja, no exterior e no contacto com os outros, com a mesma naturalidade com que
procederia “na cama”, o sujeito poético realça a ausência de convenções na atuação do
gato, que vive apenas segundo a sua vontade e os instintos próprios de animal
irracional.

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Página 35
3. a. A expressão destaca o facto de, num ser que age apenas por “instintos gerais” (v. 7)
a “sorte” não ser um conceito reconhecido. b. “Todo o nada” que o gato é, porque não
pensa no que é, lhe pertence, já que depende exclusivamente dos seus
sentidos/sentimentos. No fundo, os versos apresentam a tensão sentir/pensar,
conferindo primazia ao primeiro polo, no caso do gato.
4. Os dois últimos versos do poema remetem, conforme a primeira pessoa gramatical
evidencia, para a situação particular do sujeito poético. Neles, o “eu” que refletiu sobre
a natureza do gato constata que dele se diferencia por não se dominar completamente,
uma vez que, como explicou em “Autopsicografia”, transforma permanentemente as
suas emoções em pensamentos. Por isso, sente-se estranho face a si mesmo.
5. O poema é constituído por três quadras de versos heptassilábicos (redondilha maior)
e com rima cruzada.

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Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.

1. “Porque nem sorte se chama” – subordinada adverbial causal.


2. Vocativo que integra: “bom” – modificador restritivo do nome “servo”; “das leis
fatais” – complemento do nome; “fatais” – modificador restritivo do nome; “Que regem
pedras e gentes” – modificador restritivo do nome; “Que” – sujeito; “regem pedras e
gentes” – predicado; “pedras e gentes” – complemento direto; “Que tens instintos
gerais” – modificador restritivo do nome; “Que” – sujeito; “tens instintos gerais” –
predicado; “instintos gerais” – complemento direto; “gerais” – modificador restritivo do
nome; “E [que] sentes só o que sentes” – modificador restritivo do nome; “sentes só o
que sentes” – predicado; “só o que sentes” – complemento direto.
3. Sujeito subentendido.
4. “És” (vv. 9-10); “teu” (v. 10); “Eu” (v. 11); “vejo” (v. 11); “me” (v. 11); “estou” (v. 11);
“mim” (v. 11); “Conheço” (v. 12); “me” (v. 12); “sou” (v. 12); “eu” (v. 12).

Pós-leitura
MC
L12 – 7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
7.3. Fazer inferências, fundamentando.
7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
7.7. Explicitar [...] marcas dos seguintes géneros: [...] artigo de opinião.
EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma
época e de diferentes épocas.

1. As dicotomias pessoanas sentir/pensar e felicidade/infelicidade estão claramente


refletidas na perspetiva que Manuel António Pina assume sobre a felicidade: “o índice
mais fiável de felicidade é não se perguntar se se é feliz” (l. 14) ou “se formos felizes,
provavelmente não o saberemos” (ll. 15- 16). A inconsciência da felicidade será a sua
afirmação e o sentir (a Sinfonia Italiana de Mendelssohn), mais do que pensar, a sua
concretização.

Página 36

Página 11 de 154
1.1. O tema do texto é a vida. Os subtemas a felicidade/infelicidade e a sua medição ou
mensurabilidade e a forma como se reflete sobre este sentimento.
1.2. Verifica-se uma crítica irónica em relação à situação económica e financeira do país
– se o PIB (Produto Interno Bruto) fosse o reflexo da nossa felicidade, isso implicaria que
seríamos infelizes. 1.3. (C) “Eu diria” (l. 14); “se formos felizes” (l. 15). (E) “As discussões
inconclusivas são as mais interessantes” (ll. 10-11); “pareceu-me uma boa resposta” (ll.
17-18). (F) “conduzir cansadamente sob nevoeiro, ao longo de uma autoestrada
interminável e irreal” (ll. 11- -12). (G) “pareceu-me uma boa resposta” (ll. 17-18).

Escrita
MC

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E12 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.


11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: [...] texto de opinião.
12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3., 12.4., 12.5. e
12.6.) 13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e
aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.
EL12 – 15.3. Expressar pontos de vista suscitados pelos textos lidos, fundamentando.

Página 37
Gramática
MC
G12 – 18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.

1.1. Estar ou ter o caldo entornado – a expressão idiomática reforça a ideia de alguma
coisa não ter corrido bem.
2.1. a. Ambos os textos dão uma imagem muito positiva do gato pela sua inconsciência;
ele é apresentado como um ser que obedece às leis da vida, ao seu instinto e às suas
sensações, esgotando-se nisso. b. Textos construídos em quadras com versos de sete
sílabas métricas. 2.2.1. “e nunca leste o pessoa” (v. 4); “és livre e nisso te esgotas/sem
remorso que te doa” (vv. 13-14).

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Intertextualidade

Fichas de trabalho por domínio – Gramática


Intertextualidade

Página 38
3. O título do texto de Ruy Belo é um verso o texto de Pessoa; genericamente, também
o texto de Ruy Belo se constrói tendo por base a observação do sujeito poético e a
vontade de assumir a identidade de alguém desconhecido que vê e em quem
reconhece sedução (“sedução de ser seja quem for aquele que não sou”, vv. 5-6).

Página 39

Página 12 de 154
Pré-leitura | Oralidade
MC
O12 – 1.4. Apreciar a qualidade da informação mobilizada.
1.5. Identificar argumentos.
1.6. Apreciar a validade dos argumentos aduzidos.
2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.
EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma

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época e de diferentes épocas.

Registos radiofónicos
Pensamento Cruzado (TSF) – “Sonho e Esperança” e respetiva transcrição

1.1. Margarida Cordo: Há um papel para a esperança e para a capacidade de sonhar,


desde que ela não se afaste excessivamente da realidade.
Vítor Cotovio: A capacidade de sonhar e a esperança são fundamentais, assentes numa
gestão adequada das expectativas.
1.2. Margarida Cordo: A manutenção do bem-estar e da felicidade depende da
capacidade de regrar as ilusões e não as deixar ganhar preponderância sobre a
realidade.
Vítor Cotovio: É necessário que as expectativas individuais não sejam desadequadas,
para que delas não decorra infelicidade. Cada pessoa deve aceitar a sua realidade e não
“embarcar” em desejos e expectativas utópicas.
1.2.1. Resposta pessoal.
1.3. Dicotomia sonho/realidade.

Página 40
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.

1. A ilha é “uma mistura de sonho e vida” (v. 2), caracterizada pela “suavidade” (v. 3) e
pela presença do “amor” (v. 6). Pelas suas qualidades, é um local desejado (v. 5). 2. O
sujeito poético anseia por um lugar como a “ilha extrema do sul” (v. 4), mas reconhece
que esse local é ilusório (vv. 7-8). Ainda que sem corresponder a uma realidade física,
reconforta os que desejam um espaço de felicidade (vv. 9-10), nos quais se inclui.
3. A conjunção introduz uma mudança no tom do poema, correspondendo ao momento
em que a ilusão da ilha se desfaz, com a constatação do sujeito poético de que “pensá-
la” (v. 14) apaga a sua dimensão idílica.
4. O verso 18 opõe o “mal” de pensar ao “bem” que constituía o “sonho” da ilha. Nas
duas últimas estrofes, o sujeito poético reconhece a impossibilidade de viver sem
pensar, pois o próprio sonho desvirtua a capacidade de ser feliz (pela inconsciência),
concluindo que a “cura” para o “mal profundo” da “alma” (v. 21) passa pelo interior de
cada um, e não pela sua procura em qualquer elemento externo.
5. Na primeira estrofe, o advérbio remete para a “ilha” sonhada, onde se pode ser feliz.
No final do poema, remete para o “coração” (v. 22), transferindo a hipótese de
concretizar a felicidade para dentro de cada um de “nós”.

Página 13 de 154
6. A ilha simboliza a felicidade advinda da vivência dos sentimentos, sem a contínua
interferência do pensamento.

Gramática

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MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos
anteriores. 18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.

1.1. Sujeito subentendido – relativamente ao predicado cujo núcleo é a forma verbal


“sei” (v. 1); “Aquela terra de suavidade/Que na ilha extrema do sul se olvida” (vv. 3-4) –
sujeito do predicado cujo núcleo é a forma verbal “é” (v. 1); sujeito indeterminado – do
predicado cujo núcleo é “olvida” (v. 4).
1.2. “se é sonho, se [é] realidade, / Se [é] uma mistura de sonho e vida, / Aquela terra de
suavidade / Que na ilha extrema do sul se olvida” – oração[ões] subordinada[s] subs-
tantiva[s] completiva[s]; “Que na ilha extrema do sul se olvida” – oração subordinada
adjetiva relativa restritiva.
2. O antecedente é “terra” (v. 12) (que é já um vocábulo repetido).
2.1. Coesão referencial.

Leitura para Informação


MC
L12 – 8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.

1. Ll. 4-5).

Página 41
Releitura(s)
MC
EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma
época e de diferentes épocas.
EL11 – 15.5. Escrever exposições (entre 130 e 170 palavras) sobre temas respeitantes às
obras estudadas, de acordo com um plano previamente elaborado pelo aluno. E12 –
10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto. 11.1.
Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: [...] exposição sobre um
tema.
12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3., 12.4., 12.5. e
12.6.)
13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e aperfeiçoamento,
tendo em vista a qualidade do produto final.

1.1. A angústia existencial e as configurações do Ideal.

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A poesia de Antero de Quental
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
Sonetos Completos de Antero de Quental

Oralidade
MC

Página 14 de 154
O12 – 3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos,

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argumentos e respetivos exemplos.


4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.
4.2. Considerar pontos de vista contrários e reformular posições.
5. Produzir textos orais com correção e pertinência. (5.1., 5.2. e 5.3.)
6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
6.4. Participar ativamente num debate (duração média de 30 a 40 minutos), sujeito a
tema e de acordo com as orientações do professor.

Página 42
Pré-leitura
MC
L12 – 9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.
EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma
época e de diferentes épocas.

1.1. A inocência e a ingenuidade, associadas a alguma infelicidade, o que se opõe ao


assunto dos poemas de Pessoa, em que a infância se associa à felicidade.

Página 43
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 14.3.
Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos. 15.2.
Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.

1.1. O sentido da audição: texto A, vv. 1-2; texto B, vv. 1 e 5-8.


1.2. A infância desperta no “eu” lírico uma “onda de alegria” (texto A, v. 7) e a tristeza e
irritação por ser já um tempo perdido (“Com que ânsia tão raiva / Quero aquele
outrora!”, texto B, vv. 9-10).
2. Na última quadra de ambos os textos, alude-se ao passado e ao presente do sujeito
poético. Ele considera que o seu passado foi um “enigma” (texto A, v. 9), o que sugere
que desse tempo guarda poucas recordações. A mesma ideia de indefinição
relativamente à infância é expressa nos versos 11 e 12 do texto B, quando o “eu”
enunciador se questiona sobre a hipótese de ter sido feliz. Resta-lhe o presente,
marcado pelo desejo de retorno ao tempo da inconsciência e da ausência da dor de
pensar (texto A, vv. 11-12, e texto B, vv. 9-10).
3. As crianças simbolizam a inocência, a ingenuidade, a espontaneidade, a
autenticidade. Neste sentido, a referência às crianças e o desejo manifestado pelo “eu”
lírico de ser elas/como elas remete para a sua ânsia de conseguir ultrapassar a
constante intelectualização e a dor de pensar que esta provoca.
3.1. Numa primeira leitura, a afirmação “Nunca senti saudades da infância” parece
contradizer o assunto desenvolvido nos poemas. Contudo, o que importa ao sujeito

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poético recuperar não são

Página 15 de 154
tempos ou situações específicas, mas as atitudes que eles representam. No caso, o
sujeito poético deseja recuperar a inocência e a ignorância (no sentido etimológico da
palavra, como ausência do conhecimento racional) típicas da infância.

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.

1.1. Infante, infantário, infanticídio, infantado, infantaria.


2.1. (C).
2.2. (D).

Página 44
Oralidade
MC
O12 – 3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos,
argumentos e respetivos exemplos.
5. Produzir textos orais com correção e pertinência (5.1., 5.2., 5.3.)
6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: texto de opinião [...].
6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
6.3. Respeitar as seguintes extensões temporais: texto de opinião – 4 a 6 minutos [...].

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Artigo/Texto de opinião
Grelhas de avaliação
Grelha de avaliação da oralidade (Expressão Oral) – Texto de opinião
Grelha de autoavaliação da oralidade
Fichas de trabalho por domínio – Oralidade
Propostas de trabalho de expressão oral – Texto de opinião

Página 45
Pós-leitura
MC
L12 – 7.3. Fazer inferências, fundamentando.
7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
7.6. Relacionar aspetos paratextuais com o conteúdo do texto.
7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes
géneros: [...] memórias [...].
8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.

1.1. O título do texto remete para as memórias do autor, guardadas de tal forma que

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podem ser consideradas como obras do seu museu.

Fichas de trabalho por domínio – Gramática


Fichas globais

Página 16 de 154
Página 46
1.2. A importância do momento para o autor e para os seus colegas é de tal forma
enfatizado que, para descrever os sentimentos dos presentes, não seria suficiente usar
expressões denotativas. A referência à necessidade de “muitas metáforas” valoriza
intensamente o significado do momento. 1.3. José Luís Peixoto evoca a sua infância,
através das suas memórias, e atribui a esse momento da vida a inocência (“ninguém
nos queria mal, ninguém nos odiava”, ll. 53-54), a descoberta (“éramos crianças a
descobrir mistérios que se tornaram demasiado simples”, ll. 54-56) e o sonho (“Éramos
rapazes e raparigas da segunda classe a sonhar.”, ll. 57-58).
1.4. (a) Presente: “Hoje” (l. 44). (b) Passado (infância): “nessa altura” (l. 48), “(d)esse
tempo longínquo” (l. 53). (c) Presente do indicativo. (d) “Hoje” (ll. 44 e 51),
“Atualmente” (l. 49), “agora” (l. 51). (e) Pretérito imperfeito do indicativo e pretérito
perfeito do indicativo. (f) “nessa altura” (l. 48), “tempo longínquo” (l. 53). (g) “me
lembro” (l. 3), “Lembro-me” (l. 41), “recordar-me” (ll. 44- 45), “Caminho [dentro de
mim]” (ll. 46-47), “me lembro” (l. 52).
1.4.1. Resposta pessoal, com referência à recuperação, pela escrita, de acontecimentos
passados.

PowerPoint®didáticos
Memórias

Fichas de trabalho por domínio – Leitura


Memórias

Recursos multimédia
Interatividade – Memórias

Página 47
CD áudio 1 Faixa 04
Oralidade
MC
O12 – 3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos,
argumentos e respetivos exemplos.
5. Produzir textos orais com correção e pertinência. (5.1., 5.2. e 5.3.)
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 14.3.
Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.
15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.

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15.4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) sobre obras, partes de obras ou tópicos
do Programa.

Tópicos para a apresentação:


• No contexto da poesia ortónima de Fernando Pessoa, a “liberdade” representará a
libertação da dor de pensar.

Página 17 de 154
• A liberdade é explorada no poema através:
– da rejeição de situações normativas (vv. 1-2);
– da recusa das tarefas que envolvem trabalho intelectual e da depreciação dos
elementos que lhe estão associados, como os livros (vv. 3-6,14-16 e 24-27);
– da valorização da simplicidade e espontaneidade dos elementos naturais (vv. 7-13 e
21-23); – do elogio das crianças (v. 21) e das atividades que assentam no sentimento (vv.
17-20). Ao nível formal, a liberdade concretiza-se numa apresentação estrófica, métrica
e rimática sem regularidades (ao contrário do é habitual em Pessoa ortónimo). A
mancha gráfica do texto evidencia desde logo a fuga às constrições formais.
• A personificação da “brisa” (v. 11), assim como a enumeração presente na quarta
estrofe, intensifica a ideia de liberdade associada aos elementos naturais, que não
dependem das rotinas normalizadas dos seres humanos.

Página 48
Pré-leitura
MC
L12 – 7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
7.6. Relacionar aspetos paratextuais com o conteúdo do texto.
7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes
géneros: [...] apreciação crítica [...].

1. a. O livro As Aventuras de Fernando Pessoa, descrito nas linhas 1 a 8.


b. “significa uma nova janela para o universo pessoano” (l. 3), “mistura
apropriadamente” (l. 5), “soluções gráficas ousadas e imaginativas” (l. 9), “nunca
trivializa a poesia de Pessoa” (l. 13), “tão potencialmente sedutoras” (ll. 15-16).
1.1. Esta apreciação crítica apresenta uma perspetiva bastante positiva sobre a obra de
banda desenhada As Aventuras de Fernando Pessoa.
1.2. Exemplos: adjetivação expressiva: “ousadas e imaginativas” (l. 9); modificadores:
“nova [janela]” (l. 3); “[ambientação gráfica] que se abre ao humor e à melancolia” (l.
12); recursos expressivos: “nova [janela]” (l. 3) – metáfora; “radiografia à cabeça
labiríntica do poeta” (ll. 6- 7) – metáfora.
1.3. O texto concretiza claramente um exemplo da “cabeça labiríntica do poeta”, ao
expressar a multiplicidade e o estranhamento do “eu” face a si mesmo.

Fichas de trabalho por domínio – Leitura


Apreciação crítica
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Apreciação crítica

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Página 49
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.

