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REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO


DIRECÇÃO NACIONAL DE ENSINO SECUNDÁRIO

STOP SIDA STOP COVID -19


FICHA TÉCNICA

Título: O meu caderno de actividades de Português - 10ª Classe


Direcção: Gina Guibunda & João Jeque
Coordenação Manuel Biriate
Elaboradores: Isaías Mulima, Rui Manjate & Filomena Tovela
Concepção gráfica e layaout Hélder Bayat & Bui Nguyet
Livro em linhas continua, google
Impressão e acabamentos: MINEDH
Revisão: Isaías Mulima
Tiragem: xxx exemplares.
ÍNDICE

UNIDADE DIDÁCTICA 1 TEXTOS ADMINISTRATIVOS

1. Constituição da República
2. Verbos Irregulares
3. Preposições
6
UNIDADE DIDÁCTICA 2 TEXTOS ADMINISTRATIVOS

1. A carta comercial
2. O curriculum vitae
3. Pronomes pessoais reflexos
13
UNIDADE DIDÁCTICA 3 TEXTOS JORNALÍSTICOS

1. A entrevista
2. Conjugação perifrástica
19
UNIDADE DIDÁCTICA 4 TEXTOS MULTIUSOS

1. O texto expositivo-argumentativo
2. Orações reduzidas
3. Advérbios
4. Verbos com particípio duplo
25
UNIDADE DIDÁCTICA 5 TEXTOS LITERÁRIOS

1. O texto narrativo
2. O atributo e o aposto
35
UNIDADE DIDÁCTICA 9 TEXTOS JORNALÍSTICOS

1. A publicidade
2. Orações subordinadas interrogativas
39
UNIDADE DIDÁCTICA 11 TEXTOS LITERÁRIOS

1. O texto poético
2. Advérbios de intensidade, dúvida e ordem
43
UNIDADE DIDÁCTICA 12 TEXTOS DE PESQUISA E ORGANIZAÇÃO DE DADOS

O Relatório
46
UNIDADE DIDÁCTICAS 13, 14, 15 e 16 FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. Uso das preposições Sob e Sobre


2. Composição de palavras
3. Funções do Que (orações relativas, integrantes, causais e consecutivas)
4. Flexão dos substantivos e adjectivos – casos especiais
49
INTRODUÇÃO

O presente Caderno de Actividades pretende ser um instrumento fundamental para a


sua aprendizagem diária, um modo de relação múltipla, dinâmica e interactiva com a
sua experiência do quotidiano e o imaginário criador da linguagem e da sua visão do
mundo. Essa relação permite ganhar a consciência progressiva de que o saber
linguístico, para além de ser meramente quotidiano, garante o desenvolvimento de uma
competência não apenas pessoal, mas, acima de tudo, social.
Sob a orientação do(a) seu(sua) professor(a) poderá continuar a progredir e a
desenvolver as suas capacidades de compreensão e expressão em língua portuguesa,
através de uma gama de textos de natureza diversificada, aspectos de funcionamento
da língua e actividades que permitirão:
- ganhar o gosto pela leitura;
- enriquecer o seu vocabulário;
- ter consciência das regras gramaticais que regem o funcionamento da língua;
- aperfeiçoar a sua expressão escrita;
- aperfeiçoar a sua ortografia;
- desenvolver a capacidade de produção de textos funcionais e mais.

Esperamos que o presente Caderno de Actividades seja um contributo valioso para a


sua caminhada académica.
UNIDADE DIDÁCTICA 1 TEXTOS ADMINISTRATIVOS

1. Constituição da República

2. Verbos Irregulares

3. Preposições

RESUMO
Textos normativos
Como vimos na 9ª classe, textos normativos são aqueles que regulam as normas de
funcionamento de uma organização ou instituição.

Tipos de textos normativos


Há vários tipos de textos normativos como, por exemplo: regulamento; estatutos; leis;
constituição da república; e declaração dos direitos.
Desses tipos de textos normativos, nesta unidade vamos destacar a Constituição da República.

1. Constituição da República
A Constituição da República é a lei fundamental que regula os direitos e garantias dos cidadãos

2. Verbos irregulares
Os verbos irregulares são aqueles que não se enquadram na estrutura de conjugação padrão
dos verbos, ou seja, 1ª conjugação para os verbos terminados em – ar; 2ª conjugação verbal
para os terminados em – er e 3ª conjugação para verbos terminados em – ir.

A irregularidade dos verbos está relacionada com alterações nos radicais dos verbos e nas
terminações dos verbos quando conjugados. Sendo assim, os verbos irregulares fogem à regra
dos moldes fixos de conjugação.
Exemplos:
 Medir – eu meço (radical é med-);
 Trazer – eu trago (radical é traz-);
 Pedir – eu peço (radical é ped-);
 Ouvir – eu ouço (radical é ouv-)
Conjugação do verbo pôr
Indicativo
Presente
eu ponho, tu pões, ele põe, nós pomos, vós pondes, eles põem
Pretérito Imperfeito
eu punha, tu punhas, ele punha, nós púnhamos, vós púnheis, eles punham
Pretérito Perfeito
eu pus, tu puseste, ele pôs, nós pusemos, vós pusestes, eles puseram
Pretérito Mais-que-perfeito
eu pusera, tu puseras, ele pusera, nós puséramos, vós puséreis, eles puseram
Futuro do Presente
eu porei, tu porás, ele porá, nós, poremos, vós poreis, eles porão
Futuro do Pretérito
eu poria, tu porias, ele poria, nós poríamos, vós poríeis, eles poriam
Conjugação do verbo querer
Indicativo
Presente
eu quero, tu queres, ele quer, nós queremos, vós quereis, eles querem
Pretérito Imperfeito
eu queria, tu querias, ele queria, nós queríamos, vós queríeis, eles queriam
Pretérito Perfeito
eu quis, tu quiseste, ele quis, nós quisemos, vós quisestes, eles quiseram
Pretérito Mais-que-perfeito
eu quisera, tu quiseras, ele quisera, nós quiséramos, vós quiséreis, eles quiseram
Futuro do Presente
eu quererei, tu quererás, ele quererá, nós quereremos, vós querereis, eles quererão
Futuro do Pretérito
eu quereria, tu quererias, ele quereria, nós quereríamos, vós quereríeis, eles quereriam

3. Preposições
As preposições são palavras usadas para marcar as relações gramaticais que substantivos,
adjectivos, verbos e advérbios desempenham no discurso.

Existem preposições simples - as que são constituídas por um só vocábulo - e locuções


prepositivas - as que são constituídas por dois ou mais vocábulos, que geralmente resultam da
combinação da preposição com um advérbio de valor espacial.
Exemplos:
Saiu após o professor.
Agravou seu comportamento perante o juiz.
O caminho sob a ponte é mais rápido.
Os materiais estão ao lado da carteira.
As canetas estão dentro da pasta.

