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5. GRUPO I
A utilização das reticências na réplica de Maria, entre as
Parte A
linhas 9 a 12, marca uma pausa da personagem para
refletir sobre as palavras e ações afetuosas da mãe e do 1.
pai. Além disso, as reticências permitem evidenciar a O narrador considera que Batola e a sua mulher são
tentativa de recuperar o que sonhara durante a noite, pessoas muito diferentes. De facto, António Barrasquinho
revelando a sua hesitação ao tentar referir-se à sua «Não faz nada, levanta-se quando calha» (ll. 1-2), o que
situação de saúde. As reticências revelam também a sua denuncia a sua inércia e falta de ação. Além disso, vive
emotividade ao evocar o amor e o carinho que os pais numa constante preguiça e sonolência, tentando «afastar
revelam ao prestarem-lhe tantos cuidados e atenção, os restos do sono» (ll. 10-11). Por seu lado, a mulher de
mostrando também a sua inquietação por sentir que não Batola é uma pessoa enérgica, já que é ela que abre a
consegue amenizar as preocupações reveladas pelos pais. venda, atende os clientes e faz a «lida da casa» (l. 4).
Apesar de ser uma pessoa «grave» e discreta, é «ela
6.
quem ali põe e dispõe» (l. 5), evidenciando a sua
C.
determinação em ter tudo organizado.
Parte C 2.
7. Tópicos de resposta D.
– Em «Sempre é uma companhia», o sentimento de 3.
solidão inicial, potenciado pela imensidão do espaço e Estas afirmações do narrador enfatizam a revolta que a
pelo silêncio dos campos sem fim, acompanha os monotonia de Alcaria e a forma de agir da mulher
sentimentos de vazio e inércia, vividos pelas despertam em Batola. Este recorre à bebida e cospe de
personagens, nomea-damente Batola, que vive num forma agressiva, já que a mulher lhe troca as voltas e faz
marasmo e solidão tão grandes que se entrega tudo «como ela entende que deve ser feito» (l. 33).
totalmente à bebida. Assim, Batola torna-se agressivo e a sua revolta
– Após a chegada da telefonia, a venda de Batola, espaço intensifica-se com a passagem do tempo.
de tristeza e solidão, transforma-se num espaço
privilegiado de convivialidade, onde as pessoas se Parte B
sentem livres e felizes, com vontade de viver. Após o 4.
jantar, reúnem-se e comunicam sobre as notícias do No poema «O dos Castelos», o sujeito poético perspetiva
mundo e dançam ao som da música. Batola transforma- a «Europa» como uma figura feminina, deitada e que se
se e adquire hábitos que mostram uma rotina e ação sustenta sobre os cotovelos. O rosto da «Europa» é
muito maiores. Portugal e a sua atitude revela estagnação e adorme-
cimento.
GRUPO II
5.
1. A; 2. C; 3. D; 4. D; 5. B.
GRUPO I
Parte A
1.
Ao longo do poema, o sujeito poético apresenta-se como
um ser marcado pela dualidade entre o Bem e o Mal.
Assim, confessa-se «pecador» (v. 2), mas,
simultaneamen-te, «Possesso / De virtudes teologais»
(vv. 8-9). Além disso, no desenvolvimento do poema,
revela-se como uma figura ora cega e raivosa ora terna e
serena, defendendo também que possui tanto
características humanas como divinas e transcendentes
(«ser um anjo caído / Do tal Céu que Deus governa» (vv.
33-34). Desta forma, enfatiza-se a sua totalidade,
marcada por facetas antagónicas.
2.
A estrutura do poema apresenta um caráter circular, uma
vez que o sujeito poético termina com um verso igual ao
que inicia a composição poética. Assim, a confissão que
faz no início do texto é desenvolvida ao longo das
diversas estrofes e é sintetizada na última, onde conclui
que tudo o que referiu anteriormente faz parte da sua
essência e identidade.
3.
D.
Parte B
4.
Nas primeira e segunda estrofes ou coblas, a amiga, o
sujeito poético, sente-se feliz e satisfeita, pois foi à fonte
lavar os cabelos, o que a levou a considerar-se «louçana»
(v. 3). Nas terceira e quarta estrofes, o seu estado de
espírito mantém-se, referindo que toda essa felicidade,
satisfação e alegria advinham do encontro com o seu
amigo, que lhe dissera que estava muito formosa (vv. 8-
9).
5.
A mãe assume o papel de confidente do sujeito poético: a
amiga transmite à mãe a sua alegria por ver o amigo na
fonte onde foi lavar as tranças.
6.