Página 18 de 154
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
14.4. Fazer inferências, fundamentando.
14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no

Programa. CD áudio 1 Faixa 05


1. a. Através de frases de tipo declarativo, o sujeito poético pronuncia-se sobre o seu
estado psicológico e a sua personalidade. b. As formas verbais usadas pelo eu lírico
denunciam a sua estranheza (“estranho”) face a si mesmo, resultante da sua
permanente mudança (“mudei”). Estas conclusões são o resultado da sua autoanálise
(“achei”), numa reflexão que parte das transformações sentidas no passado (formas
verbais no pretérito perfeito do indicativo: “mudei” e “achei”) e que determinaram o
que sente no presente (formas verbais no presente do indicativo: “tenho” e “estranho”).
1.1. A anáfora do pronome contribui para a indefinição em torno da identidade e
unidade do sujeito poético.
1.2. O “eu” sente perder a sua identidade por “tanto ser” e só ter “alma”, ou seja, por
sentir e pensar de modos distintos e, por essa razão, não ser “quem é”.
2. A inconstância psicológica provoca no sujeito poético uma transformação noutras
figuras (“Torno-me eles”, v. 10), que sonham e desejam independentemente de si
mesmo. Por isso, passa a entender-se como uma “paisagem” (v. 13), um pano de fundo,
um corpo por onde circulam outros e por onde ele apenas cumpre uma “passagem” (v.
14), sem uma existência completa (“Não sei sentir-me onde estou.”, v. 16).
2.1. “Diverso, móbil e só” (v. 15), com uma gradação que acentua o isolamento do “eu”,
resume o entendimento que ele tem de si próprio: múltiplo e fragmentado (“Diverso”),
causa e agente inconstante de outras existências (“móbil”) e, por isso, solitário (“só”).
3. A última estrofe, como o conector “Por isso” anuncia, apresenta as consequências da
maneira de ser do sujeito poético descrita nas estrofes anteriores, destacando-se a ideia
de que continua o seu processo de autoanálise, sugerida pelo recurso ao complexo
verbal “vou lendo”.

Página 50
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 14.3.
Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência [...]. 14.8.
Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos e
narrativos.
15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.

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Recursos multimédia
Interatividade – Fernando Pessoa ortónimo

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A poesia de Fernando Pessoa ortónimo

Textos informativos complementares


“A poesia de Fernando Pessoa ortónimo”

Página 19 de 154
Página 51
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes
géneros. 14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e
universos de referência [...]. 14.6. Explicitar a forma como o texto está
estruturado.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
[...].

Dossiê do Professor
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
Fernando Pessoa ortónimo

Caderno de Testes e Questões de aula


Questão de aula – Fernando Pessoa ortónimo

Página 52
Pré-leitura | Oralidade
O12 – 1.7. Identificar marcas reveladoras das diferentes intenções comunicativas. 2.1.
Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.

Registos radiofónicos
Programa de rádio O Livro do Dia (TSF) – Teoria da Heteronímia e respetiva transcrição

1.1. A rubrica radiofónica dá a conhecer a publicação de uma nova obra sobre Fernando
Pessoa.
1.2. a. F. Pessoa criou muitos heterónimos mas nunca usou a palavra heteronímia. b.
F. ... com estilos distintos do do ortónimo. c. F. O “quebra-cabeças” diz respeito ao
contínuo surgimento de novos textos e heterónimos de Pessoa. d. V.
1.3. Resposta pessoal.
1.3.1. Pessoa refere o seu “drama em gente” para dar conta das diversas
“individualidades” que vivem em si e que ele considera “distintas” de si próprio.

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lOMoARcPSD|17390962

Página 55
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 14.3.
Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.
14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.

1. Momentos do texto:
• Saudação e introdução: ll. 1-8.
• Causas psicológicas/mentais da heteronímia: ll. 9-26 (até “... heteronimismo.”).

Página 20 de 154
• Explicação e história do fenómeno heteronímico: ll. 26 (desde “Vou
agora...”) a 77. • Explicitação da relação literária com os heterónimos: ll. 78-
92.
• Conclusão e despedida: ll. 93-98.
2. Cf. parágrafos das linhas 49 a 92.
3. Fernando Pessoa distingue Bernardo Soares dos restantes heterónimos e classifica-o
como semi-heterónimo por ter uma personalidade que não se distingue
significativamente da sua.

Recursos multimédia
Vídeo – Fernando Pessoa: a heteronímia

Outros (Inter)Textos
“O mural de Pessoa” de Manuel Halpern
“Pessoa Revisited” de Rui Knopfli

Página 56
Pré-leitura | Oralidade
MC
O12 – 2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas,
registo de tópicos e ideias-chave.
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.

Registos radiofónicos
Programa radiofónico Palavra do Dia (Antena 1) – “Bucólico” e respetiva transcrição

1.1. Campestre, rural, ingénuo, simples, puro, que reflete a Natureza e as paisagens do
campo, pastoril, rústico.
1.1.1. A vida em contacto com a Natureza.

Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 14.3.

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Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,


justificando. 14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos
textos poéticos e narrativos.

Página 57
1. O sujeito poético recusa o pensamento enquanto forma de compreensão completa
do mundo (vv. 11-12).
1.1. Ao pensamento o “eu” lírico contrapõe o conhecimento propiciado pelos sentidos
(vv. 6 e 9- 12).
1.2. Ao repetir a forma verbal “Compreendi”, mesmo que para negar a atividade mental
que implica, o sujeito poético denuncia a sua preocupação com o raciocínio, sobre o
qual reflete em diversos momentos na sua obra.
2. Ao aproximar-se de uma “criança”, o eu lírico procura reforçar a sua imagem de ser
ingénuo, inocente e mais dedicado às vivências sensoriais do que à reflexão.

Página 21 de 154
3. Marcada apenas pelas datas do seu nascimento e da sua morte, a biografia do “eu”
lírico é “simples” porque preenchida apenas pelas experiências concretas que vive.
“Entre uma e outra cousa todos os dias […]” lhe pertencem, pois são dedicados ao
aproveitamento sensorial de todos os momentos, sem que se gastem em pensamentos.
4. Em termos formais, a poesia de Alberto Caeiro difere bastante da de Pessoa
ortónimo. O que no ortónimo existia de regularidade estrófica, métrica e rimática, em
Caeiro perde-se, dando lugar a uma estrutura externa marcada pela liberdade. As
estrofes são irregulares, assim como a métrica, coexistindo versos longos e brancos,
num registo linguístico muito próximo da prosa, uma vez que não há rima.

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos
anteriores. 18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.

1. Futuro do conjuntivo – aponta para uma eventual ação futura, uma vez que pretende
referir o tempo posterior à morte do sujeito poético.
2. a. apócope, síncope e sonorização; b. apócope, assimilação e
palatalização. 3. Composição (morfológica).
4. “as coisas” (v. 10).
5. a. predicativo do sujeito; b. complemento direto; c. modificador [do GV]; d.
complemento do nome; e. sujeito; f. complemento indireto; g. complemento do nome;
h. complemento indireto; i. complemento direto.

Página 58
Oralidade
MC
O12 – 1.2. Explicitar a estrutura do texto.
1.3. Fazer inferências.

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2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de


tópicos e ideias-chave.
O10 – 1.6. Verificar a adequação e a expressividade dos recursos verbais e não
verbais. 1.7. Explicitar, em função do texto, marcas dos seguintes géneros: [...]
anúncio publicitário.

Registos vídeo
Anúncios publicitários – Visit Portugal e Naturalidade e respetivas transcrições

1.1. a. Turistas e pessoas que bebem leite. b. “Escolha Portugal” e “Agros, a marca da
natureza”. 1.1.1. A música suave prolonga-se durante ambos os anúncios, contribuindo
para a sugestão da natureza como um ambiente tranquilo. Ganha uma dimensão mais
relevante no anúncio da Agros, no qual não existe texto verbal oral.
1.1.2. a. A natureza é utilizada como cenário em ambos os anúncios, sendo ela própria
parte do “produto” divulgado pelo anúncio do Turismo de Portugal (publicidade
institucional). Na publicidade comercial da Agros, a natureza evoca as características de
pureza e naturalidade que o anúncio procura associar ao leite. b. Em ambos os
anúncios, os sentimentos de paz, tranquilidade, genuinidade e pureza inspirados no
meio natural contribuem para o poder sugestivo e para a eficácia comunicativa do
anúncio, pois sugerem uma sensação de bem-estar.

Página 22 de 154
Página 59
Pré-leitura | Oralidade
MC
O12 – 2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas,
registo de tópicos e ideias-chave.
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.
EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma
época e de diferentes épocas.

CD áudio 1 Faixa 06
Transcrição do poema no Dossiê do Professor

1.1. (a) “pastor”; (b) “sem gente”; (c) “contentes”. (A) 2; (B) 1; (C) 3.
1.2. “rebanhos”, “pastor”, “vento”, “sol”, “Estações”, “pôr do sol”, “planície”,
“borboleta”, “flores”, “chuva”. As palavras contribuem para a caracterização do sujeito
poético como um ser natural, integrado no espaço bucólico.
1.3. Ambos os poemas aproximam o sujeito poético de um guardador de rebanhos,
apresentando-o como alguém que vive em permanente contacto com a natureza.

Página 60
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,

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justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.


14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.

1. No poema IX, o sujeito poético assume-se como “guardador de rebanhos”. Há, assim,
uma mudança da comparação do poema I para a metáfora, que torna a identificação
com um pastor mais intensa.
2. Vv. 1-8.
2.1. A metáfora “Sou um guardador de rebanhos.” (v. 1) institui o sujeito poético como
um ser natural e, na relação com os dois versos seguintes, assume-se como primeira
afirmação do seu sensacionismo. A enumeração dos órgãos
associados aos cinco sentidos (“olhos”, “ouvidos”, “mãos”, “pés”, “nariz” e “boca”, vv. 4-
6) reforça a assunção do sentir físico (declarada no verso 3) e contribui para
hierarquizar as sensações de acordo com o grau de conhecimento que permitem
apreender: as impressões visuais são a primeira fonte de saber, seguindo-se as
auditivas, as tácteis, as olfativas e, por fim, as gustativas. Sendo recursos que usam a
repetição, o paralelismo sintático e a anáfora (vv. 5-6) contribuem para evidenciar
linguística e estilisticamente a simplicidade do sujeito poético.
3. O sujeito poético passa de “triste” (v. 10) a “feliz” (v. 14) no momento em que
substitui a perceção mental do prazer (“gozá-lo”, v. 10) pela ligação direta com a
realidade (v. 13). 4. Os últimos dois versos constituem a declaração do sensacionismo
como única forma de conhecimento autêntico e fonte de felicidade. Esta é diretamente
proporcional, segundo o “eu”

Página 23 de 154
lírico, ao contacto direto com a realidade, sendo o “corpo” o único meio de acesso à
“verdade”. Trata-se de um exemplo da afirmação caeiriana da supremacia do sentir
sobre o pensar. 5. A irregularidade estrófica, métrica e rimática procura corresponder à
naturalidade que Caeiro defende, sem a presença de constrições de qualquer género.

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos
anteriores. 18.1. Demonstrar, em textos, a existência de coerência textual.

1.1. (D).; 1.2. (C).; 1.3. (A).; 1.4. (D).


2. Olhos: Com isto, vais abrir os olhos! / Está a crescer a olhos vistos. / Nem pensar, isso
custa os olhos da cara! Mãos: Eu sabia que precisavas de uma mão amiga. / Gostas
mesmo de ter tudo de mão beijada. / Estava mesmo à mão de semear. Pés: Não aceites
tudo, tens de lhe bater o pé! / Estamos em pé de igualdade. / Negou a acusação a pés
juntos! Nariz: Anda de nariz torcido. / Vê se paras de meter o nariz onde não és
chamado! / Quando lhe chega a mostarda ao nariz, as coisas ficam feias! Boca: Cheguei
a casa à boca da noite. / Dizem à boca cheia que fui eu! / A verdade é que andas nas
bocas do mundo.

Página 61
CD áudio 1 Faixa 07

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Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.

1. O sujeito poético caracteriza-se como alguém que considera o ato de não pensar
como seu traço constitutivo e que, por isso, se sente distanciado e se ri de haver “gente
que pensa” (v. 4). Vive das sensações, nega a utilidade do pensamento e defende uma
atitude objetivista perante a realidade (vv. 11 e 16-19).
2. Os versos exprimem o descontentamento do “eu” consigo mesmo por se ter
surpreendido a perguntar-se “cousas”, isto é, a pensar, o que significa ter-se traído, por
momentos, a si próprio, caindo no erro que critica nos outros. Mesmo que
momentânea, esta contradição provoca-lhe um desagrado e um desconforto quase
físicos (cf. v. 9).1
3. a. As interrogações retóricas dos versos 10 e 15 salientam a indiferença do sujeito
poético face ao ato de pensar e marcam o seu afastamento relativamente a essa
problemática. b. O nome “gente” surge no poema como elemento oposto à “terra”;
esta existe espontânea e naturalmente, ao passo que aquela se caracteriza pela
“consciência”, que o sujeito poético rejeita. A repetição acentua o desfasamento entre
as duas realidades.
4. O verso surge formulado como a conclusão do poema e, em particular, da
argumentação iniciada no verso 15, relativa ao que o sujeito poético perderia se
“pensasse” e ao que ganha não pensando. Assim, pensar significaria deixar de ver a
realidade para “ver só” as construções abstratas dos “pensamentos”, que se
interporiam, como uma cortina, entre o “eu” e “as árvores”, “as plantas”, e a “Terra”,
deixando-as “às escuras”. Pelo contrário, não pensando, nada se interpõe entre o seu
olhar e a realidade das coisas do mundo; em suma, não pensar é libertar de

Página 24 de 154
subjetividade a visão do real, é restituir ao olhar a capacidade de ver o mundo na sua
plenitude, é sentir-se dono da “Terra” e do “Céu”.1
5. Pelas suas características oralizantes – vocabulário simples e corrente, repetições,
frases curtas, frases interrogativas, reticências, recurso a perguntas e respostas –, o
discurso poético aproxima-se da fluidez coloquial da fala, recriando o aspeto de uma
linguagem despojada de artifícios, coerente com a simplicidade comunicativa das ideias
que apresenta.1
1
. In Explicitação dos critérios de classificação e respetivas cotações – Prova Escrita de
Português B – 2002, 1.afase, 1.achamada.

Página 62
Leitura para informação
MC
L12 – 8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
G12 – 18.1. Demonstrar, em textos, a existência de coerência textual.

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18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.

1. (a) limpidez; (b) filosofia; (c) mestre; (d) sensação; (e) sentido; (f) compreensão; (g)
acontecimentos; (h) contemplação; (i) inteligência; (j) natureza; (k) poesia; (l) exercício;
(m) desdobramentos.

PowerPoint®didáticos
A poesia de Alberto Caeiro

Página 63
Escrita
MC
EL12 – 15.5. Escrever exposições (entre 130 e 170 palavras) sobre temas respeitantes às
obras estudadas, de acordo com um plano previamente elaborado pelo aluno.
E12 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: [...] exposição sobre
um tema. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3.,
12.4., 12.5. e 12.6.) 13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e
aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

Página 64
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência
[...]. 14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos
textos poéticos [...]. 15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos
manifestados nos textos.

Recursos multimédia

Página 25 de 154
Interatividade – Alberto Caeiro, o poeta “bucólico”
Tutorial – Alberto Caeiro: a sua importância no universo heteronímico

PowerPoint®didáticos
A poesia de Alberto Caeiro

Textos informativos complementares


“A poesia de Alberto Caeiro”

Caderno de Testes e Questões de aula


Teste de compreensão do oral 1

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Página 65
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes
géneros. 14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e
universos de referência [...]. 14.6. Explicitar a forma como o texto está
estruturado.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos
poéticos [...]. 14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos
mencionados no Programa.

Dossiê do Professor
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
Alberto Caeiro

Caderno de Testes e Questões de aula


Questão de aula – Alberto Caeiro

Página 66
Pré-leitura | Oralidade
MC
O12 – 1.2. Explicitar a estrutura do texto.
2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 16.2.
Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.

CD áudio 1 Faixa 08

1.1. O poema é dedicado a Alberto Caeiro, que o sujeito poético assume como seu
“Mestre”, no início do texto.
1.1.1. Ricardo Reis, como Alberto Caeiro, “ama a Natureza” (“Tendo […]/[…] os olhos
cheios/De Natureza…”, vv. 15-18) e inspira-se nela para construir a sua filosofia de vida
(sétima estrofe, vv. 37-42).

Página 26 de 154
Página 67
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de
referência, justificando.
14.4. Fazer inferências, fundamentando.
15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos. 15.2.
Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e

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coletivo.

1.1. b.; 1.2. a.; 1.3. d.; 1.4. d.; 1.5. b.; 1.6. d.

Página 68
Pré-leitura | Oralidade
MC
O12 – 1.2. Explicitar a estrutura do texto.
2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.

CD áudio 1 Faixa 09
Texto “A poesia de Ricardo Reis” e respetiva transcrição

1.1. (a) O Homem com uma existência semelhante à dos restantes seres, mesmo
irracionais. (b) Epicurismo. (c) Estoicismo. (d) Regularidade das estruturas estróficas e
métricas, latinização da sintaxe, léxico erudito e arcaico. (e) Angústia metafísica, a força
do destino e a eminência, aceitação passiva da realidade, recusa da emoção e do prazer
exagerado, carpe diem, renúncia e aurea mediocritas, a vida como uma “condenação à
morte”.
1.2. O sujeito poético desvaloriza a existência (“nada somos”, v. 6), resumindo-a à ideia
de um estado em que vivemos “aguardando a morte” (v. 11). Por isso, resigna-se a um
aproveitamento moderado da vida (vv. 9-10).

PowerPoint®didáticos
Exposição sobre um tema
Fichas de trabalho por domínio – Oralidade (CO)
Exposição sobre um tema

Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de
referência, justificando.

1. O ambiente é marcado pelo frio “suave” e “calmo” (v. 2), adjetivos que se coadunam
com a perspetiva existencial do sujeito poético. Inspirando-se na tranquilidade do
espaço, ele assume uma atitude de resignação e de recusa das emoções fortes (vv. 8-
10).
2. Quer o adjetivo quer o advérbio remetem para a ideia de aproveitar a vida de forma
moderada, sem excessos, optando por uma atitude contemplativa e de fruição estética
da natureza.