EXERCÍCIOS - 1
COMPREENSÃO DO TEXTO
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA
PREÂMBULO
A Luta Armada de Libertação Nacional, respondendo aos anseios seculares do nosso Povo,
aglutinou todas as camadas patrióticas da sociedade moçambicana num mesmo ideal de
liberdade, unidade, justiça e progresso, cujo escopo era libertar a terra e o Homem.

Conquistada a Independência Nacional em 25 de Junho de 1975, devolveram-se ao povo


moçambicano os direitos e as liberdades fundamentais.

A Constituição de 1990 introduziu o Estado de Direito Democrático, alicerçado na separação e


interdependência dos poderes e no pluralismo, lançando os parâmetros estruturais da
modernização, contribuindo de forma decisiva para a instauração de um clima democrático que
levou o país à realização das primeiras eleições multipartidárias.

A presente Constituição reafirma, desenvolve e aprofunda os princípios fundamentais do


Estado moçambicano, consagra o carácter soberano do Estado de Direito Democrático,
baseado no pluralismo de expressão, organização partidária e no respeito e garantia dos
direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos.

A ampla participação dos cidadãos na feitura da Lei Fundamental traduz o consenso resultante
da sabedoria de todos no reforço da democracia e da unidade nacional

TÍTULO I
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
CAPÍTULO I
República
ARTIGO 1
(República de Moçambique)
A República de Moçambique é um Estado independente, soberano, democrático e de justiça
social.
ARTIGO 2
(Soberania e legalidade)
1. A soberania reside no povo.
2. O povo moçambicano exerce a soberania segundo as formas fixadas na Constituição.
3. O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade.
4. As normas constitucionais prevalecem sobre todas as restantes normas do ordenamento
jurídico.

ARTIGO 3
(Estado de Direito Democrático)
A República de Moçambique é um Estado de Direito, baseado no pluralismo de expressão, na
organização política democrática, no respeito e garantia dos direitos e liberdades fundamentais
do Homem.

ARTIGO 4
(Pluralismo jurídico)
O Estado reconhece os vários sistemas normativos e de resolução de conflitos que coexistem
na sociedade moçambicana, na medida em que não contrariem os valores e os princípios
fundamentais da Constituição.

ARTIGO 5
(Nacionalidade)
1. A nacionalidade moçambicana pode ser originária ou adquirida.
2. Os requisitos de atribuição, aquisição, perda e reaquisição da nacionalidade são
determinados pela Constituição e regulados por lei.

ARTIGO 6
(Território)
1. O território da República de Moçambique é uno, indivisível e inalienável, abrangendo toda a
superfície terrestre, a zona marítima e o espaço aéreo delimitados pelas fronteiras nacionais.
2, A extensão, o limite e o regime das águas territoriais, a zona económica exclusiva, a zona
contígua e os direitos aos fundos marinhos de Moçambique são fixados por lei.

ARTIGO 7
(Organização territorial)
1. A República de Moçambique organiza-se territorialmente em províncias, distritos, postos
administrativos, localidades e povoações.
2. As zonas urbanas estruturam-se em cidades e vilas.
3. A definição das características dos escalões territoriais, assim como a criação de novos
escalões e o estabelecimento de competências no âmbito da organização político-
administrativa é fixada por lei.

ARTIGO 8
(Estado unitário)
1. A República de Moçambique é um Estado unitário.
2. O Estado orienta-se pelos princípios da descentralização e de subsidiariedade.
3. O Estado respeita na sua organização e funcionamento, a autonomia dos órgãos de
governação provincial, distrital e das autarquias locais.

ARTIGO 9
(Línguas nacionais)
O Estado valoriza as línguas nacionais como património cultural e educacional e promove o seu
desenvolvimento e utilização crescente como línguas veiculares da nossa identidade.

Excertos da Constituição da República de Moçambique - 2004


Contém alterações e foi republicada pela Lei nº 1/2018, 12 de Junho - Lei de Revisão
Constitucional

1. A leitura do artigo 1, entre outras interpretações, permite-nos concluir que Moçambique é:


A livre para apoiar a manutenção da paz em África.
B soberano para decidir por outros países africanos.
C democrático para o estrangeiro aprovar leis nacionais.
D de justiça social para promover desigualdades sociais.

2. Leia as seguintes afirmações a respeito do artigo 2º da Constituição:


I. O povo moçambicano exerce a soberania segundo as formas fixadas na Constituição.
II. O Estado subordina-se à Constituição e funda-se na legalidade.
II. As normas constitucionais prevalecem sobre algumas restantes normas do ordenamento
jurídico.

Das afirmações acima, a alternativa que traz somente as correctas, de acordo com o referido
artigo, é:
A I, II e III
B I e II
C I e III
D II e III
3. Marque as alternativas incorrectas em relação ao artigo 8º:
A O Estado orienta-se pelos princípios da centralização e de subsidiariedade.
A O Estado respeita na sua organização e funcionamento, a autonomia dos órgãos de
governação provincial, distrital e das autarquias locais.
C A República de Moçambique é um Estado unitário.
D A República de Moçambique é um Estado utilitário.

Funcionamento da língua
1. Complete as frases com por ou pôr:
a. Você pode ................................. mais água para mim, por favor?
b. ............................. tanto esforço, foi aprovada.
c. Não consigo ............................. o livro na estante.
d. Vou ..................................... esta estrada.
e. Vamos ................................. os pontos nos is.

2. Julgue as frases em certo ou errado quanto ao uso do verbo pôr:


a. ( ) Depois do trabalho, ele pôde descansar.
b. ( ) Você vai pôr esse caminho e eu vou pôr aquele.
c. ( ) Você pode pôr açúcar no café, por favor?
d. ( ) Um pôr todos e todos pôr um.
e. ( ) Vou pôr cada coisa em seu lugar.

3. Assinale o uso correcto do acento diferencial.


a. ( ) Preciso pôr as coisas no lugar.
b. ( ) O machibombo passa pôr essa rua.
c. ( ) Por favor, quem pôde me ajudar?
d. ( ) Ontem ela não pôde comparecer à reunião.
e. ( ) Ela declarou seu amor pôr mim.

4. Assinale as alternativas correctas quanto ao uso do verbo pôr.


a. ( ) Se eu pôr meu casaco, não sentirei frio.
b. ( ) Se eu puser meu casaco, não sentirei frio.
c. ( ) Puseste a bicicleta no estacionamento?
d. ( ) Eu poria minha vida em risco por você.
e. ( ) O furacão pôs em destaque a fragilidade humana.

5. Marque a resposta em que a preposição sob foi usada incorrectamente:


a. Sob as reclamações dos encarregados, o director saiu apressadamente.
b. Sob vários aspectos, as interrupções lectivas prejudicarão os alunos.
c. Sob o comando da lei, os vendedores ambulantes saíram da rua.
d. Sob o resultado do Moçambola, o presidente não quis falar.
e. Sob o pretexto de rever a instalação eléctrica, os criminosos invadiram as casas.