Página 27 de 154
Reforçam o ideal epicurista de valorização do momento presente e de moderação
(vivido “levemente”), decorrente da consciência da brevidade da vida (vv. 11-12).

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Página 69
Pré-leitura
MC
L12 – 7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.

1. O comentário da Mafalda à comparação destaca o facto de nem todas as pessoas


saberem realmente viver; a utilização de vocabulário do campo lexical de “rio” contribui
para o tom humorístico da tira.
1.1. O rio simboliza a existência. Tal como ele segue o seu curso de forma irreversível e
inexorável, assim os humanos devem aceitar o destino que lhes coube, mensagem
essencial do poema de Ricardo Reis.

Página 70
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.

1.1. C – A efemeridade da vida: estrofes 1 e 2. B – A inutilidade dos compromissos:


estrofes 3 e 4. D – A busca de tranquilidade: estrofes 5 e 6. A – A ausência de
perturbação face à morte: estrofes 7 e 8.
2. O sujeito poético dirige-se a “Lídia”, através da apóstrofe, convidando-a a
acompanhá-lo “sossegadamente” (v. 2) na observação do rio, aprendendo com ele que
a vida é efémera (“Passa/e não fica”, vv. 5-6).
3.1. O sujeito poético opta por separar as suas mãos das de Lídia (“Desenlacemos as
mãos”, v. 9), por considerar que se trata de um dos “desassossegos grandes” (v. 12) –
emoções intensas ou compromissos – que podem impedir que vivam “silenciosamente”
(v. 11), ou seja, sem agitações e em ataraxia.
3.2. A repetição da preposição “sem” (vv. 12 e 13) e da conjunção “nem” (vv. 13-15)
concorre para intensificar a ideia de recusa, introduzindo a enumeração dos
sentimentos e das ações que se rejeitam, em prol da tranquilidade desejada.
4. O sujeito poético evita as sensações extremas que podem perturbar o estado de
ataraxia (defendido pelos epicuristas) e opta por amar “tranquilamente” (v. 17) Lídia, ou
seja, sem os excessos decorrentes do envolvimento físico ou de uma sobreintensidade
de sentimentos.

Página 28 de 154
Defende uma integração pacífica no curso regular e inevitável do mundo, determinada

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pela constatação racional da inexorabilidade da vida. Por essa razão, a escolha é a de


uma existência pautada pela ataraxia, em que os amantes assistem “tranquilamente” (v.
17) e “sossegadamente” (v. 23) à passagem da vida, apenas mais um elemento natural,
como as flores e o rio, enquanto “Pagãos inocentes da decadência” (v. 24), ou seja,
pagãos despreocupados com o declínio e a degeneração que a passagem do tempo
acarreta (“[…] não cremos em nada […]”, v. 23).
5. A morte é apresentada como algo leve e natural, que corresponde ao curso inexorável
da natureza e da vida. O sujeito poético perspetiva-a de acordo com a conceção
clássica, evidente na aceitação da morte, momento a que se deve chegar sem apego a
nada (vv. 27-28) e apenas recordando o que foi agradável, para que o sofrimento não
seja tão penoso (vv. 26 e 30). De acordo com os preceitos estoicos e epicuristas, a
morte não trará sofrimento se a vivência não fizer “sofrer” (v. 30).

Página 71
Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.

1. (B)
1.1. (A) No v. 8, “que” é um elemento da locução subordinativa comparativa “Mais...
que”. (C) As duas primeiras orações não são assindéticas: “Quer… quer” é uma locução
coordenativa disjuntiva. (D) C. oblíquo. (E) C. do adjetivo.
2. a. Não devemos estabelecer relações duradouras porque/dado que a vida é fugaz. b.
Embora/Ainda que as sensações extremas inquietem, podemos dedicar-nos aos
prazeres. c. Para que a morte não cause perturbação, devemos procurar a ataraxia.

Oralidade
MC
O12 – 1.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.
EL12 – 15.7. Analisar recriações de obras literárias do Programa, com recurso a
diferentes linguagens (por exemplo, música, teatro, cinema, adaptações a séries de TV),
estabelecendo comparações pertinentes.
16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos [...].
G12 – 18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.

Registos áudio
Tema musical “Lídia” e respetiva transcrição

1. a. Os Lusíadas. b. Alusão (ao Velho do Restelo e ao universo da poesia de Ricardo


Reis). 1.1. O sujeito enunciador dirige-se diretamente a Lídia e adverte-a para o facto de
“alguém” lhe ter dito que “a vida passa a correr” e lhe ter falado de “escolhas certas” e
de “uma só forma de ver”. Lembra-lhe que há “mais verdades escondidas por aí” e que
se sente “vazio/Ao ver passar o rio”, sem poder tocar nela, assumindo a sua “fraqueza
carnal” e a recusa da filosofia de vida anteriormente apresentada a Lídia (em alusão a
Ricardo Reis).

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Escrita

Página 29 de 154
MC
E12 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: [...] texto de opinião.
12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3., 12.4., 12.5. e
12.6.) 13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e
aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

Página 72
Leitura para informação
MC
L12 – 8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.

1. (a) cerebral; (b) último; (c) recusando; (d) aconselha; (e) efémero; (f) revolta; (g)
aceita; (h) reconhecendo.

Pós-leitura
MC
EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma
época e de diferentes épocas.
G12 – 18.4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.
L12 – 9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.
O12 – 5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos
expressivos adequados.

Pós-leitura
1.1. Imitação criativa que visa expressar a mudança de perspetiva face ao sentido da
existência humana.
1.2. O quadro de Magritte remete para a filosofia de vida de Ricardo Reis, assumindo a
vida enquanto condenação e aceitação passiva da morte.

Página 73
Releitura(s)
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 16.2.
Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.
EL11 – 14. 2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos
séculos XVII a XIX.

1.1. A “teoria da vida” expressa por Carlos e Ega coincide com a de Ricardo Reis na ideia
de abdicação (“Nada desejar e nada recear”, l. 8) e de aceitação tranquila (“Tudo
aceitar”, l. 9), marcada pela recusa de quaisquer “apetites” e “contrariedades”, da

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inexorabilidade da vida (“inutilidade de todo o esforço”, l. 15).


1.2. Foi uma experiência de vida que, n’ Os Maias e no que diz respeito à intriga
principal (história da família), conduziu Carlos à teoria do “fatalismo muçulmano”: o
incesto com a irmã.

Página 30 de 154
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Os Maias
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
Os Maias

Roteiro de leitura
Os Maias

Página 74
Pré-leitura
MC
L12 – 7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
7.6. Relacionar aspetos paratextuais com o conteúdo do texto.
7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes
géneros: [...] artigo de opinião.
9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando. EL12 –
16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época
e de diferentes épocas.

1.1. O título remete para a ideia de inexistência do futuro, ideia que se desenvolve ao
longo do artigo, com a referência à passagem rápida do tempo e à necessidade de uma
vivência intensa do presente.

Fichas de trabalho por domínio – Leitura


Artigo de opinião

Recursos multimédia
Interatividade – Artigo de opinião

Página 75
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 14.8.
Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos e
narrativos.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.

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1.1. A presença de um interlocutor, identificado por meio do vocativo (“Lídia”) ou


subentendido (“tu”), o uso do conjuntivo com valor imperativo (“façamos”) e do
imperativo (“recolhe”, “Colhe”, “Goza”, “Segue”, “Rega”, “Ama”, “Vê”, “Imita”) e o
recurso a frases declarativas breves. 2.1. Lídia, amo as rosas dos jardins de Adónis, essas
rosas volucres que em o dia em que nascem, em esse dia morrem.
2.2. A regularidade das estruturas estróficas e métricas, a latinização da sintaxe, com o
recurso à anástrofe, e o léxico erudito e arcaico (“volucres”, “Inscientes”, “nocte”).

Página 31 de 154
Página 76
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência
[...]. 14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos
textos poéticos [...]. 15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos
manifestados nos textos.

Recursos multimédia
Interatividade – Ricardo Reis, o poeta “clássico”

PowerPoint®didáticos
A poesia de Ricardo Reis
Textos informativos complementares
“A poesia de Ricardo Reis”

Caderno de Testes e Questões de aula


Teste de compreensão do oral 2

Página 77
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência
[...]. 14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos
textos poéticos [...].

Recursos multimédia
Tutorial – Ricardo Reis: “Antes de nós nos mesmos arvoredos”

Dossiê do Professor
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
Ricardo Reis

Caderno de Testes e Questões de aula


Questão de aula – Ricardo Reis

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Página 79
MC
Leitura | Compreensão
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.

1. É possível distinguir no texto quatro momentos:

Página 32 de 154
– Linhas 1-10: o narrador traça um breve percurso biográfico até ao momento em que
conheceu Alberto Caeiro e Ricardo Reis.
– Linhas 11-15: o narrador destaca a ascendência de Caeiro sobre a sua ideologia e a de
Ricardo Reis, enumerando alguns dos traços caracterizadores desta última.
– Linhas 16-29: Campos autocaracteriza-se a partir da comparação com Ricardo Reis.
Linhas 30-36: o narrador faz uma breve retrospetiva da sua produção literária. 2. Álvaro
de Campos considera-se o “contrário” (l. 17) de Ricardo Reis, que é essencialmente
“intelectual” (l. 18) e pouco sensível, vivendo de forma racional. Ele, por seu lado, é
quase exagerada e irritantemente “sensível” (l. 20) e “inteligente” (l. 20), qualidades
que partilha, em proporções diferentes, com Fernando Pessoa (ll. 21-22), mas vive
sobretudo da adaptação dos ensinamentos da filosofia de Caeiro e de acordo com a sua
máxima “E os meus pensamentos são todos sensações” (ll. 24-25).
3. Álvaro de Campos conheceu Alberto Caeiro por via de um primo seu e de um primo
do “guardador de rebanhos”. Confessa que se deixou imediatamente seduzir pela
linguagem e pela ideologia de Caeiro (l. 10) e que esse encontro constituiu o momento
em que deixou de ser “uma máquina nervosa de não fazer coisa nenhuma.” (ll. 31- -32)
e de estar “sem amparo” (l. 35), para passar a ser ele próprio (l. 36).

Oralidade
MC
O12 – 2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas,
registo de tópicos e ideias-chave.

CD áudio 1 Faixa 10
Texto “A poesia de Álvaro de Campos” e respetiva transcrição

1. a. “Álvaro de Campos goza de um estatuto especial entre os


heterónimos” porque: – é o que “tem um perfil biográfico mais completo”;
– é “um poeta atual, modernista e vanguardista, cuja obra, mais do que a de qualquer
outro dos heterónimos, tem sentido isoladamente e independentemente daquele que
ganha no contexto” da produção pessoana.
b. 1. afase: fase decadentista (“Opiário”). 2.afase: vanguardismo europeísta e nacional,
Futurismo. 3.afase: abulia e frustração.
c. 1. afase: época pré-modernista.
2.afase: culto das tecnologias e da ciência moderna. 3.ª fase: alter ego existencial de
Pessoa.

Escrita

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MC
E12 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um
tema [...]. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3.,
12.4., 12.5. e 12.6.) 13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e
aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

1. Em “Opiário”, o sujeito poético, que segue a bordo de um navio no regresso de uma


viagem ao Oriente, afirma-se “doente” e, segundo evidencia o seu discurso
contraditório, sente-se confuso e desorientado (“Sentir a vida convalesce e estiola”),
procurando refúgio no “ópio”. Declara-se constantemente inadaptado e aborrecido,
sente-se desenquadrado no tempo e no espaço e distinto de todas as pessoas com
quem convive – daí o seu nervosismo e a sua agitação.

Página 33 de 154
Página 80
Pré-leitura
MC
L12 – 8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.

1.1. “agitação” (l. 2), “máquinas” (l. 3), “renovação” (l. 4), “emancipação” (l. 5),
“consciência” (l. 5), “força” (l. 8), “valentia” (l. 8), “perigo” (l. 9), “temeridade” (ll. 9-10),
“energia” (l. 10), “revolta” (l. 10), “assalto” (l. 11), “luta” (l. 12).
2. O título pode sugerir, sobretudo pelo adjetivo, o triunfo dos temas futuristas
associados à força e à técnica. O nome ode remete para um canto de exaltação, no caso
da civilização moderna e dos seus avanços.

CD áudio 1 Faixa 11

Página 83
Leitura | Compreensão
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.4. Fazer inferências, fundamentando.
14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no
Programa. 15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos
textos. 15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário
individual e coletivo.

1. A reprodução de um ambiente moderno, pleno da força e da turbulência das

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máquinas descritas e exaltadas, como as massas humanas representativas da


agressividade dinâmica e vital dos tempos contemporâneos.
2. O sujeito poético descreve a situação em que se encontra e a sua relação com a
realidade que o rodeia.
3. O sujeito poético encontra-se numa “fábrica”, espaço por excelência dos tempos
modernos. 3.1. A metáfora do verso 32 coloca a vida mecânica em paralelo com a
natureza (conforme a expressão “Natureza tropical”, v. 15, já anunciara) e assume-a
como a mais verdadeira e a mais pura, pois corresponde aos tempos modernos.
3.2. Em termos físicos, o sujeito poético afirma ter “febre” (v. 2), estado que agudiza a
sua sensibilidade para percecionar as diversas sensações. Escreve “rangendo os dentes”
(v. 3), com “os lábios secos” (v. 10) e com “a cabeça” (v. 12) a “arder”, denunciando o
estado arrebatado e de “fúria” (v. 7) em que se encontra. Essa “fúria” é igualmente
psicológica (“Em fúria fora e dentro de
mim”, v. 7), uma vez que corresponde à sua agitação interior (vv. 3 e 12-13). 4. Na
descrição do espaço que o rodeia, o “eu” lírico refere todas as sensações que os
elementos que o constituem lhe provocam, apresentando o local de acordo com a sua
perceção sensorial. Desse modo, estão representadas sensações: visuais (vv. 1, 15, 19,
23...); auditivas (vv. 5, 6, 10, 24...); tácteis (vv. 25, 29, 31...) e olfativas (v. 31).

Página 34 de 154
4.1. Em determinados momentos (por exemplo, nos versos 29-32), para exacerbar uma
sensação a partir de uma realidade, o sujeito poético chega a desejar fundir-se
fisicamente com ela, obtendo, assim, mais prazer desse contacto.
5. O “eu” lírico afirma “cantar”, no sentido de “celebrar”, o passado e o futuro (vv. 17-
18). Deste modo, ao contrário de outros futuristas, que rejeitavam todo o tempo que
não o futuro, Álvaro de Campos defende a fusão das três épocas num só momento, o
atual, que, contudo, só poderá fazer sentido se apoiado no passado e entrevisto em
função do futuro.
5.1. Na sequência da apologia de um tempo tríplice representado no presente, o sujeito
poético não abdica das referências do passado que permitiram a realidade
contemporânea e continuarão a impulsionar as inovações futuras. A menção aos vultos
clássicos concorre, assim, para explicitar a relação entre as diversas eras, valorizando
em cada momento os grandes feitos.

Página 84
6. A aliteração reproduz o ambiente barulhento da fábrica e o ruído produzido pelas
máquinas. 7.1. a. Enumeração (vv. 39-41). b. Comparação (vv. 49-50). c. Gradação (vv.
68-75). d. Anáfora (vv. 80-83).
8. A estrofe corresponde a uma quebra no ritmo frenético do texto e distingue-se das
restantes quanto ao seu assunto. O sujeito poético recorda o espaço e algumas figuras
da sua “infância”, um tempo em que “era outra coisa” (v. 65) diferente da sua
atualidade.
8.1. Funcionando como nota dissonante, a estrofe constitui uma chamada de atenção
para a inconstância do sujeito lírico. Num poema de apologia impetuosa da força e da
modernidade, inclui reflexões pessoais que revelam a sua saudade e a sua nostalgia
face ao tempo da infância e denunciam a sua incapacidade de se integrar plenamente
no tempo que exalta. Refugiando-se na memória do passado, o “eu” introduz

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observações de tonalidade pessimista que antecipam a sua fase mais intimista e


abúlica.
9. Se, por um lado, o verso sintetiza a atitude de deslumbramento em relação às
realidades cantadas e com as quais se deseja fundir, por outro, o reconhecimento dessa
impossibilidade leva o “eu” poético a denunciar a sua frustração, acabando por concluir
o seu texto na mesma situação em que o iniciou: apenas como observador e cantor
épico de uma realidade que lhe é exterior.
10. As onomatopeias introduzem no discurso uma nota de realidade, com a inclusão das
reproduções dos sons que envolvem o sujeito poético e que se associam ao ambiente
que merece o seu elogio.

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.

1.1. a. “Tenho” (v. 10), “me” (v. 12), “minhas” (v. 13); b. “ó grandes ruídos modernos” (v.
10), “vos” (v. 11, 12), “vós” (v. 14) “ó máquinas” (v. 14); c. “demasiadamente de perto”
(v. 11). 1.2. O sujeito poético disse aos grandes ruídos modernos que tinha os lábios
secos de os ouvir demasiadamente de perto e, dirigindo-se às máquinas, exclamou que
lhe ardia a cabeça de as querer cantar com um excesso de expressão de todas as suas
[dele] sensações, com um excesso contemporâneo delas [das máquinas].
2.1. a. “O burro”; b. “à roda”; c. “do tamanho disto”; d. “trabalhador
descontente”. 2.2. Sujeito subentendido.

Página 35 de 154
Página 85
Releitura(s)
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX [...].
16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época
e de diferentes épocas.
EL10 – 14.2. Ler textos literários portugueses [...] pertencentes aos séculos XII a XVI.
1.1. As estâncias pertencem ao final da Proposição e ao início da Invocação d’ Os
Lusíadas, no momento em que o poeta termina a apresentação do assunto da sua obra
e pede inspiração às Tágides para alcançar um estilo adequado à grandeza desse
assunto.
1.2. a. Est. 3, vv, 5-6. b. Est. 4, vv. 5-6.
1.3. Exaltação de feitos grandiosos levados a cabo por um herói de superioridade
reconhecida (moral e empírica) e, por isso, merecedor da ajuda e da recompensa
sobrenatural (mitificação do herói).

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Os Lusíadas
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
Os Lusíadas de Camões

Pós-leitura

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MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX [...].
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência [...].
15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos. 15.2.
Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.

1. a. Verbo “cantar” (vv. 12 e 17) na aceção de “celebrar”.


b. O sujeito poético deseja poder exprimir-se de forma coincidente com as realidades
que exalta. 1.1. A “Ode triunfal” convoca um imaginário épico de celebração do triunfo
da técnica (matéria épica), por meio de um tom adequado à exaltação e feitos
grandiosos (procura de um canto arrebatado, impetuoso, ajustado às realidades
celebradas).

Página 87
Pré-leitura | Oralidade
MC
O12 – 2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas,
registo de tópicos e ideias-chave.
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 16.2.
Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.

CD áudio 1 Faixa 12
Transcrição do poema no Dossiê do Professor

Página 36 de 154
1.1. Ainda que o estilo continue a revelar o ímpeto expressivo da poesia de Álvaro de
Campos, o assunto aproxima-se dos da poesia de Fernando Pessoa ortónimo, com a
abordagem do tópico da angústia existencial.
1.2.1. (D). 1.2.2. (C). 1.2.3. (D).
1.3. O tédio existencial e a oposição eu/outros, associados a sentimentos de desilusão,
pessimismo e revolta são os temas de ambos os textos.

Outros (Inter)Textos
“Cântico negro” de José Régio

Página 89
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.

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14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,


justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.
15.3. Expressar pontos de vista suscitados pelos textos lidos, fundamentando.

1. O sujeito poético descreve-se, destacando o seu individualismo exacerbado, em


afirmações que proclamam o seu desejo de estar sozinho (vv. 21-27 e 34-35). Mostra-se
ainda descrente em relação às facetas rotineiras da vida quotidiana, coletivamente
aceites pela sociedade, assumindo com rebeldia posições antissociais e de recusa de
qualquer tendência gregária (vv. 17-20 e 26-27). Revela-se saturado das inovações
científicas e tecnológicas, que tão efusivamente cantara na sua fase futurista,
rejeitando-as e à sua validade (vv. 8-10 e 13-14). Mantém, contudo, a ligação especial à
infância, tempo da “Eterna verdade vazia e perfeita!” (v. 29) que os anos corroeram,
trazendo a “mágoa” de “hoje” (vv. 28-32).
2. O sujeito poético afasta-se deliberadamente dos outros, de cujas opiniões e vivências
normalizadas discorda (vv. 3, 5-10, 12, 16, 24-27 e 34).
3. O verso reforça a recusa de o “eu” lírico acompanhar o percurso existencial
socialmente imposto e marcado pelo conservadorismo das convenções e pelo
comodismo individual. 4. A referência às memórias da infância permite realçar o
contraste doloroso entre um passado feliz e um presente infeliz, opaco e triste.
5. O tom coloquial do poema é conseguido por meio da presença subentendida de um
interlocutor, a quem o sujeito lírico se dirige, através das formas verbais no conjuntivo
com valor imperativo e das frasesinterrogativas.

Leitura para informação


MC
L12 – 7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
8.2. Elaborar tópicos que sistematizem as ideias-chave do texto, organizando-os
sequencialmente.

1. Sujeito, consciência e tempo – faceta antissocial; renúncia à sociedade materialista;


rejeição dos cânones estabelecidos; recusa da ação; consciência de que entre o seu
“eu” e os outros existe um abismo intransponível; dor de uma solidão assumida e
desejada; tédio e cansaço perante a vida; ceticismo sem remédio; pessimismo; tempo
presente: perda e infelicidade.

Página 37 de 154
Nostalgia da infância – saudade viva da infância, tempo arquetípico e mítico da
felicidade perdida (alegria sonhada), por oposição ao presente – ausência de amor,
sentimento de abandono, tristeza profunda.

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A poesia de Álvaro de Campos

Página 90
Pré-leitura

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MC
L12 – 7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
7.3. Fazer inferências, fundamentando.
7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes
géneros: [...] memórias [...].

1. O excerto relata experiências pessoais passadas, recuperadas pela memória do autor.


Algumas marcas linguísticas: formas de 1.ª pessoa: “andava” (l. 1), “eu” (l. 1), “meu” (l.
1), “comigo” (l. 2), “fizemos” (l. 2), “convidava” (l. 9); expressões temporais: “Por essa
altura” (l. 1), “essa manhã” (l. 3); verbos associados ao ato de recuperar memórias:
“Recordo” (l. 3); formas verbais que remetem para o tempo recuperado: “levaram” (l.
3); “passávamos”, “estávamos” (l. 5); expressões que localizam os acontecimentos
espacial e temporalmente: “os retratos de Salazar e Carmona na parede” (ll. 5-6),
“naquele outono de mil novecentos e quarenta e cinco” (l. 7), “No dia dos meus anos” (l.
9).
1.1. Há uma evidente nostalgia do tempo da infância, apesar da pobreza e das
dificuldades características da época descrita. O dia de aniversário é recordado por ser
uma data celebrada na companhia das pessoas mais próximas do narrador (amigos,
familiares) e por permitir o conforto a todos (emocional, ao narrador, e mesmo físico,
aos colegas da escola que viviam com dificuldades).

CD áudio 1 Faixa 13

Página 91
Escrita
MC
E12 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um
tema. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3., 12.4.,
12.5. e 12.6.) 13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e
aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.
• O passado como um tempo feliz, harmonioso e completo (vv. 2, 3, 4, 6-7, 8, 12-14, 32-
34). O presente como tempo infeliz, nostálgico e angustiante (vv. 19-20, 22- -24, 39-41).
• O sujeito poético revela sentimentos de melancolia e de saudade e o desejo de poder
regressar ao passado não apenas numa recordação mental, mas igualmente num
retorno “físico” (vv. 27-28). • Na segunda estrofe, ao falar da sua infância, o sujeito
poético considera que a sua felicidade consistia em não racionalizar em demasia,
vivendo a inocência de deixar os outros pensarem por

Página 38 de 154
ele, como é próprio na infância. Contudo, o crescimento e a idade adulta acarretaram o
aumento das capacidades cognitivas, que o “eu” lírico entende excessivas, sobrepondo-
se aos simples sentimentos. Por essa razão, a dor de pensar leva-o a dirigir-se ao seu
coração, na penúltima estrofe, pedindo-lhe uma pausa na atividade mental, que tanto o
magoa.
• A “raiva” do sujeito poético nasce-lhe da perda não apenas do tempo feliz da infância,
mas das pessoas que o preencheram. É também motivada pelo seu desencanto face ao
presente e pela incapacidade de recuperar a felicidade perdida, associada à

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lOMoARcPSD|17390962

inconsciência da meninice. • O ritmo do poema é marcado pela utilização de processos


como as repetições (vv. 1, 5 e 25), as anáforas (vv. 9-10, 12-15, 21-22), a irregularidade
métrica e a alternância entre frases longas e frases curtas.

Outros (Inter)Textos
“Aniversário” de Ana Luísa Amaral

Página 92
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência [...].
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos
poéticos [...]. 15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos
textos. 15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário
individual e coletivo.

Recursos multimédia
Interatividade – Álvaro de Campos, o poeta da modernidade

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A poesia de Álvaro de Campos
Textos informativos complementares
“A poesia de Álvaro de Campos”

Página 93
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes
géneros. 14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e
universos de referência [...]. 14.6. Explicitar a forma como o texto está
estruturado.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos
poéticos [...]. Nota: Itens adaptados da Prova Escrita de Português B, 12.oano,
2003, 1.afase, 1.achamada.
Dossiê do Professor
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
Álvaro de Campos

Caderno de Testes e Questões de aula


Questão de aula – Álvaro de Campos

Página 39 de 154

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Página 94
Escrita
MC
E12 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: [...] apreciação crítica
[...]. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3., 12.4.,
12.5. e 12.6.) 13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e
aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

Outros (Inter)Textos
“O mural de Pessoa” de Manuel Halpern

Página 95
Oralidade
MC
O12 – 1.3. Fazer inferências.
1.7. Identificar marcas reveladoras das diferentes intenções comunicativas. 2.1.
Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.
O10 – 1.7. Explicitar, em função do texto, marcas dos seguintes géneros: [...]
documentário [...].

Registos vídeo
Grandes Livros – Livro do Desassossego e respetiva transcrição

1.1. Segundo Pessoa, Bernardo Soares é apenas um semi-heterónimo por possuir uma
personalidade, um estilo e uma linguagem próximos dos seus.
2. a. “outro Fernando Pessoa”, “alguém algures entre uma coisa e outra”, “um quase
eu”, “face oculta de Pessoa”, “o crepúsculo diário de Fernando Pessoa”.
b. 1982; natureza fragmentária: mais de quinhentos textos “à solta”;
c. O documentário integra passagens informativas, leituras de textos de Bernardo Soares
e testemunhos sobre a obra de Pessoa/Bernardo Soares (interpretações objetivas e
avaliações pessoais).
2.1.1. (H) e (J).
2.1.2. É um “não livro” por não ter existido desde o início como tal, só tendo sido
organizado postumamente, a partir da agregação dos seus fragmentos. É um “antilivro”
por constituir uma “negação da narrativa, dos códigos literários”, ou seja, não seguir
uma organização canónica (é um “livro-sonho que se percorre na direção que se
entender”).

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Documentário

Página 96

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Página 40 de 154
2.1.3. Permite uma consulta ao acaso e o encontro com passagens significativas. 2.1.4. O
locutor aconselha os leitores a abrirem ao acaso o Livro do Desassossego, a andarem
“para trás e para a frente” e a traçarem o seu próprio “mapa” do livro, ou seja, a
descobrirem as suas lógicas internas. Com este conselho, desperta-se a curiosidade dos
espectadores.

Leitura para informação


MC
L12 - 7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.

1.1. Texto de Robert Bréchon: “um ‘work in progress’”, l. 2); “Começado como uma
recolha de ensaios e de textos poéticos em prosa assinados pelo próprio Pessoa” (ll. 2-
4); “jornal íntimo” (l. 4); “Podemos baralhar como quisermos os 520 fragmentos” (l. 17).
Texto de Fernando Cabral Martins: “os diversos fragmentos não têm uma ordem
definida por Pessoa” (ll. 2-3); “os fragmentos são valorizados enquanto trechos
autónomos soltos” (ll. 4-5). 1.2. A unidade do livro estará no seu fio condutor – o
“desassossego” – e na forma como o “génio” do seu autor “explode” em todos os
fragmentos, independentemente da sua organização (R. Bréchon).

Página 98
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX [...].
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.

1. O narrador evoca os seus passeios pela Baixa de Lisboa, “pelas tardes demoradas de
verão” (l. 1), refletindo sobre a sua relação com o espaço que percorre.
1.1. O narrador começa por referir o amor pelo “sossego da cidade baixa”,
mencionando, de seguida, o seu efeito – a tristeza e a amargura (ll. 5-6 e 16-17). Com o
decorrer da reflexão e da descrição de sensações provocadas pelas ruas e pelas
pessoas, surge referenciada a angústia e a resignação (“paz de angústia”, l. 30; “o meu
sossego é feito de resignação”, ll. 30-31).
2. O narrador expressa a sua descontextualização face ao seu tempo, sentindo-se a viver
num tempo cronológico posterior àquilo que sente no seu interior.
2.1. Na referência a Cesário Verde, apresenta-se uma identificação com o tempo e com a
substância dos seus versos, refletida na deambulação descrita ao longo do texto e nos
seus efeitos.
3. O narrador descreve os elementos humanos das ruas, referidos apenas pela sua
passagem ou conotados disforicamente, e, de vez em quando, vê alguns que considera
de uma normalidade rara.
4. a. A repetição de “tudo” e “nada”, termos antitéticos, reforça a descontextualização
do narrador relativamente ao “tudo” que o rodeia e do qual “nada” recebe – alheio ao
seu sentir e até ao destino.
b. O narrador vê nas pessoas que o rodeiam, no “tudo… alheio, até, ao destino próprio”

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(ll. 32-33), uma mistura, uma amálgama em que parece não haver diferenciação ou
consciência de vida individual, o que o leva à sua designação enquanto “salada coletiva
da vida” (l. 36), numa metáfora que indicia a falta de identidade.

Página 41 de 154
PowerPoint®didáticos
A poesia de Cesário Verde
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
Cânticos do Realismo de Cesário Verde

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos

anteriores. 1. (C) e (D).


Releitura(s)
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX [...].
16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época
e de diferentes épocas.
EL11 – 14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos
séculos XVII a XIX.

1.1. a. Deambulação do sujeito poético pela cidade de Lisboa, descrita nas suas
vertentes física e humana, a partir da sua perceção sensorial e da transfiguração
poética que faz do real. b. O final de tarde e noite, nas ruas da cidade, com a sua
soturnidade, a sua melancolia, o seu bulício…
c. As ruas e o seu ambiente soturno, sombrio; as pessoas, que passam ou que convocam
mais a atenção do narrador/sujeito poético; as sensações provocadas.

Página 99
Pré-leitura
MC
L12 – 7. Ler e interpretar textos de diferentes géneros e graus de
complexidade. 7.4. Identificar universos de referência ativados pelo
texto.
7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos seguintes
géneros: diário [...].

1.1. Excertos datados (associados a um local) e e organizados cronologicamente. 1.2. Os


excertos apresentam situações relacionadas com a vida profissional da autora (ll. 12, 18,
25...).
1.3. Os fragmentos, escritos num período em que a autora se encontrava no Rio de
Janeiro, apresentam pormenores de aspetos da sua vida profissional e algumas
reflexões sobre si, a sua escrita, a obra de Fernando Pessoa e a cultura brasileira, numa

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linguagem simples e pessoal, marcada pela subjetividade própria do “eu” (“Não sei
fazer diários. Nunca soube, embora insista, por rajadas.”), em registo informal (ll. 7-11).

Página 100

Página 42 de 154
1.4.1. A afirmação parece justificar as frases iniciais do excerto, uma vez que um diário
corresponde, essencialmente, a um relato de experiências pessoais (ou partilhadas) e de
reflexões.
1.4.2. “Aprendi a viver de sonhos” poderia ser o título do texto, dado que,
verdadeiramente, o narrador parece viver essencialmente focado na dimensão onírica e
reflexiva que lhe é provocada pela realidade com que se confronta.

Recursos multimédia
Interatividade – Diário

PowerPoint®didáticos
Diário
Fichas de trabalho por domínio – Leitura
Diário

Página 101
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.

1. Primeira parte: os dois primeiros parágrafos – O narrador especifica a frase inicial do


texto “Tudo é absurdo.” (l. 1) através de exemplos vários. Segunda parte: do terceiro ao
penúltimo parágrafo – O narrador refere a sua localização (“Vou num carro elétrico…”, l.
7) e desenvolve o seu pensamento a partir de pormenores como, por exemplo, o
vestido da rapariga que está sentada à sua frente. Terceira parte: último parágrafo – O
narrador sai do elétrico “exausto e sonâmbulo” (l. 35).
2. (ll. 7-9).
3. Depois de, a partir do vestido da rapariga, o narrador representar mentalmente tudo
o que lhe terá dado origem (fábricas, trabalhadores, escritórios, vida doméstica das
pessoas envolvidas) e a sua envolvência social, sintetiza a agitação do seu pensamento
na frase da linha 27, numa expressão totalizante condicionada por uma sensação visual.
4. O final do texto expõe o cansaço físico e psicológico do narrador, que, na sua análise
de “todos os pormenores das pessoas” (l. 8), se envolve mentalmente num turbilhão
frenético que o faz afirmar “Vivi a vida inteira” (l. 35). Viveu a “vida inteira” da
universalidade envolvente (“tudo”, l. 34), na sua dimensão onírica.

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Gramática
MC
G12 – 18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.

1. a. Coesão referencial – pelo uso da elipse e dos pronomes que retomam referentes
(“[-] crê”; “que”; “lhe”; “[-] dê”); coesão frásica – pela ordenação das palavras, pelas
concordâncias, pelas regências e pela presença dos complementos exigidos (“não crê
naquela sobrevivência”; “lhe dê o conhecimento da fama”); coesão interfrásica – pela
presença de subordinação (“que lhe dê…” –

Página 43 de 154
oração subordinada adjetiva relativa restritiva); coesão temporal – uso correlativo de
formas verbais (“não crê… lhe dê”).
b. Repetição (“inutilmente”).

Página 102
Leitura para informação
MC
L12 – 8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
15.5. Escrever exposições (entre 130 e 170 palavras) sobre temas respeitantes às obras
estudadas, de acordo com um plano previamente elaborado pelo aluno.
E12 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um
tema [...]. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3.,
12.4., 12.5. e 12.6.) 13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e
aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

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O Livro do Desassossego

Página 103
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.

1. Primeiro momento – ll. 1-12 (descrição do “garoto de escritório”). Segundo momento


– ll. 18-20 (reflexões do narrador sobre o “único” e “maior viajante” que conheceu).
2. A forma como o “rapazito” colecionava e recolhia toda a informação possível sobre os
mais diversos aspetos relacionados com lugares e viagens, numa atitude intensa e
interessada. 2.1. O rapaz merece o elogio do narrador porque, na sua opinião, as

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viagens que ele fazia através do sonho seriam as mais importantes, as mais verdadeiras,
por oposição às viagens físicas, condicionadas pela dimensão espacial.

Recursos multimédia
Vídeo – Livro do Desassossego: no labirinto dos sonhos

Página 104
3. Os sentimentos do narrador demonstram uma oscilação em torno da “pena” (l. 13):
se tem pena ou se simplesmente a deveria ter. Isto, porque, passado tanto tempo, e
nada mais sabendo

Página 44 de 154
do “rapazito”, supõe que estará “morto, enfim, em sua mesma vida” (ll. 16-17),
acomodado a uma vida social, tendo talvez viajado com o corpo, mas tendo perdido a
sua grande qualidade: a capacidade de sonhar – “ele que tão bem viajava com a alma”
(l. 17).
4. A propósito do caso do “rapazito”, o último parágrafo apresenta uma explicação para
as alterações provocadas pelo tempo na capacidade de sonhar do ser humano,
valorizando a infância por oposição à “estupidez dos adultos” (l. 25).