6. Preencha as lacunas abaixo, utilizando correctamente as preposições sob ou sobre:


a. O réu prometeu dizer a verdade ..................... pena de ser preso.
b. ............................. os aplausos dos espectadores, a equipa subiu ao palco do jogo.
c. O jogador não quis falar ......................... a derrota da equipa.
d. O motorista não quis dar entrevista ............................ o acidente.
e. Os alunos premiados falaram ......................... a melhor forma de estudar.
f. O Município determinou que os vendedores que devem procedam à demolição das barracas
nos passeios, ............................. pena de multa por descumprimento da obrigação.

7. Preencha os espaços seguintes com uma das preposições: após ou perante, de acordo com
o contexto.
a. Quando intimado, o cidadão pode pronunciar-se........................ a lei, mas só falará sobre o
assunto em causa ........................ a sua identificação.
b. ................................. várias injustiças, os cidadãos acabam por usar meios invulgares.
c. ............................... as investigações, os alunos que cometeram fraude foram levados a
confessar os seus crimes ................................ os encarregados de educação.

8. Escreva duas frases da tua autoria em que ocorram as preposições após e perante .

9. Complete as lacunas com as preposições ou locuções prepositivas


a. A lei eleitoral foi aprovada .............................unanimidade.
b. Todos nós somos protegidos ..............................lei.
c. Todos devemos agir .............................. a lei.
d. Os deputados discursaram ............................o Presidente da República.

10. Identifique as preposições nas frases abaixo:


a. Nada mais há entre mim e você.
b. Estou com vontade de sair.
c. As associações de bairro discutiram, em conjunto, sobre a instalação de novos postos de
saúde.
d. Desde sua volta não fiz nada.
e. De repente senti-me perante um juiz, tantas eram as interrogações.
f. Nada fiz por ele.
UNIDADE DIDÁCTICA 2 TEXTOS ADMINISTRATIVOS

1. A carta comercial

2. O curriculum vitae

3. Pronomes pessoais reflexos

RESUMO
Os textos administrativos são textos de carácter documental, de comunicação entre instituições
e utilizam-se no mundo do trabalho.
Existem diferentes tipos de textos de natureza administrativa, tais como Requerimento,
Convocatória, Acta, Carta Comercial, Ofício, Curriculum Vitae, etc.

1. Carta comercial
A Carta comercial é a carta que se escreve para oferecer um produto, fazer um pedido ou
formular uma reclamação. Pode-se entender a carta comercial como um documento escrito,
trocado por empresas ente si ou entre as empresas e os seus clientes e vice-versa, visando
iniciar, manter ou encerrar transacções.

Estrutura da Carta Comercial


Cabeçalho – é a parte do texto onde se redigem elementos que identificam a firma ou
indivíduo remetente; o destinatário, as referências e o assunto da carta.
Corpo da carta (Desenvolvimento) é a parte do desenvolvimento do assunto. O corpo da carta
inicia com o vocativo ou saudação inicial – que é a parte que antecede o texto.
Encerramento – é o último parágrafo da carta e precede a assinatura do remetente. Apresenta
um aspecto bastante formal e contém normalmente um verbo no gerúndio.
Pos-scriptum ou P.S. ("pós-escrito") – local onde é mencionado, com brevidade, um assunto
que não diz respeito ao texto, ou que, embora diga, foi esquecido por lapso.

Tipo de linguagem
A carta comercial recorre a uma linguagem técnica, objectiva, directa, simples e clara.
A linguagem deve ser técnica de acordo com a área específica.

2. Curriculum Vitae
Curriculum vitae é uma expressão latina que significa ―percurso da vida e consiste no
documento em que se resume um conjunto de actividades, formações, experiências que, no
seu todo, definem o perfil de um candidato a emprego ou sirva de resumo biográfico de uma
pessoa. É através do curriculum vitae (CV) que alguém se dá a conhecer a uma empresa ou
instituição. É um dos instrumentos a que os empregadores recorrem para seleccionar os seus
colaboradores.

Qualquer que seja a sua função, o curriculum (também chamado currículo, em Português) deve
ser pessoal, original, claro, rigoroso e realmente representativo da vida da pessoa em questão.

Características do texto do Curriculum Vitae


- Clareza, sem erros de ortografia; sem repetições;
- Deve ser escrito em folha branca, em formato A4;
- Conter frases curtas e parágrafos bem definidos;
- As informações devem ser apresentadas pela mesma ordem (data, nome(s) da
empresa(s) ou organização);
- As siglas, se usadas, devem ser descodificadas

Estrutura do Curriculum Vitae


O curriculum vitae deve estruturar-se da seguinte maneira:
Dados de identificação- Nesta parte regista-se o nome completo, o apelido, a data e local de
nascimento, o estado civil, a nacionalidade, a morada e o número de telefone do candidato.

Formação académica – parte onde se apresenta os níveis académicos e o local onde foram
concluídos.

Formação profissional – Neste espaço são indicados os cursos feitos pelo candidato, o grau
obtido, o tempo de duração dos cursos.

Experiência profissional – Aqui faz-se referência à experiência de trabalho e, se for oportuno,


o local onde se adquiriu essa experiência.

Domínio de línguas - Indicar as línguas que domina, indicando os níveis deste domínio, quer
ao nível da leitura e escrita; quer ao nível da fala e compreensão.

Outras informações que sejam relevantes.


Observação: A ordem cronológica da formação académica pode ser da mais remota à mais
recente ou o inverso, dependendo da relevância ou interesse para a posição a que o candidato
se está a propor.

Carta de acompanhamento do Curriculum Vitae


Geralmente, a candidatura a uma vaga de emprego faz-se através de uma carta que
acompanha o CV. A carta deve ser simples, estruturando-se da seguinte maneira:

Introdução- referir a fonte através da qual teve conhecimento da vaga, o anúncio e as


motivações para concorrer.
Desenvolvimento – explicar por que razão o seu perfil se ajusta ao pretendido pelo recrutador.
É aqui onde fala das suas características pessoais.

Conclusão – Nesta parte, solicita oportunidade de poder fornecer mais detalhes através da
entrevista.

Fórmula de cortesia – É o parágrafo de encerramento em que se manifesta que o venham


seleccionar e a sua disponibilidade.

Conjugação pronominal
Conjugação pronominal – chama-se conjugação pronominal quando os verbos estão
conjugados com os pronomes. Existem, no entanto, algumas diferenças que são dependentes
dos pronomes usados.

Com os pronomes pessoais: o, a, os, as, lo, la, los, las, nos, nas…
Exemplos:
Sorriu para os filhos e acarinhou-os. (Aqui o pronome os está em vez do nome filhos)
Quis vê-la pela última vez. (o pronome la está em vez de um nome feminino que nos remete ao
pronome pessoal ela).

Estes são os túmulos dos meus avós, observem-nos bem. (o pronome nos está em vez do
nome os túmulos).

3. Pronomes pessoais reflexos


São pronomes pessoais reflexos me, te, se, nos, vos.