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos

anteriores. 1. “de paisagens” (ll. 5-6), “de costumes exóticos” (l. 6), “de

barcos e navios” (l. 6).


Fichas de trabalho por domínio – Gramática
Fichas globais

Pós-leitura
MC
L10 – 7.6. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos
seguintes géneros: relato de viagem […].
EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma
época e de diferentes épocas.

1. A conceção de viagem do relato pressupõe e expressa a necessidade da viagem física


a lugares concretos (ll. 1-2), contrariamente à conceção de Bernardo Soares, que faz a
apologia de viajar com a alma, de viajar através do sonho.
1.1. O texto narra, com algum pormenor, uma viagem a Teerão, num discurso pessoal de
1.ª pessoa (“Não conheço”, l. 1; “A minha motivação”, l. 3), apresentando informação
sobre a cidade (“imensidão da cidade e dos seus 15 milhões de habitantes”, ll. 12-13),
descrições (“Como não há esplanadas em lado nenhum”, l. 12) e reflexões pessoais
(“Esses foram os maiores monumentos que visitei.”, l. 11).

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Relato de viagem

Página 105
Gramática
MC
G12 – 19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.
19.3. Distinguir valores aspetuais.
19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades.

1. “conheci”, “era”, “havia”, “em tempos”, “fui”, “hoje”, “que passaram dez anos, ou
mais, sobre o breve tempo em que o conheci”, “deve ser”.
2. Simultaneidade: “hoje […] deve ser homem […].”;
Anterioridade: “O único viajante com verdadeira alma que conheci era um garoto de
escritório.”;

Página 45 de 154
Posterioridade: “Hoje, que passaram dez anos, ou mais, sobre o breve tempo em que o
conheci” [O tempo da enunciação “Hoje” representa uma relação de posterioridade
relativamente ao passado expresso no enunciado].

Recursos multimédia
Tutorial – Valor temporal

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Valor temporal
Fichas de trabalho por domínio – Gramática
Valor temporal

Caderno de Testes e Questões de aula


Questão de aula – Valor temporal

Página 106
1. a. Valor perfetivo (“conheci”); valor imperfetivo (“era”, “havia”);
b. valor imperfetivo (“coleciona- va”);
c.situação genérica (“é não só melhor…”);
d. situação iterativa (“julgo às vezes…”).

Recursos multimédia
Tutorial – Valor aspetual

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Valor aspetual

Fichas de trabalho por domínio – Gramática


Valor aspetual
Caderno de Testes e Questões de aula
Questão de aula – Valor aspetual

Página 107
1.1. (B). 1.2. (C). 1.3. (D)
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Valor modal
Fichas de trabalho por domínio – Gramática
Valor modal

Caderno de Testes e Questões de aula


Questão de aula – Valor modal

Recursos multimédia
Tutorial – Valor modal

Página 46 de 154
Página 108
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes
géneros. 14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e
universos de referência [...].

PowerPoint®didáticos
O Livro do Desassossego
Textos informativos complementares
“O Livro do Desassossego”

Página 109
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes
géneros. 14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e
universos de referência [...].

Recursos multimédia
Interatividade – Livro do Desassossego: temas
Interatividade – “Quando outra virtude não haja em mim” (excerto)

Dossiê do Professor

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Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária


Livro do Desassossego

Caderno de Testes e Questões de aula


Questão de aula – Livro do Desassossego

Página 110
Projeto de Leitura
MC
EL12 – 15.6. Ler uma ou duas obras do Projeto de Leitura relacionando-a(s) com
conteúdos programáticos de diferentes domínios.
16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época
e de diferentes épocas.
E12 – 10. Planificar a escrita de textos. (10.1.)
11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades. (11.1.)
12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3., 12.4.,
12.5. e 12.6.) 13. Rever os textos escritos. (13.1.)

Recursos multimédia
Interatividade – Artigo de opinião

PowerPoint®didáticos

Página 47 de 154
Artigo/Texto de opinião

Propostas de escrita
Texto de opinião

Projeto de Leitura
Sinopses e informações sobre as obras no Dossiê do Professor

Página 111
Pré-leitura | Oralidade
MC
O12 – 1.2. Explicitar a estrutura do texto.
1.3. Fazer inferências.
2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.

Registos áudio
Tema musical “Movimento perpétuo associativo” e respetiva transcrição

1. a. Estrutura dialogal, assente na oposição entre o “Agora sim…” que incita à ação e o

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lOMoARcPSD|17390962

“Agora não…” que apresenta objeções à sua concretização.


b. As dimensões melódica e tímbrica das sequências de “Agora sim…” dão uma
dinâmica otimista e positiva ao texto. Nos momentos de negação (“Agora não…”), o
contributo é o contrário. 1.1. O tema musical desenvolve a dualidade entre os
momentos de ânimo para a ação e os argumentos de pouca valia para a inação.
1.2. Infere-se uma crítica social a um certo comodismo, assente em argumentos (muitas
vezes pouco consistentes e relevantes) que se apresentam para justificar o não fazer
alguma coisa. 1.2.1. Ambos os textos se orientam genericamente para a necessidade de
ação e para a luta contra o facilitismo. Ricardo Belo Morais, através do exemplo de
Fernando Pessoa e de Mensagem, orienta a reflexão para um traço de carácter
identitário, que nos fará ganhar o futuro se para tal lutarmos – “Cada vez com mais
ações e menos queixas.”

Página 112
Leitura | Compreensão
MC
L12 – 7.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
7.3. Fazer inferências, fundamentando.
7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.

1.1. (B). 1.2. (C). 1.3. (D).


2. “[Lê-la] É saber que há, na História e Língua Portuguesas, por entre todos os
elementos de sucesso e fracasso, de exemplos a seguir e erros a condenar e corrigir, a
receita de um futuro radioso.” (ll. 8-10)

Página 48 de 154
3. A associação dos portugueses a D. Sebastião corresponde a uma forma de anunciar
em cada um de nós um salvador pelas ações e pela força, ultrapassando a visão de um
mito que aponta para a espera inativa de um “futuro radioso” que poderá chegar pelo
poder de outrem.

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos
anteriores. 19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
19.3. Distinguir valores aspetuais.

1.1. Flexão verbal: “nos eleve, dignifique e salve”, “tem sido”, “foi”, “recebeu”, “tem”;
advérbios: “ainda”, “hoje”.
1.2. Situação iterativa.
2. Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Timor Leste e Guiné Equatorial.

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Página 113
Leitura para informação
MC
L12 – 8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.

1. “o passado, com as Descobertas Marítimas e a História de Portugal, semeados de


heroísmo e aventura” (J. Oliveira Macêdo, ll. 8-9); “trata-se de revelar o sentido
providencial e messiânico de Portugal como país de um povo eleito por Deus para, após
êxitos (os Descobrimentos e a criação do Império) e fracassos (decadência posterior à
perda da independência em 1580), atingir o momento [...] sagrado, de criação do
Quinto Império, um império cultural e espiritual” (Miguel Real, ll. 31-35).

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Mensagem

Página 114
2. (a) Marcas épicas: espírito heroico, vocabulário sagrado, exaltação da pátria
decadente; interiorização e mentalização da matéria épica – imagens simbólicas;
(b) Marcas líricas: tom subjetivo, sentimental e íntimo, introspeção, contemplação da
alma.

Recursos multimédia
Vídeo – Mensagem: visão global
Tutorial – Mensagem: os discursos épico e lírico

Textos informativos complementares


“Mensagem: uma leitura (estrutura e dimensão simbólica)”

Página 116

Página 49 de 154
Pré-leitura | Oralidade
MC
O12 – 1.3. Fazer inferências.
2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.

CD áudio 1 Faixa 14

1. O título do poema remete para a figura do herói clássico Ulisses, de quem se fala no
poema, sem nunca se nomear, enquanto “mito” fundador da cidade de Lisboa.

Leitura | Compreensão
MC

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lOMoARcPSD|17390962

EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.

1. Segunda estrofe.
1.1. Nas estrofes um e três, o sujeito poético define e explicita as funções do mito. 1.2.
Com o exemplo de Ulisses e da sua importância na fundação lendária de Portugal, na
segunda estrofe, exemplificam-se as características do mito apresentadas nas restantes.
2. Ulisses criou-nos, pois, segundo a lenda, fundou a cidade de Lisboa. Por outro lado, a
gesta de Ulisses ajuda a explicar a vocação marítima dos portugueses, ou seja, o herói,
com o seu exemplo, terá inspirado o povo português a explorar o mar.

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos
anteriores. 19.3. Distinguir valores aspetuais.

1. Situação genérica. Trata-se de uma afirmação sentenciosa, tida como verdade


atemporal, a partir da qual se desenvolve toda a semântica da composição – o mito
fundacional. 2. Sujeito.

Página 117
3.1. Oração subordinada substantiva completiva com função de sujeito.
3.2. a. “que se seguem”; “mitificados”; “histórica”; b. “heróis mitificados”; c. “de
sucessos ou fracassos”.

Escrita
MC
E12 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um
tema [...]. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3.,
12.4., 12.5. e 12.6.) 13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e
aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.

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Página 50 de 154
Exposição sobre um tema

Recursos multimédia
Tutorial – Escrever uma exposição

Página 118

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Oralidade
MC
O12 – 1.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
1.2. Explicitar a estrutura do texto.
1.3. Fazer inferências.
1.4. Apreciar a qualidade da informação mobilizada.
1.5. Identificar argumentos.
1.6. Apreciar a validade dos argumentos aduzidos.
1.7. Identificar marcas reveladoras das diferentes intenções comunicativas. 1.8.
Explicitar, em função do texto, marcas dos seguintes géneros: diálogo argumentativo e
debate. 2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas,
registo de tópicos e ideias-chave.

Registos vídeo
Sociedade Civil (RTP2) – Mitos e respetiva transcrição

1.1. (a) Susana André. (b) Jornalista e autora do livro Mitos urbanos e boatos. (c) José
Barata. (d) Médico e autor do livro Os mitos na saúde e na doença. (e) Os mitos são
diferentes das superstições, uma vez que estas são histórias mais frágeis e sempre
relacionadas com o sobrenatural. Os mitos podem tocar várias áreas e têm um poder
unificador de uma comunidade, agregando as pessoas em torno de um tema. (f) Os
mitos na saúde são muito fortes (levando, inclusivamente, alguns médicos a acreditar
neles), porque têm um papel tranquilizador para as pessoas, permitindo-lhes
racionalizar os problemas e, por vezes, desculpabilizar alguns comportamentos. Podem
estar também ligados a questões religiosas, quando associados à ideia de castigo.
1.2. O moderador cumpre as suas funções: abre o debate, apresenta o tema, faz
progredir a troca de ideias, colocando questões e organizando as intervenções e,
finalmente, encerra o debate, apresentando as conclusões.
1.3. O moderador saúda os convidados e agradece-lhes no final do debate. Todos
utilizam um registo de língua e recursos não verbais adequados à situação.

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Debate

Leitura para informação


MC
L12 – 7.3. Fazer inferências, fundamentando.

Textos informativos complementares


“Mensagem: uma leitura (estrutura e dimensão simbólica)”

Página 51 de 154
1. Utópico, coletivo, simbólico, mítico, eleito [por Deus]...

Página 119
Pré-leitura

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lOMoARcPSD|17390962

MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX [...].
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados
no Programa. 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da
mesma época e de diferentes épocas.

1. O texto desenvolve o tema enunciado no título, construindo-se em torno de palavras


e expressões do campo lexical de mar e das sensações provocadas no sujeito poético. O
dístico final é surpreendente, apontando para a existência dos barcos ainda na forma de
floresta, metaforicamente ancorados na sua inexistência.
1.1. Em “D. Dinis”, encontramos o mesmo tipo de referência, ainda que com uma
conotação diferente, através do epíteto atribuído a este rei – “O plantador de naus a
haver” – remetendo-se para o potencial da floresta na construção das frotas futuras.

Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX [...].
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos
mencionados no Programa.

1. Vv. 1 e 2. Os versos destacam as duas facetas mais singulares do rei: a produção


literária e, através da metáfora do segundo verso, o carácter previdente, precursor e
visionário de D. Dinis, que terá preparado a expansão portuguesa com a lendária
plantação do pinhal de Leiria. Deste modo, o rei é apresentado como previdente e
visionário, sendo capaz de antecipar o futuro.
2. Para o retrato de D. Dinis contribuem significativamente as sensações auditivas. O rei-
poeta é, para Fernando Pessoa, um ser de excelência, capaz de ouvir “um silêncio
múrmuro”. Como figura de contornos prodigiosos, D. Dinis acede ao chamamento para
cumprir uma missão superior, respondendo, enquanto interlocutor privilegiado, à
“fala” (v. 8) dos pinhais, também designada por “rumor” (v. 4), “som” (v. 9) e “voz” (v.
10). D. Dinis sente interiormente o apelo de uma atuação preparatória do futuro
grandioso, ganhando o estatuto de herói mítico em Mensagem.
3. a. Os pinhais são comparados a um alimento essencial (o trigo, ingrediente-base do
pão). Assim, destaca-se o facto de a madeira por eles fornecida constituir a matéria-
prima que permitiu saciar a “fome” de Império que norteou a expansão portuguesa. b.
O som dos pinhais é referido como “marulho obscuro” (v. 8), intensificando a relação
das árvores com o elemento (mar) em que cumprirão a sua função especial. c. As
antíteses ligadas ao som dos pinhais presentes nos versos 9 e 10 contribuem para
intensificar a diferença entre o “presente”, ligado à “terra”, e a possibilidade de um
“futuro” vivido no “mar”, graças à ação profética de D. Dinis.

Página 120
Pré-leitura

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MC

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EL12 – 15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário
individual e coletivo.
15.3. Expressar pontos de vista suscitados pelos textos lidos, fundamentando.

1. D. João I, tendo chegado a ser rei sem o esperar e com a marca da resistência face aos
castelhanos, adquire a “exemplaridade” que caracteriza os heróis de Mensagem.

Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.4. Fazer inferências, fundamentando.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.

1.1. A primeira quadra apresenta, através de afirmações de natureza axiomática, a


atuação do homem (herói) como decorrente do desejo divino. “Quando Deus faz”
através do “homem”, “a história é feita”. É essa conjugação do espírito celeste com o
anseio dos predestinados que leva aos grandes feitos e garante a imortalidade (o mito),
pois a matéria é perecível: “O mais é carne, cujo pó/A terra espreita.” (vv. 3-4).
2. O modificador realça a predestinação do herói que, desconhecendo as implicações
futuras da sua atuação, veio a iniciar uma nova época na História de Portugal e uma
nova geração que conduziu à expansão.
3. Com o uso da segunda pessoa, o sujeito poético dirige-se diretamente a D. João I, seu
interlocutor, estabelecendo com ele uma relação de proximidade e cumplicidade. 4. O
poema é constituído por três quadras, nas quais os três primeiros versos são
octossilábicos e o último tetrassilábico. A rima é cruzada em todas as estrofes.

Página 121
Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.

1.1. Apócope e palatalização.


1.2. Palavras divergentes.
1.3. Flamejar, flamejante, inflamar, inflamação, inflamável.
2.1. (C). 2.2. (C).

PowerPoint®didáticos
Processos fonológicos
Palavras divergentes e palavras convergentes

Releitura(s)
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 16.2.
Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.

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Página 53 de 154
EL10 – 14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos
séculos XII a XVI.

1.1. Cf. pp. 332-335. O cartoon, com o título expressivo “Revolução”, coloca frente a
frente as peças mais poderosas e os “peões” do xadrez. Do mesmo modo, Fernão Lopes
relata a revolução da “arraia-miúda”, do povo, insurgindo-se contra os nobres que
defendiam a união com Espanha.

Recursos multimédia
Vídeo – Crónica de D. João I
Interatividade – Crónica de D. João I, de Fernão Lopes

PowerPoint®didáticos
A Crónica de D. João I de Fernão Lopes
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
Crónica de D. João I

Página 122
Pré-leitura
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 16.2.
Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.

1.1. D. Sebastião personifica a segurança e a liberdade nacional (“bem nascida


segurança/Da Lusitana antiga liberdade”, est. 6, vv. 1-2) e a esperança no
desenvolvimento da guerra santa e na afirmação do seu império (“certíssima
esperança/De aumento da pequena Cristandade”, est. 6, vv. 3-4).
1.2. Na epopeia camoniana é feito um retrato histórico, partindo de elementos relativos
à situação do país. Em Mensagem, o retrato do rei é de natureza mítica, sendo a tónica
colocada na loucura inspiradora, determinada pelo sonho de grandeza.

Página 123
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no

Programa. CD áudio 1 Faixa 15


1. Com a repetição do adjetivo “louco” e o uso do advérbio de afirmação, o sujeito

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poético reforça a sua autocaracterização.

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2. Segundo o sujeito poético, a sua loucura é produto da sua ambição, do seu sonho de
“grandeza” que a “Sorte” (o destino) não dá sem que se empenhe algum esforço na sua
concretização.
3. A mudança do pretérito perfeito para o presente do verbo “haver” realça a distinção
entre a figura histórica do rei, que existiu, e a sua dimensão mítica, que permaneceu no
tempo. 4. Com os versos 6 e 7, o herói é apresentado como entidade inspiradora, de
carácter exemplar, que deseja deixar a sua marca nos outros.
5. A interrogação retórica encerra o poema através da exaltação do valor da loucura,
enquanto traço distintivo dos seres humanos.
6. A utilização da primeira pessoa denota a identificação do sujeito lírico com a
personagem histórica a quem o poema é dedicado. Assim, o discurso adquire maior
credibilidade e valoriza-se a dimensão do herói, a partir de cujo exemplo se abordam
valores humanos universais. 7.1. Marcas do discurso épico: matéria histórica
protagonizada por um herói nobre (social e moralmente). Marcas do discurso lírico: a
utilização da primeira pessoa verbal, a subjetividade na apresentação da realidade,
mediada pela perceção do “eu”, e a forma fragmentária.

Oralidade
MC
O12 – 3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos,
argumentos e respetivos exemplos.
5. Produzir textos orais com correção e pertinência. (5.1., 5.2. e 5.3.)
EL12 – 6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos. 15.2.
Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo. 15.4. Fazer apresentações orais (5 a 7 minutos) sobre obras, partes de obras
ou tópicos do Programa.
16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época
e de diferentes épocas.

1.1. O Sebastianismo enquanto ideologia em que, ao longo do tempo, se inverteram as


proporcionalidades de história e mito. D. Sebastião foi perdendo relevo e concretude
histórica e ampliando a sua dimensão de figura mítica, simbolicamente associada ao
regresso ou chegada de salvadores, em épocas de crise.

Outros (Inter)Textos
“Epigrama” de Nuno Júdice

Página 124
Leitura para informação
MC
EL12 – 15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário
individual e coletivo.

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L12 – 8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.

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Mensagem
Textos informativos complementares
“Mensagem: uma leitura (estrutura e dimensão simbólica)”

Página 55 de 154
Página 125
Pré-leitura
MC
L12 – 7.3. Fazer inferências, fundamentando.
7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.
7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.

1.1. O Infante D. Henrique representa o sonho de renovação concretizado. A utilização


da sua imagem na campanha publicitária pretende dar importância e grandeza à
iniciativa. Com a tónica posta no empreendedorismo do Infante, promove-se o
empreendedorismo que se procura para a empresa.

Página 126
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no

Programa. CD áudio 1 Faixa 16


1. O Infante D. Henrique foi o impulsionador das descobertas marítimas portuguesas.
Nesse sentido, cabe-lhe o papel de protagonista primeiro da “Possessio Maris” (posse
do mar) anunciada na epígrafe da segunda parte.
2.1. O primeiro verso do poema, de natureza axiomática, apresenta a “obra” como
consequência das ações de Deus e do Homem. Os grandes feitos são revelações –
teofanias – de Deus através do homem.
2.2. Os restantes versos exemplificam, com o caso do Infante, a teoria enunciada no
verso 1. Assim, o desejo de Deus foi o de que “a terra fosse toda uma” e “Que o mar
unisse, já não separasse” (vv. 2-3). Para isso, inspirou o Infante, escolhendo-o para essa
missão (“Sagrou-te”, v. 4). Ele correspondeu e foi “desvendando a espuma” (v. 4), ou
seja, explorando o mar; desse modo, a obra nasceu.
3. “Que o mar unisse, já não separasse” (v. 3), “até ao fim do mundo” (v. 6), “a terra
inteira” (v. 7). 4. O complexo verbal apresenta a ação como uma continuidade, como
algo que não se concretizou de uma só vez, mas sim de modo progressivo.
4.1. A gradação associada à atuação do Infante D. Henrique: começou por desvendar
“ilhas(s)” e “continente(s)”, chegando ao “fim do mundo”, desenhando, assim, os

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contornos da “terra inteira”.


5. Nos dois últimos versos, em tom disfórico, o sujeito poético apela ao “Senhor” para
que, desfeito o império material conseguido através das navegações, contribua para a
verdadeira realização de Portugal – o império espiritual (Quinto Império).

Gramática

Página 56 de 154
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos
anteriores. 19.3. Distinguir valores aspetuais.

1. a. e e.
2.1. “Quem te sagrou” – oração subordinada substantiva relativa “criou-te português” –
oração subordinante.
2.2. Predicativo do complemento direto.
3. Verso 1 – Situação genérica; verso 11 – valor perfetivo.

Escrita
MC
E12 – 11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: [...] apreciação
crítica [...].

Página 127
Pré-leitura | Oralidade
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no
Programa. 15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do
imaginário individual e coletivo.

CD áudio 1 Faixas 17 e 18

1. a. “imundo e grosso” (v. 13); b. A presença de um herói (coletivo) que concretiza


grandes feitos no confronto com uma força sobrenatural de poder aparentemente
superior ao seu. O carácter narrativo.
1.1. O “mostrengo” representa o conjunto de perigos associados ao mar e à aventura
dos descobrimentos, e o “homem do leme” simboliza a persistência e a coragem
inabaláveis de um povo. A temática de “Mar Português” aponta exatamente para o
sofrimento provocado pelos perigos do mar e para a valorização do herói.

Leitura | Compreensão
1. A apóstrofe ao “mar” (com que, circularmente, se abre e se encerra a estrofe)
introduz a entidade a quem o sujeito poético recorda, de forma emotiva, todas as

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dificuldades e todos os sacrifícios que os portugueses fizeram na sua conquista.


2. A repetição (em anáfora nos versos 4 e 5 e paralelística, nos versos 3-5) reforça a
quantidade e a diversidade (em termos de género e parentesco) daqueles que sofreram
na conquista do mar. 3.1. Na segunda sextilha, a partir da interrogação retórica, o
sujeito poético desenvolve uma reflexão sobre o valor dos sacrifícios anteriormente
apresentados e a necessidade de superar contratempos para realizar os sonhos.
4. A primeira afirmação destaca o valor da determinação em todas as conquistas; com
empenho, tudo merece “a pena”, ou seja, o sofrimento para atingir um fim. A segunda
afirmação alude ao cabo Bojador como metáfora dos objetivos a alcançar, que exigem,
frequentemente, “dor”; por isso, quem deseja conquistar algo tem de superar os
obstáculos que se lhe deparem. A última

Página 57 de 154
afirmação salienta a conjugação, no “mar”, do “perigo” e do “abismo” com o “céu”,
salientando a ideia de que tudo o que é verdadeiramente custoso tem a sua faceta
compensatória. 5. O adjetivo “Português” remete para a conquista e domínio dos mares
pelos portugueses, que, com o sofrimento e a sua coragem, fizeram com que existisse
apenas o “mar” conhecido.

Outros (Inter)Textos
“crónica” de Vasco Graça Moura

Página 128
Gramática
MC
G12 – 18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.

1.1. a. [“Um dos mais belos poemas de Mensagem”] “nele” (l. 1); [“sofrimento”] “que” (l.
3); [“Portugal”] “se” (l. 5), “[-] formou” (l. 5); [“‘mar’”] “se” (l. 6); b. “Júbilo e dor” (l.
1)/“dor” (ll. 1 e 2), “júbilo” (ll. 2 e 3); c. “ganhou” (l. 4), “formou” (l. 5), “tornou-se” (l. 6);
d. “os trabalhos, as violências… foram tamanhos…” (ll. 7-8); “expressão de um profundo
sentimento trágico” (l. 10); e. “Porém” (l. 12); “porque […] nada se consegue…” (ll. 12-
13).

Releitura(s)
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX [...].
16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época
e de diferentes épocas.
EL10 – 14.2. Ler textos literários portugueses de diferentes géneros, pertencentes aos
séculos XII a XVI.

1. A poesia de Mensagem é considerada épico-lírica, conjugando a matéria épica que


explora com um registo essencialmente fragmentário e marcado pela subjetividade
intimista da linguagem. Assim, apenas em alguns poemas o autor recorre a um estilo
mais marcadamente eufórico e épico, como no caso de “O Mostrengo”, ou remete para

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lOMoARcPSD|17390962

realidades do domínio essencialmente físico e humano, como em “Mar Português”,


privilegiando, antes, a abordagem mítica de figuras e acontecimentos.
1.1. Cf. pp. 353-355. Aventuras: a matéria histórica dos relatos. Desventuras: a visão
antiépica da expansão, com a narração das “dores reais” associadas às viagens:
naufrágios, ataques de corsários, fúria dos elementos naturais...

PowerPoint®didáticos
História Trágico-Marítima
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
História Trágico-Marítima

Página 129
Leitura | Compreensão
MC

Página 58 de 154
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no Programa.

1. A “última nau” partiu, sozinha (“Erma”, v. 5) e envolta num ambiente “aziago”, como
se refere a propósito do sol (v. 4), marcado pelos “choros de ânsia e de pressago /
Mistério” (vv. 5-6), que sugeriam e anunciavam, desde logo, o futuro trágico que veio a
confirmar-se: “Não voltou mais.” (v. 7).
2. O sujeito poético não associa o não regresso da nau a um desaparecimento definitivo.
Antes, reconhecendo a “sorte incerta” (v. 8) que lhe coube, sugere, através das
interrogações retóricas, que terá atracado numa ilha cuja localização se desconhece
(“ilha indescoberta”, v. 7), aguardando, assim, “a hora” do regresso do seu tripulante
desejado: D. Sebastião (última estrofe).
3. A colocação do nome “Império” no final do poema associa-o ao regresso de D.
Sebastião, anunciado nessa estrofe, que concretizará o Quinto Império de que cuja
ideia o poeta se ocupará na terceira parte de Mensagem. [De notar que o poema surge
imediatamente após “Mar Português” e é o penúltimo da segunda parte da obra,
fazendo a ligação entre o império material e o império espiritual reservado aos
portugueses.]
4. O poema apresenta quatro sextilhas, nas quais os versos 1, 2, 4 e 5 são decassilábicos
e os versos 3 e 6 dissilábicos. A rima é emparelhada entre os primeiro e segundo e
quarto e quinto versos de cada estrofe e interpolada entre os terceiro e sexto versos.

Página 130
Pré-leitura

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MC
L12 – 7.3. Fazer inferências, fundamentando.
7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.

1.1. Na primeira tira, o recurso a linguagem náutica remete para a ideia de fazer
depender uma ação do surgimento da oportunidade certa (fala de Dustin) e sugere a
falta de proatividade (fala do pai).
1.2. As situações destacam a falta de iniciativa, de persistência e de comprometimento.

Página 131
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.

1. O verso remete para a infelicidade que, segundo o sujeito poético, caracteriza quem
vive acomodado, sem qualquer “sonho” (v. 3), de acordo com a vivência humana
descrita nas duas primeiras estrofes.

Página 59 de 154
2. Os vv. 11-12 introduzem a referência à passagem do tempo e as três últimas
quintilhas anunciam o advento de uma nova época, de um novo império – o Quinto
Império (vv. 21-23) ligado à “verdade” da morte de D. Sebastião (vv. 24-25).
3. Nas duas últimas estrofes, confrontam-se os tempos passado/presente e futuro. A
antítese dos versos 19-20 insinua o surgimento do “dia claro” – o tempo futuro –, que
se anuncia sob a égide espiritual dos portugueses, a partir da “noite”, metáfora do
passado. Sucedendo aos quatro anteriores, o Quinto Império deles diferirá pela sua
natureza; será o império da “verdade”, nascida com a morte de D. Sebastião.

Escrita
MC
E12 – 10.1. Consolidar e aperfeiçoar procedimentos de elaboração de planos de texto.
11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: exposição sobre um
tema [...]. 12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3.,
12.4., 12.5. e 12.6.) 13.1. Pautar a escrita do texto por gestos recorrentes de revisão e
aperfeiçoamento, tendo em vista a qualidade do produto final.
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 15.5.
Escrever exposições (entre 130 e 170 palavras) sobre temas respeitantes às obras
estudadas, de acordo com um plano previamente elaborado pelo aluno.

1. Ao “sonho” referido no poema “O Quinto Império” corresponde a “loucura” do


sujeito poético, em “D. Sebastião, Rei de Portugal”. Ambos remetem para a dimensão
espiritual promotora de ações significativas, que possam distinguir o Homem da mera
“besta sadia, / Cadáver adiado que procria” ou levá-lo a não viver apenas tendo “por
vida a sepultura”.

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Pós-leitura
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos. 15.2.
Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.

1. Resposta pessoal. O poema aponta para a necessidade de ação, para a assunção do


descontentamento como fator fundamental para o avanço, por oposição à quietude feliz
e previsível; o poder terreno esvai-se com o tempo, pelo que o novo “império”
espiritual será construído pelo poder da alma humana e pela força divina, um império
“que não existe no espaço” e que se constitui como o “verdadeiro e supremo destino” de
Portugal.

Outros (Inter)Textos
“Fernando Pessoa” de Manuel Alegre

Página 132
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando.

1. A – 3; B – 1; C – 4; D – 2.

Página 60 de 154
2. O adjetivo caracteriza as ilhas onde, de acordo com poema, “o Rei mora esperando”
(v. 13), ou seja, elas são “afortunadas”, lugares de sorte e esperança, por constituírem o
espaço onde D. Sebastião se prepara para regressar e resgatar a glória de Portugal.

Oralidade
MC
EL12 – 14.1. Ler expressivamente em voz alta textos literários, após preparação
da leitura. 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes
géneros.

Página 133
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos

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mencionados no Programa.

1. “Portugal” (v. 4).


1.1. A caracterização do país é feita através do uso de vocabulário que reenvia para a
opacidade e a turvação: “fulgor baço” (v. 3), “Brilho sem luz” (v. 5), “fogo-fátuo” (v. 6).
2. Portugal entristece porque não há estabilidade política (v. 1) e existe uma grande crise
de valores sociais e morais (vv. 7-9 e 11-12).
3. Na segunda estrofe, a anáfora dos pronomes indefinidos “Ninguém” (vv. 7-8) e
“Tudo” (vv. 11- 12) e o paralelismo sintático intensificam a ambiência de indefinição que
envolve Portugal. O desalento é geral e a dispersão (típica do nevoeiro) assume
igualmente uma abrangência alargada, traduzida nas antíteses “tudo/nada” e
“disperso/inteiro” (v. 12) e intensificada na metáfora que associa Portugal a nevoeiro
(“Portugal […] és nevoeiro”, v. 13). No v. 13, a apóstrofe, “Ó Portugal”, interpela a
entidade central do poema.
4. O verso colocado entre parênteses constitui uma nota dissonante no tom pessimista
do poema, traduzindo a esperança (“ânsia”) de quem deseja (“chora” [por]) o fim do
“nevoeiro”. 5. Nos últimos dois versos, o sujeito poético interpela Portugal, associando-o
ao nevoeiro e anunciando uma nova “Hora”. Nesse sentido, embora o nevoeiro
pudesse entender-se, pela forma como o país é descrito ao longo do poema, como
“símbolo do indeterminado”, ele é também a marca de uma nova “fase da evolução”.
Percebe-se que o poeta apela à concretização de uma mudança e à criação de um novo
tempo/império. Deste modo, o nevoeiro com que encerra a obra é, de facto, “prelúdio
da manifestação” do Quinto Império, para o qual os portugueses devem estar
preparados – tal é a intenção da saudação latina que incita à mudança e à renovação.

Página 134
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes
géneros. 14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e
universos de referência [...]. 14.6. Explicitar a forma como o texto está
estruturado.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.
15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.

Página 61 de 154
15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual e
coletivo.

Recursos multimédia
Vídeo – Mensagem: visão global
Tutorial – Mensagem: os discursos épico e lírico

PowerPoint®didáticos
Mensagem
Grelhas de avaliação
Grelha de autoavaliação – sequência 1

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lOMoARcPSD|17390962

Página 135
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 14.3.
Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência [...]. 14.8.
Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos e
narrativos.

Dossiê do Professor
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
Mensagem

Caderno de Testes e Questões de aula


Questão de aula – Mensagem

Página 136
Ficha Formativa
Cotações:
Grupo I
Educação Literária – 100 pontos
Grupo II
Leitura e Gramática – 50 pontos
Grupo III
Escrita – 50 pontos

PowerPoint®didáticos
Correção da Ficha Formativa 1

Grupo I
A
1. O tempo da infância é caracterizado como um tempo “suave” (v. 5), feliz, marcado
pelo “sossego” (vv. 6 e 7) e pela despreocupação, nomeadamente em relação ao fluir
do tempo (v. 8). É um tempo de satisfação (“tudo bom”, v. 10), de união familiar,
simbolizada na presença das “tias” (v. 6) e organizado segundo rotinas reconfortantes
(vv. 9-11).
2. A interrogação retórica introduz uma reflexão emotiva do sujeito poético sobre o
presente, reconhecido, no verso anterior, como o tempo em que o bem-estar da
infância está “morto” (v.

Página 62 de 154
11). Face à constatação da perda do “bom” (v. 10) e do “bem” (v. 11) lembrados
anteriormente, o “eu” manifesta a sua extrema saudade desses tempos felizes e o
sofrimento por reconhecer que nada na sua vida se parece com eles. A repetição da
forma verbal “dói”, no penúltimo verso, intensifica a dor do sujeito poético, que o leva,
em desespero, no fim do poema, a dirigir-se diretamente aos elementos recordados, na
esperança de conseguir afastar memórias dolorosas.
3. Os advérbios “aqui” e “lá” sugerem o afastamento que, na mente do sujeito poético,
vai marcando as recordações evocadas. O primeiro remete para o passado sentido
como próximo pela lembrança de um tempo feliz; o segundo denota o afastamento

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gerado pela introdução das notas sobre o presente.

Página 137
Grupo I
B
4. Por meio da repetição, intensifica-se a ideia de desapego e de libertação de seres ou
elementos marcados pela perda ou pela destruição (física ou psicológica).
5. O sujeito poético revela a sua angústia existencial e o seu desalento por meio da
aproximação a seres e realidades cuja existência é marcada pela desventura. O seu
constante apelo para que sejam libertados os seres e elementos que vivem infelizes ou
sem condições (“a ave, a quem roubaram / Ninho e filhos e tudo”, vv. 1-2, “a vela, que
arrojaram/Os tufões pelo mar”, vv. 5-6, “a alma lastimosa, / Que perdeu fé e paz e
confiança”, vv. 9-10, “a nota desprendida/Dum canto extremo…”, vv. 12-13) o que
realmente expressa é o seu próprio desejo de libertação em relação à “vida” (v. 14).
Subentende-se, assim, uma aproximação metafórica da sua situação à das entidades a
que se referiu anteriormente, com as quais partilha experiências de perda e de
infelicidade.