Conjugação pronominal reflexa


Conjugação pronominal reflexa é a conjugação feita com os pronomes me, te, se, nos e vos e
chama-se reflexa porque o sujeito pratica e sofre ao mesmo tempo a acção que ele próprio
pratica. O pronome aparece como complemento direito.

Exemplo:
Enganei-me ao indicar a página.

Pronomes pessoais recíprocos


São pronomes pessoais recíprocos nos, vos e se.
Conjugação pronominal recíproca
A acção de cada um dos sujeitos recai mutuamente sobre ambos.
Exemplo:
Cumprimentamo-nos alegremente.

O se, reflexo, recíproco e passivo


Se como pronome reflexo- Quando a acção indicada pelo verbo da frase recai no sujeito que a
pratica.
ex: João Faztudo deitou-se mais cedo para descansar.

Se pronome recíproco - Indica que a acção referida pelo verbo é mútua entre duas ou mais
pessoas, traduzindo a ideia de um ao outro, reciprocamente
ex: João Faztudo e Vera olharam-se quietos. (Vera olhou para João Faztudo e este olhou para
Vera)

Se passivo ou partícula apassivante - Ocorre em frases da voz passiva, indicando que o sujeito
é desconhecido ou indeterminado, e emprega-se na terceira pessoa do singular ou plural,
concordando com a expressão nominal, o sujeito da passiva, que vem sempre depois do verbo.
Ex: Contou-se a história de Os Rapazes do Lixo.
Compram-se moedas antigas

Modo conjuntivo
Verbo Subscrever-se
Presente Pretérito imperfeito Futuro
Que nós nos Se nós nos
subscrevamos subscrevêssemos Se nós nos subscrevermos
Que vós vos subscrevais Se nós vos subscrevêsseis Se vós vos subscreverdes
Que eles se subscrevam Se eles se subscrevessem Se eles se subscreverem

EXERCÍCIOS - 2
Compreensão do texto
1. Supondo que a sua escola necessita de apoio em material didáctico, elabore uma carta
comercial, com máximo de 25 linhas, dirigida ao director da DINAME, tendo em conta a
estrutura e o tipo de linguagem da carta comercial.
2. Considere o anúncio abaixo, elabore um curriculum vitae de modo a responder ao anúncio.
Auxiliar de Fila, Limpeza e Higiene (m/f)

Empresa do grupo “A” está a recrutar um Auxiliar de Fila, Limpeza e Higiene (m/f) para
Nampula

Funções
 Recolher e destruir a senha assim que o cliente entrar na Agência e/ou Espaço ATM.
 Garantir que todos os clientes que se encontram na fila respeitam o distanciamento mínimo
de 2m.
 Garantir o uso da máscara e higienizar as mãos dos clientes, antes de entrarem na agência
e/ou espaço ATM.
 Convidar, com cordialidade e respeito, os clientes sem máscara ou que se recusem a
cumprir as medidas a se retirarem da fila.
Assegurar que a higienização do espaço (em especial as maçanetas das portas e ATM) seja
feita regularmente (de 2h em 2h).

 Requisitos
 7ª classe de escolaridade ou equivalente no mínimo.
 Elevado sentido de responsabilidade, ética e conduta moral.
 Facilidade em estabelecer relações interpessoais e excelente capacidade de comunicação.
 Apresentação cuidada.
 Disponibilidade imediata e total.

 Benefícios
 A oportunidade de integrar num projecto de interesse público, adquirir experiência
profissional e condições salariais compatíveis a função a desempenhar.

 Nota
 Enviar o curriculum para recursoshumanos1@hotmail.com

Funcionamento da língua
1. Assinale a alternativa que apresenta verbo reflexivo.
A A música agradou-me bastante.
B Deu-lhe vários livros.
C Eles avisaram-me que você recebeu alta.
D Contei-lhe que nós nos preocupamos com ele.
E Vendem-se automóveis.
2. Assinale a alternativa que NÃO apresenta verbo reflexivo.
A Eu me rendo ao divino.
B Ela se arrependeu de não ter ido.
C Levantei-me muito cedo.
D A Hermenegilda se alongou antes do treino.

3. Assinale a alternativa que contém um verbo pronominal essencial.


A Nós nos lembramos daquele dia com muito carinho.
B Vocês já se olharam no espelho?
C Eu me machuquei sem querer ontem.
D Ele atreveu-se a responder-me dessa maneira.

4. Indique se a conjugação pronominal é reflexiva ou recíproca.


A Eu vou queixar-me à sua mãe.
B Naquele encontro, estimamo-nos bastante.
C O Arsénio lava-se ao amanhecer.
D Abraçando-se, ficaram comovidos.
UNIDADE DIDÁCTICA 3 TEXTOS JORNALÍSTICOS

1. A entrevista

2. Conjugação perifrástica

RESUMO
1. A Entrevista
A entrevista é um diálogo entre duas ou mais pessoas: entrevistador(es) e entrevistado(s). O
principal objectivo é extrair declarações e informações sobre determinado assunto.

As entrevistas são muito utilizadas pelos jornais, sites, revistas, rádios e TV com o intuito de
passar um conhecimento para a população. Além de jornalística, existe também a entrevista de
emprego, social, psicológica, entre outras.

Características da Entrevista
 Textos informativos e/ou opinativos
 Presença do entrevistador e do entrevistado
 Linguagem dialógica e oral
 Marca do discurso directo e da subjectividade
 Mescla da linguagem formal e informal

Tipos de entrevista jornalística


Existem sete principais tipos de entrevista jornalística:
Individual: é realizada apenas com o entrevistador e o entrevistado, previamente agendada.

Rotina: acontece a partir dos acontecimentos factuais e de interesse público, com personagens
que estiveram presentes nessas ocorrências (que podem ser acidentes, mortes, assaltos,
enchentes, entre outros).

Em grupo: mais conhecida como colectiva de imprensa, é realizada com jornalistas de diversos
veículos e cada um faz suas respectivas perguntas ao(s) entrevistado(s).

Exclusiva: é uma entrevista concedida a apenas um jornalista, com uma informação ainda
desconhecida por todos.

Pesquisa: realizada por especialistas que devem dar uma informação técnica, porém de fácil
compreensão sobre determinado assunto.
Personalidade: descreve a vida de uma pessoa famosa como seus hábitos, história de vida e
curiosidades.

Opinativa: é realizada com pessoas que possuem experiências e conhecimentos sobre


determinados assuntos, como atletas, estudiosos ou profissionais consagrados.

Caracterizada: são os trechos curtos de uma entrevista, inseridos em um texto entre aspas e
transcritos exactamente como foram ditos pelo entrevistado.

Tipo de Linguagem: predominância do discurso directo

2. Conjugação Perifrástica
A conjugação perifrástica é constituída por um verbo principal no infinitivo ou no gerúndio e um
verbo auxiliar no tempo que se quer conjugar.