Página 139
Grupo II
1. (B). 2. (C). 3. (A). 4. (D). 5. (B). 6. (C). 7. (D).
8. Modalidade epistémica com valor de probabilidade.
9. Complemento agente da passiva.
10. “monólogos de cada personagem” (ll. 61-62).

Soluções de atividades
Cotações, sugestões de resolução e grelhas de correção da Ficha Formativa 1

Caderno de Testes e Questões de aula


Testes por sequência – Testes 1, 2 e 3, com matrizes, grelhas de correção e sugestões de
resolução

Página 142
EL

Página 63 de 154
O Programa apenas prevê a leitura integral de dois dos três contos sugeridos.
Apresentam-se os três, na íntegra, de forma a possibilitar escolhas e trabalhos
diferenciados.

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MC
O12 – 5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos
expressivos adequados.
L12 – 7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
9.1. Exprimir pontos de vista suscitados por leituras diversas, fundamentando.

Sugestões de abordagem do texto “As histórias de nós”:


• Explicitação do sentido global do texto;
• Expressão oral de pontos de vista suscitados pela relação entre o último parágrafo e o
resto do texto.

Página 143
MC
EL12 – 15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário
individual e coletivo. L12 – 7.4. Identificar universos de referência ativados pelo texto.

Sugestões de abordagem do texto “O Conto português”:


• Comentário à expressão “só os portugueses poderiam ter sido autores e escritores dos
seus contos” (ll. 20-21), relacionando-a com o sentido do termo “portugalidade” (l. 11);
• Troca de impressões sobre os temas referenciados nas linhas 17-18 e registo de contos
de que os alunos se lembrem, que possam ser-lhes associados.

Dossiê do Professor
Fichas de trabalho por domínio – Gramática
Fichas globais

Página 145
Leitura | Compreensão
MC
L12 – 7.3. Fazer inferências, fundamentando.
7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
7.5. Explicitar o sentido global do texto, fundamentando.
7.6. Relacionar aspetos paratextuais com o conteúdo do texto.

1.1. (D)
1.2. (B)
1.3. (B)
1.4. (C)
1.5. (A)

Outros (Inter)Textos
“O Conto” de José Luís Peixoto

Página 64 de 154

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Página 146
Leitura para informação
MC
L12 – 8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.
8.2. Elaborar tópicos que sistematizem as ideias-chave do texto, organizando-os
sequencialmente. EL12 – 14.10. Reconhecer e caracterizar textos quanto ao género
literário: o conto.

1. (a) Poucas personagens; (b) duração concentrada (unidade de tempo); (c) único
espaço (unidade de espaço); (d) densidade dramática.
1.1. (C)

Página 147
Pré-leitura | Oralidade
MC
O12 – 1.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
1.3. Fazer inferências.
EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma
época e de diferentes épocas.

Registos radiofónicos
Uma questão de ADN (TSF) e respetiva transcrição

1.1. A tradição da escrita na família; a origem do talento é genética.


1.2. a. As filhas de Mário de Carvalho dedicam-se, tal como o pai, à escrita e são
reconhecidas pela qualidade do seu trabalho. b. A jornalista questiona se o talento de
Ana Margarida de Carvalho foi transmitido por via genética; existe, portanto, uma
ligação com o nome do programa, já que ADN é a sigla que identifica o ácido
desoxirribonucleico “que é o principal constituinte dos cromossomas e tem um papel
fundamental na determinação das características hereditárias, dado que armazena a
informação genética transmitida na divisão celular”.
[In Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2016.
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/ADN [Consult.
2016-10-12] 1.3. No texto, as personagens Ramon e Doutor João Pedro Bekett
desempenham as profissões de semaforeiro e médico, respetivamente. Os seus filhos e
netos darão continuidade ao ofício e/ou vocação dos pais, tal como aconteceu com as
filhas de Mário de Carvalho.

Recursos multimédia
Interatividade – Vida e obra de Mário de Carvalho

PowerPoint®didáticos
“Famílias desavindas”

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Página 150

Página 65 de 154
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.4. Fazer inferências, fundamentando.
14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no
Programa. 14.10. Reconhecer e caracterizar textos quanto ao género literário: o
conto. 15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados nos textos.
15.2. Valorizar uma obra enquanto objeto simbólico, no plano do imaginário individual
e coletivo.

1. No conto, descreve-se a relação conflituosa entre Ramon e o Doutor João Pedro


Bekett, continuada pelos descendentes das duas famílias que se mantiveram em
discórdia.

Página 151
2. (C) – 1.oe 2.oparágrafos;
(F) – 3.oparágrafo;
(E) – 4.oparágrafo;
(D) – 5.oparágrafo;
(B) – 6.oparágrafo;
(H) – 7.oparágrafo;
(A) – Do 8.oao 12.oparágrafos;
(G) – Do 13.oao 16.oparágrafos.
2.1. Introdução: 1.oe 2.oparágrafos (Contextualização relativa aos semáforos da Rua
Fernão Penteado); Desenvolvimento: 3.oa 15.oparágrafos (Apresentação das
personagens e narração das peripécias associadas à relação conturbada entre elas);
Conclusão: 16.º parágrafo (Desfecho inusitado da história: a reconciliação das famílias).
3.1. (1) “Dobrar do século XIX”; (2) “Primeira Guerra”; (3) “Segunda Grande Guerra”; (4)
“revolução de Abril”; (a) Ramon; (b) Ximenez; (c) Asdrúbal; (d) Paco; (e) Dr. João Pedro
Bekett; (f) João; (g) Paulo.
3.2. Os marcos históricos legitimam a verosimilhança da narrativa e assinalam a
passagem do tempo. Os conflitos referidos podem também remeter simbolicamente
para a evolução da relação entre as duas famílias.
3.3. (B)
4. Os semaforeiros estão ligados pelo “amor à profissão” (l. 30) e os médicos pelo “ódio
ao semáforo” (l. 53).
4.1. Os semaforeiros partilham as mesmas características e atuam, ao longo das
gerações, do mesmo modo, sem especificidades individuais.
4.2. A caracterização individual dos médicos é importante, uma vez que são as

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particularidades destas personagens que desencadeiam e perpetuam o conflito com os


semaforeiros. 5. Nestes parágrafos, apresenta-se o grupo dos médicos e explica-se a
origem do seu conflito com os semaforeiros.

Página 66 de 154
Página 152
6. A peripécia final dá a conhecer a reconciliação entre semaforeiros e médicos, quando
o Dr. Paulo, contrito, decide terminar com a quezília.
7. “A autoridade gostou do projeto e das garrafas de Bordéus que o jovem engenheiro
oferecia.” (ll. 10- -11) e “acabou por ser escolhido um galego chamado Ramon, que era
familiar do proprietário dum bom restaurante e nunca tinha pedalado na vida.” (ll. 23-
24) – crítica à atuação corrupta dos governantes. “Colegas maliciosos sustentavam que
ele praticava a terapia do sono.” (ll. 63-64) e “Uma ambulância levou o Paco antes que o
doutor tivesse entrado no capítulo das ‘manchas de sangue’.” (ll. 78-80) – caracterização
humorística da personagem.

Textos informativos complementares


“Famílias desavindas”
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
“Famílias desavindas”

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos
anteriores. 19.2. Distinguir relações de ordem cronológica.

1. (A)
2. (B)
3. a. 5; b. 4; c. 1; d. 7; e. 2.
4. a. “– As doenças são provocadas por vírus ou por bactérias. No primeiro caso,
chamam-se viróticas, no segundo, bacterianas.” (ll. 61-62);
b. “Colegas maliciosos sustentavam que ele praticava a terapia do sono.” (ll. 63-64); “[…]
o Dr. Paulo pedia aos clientes que passassem pelo homem do semáforo e lhe dissessem:
‘Arrenego de ti, galego!” (ll. 65-67).
4.1. Começava a dizer que as doenças eram provocadas por vírus ou por bactérias e que,
no primeiro caso, se chamavam viróticas, no segundo, bacterianas.

Página 153
Oralidade
MC
O12 – 1.5. Identificar argumentos.
1.7. Identificar marcas reveladoras das diferentes intenções comunicativas. 2.1.
Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de
tópicos e ideias-chave.

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O10 – 1.7. Explicitar, em função do texto, marcas da [...] reportagem [...].


EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma
época e de diferentes épocas.

Registos vídeo
Reportagem sobre semáforos de Lisboa (SIC) e transcrição
1.1. Para além do jornalista, existe o testemunho do Vereador da Estrutura Verde e
Energia da Câmara Municipal de Lisboa que dá uma maior credibilidade às informações
da reportagem. 1.2. Redução de custos; poupança de energia; menor manutenção;
maior visibilidade.

Página 67 de 154
PowerPoint®didáticos
Reportagem

Releitura(s)
MC
E12 – 10. Planificar a escrita de textos. (10.1.)
11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades. (11.1.)
12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3., 12.4.,
12.5. e 12.6.) 13. Rever os textos escritos. (13.1.)

1.1. Espera-se que os alunos recordem o relacionamento de Simão e Teresa, bem como
o desfecho trágico da vida dos dois jovens motivado pelo ódio que afasta as suas
famílias – famílias desavindas –, de modo a poderem relacionar essas informações com
a citação do texto.

PowerPoint®didáticos
Amor de Perdição
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
Amor de Perdição

Página 154
Pós-leitura
MC
L12 – 7.2. Explicitar a estrutura interna do texto, justificando.
7.3. Fazer inferências, fundamentando.
7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas da […] apreciação
crítica […]. 8.1. Selecionar criteriosamente informação relevante.

1.1. Primeiro parágrafo do artigo.


1.2. O autor pretende distinguir o género do conto do do romance quanto à presença de
momentos de descrição e ao ritmo narrativo.
1.3. “faz deles um bestiário cruel da nossa contemporaneidade” (ll. 12- -14), “Mário de
Carvalho tem a crédito o à-vontade com que domina os dois géneros.” (ll. 30-33),
“Tenderia mesmo a dizer que encontra no conto o seu lugar por excelência” (ll. 33-35).

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Recursos multimédia
Interatividade – Apreciação crítica

PowerPoint®didáticos
Apreciação crítica
Fichas de trabalho por domínio – Leitura
Apreciação crítica

Página 155
Gramática

Página 68 de 154
MC
G12 – 18.3. Identificar marcas das sequências textuais.

1. (A) Apresentar uma personagem.


(B) Dar voz à personagem.
(C) Narrar eventos que culminam com a peripécia que fecha o conto.
1.1. (A) Para a apresentação de personagens e para a sua descrição, utilizam-se,
predominantemente, o pretérito imperfeito do modo indicativo e adjetivos e expressões
caracterizadoras;
(B) Quando falam as personagens, na reprodução do seu discurso, recorre-se a formas
verbais que coincidam temporalmente com o momento de enunciação – presente do
indicativo –, podendo, naturalmente, estabelecer-se outras relações temporais, cuja
referenciação poderá implicar outros tempos verbais;
(C) Para o relato de eventos e para uma evolução da narrativa, é recorrente a utilização
do pretérito perfeito do indicativo e de articuladores temporais, elementos linguísticos
que promovem a progressão narrativa.
1.2. (A) Sequência descritiva.
(B) Sequência dialogal.
(C) Sequência narrativa.

Recursos multimédia
Interatividade – Organização de sequências textuais

PowerPoint®didáticos
Sequências textuais
Fichas de trabalho por domínio – Gramática
Sequências textuais

Página 157
Pré-leitura | Oralidade

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MC
O12 – 2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas,
registo de tópicos e ideias-chave.
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros. 16.2.
Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época e de
diferentes épocas.

Registos áudio
Tema musical “P’rà frente é que é Lisboa”, de Os Quatro e Meia, e transcrição.

1.1. a. O sujeito enunciador acorda quando ainda está escuro e sente-se sonolento e
desmotivado perante a perspetiva de mais um dia de trabalho. b. Ao percecionar o
amanhecer, o “eu” sente-se grato por estar vivo e, simultaneamente, satisfeito pela
novidade que um novo dia representa. 1.2. Embora ambos os sujeitos enunciadores
revelem desânimo e apatia quando acordam, a personagem do conto mantém uma
atitude de inércia ao longo do seu dia de trabalho, o que não

Página 69 de 154
se verifica na música, já que o “eu” decide abandonar essa postura e encarar o novo dia
com mais otimismo.

Recursos multimédia
Interatividade – Vida e obra de Manuel da Fonseca

PowerPoint®didáticos
“Sempre é uma companhia”

Página 158
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX [...].
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.

1.1. Batola: “Não faz nada” (l. 1), “Ele quase lhe não chega ao ombro, atarracado, as
pernas arqueadas.” (ll. 7-8), “solitário como um desgraçado” (l. 39). Esposa: “É a mulher
quem abre a venda […] volta à lida da casa” (ll. 3-4), “Muito alta [...] põe e dispõe” (ll. 4-
5), “Ela […] tem governado a casa” (ll. 34-36).
1.2. Trata-se de uma relação difícil, uma vez que Batola se sente inferiorizado em relação
à esposa, que é quem gere a casa e o negócio. Esta situação revolta-o e leva-o a ter
acessos de raiva e a ser violento com a mulher.
2. A hipérbole remete para a conceção psicológica do tempo; no verão, como há mais
horas de luz solar, os dias parecem maiores e quase intermináveis.
3. A ação decorre numa pequena aldeia, onde há pouco movimento, como sugere o
reduzido número de clientes que frequentam a venda. Os homens têm um trabalho
duro (“cansados da faina”, l. 45), provavelmente na agricultura. Trata-se de um espaço
economicamente deprimido.

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Oralidade
MC
EL12 – 14.1. Ler expressivamente em voz alta textos literários, após preparação da
leitura.

Página 160
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes
géneros. 14.4. Fazer inferências, fundamentando.
14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.

Página 70 de 154
1. Batola recorda o “velho Rata”, uma vez que o mendigo era a única pessoa que saía da
aldeia e que, por isso, tinha novidades para contar. Assim, Batola distraía-se enquanto
ouvia os seus relatos.
2. Uma aldeia no Alentejo.
2.1. a. Na aldeia, há um conjunto de casas que se destaca da paisagem despida de
presença humana, o que provoca um sentimento de isolamento no protagonista. Além
disso, os homens passam o dia no campo e, quando regressam, vão para casa. b. Batola
sente uma enorme solidão provocada pela ausência de convívio com os habitantes da
aldeia.
3. A hipérbole (“o entardecer demora anos”, ll. 28-29) e a personificação (“A noite vem
de longe, cansada, tomba tão vagarosamente”, ll. 29-30) enfatizam a vivência
psicológica do tempo. As expressões “Carregado de tristeza” (l. 28) e “magoada
penumbra” (ll. 31-32) concretizam hipálages que reforçam o sofrimento de Batola,
decorrente do isolamento em que se encontra.
4. “Está preso e apagado no silêncio que o cerca.” (l. 39)
5. No último parágrafo, ficamos a saber que algo inesperado vai acontecer (“sem
pressentir que aquela noite é a véspera de um extraordinário acontecimento”, ll. 45-46).

Gramática
G12 – 19.3. Distinguir valores aspetuais.

1.1. (D)

Página 163
Leitura | Compreensão
MC

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EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes


géneros. 14.4. Fazer inferências, fundamentando.
14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
14.8. Mobilizar os conhecimentos adquiridos sobre as características dos textos poéticos
e narrativos.

1. O marcador “De facto” confirma a novidade anunciada no final do texto anterior. 2.


Através das falas do vendedor, compreendemos que a aldeia é um local isolado quer em
termos geográficos quer em relação à comunicação com o meio exterior.
3. A expressão remete para o tempo psicológico, o tempo que o Batola, provavelmente
semianalfabeto, está concentrado na leitura, que faz com lentidão.
4. Ao longo do diálogo, o vendedor fala com o Batola de forma descontraída,
procurando estabelecer uma aproximação com o potencial cliente a fim de garantir a
venda da telefonia. Já atendendo à reação negativa da esposa, o vendedor dirige-se a
ela de modo mais formal, pois percebe que é ela quem decide.
4.1. O episódio sugere uma alteração no relacionamento do casal, com o confronto e o
desafio lançado pelo Batola à autoridade da esposa (l. 70).

Página 164

Página 71 de 154
Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos
anteriores. 18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
18.3. Identificar marcas das sequências textuais.
19.1. Identificar e interpretar formas de expressão do tempo.
19.3. Distinguir valores aspetuais.

1.1. (C); 1.2. (D); 1.3. (D); 1.4. (B)


2. Pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo – ação anterior a outra ação
também passada.
3. Valor imperfetivo.
4. Oração subordinada substantiva relativa; desempenha a função sintática de
predicativo do sujeito.
5.1. “isso”, “aqui” – deíticos espaciais; “eu”, “saio” – deíticos pessoais; “saio”, “hoje” –
deíticos temporais.
5.2. A esposa do Batola disse-lhe que, se aquilo ali ficasse, ela saía/sairia naquele
mesmo dia de casa. Ele que escolhesse.

Fichas de trabalho por domínio – Gramática


Funções sintáticas
Frase complexa
Dêixis
Coesão textual

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Reprodução do discurso no discurso

Página 167
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.4. Fazer inferências, fundamentando.
14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.
14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.
14.9. Identificar e explicitar o valor dos recursos expressivos mencionados no
Programa. 14.10. Reconhecer e caracterizar textos quanto ao género literário:
o conto. 15.1. Reconhecer valores culturais, éticos e estéticos manifestados
nos textos. 15.3. Expressar pontos de vista suscitados pelos textos lidos,
fundamentando.

1. 1.aparte: parágrafos 1 a 5 (descrição do dia e da noite em que o vendedor deixou a


telefonia na venda); 2.aparte: parágrafos 6 a 14 (descrição da mudança de hábitos dos
habitantes da aldeia; 3.ª parte: parágrafos 15 a 18 (a intervenção da mulher de Batola,
que muda de ideias relativamente à manutenção do aparelho na venda).
2. Curiosidade, surpresa (“onde entraram com um olhar admirado”, ll. 8-9) e entusiasmo
(“recolheram a casa, discutindo […] numa grande animação”, ll. 12-13).

Página 72 de 154
3.1. Os habitantes passaram a frequentar a venda do Batola e a conviver uns com os
outros, pelo que o sentimento de isolamento se desvaneceu. Assim, verificou-se uma
alteração na vivência psicológica do tempo (“os dias passam agora rápidos”, l. 26).
3.2. Através da repetição da preposição, destaca-se o facto de todos os habitantes da
aldeia acorrerem à venda do Batola para passarem o serão, mesmo os mais
improváveis, como era o caso das mulheres, e o facto de as “velhas” dançarem,
acontecimento pouco expectável. 3.3. O Batola acorda cedo e assume as tarefas da
venda, enquanto a esposa fica em casa e raramente aparece na taberna.
4. A metáfora caracteriza os habitantes de Alcaria e remete para o espaço psicológico.
Com a saída da telefonia, os habitantes voltariam a ser um grupo indistinto e rotineiro.
Regressariam à sua situação de solidão e isolamento e ficariam, novamente, “muito
longe” e sentindo-se no “fim do mundo”.
5.1. A esposa muda a sua atitude em relação ao marido; em vez da postura autoritária
inicial, surge “com um ar submisso” (l. 50) e, por isso, faz o pedido ao marido, com
humildade, em jeito de murmúrio.
6. A reviravolta no relacionamento do Batola com a esposa, que parecem finalmente
estar em sintonia, resulta inesperada e faz compreender a importância da telefonia, não
só para a aldeia, mas para a vida do casal.

Textos informativos complementares


“Sempre é uma companhia”

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Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária


“Sempre é uma companhia”

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos anteriores.

1. e 1.1. a. F. É uma conjunção subordinativa temporal; b. V; c. F. Os elementos “que”


são, respetivamente, conjunção subordinativa consecutiva e pronome interrogativo; d.
F. “onde” é um pronome relativo e “quase” é um advérbio de quantidade e grau.

Página 73 de 154
Página 168
Oralidade
MC
O12 – 2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas,
registo de tópicos e ideias-chave.
1.7. Identificar marcas reveladoras das diferentes intenções comunicativas.
O11 – 1.7. Explicitar, em função do texto, marcas da [...] exposição sobre um
tema [...].

CD áudio 1 Faixa 19
Transcrição do texto no Dossiê do Professor

1.1. Caracterização da rádio enquanto meio de comunicação; funções da rádio em


Portugal; importância do 25 de Abril na história da rádio; panorama atual.
1.2. (C) e (D).

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1.3. Informações objetivas e rigorosas: “Com um passado que remonta ao início do


século XX”, “Os anos 50 foram marcados pelo aparecimento da televisão em Portugal.”;
Vocabulário simples e direto: “as rádios passaram a tentar conhecer de forma mais
exata o que as pessoas querem ouvir”, “as rádios parecem todas iguais”.

Escrita
MC
E12 – 10. Planificar a escrita de textos. (10.1.)
11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades. (11.1.)
12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3., 12.4.,
12.5. e 12.6.) 13. Rever os textos escritos. (13.1.)

1. No cartoon, há três homens que estão num pódio: o que ocupa o primeiro lugar está
em cima de uma televisão e apresenta um ar vitorioso, sorridente e fazendo um gesto
de vitória; o que ganhou a medalha de prata coloca-se sobre um rádio e tem os braços
caídos e uma expressão de desapontamento; no terceiro lugar, vemos um homem com
os olhos muito esbugalhados que manifesta o seu desagrado, o que é visível no rosto e
na posição dos braços. Por baixo dos seus pés, vemos um livro. Curiosamente, a altura
dos homens é proporcionalmente inversa ao lugar que ocupam no pódio.

Página 169
1.1. Espera-se que os alunos reflitam sobre a prevalência da televisão na ocupação dos
tempos livres das pessoas, em detrimento da rádio e dos livros. Será interessante
observar que, na atualidade, a Internet se sobrepõe, em termos de relevância no
quotidiano, à própria televisão.

Releitura(s)
MC
EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma
época e de diferentes épocas.
E12 – 10. Planificar a escrita de textos. (10.1.)
11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades. (11.1.)
12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3., 12.4.,
12.5. e 12.6.) 13. Rever os textos escritos. (13.1.)

Página 74 de 154
1. Espera-se que os alunos recordem, no caso da “Farsa de Inês Pereira”, a perspetiva
romântica de Inês em relação ao casamento e a forma como se irá confrontar com um
marido (Brás da Mata) autoritário e violento. No “Auto da Feira”, espera-se que
recordem o diálogo entre os dois lavradores que se queixam das suas mulheres, uma
muito branda, a outra demasiado colérica, e as próprias esposas, que também se
mostram descontentes com os seus maridos. Assim, tal como no conto de Manuel da
Fonseca, em ambos os textos, percebemos que o casamento é apresentado como uma
relação que se caracteriza pela falta de harmonia entre marido e mulher.

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A Farsa de Inês Pereira
O Auto da Feira

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Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária


Farsa de Inês Pereira
Auto da Feira

Página 171
Pré-leitura
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes géneros.
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época
e de diferentes épocas.

1.1. O sujeito poético faz uma caracterização negativa de si próprio, assumindo a sua
existência quase insignificante (v. 2), resultado de um conjunto de experiências pelas
quais passou (vv. 5-7). 1.2. O último verso sugere a conformação do sujeito poético em
relação a si próprio, pesem embora as características menos positivas associadas à sua
pessoa.
1.3. Tal como o sujeito poético, George personifica a natureza complexa do ser humano,
na medida em que a construção do “eu” é um processo contínuo para o qual
contribuem as experiências passadas mas também as expectativas relativas ao futuro.

Sugestão: Considerando que o questionário de análise do conto se encontra estruturado


de acordo com quatro momentos do texto, sugere-se a leitura faseada de cada um
desses momentos e subsequente resolução das perguntas que lhe estão associadas.
Pode igualmente desenvolver se uma atividade de leitura em voz alta das diversas
partes, previamente preparada.

Recursos multimédia
Interatividade – Vida e obra de Maria Judite de Carvalho

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“George”

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Página 178
Leitura | Compreensão
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX [...].
14.3. Identificar temas, ideias principais, pontos de vista e universos de referência,
justificando. 14.4. Fazer inferências, fundamentando.

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14.5. Analisar o ponto de vista das diferentes personagens.


14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.

1.1. (a) “eu-passado” (b) 18 anos; (c) “dois olhos largos, semicerrados, uma boca fina,
cabelos escuros, lisos, sobre um pescoço alto de Modigliani” (ll. 20-21), “rapariguinha
frágil” (l. 75), “lindo sorriso branco” (l. 110); (d) juventude; (e) 45 anos; (f) “Fez loiros os
cabelos, de todos os loiros, um dia ruivos por cansaço de si, mais tarde castanhos, loiros
de novo, esverdeados, nunca escuros, quase pretos, como dantes eram.” (ll. 33-35),
“olhos de pupilas escuras, semicirculares” (l. 125); (g) idade adulta; (h) “eu-futuro”; (i) 70
anos; (j) “mãos enrugadas” (l. 129), “Uma velha de cabelos pintados de acaju, de rosto
pintado de vários tons de rosa, é certo que discretamente mas sem grande perfeição. A
boca, por exemplo, está um pouco esborratada.” (ll. 133-135).
1.2. George evoca o seu passado, materializado na figura de Gi e perspetiva o seu
futuro, criando uma imagem mental de si própria na velhice, a Georgina.
1.3. O “lindo sorriso” e os “cabelos escuros” de Gi são substituídos pelo sorriso alheado
e os cabelos pintados de Georgina. Os nomes da personagem coadunam-se com os
diferentes momentos da sua evolução: Gi é um nome constituído por apenas uma
sílaba, uma abreviatura carinhosa usada até à sua juventude; George transmite uma
maior sobriedade; poderá tratar-se do nome artístico da pintora; Georgina é o nome
mais longo, mais sério e pesado (também pelo número de sílabas), condizendo com a
idade.
2. George encontra-se a caminhar numa “longa rua” (l. 3) num dia de
muito calor. 3. A utilização do plural indicia a existência de duas
personagens.
4. George aprecia a liberdade e, por isso, evita criar vínculos com objetos e lugares.
Assim, a pergunta reforça a ideia de que as perdas da personagem poderão ser
deliberadas. 5. As referências às “malas” mostram a evolução da personagem no que diz
respeito ao seu estatuto social. De origens humildes, George alcançou um bem-estar
económico que lhe permite adquirir artigos mais sofisticados.

Página 179
6. Na época em questão, não parece ser aceitável uma mulher partir sozinha para uma
cidade grande, já que esse seria um local de perdição. A mulher deve cumprir o seu
papel, isto é, casar, ter filhos e tomar conta da casa (ll. 92-95).
7. A venda da casa pode representar a rutura com o seu passado.
8. Trata-se da metamorfose de George pela referência ao retrato (“um retrato meu, de
rapariguinha”, l. 149), que corresponde à fotografia mencionada no início do conto (ll.
13-15), e pela indicação de que “está a ver pior” (l. 158), anteriormente referenciada (ll.
62-64). 9. A interrogação reforça a ideia de metamorfose da figura feminina, salientando
a evolução e transformação da personagem.
10. A senhora de idade simboliza a voz da experiência, o saber empírico que alerta
George para os problemas com que se deparará no futuro. Esta figura, fruto da sua
imaginação, pode ser vista como a representação de um medo inconsciente da
personagem.

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11. Trata-se de uma estratégia narrativa. O narrador desvela, agora totalmente, a

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dinâmica do conto, entre a realidade da personagem, a sua memória e a sua


imaginação. 12. Depois das suas digressões ao passado e ao futuro, George tranquiliza-
se por poder voltar a casa e por se convencer que, graças ao seu dinheiro, na velhice,
não será uma pessoa só, contrariamente ao prognóstico de Georgina.
13. A evolução da sua vida reflete naturalmente a complexidade humana, também
espelhada no nome: a abreviatura Gi, decorrente de um tratamento carinhoso de
infância que se prolonga até à juventude, será também imagem de submissão aos
ditames familiares e sociais; George, o nome do presente do conto, indicia a rutura que
a personagem pretendia, procurando voar em liberdade – o nome não é português, o
que denota o cosmopolitismo procurado, sugerindo ainda alguma ambiguidade de
género (o nome é masculino); Georgina será o nome de registo da personagem,
assumido pelo narrador na imaginação da figura da velhice, como numa atitude de
resignação, de assunção de uma identidade inteira e final.
14. Resposta pessoal.

Gramática
MC
G12 – 17.1. Consolidar os conhecimentos gramaticais adquiridos nos anos
anteriores. 18.2. Distinguir mecanismos de construção da coesão textual.
18.3. Identificar marcas das sequências textuais.
19.3. Distinguir valores aspetuais.
19.4. Identificar e caracterizar diferentes modalidades.

1. George perguntou a Gi se ainda desenhava ao que ela respondeu afirmativamente,


referindo que se não desenhasse daria em maluca. Acrescentou ainda que eles
achavam que ela tinha muito jeitinho, que um dia havia de ser uma boa senhora da vila,
uma esposa exemplar, uma mãe perfeita, tudo aquilo com muito jeito para o desenho.
Finalmente, disse que até poderia fazer retratos das crianças quando tivesse tempo.
2.1. “É certo que podia pôr os óculos” – oração coordenada; “que podia pôr os óculos” –
oração subordinada substantiva completiva; “mas sabe que não vale a pena tal
trabalho” – oração coordenada adversativa; “que não vale a pena tal trabalho” – oração
subordinada substantiva completiva.
2.2. “que podia pôr os óculos” – sujeito; “que não vale a pena tal trabalho” –
complemento direto.

Página 180
3. a. V; b. F. Coesão temporal.; c. F. Possibilidade.; d. V; e. V; f. F. Trata-se de uma forma
verbal conjugada no futuro.; g. F. Complemento do nome.; h. F. Apenas a segunda
apresenta sujeito subentendido.; i. V.
4. Exemplos: ll. 20-21 (sequência descritiva – adjetivos e expressões caracterizadoras); ll.
38-44 (sequência narrativa – verbos de ação, tempos verbais no passado, conectores
temporais); ll. 81- 102 (sequência dialogal – presença da 1.ª e 2.ª pessoas; formas
verbais no indicativo).

Oralidade
MC
O12 – 1.1. Identificar tema e subtemas, justificando.
2.1. Diversificar as modalidades de registo da informação: tomada de notas, registo de

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tópicos e ideias-chave.
4.1. Debater e justificar pontos de vista e opiniões.

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EL12 – 16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma
época e de diferentes épocas.
G12 – 18. 4. Identificar e interpretar manifestações de intertextualidade.

Registos áudio
Tema musical “Dona Laura” de Miguel Araújo e transcrição.

1.1. a. Laurinha é uma jovem decidida, “dona da vida”, crítica em relação à realidade tal
como George e Gi.
b. Tal como no conto, aqui vemos representadas as fases da juventude (Laurinha / Gi) e
idade adulta (mãe da Laurinha e Georgina).
c. Existe um conflito entre aquilo que Laurinha / Gi querem e aquilo que os pais e a
sociedade desejam para elas. As jovens assumem uma atitude desafiadora em relação
às convenções sociais. Porém, a evolução de Gi nada tem de coincidente com o que o
tema musical vaticina para Laurinha: será mais “D. Laura” que a sua mãe.

Página 181
Escrita
MC
E12 – 10. Planificar a escrita de textos. (10.1.)
11. Escrever textos de diferentes géneros e finalidades. (11.1.)
12. Redigir textos com coerência e correção linguística. (12.1., 12.2., 12.3., 12.4.,
12.5. e 12.6.) 13. Rever os textos escritos. (13.1.)
EL12 – 15.5. Escrever exposições (entre 130 e 170 palavras) sobre temas respeitantes às
obras estudadas, de acordo com um plano previamente elaborado pelo aluno.
16.2. Comparar temas, ideias e valores expressos em diferentes textos da mesma época
e de diferentes épocas.

1. Resposta pessoal.

Textos informativos complementares


“George”
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
“George”
Caderno de Testes e Questões de aula
Teste de compreensão do oral 3

Pós-leitura
MC
L12 – 7.7. Explicitar, em textos apresentados em diversos suportes, marcas dos
seguintes géneros: diário [...].

1.1. Registos apresentados por ordem cronológica (“1 de novembro”, “15 de novembro”,

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“22 de novembro”); marcas de 1.ª pessoa (“meu dentista”); proximidade do tempo da


escrita (“Ontem”); apreciações de carácter pessoal (“Admiro-a muito”).

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Página 182
Projeto de Leitura
MC
EL12 – 15.6. Ler uma ou duas obras do Projeto de Leitura relacionando-a(s) com
conteúdos programáticos de diferentes domínios.
E12 – 11.1. Escrever textos variados, respeitando as marcas do género: [...] apreciação
crítica [...]. Ou
O12 – 3.1. Planificar o texto oral elaborando um plano de suporte, com tópicos,
argumentos e respetivos exemplos.
5.1. Produzir textos orais seguindo um plano previamente elaborado.
5.2. Produzir textos linguisticamente corretos, com riqueza vocabular e recursos
expressivos adequados.
5.3. Mobilizar adequadamente marcadores discursivos que garantam a
coesão textual. 6.2. Respeitar as marcas de género do texto a produzir.
O11 – 6.1. Produzir os seguintes géneros de texto: [...] apreciação crítica [...].

1.1. Espera-se que os alunos, a partir da leitura do excerto, apontem como aspeto
comum entre os contos estudados: os relacionamentos conflituosos.

Projeto de Leitura
Sinopses e informações sobre as obras no Dossiê do Professor

Página 183
MC
EL12 – 14.10. Reconhecer e caracterizar textos quanto ao género literário: o conto.

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“Famílias desavindas”
“Sempre é uma companhia”
“George”

Página 184
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes

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géneros. 14.10. Reconhecer e caracterizar textos quanto ao género


literário: o conto.

PowerPoint®didáticos
“Famílias desavindas”
“Sempre é uma companhia”
“George”
Textos informativos complementares
“Famílias desavindas”
“Sempre é uma companhia”

Página 79 de 154
“George”

Página 185
MC
EL12 – 14.2. Ler textos literários portugueses do século XX, de diferentes
géneros. 14.6. Explicitar a forma como o texto está estruturado.
14.7. Estabelecer relações de sentido entre situações ou episódios.

Recursos multimédia
Interatividade – Manuel da Fonseca: “Sempre é uma companhia” (excerto)

Dossiê do Professor
Fichas de trabalho por domínio – Educação Literária
“Famílias desavindas”
“Sempre é uma companhia”
“George”

Grelhas de avaliação
Grelha de autoavaliação – sequência 2

Caderno de Testes e Questões de aula


Questão de aula – Contos

Página 186
Ficha Formativa
Cotações:
Grupo I
Educação Literária – 100 pontos
Grupo II
Leitura e Gramática – 50 pontos
Grupo III
Escrita – 50 pontos

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Correção da Ficha Formativa 2

Grupo I
A
1. As transformações físicas revelam o carácter livre da personagem, que exterioriza,
através da cor com que pinta o cabelo, o seu desprendimento em relação à vida, à
criação de hábitos e de rotinas.
2. A enumeração e as interrogações retóricas reforçam a inconstância da personagem. 3.
Viver em “casas mobiladas” permite à protagonista uma maior liberdade e revela o seu
desprendimento em relação a qualquer objeto material.

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