• Os verbos auxiliares da conjugação perifrástica que se utilizam com mais frequência


são: ir; vir; andar; dever; estar; deixar; ter; haver; começar; acabar; continuar.
• A conjugação perifrástica confere ao verbo determinados sentidos como:
Necessidade - (ter de + infinitivo) Ex: Tenho de estudar. (ter que + infinitivo)
Certeza - (haver de + infinitivo) Ex: Hei-de vencer.
Intenção - ou proximidade de realização - (estar para + infinitivo) Ex: Estou para dormir.
Realização futura - (ir + infinitivo) Ex: Vou cantar.
Realização prolongada - (andar a, estar a + infinitivo ou gerúndio) Ex: Ando a brincar.
Realização gradual - (ir, vir + gerúndio ou infinitivo) Ex: Vou lendo pausadamente.
Acontecimento simultâneo - (estar a, ir a + infinitivo) Ex: Ia a sair quando o telefone tocou.
Probabilidade ou dever - (dever + infinitivo) Ex: Devo ter esse filme.
Possibilidade - (poder + infinitivo) Ex: Eles tinham sido avisados que podiam aprovar.
Início da realização - (começar + infinitivo) Ex: Nós começámos a dançar.
Momento final da acção - acabar de + infinitivo / deixar de + infinitivo Ex: Acabei de
chegar.

EXERCÍCIOS - 3

“Os seres que determinam os grandes


processos da vida são as bactérias e os
vírus”
Um dos mais reconhecidos nomes da Além de escritor, sua formação é de
literatura portuguesa, o escritor médico e biólogo. Como está vendo as
moçambicano Mia Couto fala sobre a consequências da pandemia?
pandemia de coronavírus no mundo, sobre Mia Couto: Nosso espanto em relação a
poesia, literatura, sobre o Brasil idealizado essa nova situação não é tanto por causa
[...] Fala, também, sobre seu novo livro, ―O do perigo imediato à saúde. O que nos
Mapeador de Ausências‖, que deve ser assusta é que perdemos a capacidade de
lançado no Brasil no primeiro semestre de reconhecer o poder que a gente imaginava
2021, pela Companhia das Letras. ter, a solução, o domínio, o controle sobre
António Emílio Leite Couto, de onde vem nossas vidas. De repente, um pequeno
o apelido Mia? vírus revela toda a nossa fragilidade. Acho
Mia Couto: Da minha infância. Quando que isso deveria ser o grande aprendizado.
tinha três anos, pedi a meus pais que me O que podemos aprender com a
chamassem assim por causa dos gatos que pandemia?
viviam em casa. Eles acharam graça, mas Mia Couto: A espécie humana notou que
levaram a sério o meu pedido. não é o centro de tudo, mas apenas a
Você é um escritor popular no Brasil e pequena parte de algo maior [...]
muito querido do público brasileiro. A Havia uma certa utopia de que o
partir de Moçambique, como você vê a coronavírus traria uma conscientização,
situação do País hoje? mas parece que aos poucos as coisas
Mia Couto: Eu pensava que conhecia o voltam ao velho normal. Foi ingenuidade
Brasil, mas acho que não conheço tanto acreditar que as pessoas mudariam?
assim. Digo isso porque esse governo Mia Couto: Acho que, na verdade, vamos
actual foi eleito, não resultou de alguma voltar ao ―velho anormal‖. Como sempre
incursão externa ou algo que aconteceu essas crises são resolvidas às custas dos
contra a escolha do povo. É isso que me que são mais frágeis, mais fracos. Quem
causa estranheza [...] vai pagar a factura são os que já estavam
Por causa da situação política do País? pagando a velha normalidade [...]
Mia Couto: Sim, mas não só por causa Qual é o perigo da politização da vacina,
desse governo em particular. Também como está acontecendo no Brasil?
porque há polarizações que me levam a ter Mia Couto: A saúde não deveria estar ao
que me vigiar, ver o que digo, falo. Esse sabor do mercado. Ela não pode ser salva
não é o país que conheço, sofro com o que pela privatização ou pensada como objecto
o Brasil está passando hoje.
de lucro. Seria preciso apostar nos grandes Moçambique, onde nasci. O livro deve sair
sistemas nacionais públicos de saúde [...] no Brasil no primeiro semestre de 2021. É
Você escreve em língua portuguesa e é uma história muito centrada na minha
traduzido para o mundo inteiro. A infância e adolescência, no lugar que me
pandemia trará o fim da globalização? ajudou a me tornar um contador de
Mia Couto: A negação da globalização já histórias.
estava em curso antes, com a ascensão de
nacionalismos e governos populistas. Já Por Felipe Machado in Isto é -28.12.2020 (texto com
supressões)
havia um discurso de que o outro é a
explicação do mal. Vamos assistir às duas
coisas ao mesmo tempo: a ideia de que a
origem dos problemas é sempre externa e a
tendência de modernização dos mercados.
O que haverá é uma mudança dos donos e
parceiros. Teremos outros vencedores
desse jogo [...]

Você vê novos escritores de língua


portuguesa?
Mia Couto: A literatura em língua
portuguesa se constrói sem saber que
existe, é praticamente uma figura mítica.
Não conhecemos os novos autores
brasileiros, e o Brasil também conhece
pouco o que se produz em Moçambique [...]
Acredito, pelo que vejo em Moçambique,
que há uma enorme vitalidade. Essa nova
geração urbana está aprendendo graças ao
confronto com as certezas antigas [...]
Livro novo à vista?
Mia Couto: O parto está acontecendo
enquanto falamos. Essa semana publico ―O
Mapeador de Ausências‖. O lançamento
será na pequena cidade da Beira, em
1. Explique por que razão a entrevista é um texto conversacional.
.............................................................................................................................................................
2. Identifique os intervenientes na entrevista e sua função.
.............................................................................................................................................................
3. Indique a função da introdução........................................................................................................
4. Em que área da ciência se formou o entrevistado?
.............................................................................................................................................................
5. Na opinião do entrevistado, o que podemos aprender com a pandemia?
.............................................................................................................................................................
6. O entrevistado considera a literatura em língua portuguesa uma figura mítica. Porquê?
.............................................................................................................................................................
FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. Sublinhe as formas verbais que se encontram na conjugação perifrástica.
2. Refira o significado transmitido por cada uma delas.
a. A Maria estava a estudar, quando a amiga desequilibrou. Acções em curso ao mesmo tempo.
.............................................................................................................................................................
b. Os alunos estavam a gritar tanto, que ninguém se estava a entender.
.............................................................................................................................................................
c. Os turistas estão para sair.
.............................................................................................................................................................
d. Eu tenho de assinar o livro.
.............................................................................................................................................................
e. Hei-de procurá-lo à tarde.
.............................................................................................................................................................
f. Ando a estudar bastante.
.............................................................................................................................................................
g. A Íris ia cantando cada vez mais alto.
.............................................................................................................................................................
h. A Dasha e a Rosa estavam dançando marrabenta.
.............................................................................................................................................................
i. Magule ia pregando de casa em casa.
.............................................................................................................................................................
j. Ando a escrever um livro.
.............................................................................................................................................................
k. Elas ainda vão passar por aqui.
.............................................................................................................................................................
l. Tenho de ir ao mercado comprar frutas.
.............................................................................................................................................................

23
UNIDADE DIDÁCTICA 4 TEXTOS MULTIUSOS

1. O texto expositivo-argumentativo

2. Orações reduzidas

3. Advérbios

4. Verbos com particípio duplo

RESUMO
1. Texto Expositivo-Argumentativo
Texto argumentativo é aquele que tem como principais características defender uma ideia,
hipótese, teoria ou opinião e o objectivo de convencer o leitor para que acredite nela, ou seja,
esse tipo de texto tem o intuito de informar e convencer o leitor.

Estrutura:
Exposição da tese (1º parágrafo): expõe o ponto de vista, a ideia a defender, a ideia principal ou
tese.

Argumentos (parágrafos intermédios): fundamentam ou desenvolvem a ideia principal através de


argumentos convincentes e verdadeiros.

Conclusão (parágrafo final): que condensa e reforça o que foi apresentado.

Tipos de argumentos
Argumento de autoridade: o auditório é levado a aceitar a validade da tese ou conclusão pela
credibilidade atribuída à palavra de alguém publicamente considerado autoridade na área.

Argumento por evidência: pretende-se levar o auditório a admitir a tese ou conclusão,


justificando-a por meio de evidências de que ela se aplica aos dados

Argumento por comparação (analogia): o argumentador pretende levar o auditório a aderir à


tese ou conclusão com base em factores de semelhança ou analogia, evidenciados pelos dados
apresentados.

Argumento por exemplificação: o argumentador baseia a tese ou conclusão em exemplos


representativos, os quais, por si sós, já são suficientes para justificá-la.

Argumento de princípio: uma crença pessoal baseada numa constatação (lógica, científica,
ética, estética etc.) aceita como verdadeira e de validade universal.

24
Argumento por causa e consequência: a tese ou conclusão é aceita justamente por ser uma
causa ou uma consequência dos dados.
Características linguísticas
 emprego de frases declarativas e interrogativas;
 uso de verbos no presente genérico;
 presença de verbos declarativos (afirmar, considerar, alegar, declarar, garantir, afiançar,
defender …);
 recurso a verbos indicadores da relação causa efeito (causar, motivar, originar, provocar,
ocasionar, gerar…);
 uso de marcadores e conectores discursivos;
 recurso a pronomes para evitar repetição do nome;
 vocabulário variado e preciso.

2. Orações reduzidas – conceito e exemplos


As orações reduzidas são, em geral, orações subordinadas que não se iniciam por conjunção
subordinativa nem por pronome relativo, além de o verbo estar numa das suas formas nominais:
infinitivo, gerúndio ou particípio.

Esse tipo de oração se opõe às orações desenvolvidas, que além de serem iniciadas por
conjunção subordinativa ou pronome relativo, possuem verbos no modo indicativo, imperativo ou
subjuntivo. Exemplos:
 Oração subordinada desenvolvida: Era preciso que usássemos máscara.
 Oração reduzida de infinitivo: Era preciso usarmos máscara.
 Oração subordinada desenvolvida: Andando para o trabalho, vi um acidente.
 Oração reduzida de gerúndio: Quando andava para o trabalho, vi um acidente.
 Oração subordinada desenvolvida: Tirou férias do trabalho, assim que começou as férias
da faculdade.
 Oração reduzida de particípio: Tirou férias do trabalho começada as férias da faculdade.
Vejamos todos os tipos de orações reduzidas abaixo.

Oração reduzida de infinitivo


As orações reduzidas de infinitivo podem ser orações subordinadas substantivas, adjectivas ou
adverbiais e podem vir ou não precedidas de preposição. Exemplos:
Oração subordinada substantiva:
a. subjectiva:
– Estava difícil correr.
– Não convém tentar agora.

25
b. objectiva directa:
– Decidiu não mostrar o presente a ninguém.
– Deixe a moça escolher.

c. objectiva indirecta:
– Todos pensam em ficar ricos.
– Eu aludo a você estudar para concursos.

d. completiva nominal:
– Teve vontade de sair e de correr.
– Este é um artigo difícil de escrever.

e. predicativa:
– A melhor conduta é ser verdadeiro.
– O importante é você tirar a habilitação.

f. apositiva:
– Eu quero isto: ter a aprovação em primeiro lugar.
– Temos o mesmo desejo: viajar o mundo.

Oração subordinada adjectiva:


– Ele não é uma pessoa de meter os pés pelas mãos.
– Comprei uma máquina de lavar louça.

Oração subordinada adverbial:


a. causal:
– Entristeceu-se de tanto esperar.
– Por estar preparado, foi contratado.

b. concessiva:
– Irei viajar com minha amiga, apesar de me custar os estudos.
– Não obstante ser ainda um adolescente, destacou-se no trabalho.

c. condicional:
– Sem pedir autorização, você não entra.
– A julgar pela capa, o livro é muito bom.

d. consecutiva:
– A manifestação foi gigante, a ponto de chamar atenção da impressa internacional.
– Eles não são doidos para serem internados.

26
e. final:
– Junta dinheiro para fazer intercâmbio.
– Comprou novos livros, a fim de estudar para o mestrado.

f. temporal:
– Ele assinará o documento assim que chegar do trabalho.
– Pense duas vezes antes de pedir demissão.

Oração reduzida de gerúndio


As orações reduzidas de gerúndio podem ser adjectivas ou adverbiais.

Oração subordinada adjectiva:


– Encontrei os meninos pedindo comida na rua.
– Cansei de filho fazendo pirraça.

Oração subordinada adverbial:


a. causal:
– Não vendo a moto, bateu nela.
– Estando com medo do pai, fugiu de casa.

b. concessiva:
– Sendo rico, negou um presente caro.
– Mesmo não havendo saída aparentemente, conseguiu dar um jeito.

c. condicional:
– Havendo novos pedidos, o preço reduzirá.
– Agindo assim, não atingirá seu objectivo.

d. temporal:
– Entrando em casa, vi o nosso novo cachorro.
– Saindo do trabalho, ele apareceu de repente.

Oração reduzida de particípio


As orações reduzidas de particípio também podem ser adjectivas ou adverbiais.

Oração subordinada adjectiva:


– O cachorro mordia os calçados colocados no quintal.
– A vítima, ameaçada a todo instante, morreu.

Oração subordinada adverbial:


a. causal:
– Magoados, queriam brigar.
– Preocupada com a saúde, mudou a rotina.

27
b. concessiva:
– Advertido do perigo, continuava nadando.
– Mesmo agredido, levantou-se e lutou bravamente.

c. condicional:
– Cumprida a promessa, poderá sair com os amigos.
– Aceitas as condições de trabalho, estaria arrependido.

d. temporal:
– Acabada a festa, todos pularam na piscina.
– Finalizada a compra, arrependeram-se.

3. Advérbios
Os advérbios qualificam verbos e intensificam o sentido de adjectivos e de outros
advérbios. Podem ser classificados como advérbio: de ordem, de lugar, de tempo, de modo, de
intensidade, de afirmação, de negação, de dúvida.

Advérbio é a classe de palavras que acompanha verbos, adjectivos ou outros advérbios,


acrescentando-lhes características ou intensificando o seu sentido.
Os advérbios variam em grau, podendo ser analítico ou sintético.

Advérbio de ordem
Contribuem para o estabelecimento de uma determinada ordenação entre situações. São: depois,
primeiramente, ultimamente, …

Advérbio de dúvida
Enfatiza o sentido de dúvida. Alguns advérbios de dúvida são: ―talvez‖, ―quiçá‖, ―porventura‖ e
palavras que expressem dúvida acrescidas do sufixo -mente, como ―possivelmente‖ e
―provavelmente‖.
Exemplos:
 Quiçá chova hoje.
 Nós talvez venhamos à sua festa.
 Possivelmente teremos os recibos até amanhã.

Advérbio de intensidade
Caracteriza a intensidade da acção verbal ou da qualidade do adjectivo (ou mesmo de outros
advérbios). Alguns advérbios de intensidade são: ―muito‖, ―pouco‖, ―bastante‖, ―demais‖, ―tanto‖ e
―tão‖.

28
Exemplos:
 Ele falava pouco.
 Eles formam um casal tão bonito!
Nossas amigas arrumam-se muito depressa

3.Verbos com particípio duplo (regular e irregular)


O particípio do verbo – é a forma nominal do verbo que participa da natureza do verbo e do
adjectivo e indica passividade (o que é passivo). O particípio do verbo é o nome ou adjectivo que
se forma a partir do verbo e usam-se nos tempos compostos.

Passivo – adjectivo que sofre ou recebe uma acção ou impressão. Que não age nem reage.
Indiferente, inerte. diz-se do verbo cuja acção é recebida ou sofrida pelo respectivo sujeito.

Formação do particípio
Muitos verbos têm um particípio regular e outros, irregular.
O particípio regular é aquele que se forma acrescentando ao radical ou raiz os sufixos (ado/ada;
– para os verbos da 1a conjugação; e ido/ida – para os verbos da 2a e 3a conjugação).

O particípio irregular é aquela cuja sua formação não observa a regra.


O particípio irregular, no geral, usa-se apenas quando aplicado na voz passiva. Exemplos
O homem tem matado muitos animais ferozes (activa).
Muitos animais ferozes têm sido mortos pelo homem‖ (passiva)

Os particípios regulares usam-se com auxiliares ter ou haver, enquanto o particípio irregular usa
como auxiliares ser ou estar.
Exemplos
O banco tem cativado o meu dinheiro; o banco havia cativado o meu dinheiro.
Foi feita a sentença.
Espero que a loja esteja aberta.

EXERCÍCIOS 4
Compreensão do texto

1. Elabore uma redacção (texto expositivo-argumentativo), no mínimo de 20 e máximo de 25


linhas, sobre desastres naturais em Moçambique, tendo em conta as competências abaixo
indicadas:

29
a. Competência I – Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
b. Competência II – Compreender a proposta de redacção e aplicar conceitos das várias áreas
de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto expositivo-
argumentativo em prosa.
c. Competência III – Seleccionar, relacionar, organizar e interpretar informações, factos, opiniões
e argumentos em defesa de um ponto de vista.
d. Competência IV – Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para a
construção da argumentação.
e. Competência V – Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitando a
conservação do meio ambiente.

Funcionamento da língua
1. Classifique as orações reduzidas de gerúndio:
a. Aumentando-se a produção, a exportação crescerá.
.............................................................................................................................................................
b. Vendo-se perdido, o toureiro gritou por socorro.
............................................................................................................................................................
c. Chegando ao alto da árvore, sacudiu-as fortemente.
............................................................................................................................................................
d. Matou as formigas esmagando-as com o calcanhar.
...........................................................................................................................................................

2. Classifique as orações adverbiais reduzidas de infinitivo:


a. Não podia demorar-me, sob pena de perder o avião.

b. Retirei-me discretamente, sem ser percebido.

c. É difícil curar um mal sem lhe conhecer as causas.

d. Ao clarear o dia, descemos da montanha.

e. Não pude viajar por ter perdido o dinheiro.

f. Tirou o cachimbo da boca a fim de poder falar.

g. Apesar de ser mais fraco, Davi matou Golias.

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3. Sublinhe as orações reduzidas e classifique-as:
a. Espero tomar uma decisão ainda hoje.
.............................................................................................................................................................
b. Ele tinha interesse em marcar mais pontos.
............................................................................................................................................................
c. Havia muitas pessoas trabalhando no campo.
.............................................................................................................................................................
d. Foi o último a sair.
.............................................................................................................................................................
e. É necessário convencer meu pai.
.............................................................................................................................................................
f. Andando depressa, chegará mais cedo.
.............................................................................................................................................................
g. Terminado o jogo, os homens voltaram para casa.
.............................................................................................................................................................
h. Foram punidas, por falarem muito.
.............................................................................................................................................................
i. Sem estudar, não será aprovado.
.............................................................................................................................................................
j. Sabendo que seria preso, ainda assim saiu à rua.
.............................................................................................................................................................
4. Em todas as alternativas há dois advérbios, excepto em:
a. Ele permaneceu muito calado.
b. Amanhã, não iremos ao cinema.
c. O menino, ontem, cantou desafinadamente.
d. Tranquilamente, realizou-se, hoje, o jogo.
e. Ela falou calma e sabiamente.

5. Partindo do pressuposto de que os advérbios são invariáveis, analise os termos em evidência,


caracterizando-os de acordo com a classe gramatical a que pertencem.
a. Ele teve melhores chances para se destacar, por que só agora resolveu se decidir?
.............................................................................................................................................................
b. A aluna fala melhor do que escreve.
.............................................................................................................................................................
c. Actualmente, ele anda meio triste.
.............................................................................................................................................................
d. Passando por aqui, gasto menos tempo para chegar ao trabalho.
.............................................................................................................................................................

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e. Onde estou as oportunidades de trabalho são menores.

6. Assinale a alternativa que Não contém uma locução adverbial:


A Com certeza nós seremos convidados para a festa de formatura de nossos alunos.
B Eles estavam conversando quando de repente começaram a discutir.
C Por meio de um comunicado, o ministro pediu demissão do cargo.
D Faremos uma viagem pela América do Sul em breve.
E O casal de namorados conversou demoradamente no banco da praça.

32
UNIDADE DIDÁCTICA 5 TEXTOS LITERÁRIOS

1. O texto narrativo

2. O atributo e o aposto

RESUMO
1. Texto narrativo
Texto narrativo é um tipo de texto que esboça as acções de personagens num determinado tempo
e espaço. Geralmente, ele é escrito em prosa e nele são narrados (contados) alguns factos e
acontecimentos.

Estrutura do texto narrativo


 Introdução (apresenta as personagens; situa a acção no tempo e espaço)
 Desenvolvimento (através das acções das personagens, constrói-se a trama e o
suspense que culmina no clímax)
 Conclusão (existem várias maneiras de se concluir uma narração. Esclarecer a trama é
apenas uma delas)

Sequências da Narrativa
 Encadeamento - as sequências encontram-se ordenadas cronologicamente.
 Encaixe - uma sequência é encaixada dentro de outra.
 Alternância - várias sequências vão sendo narradas alternadamente.

Momentos:
 Situação inicial / Introdução - introdução, onde se apresentam as personagens, etc.
 Desenvolvimento - desenrolar do enredo, conduzindo ao desenlace.
 Desenlace - conclusão.

Delimitação:
 Aberta - o desfecho da história fica em suspenso.
 Fechada - o desenlace é definitivo, conhecendo-se o destino de todas as personagens.

Espaço
 Físico- lugar onde se desenrola a acção.
 Social - meio ambiente onde a acção decorre.
 Psicológico - refere-se ao interior das personagens.

33
Tempo
 Cronológico (da história) - sucessão cronológica dos acontecimentos
 Histórico - corresponde à época ou ao momento em que decorre a acção.
 Psicológico - tempo vivido pela personagem, de acordo com o seu estado de espirito.
 Do discurso - corresponde ao tempo em que a história é escrita.

Ordem temporal (ordem linear - isocronia; ordem não linear - anisocronia: analespse / prolepse)

Ritmo temporal (relação entre a duração da história e o nº de linhas/páginas -> isocronia /


anisocronia)

As personagens – sua classificação quanto


ao relevo:
 Principal - papel preponderante, no qual é o centro da acção.
 Secundária - papel de menor relevo, auxiliando a personagem principal.
 Figurantes - não intervêm directamente na acção, servem como uma "decoração".

à composição:
 Modelada ou redonda - comportamento altera-se ao longo da acção.
 Plana - mantém sempre o mesmo comportamento.
 Tipo - representa uma estrutura social ou um grupo.

Processo de caracterização:

Directa
1. autocaracterização - feita pela própria personagem.
2. heterocaracterização - feita pelo narrador ou outra personagem.

Indirecta - deduzida pelo leitor.

O Narrador
Quanto à presença ou lugar na acção
1. Narrador autodiegético - narrador de 1.ª pessoa que narra uma acção que gira à roda de si
próprio. Neste caso, o narrador acumula a categoria de personagem principal (ou protagonista).

2. Narrador homodiegético - narrador de 1.ª ou de 3.ª pessoa que, não sendo personagem
principal da história, narra os acontecimentos em que também é participante, podendo ser uma
personagem secundária ou até um figurante.

3. Narrador heterodiegético — aquele que, não fazendo parte da história, a narra.

Quanto à focalização ou ponto de vista


1. Narrador de focalização externa — aquele que narra simplesmente aquilo que é observável, o

34
que é visível, o exterior, revelando-se como ―incapaz‖ de certezas relativamente ao íntimo das
personagens e à sequência dos factos.

2. Narrador de focalização interna — narrador que conhece o íntimo das personagens. O


exemplo mais típico da ―focalização interna‖ é o do monólogo interior, pelo qual acompanhamos a
vida íntima da personagem em causa.

3. Narrador omnisciente — aquele que conhece tudo sobre as personagens e sobre o


desenrolar da acção, evidenciando o domínio total do que se passou, do que se passa e do que
se vai passar.

Modos de apresentação
- Diálogo
- Monólogo
- Descrição (verbos no pretérito imperfeito, adjectivação)
- Narração (verbos no pretérito perfeito)

Romance
Romance é um género da narrativa em prosa, normalmente longa, com factos criados ou
relacionados a personagens, que vivem diferentes conflitos ou situações dramáticas, num espaço
e sequência de tempo relativamente ampla.

Estrutura do romance
O romance sendo um texto narrativo, observa a mesma estrutura: Introdução, Desenvolvimento e
conclusão. Quanto à conclusão, um texto narrativo pode se classificar em narrativa fechada ou
aberta.

Características do romance
 Narrativa longa, escrita em prosa, geralmente dividida em capítulos.
 Ambientação temporal: a narrativa deve acontecer em determinado tempo.
 Ambientação espacial: além do tempo, o romance é ambientado em determinado espaço,
onde as acções acontecem.
 Enredo ou trama: o romance conta uma história, que é apresentada a partir de um
encadeamento de eventos – é o enredo.
 Presença de personagens, que podem ser planas ou complexas, protagonistas,
antagonistas, em número variável, mas que se relacionam a partir da trama principal.
 Género em constante mutação: o romance não é uma forma acabada.

2. O atributo e o aposto
Atributo É o adjectivo que se junta imediatamente ao nome para o qualificar.
Exemplos:
Homem alto.

35
Lemos um livro magnífico.
A rapariga triste olhava o mar.

Aposto- É o nome (ou expressão equivalente) que se junta a outro nome para lhe acrescentar
alguma informação.
Ex: O Luís, irmão da Ana, faltou à aula.

EXERCÍCIOS - 5
Género narrativo
1. Um escritor destaca-se pela produção dos géneros conto, crónica e romance. A sua produção
está relacionada com o género:
A épico. B lírico. C narrativo. D poético.

2. São características do género narrativo:


a. No género narrativo, há sempre um eu que se expressa, elemento que é responsável pelo
subjectivismo atribuído a esse tipo de composição.
b. O género narrativo é marcado pela afectividade e pela emotividade do clima lírico, sempre
relacionado com o íntimo e a introspecção.
c. O género narrativo apresenta um enredo, no qual existe uma situação inicial, a modificação da
situação inicial, um conflito, o clímax e o epílogo.
d. Os elementos que compõem o género narrativo são narrador, tempo, lugar, enredo ou situação
e as personagens.
e. O género narrativo faz referência à narrativa feita em forma de versos, contando histórias e
factos grandiosos e heróicos sobre a história de um povo. O narrador fala do passado, o que
justifica os verbos sempre empregados no tempo pretérito.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. Meninos, saiam já do muro!
Qual é a função do termo destacado a negrito?
A sujeito. B aposto. C adjunto adnominal. D vocativo.
2. A expressão em destaque em "... podes partir de novo, Ó nómade formosa!" exerce a função
sintáctica de:
A vocativo B aposto C sujeito D predicativo
3. Destaque o aposto referente às seguintes orações:
A Viajamos por três países: Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
B O advogado do réu, o mais exemplar na área, enfrenta problemas no tribunal.
C Noémia de Sousa, pioneira da literatura moçambicana, publicou Sangue Negro.
D Nelson Mandela, prisioneiro do apartheid, foi o primeiro presidente negro da África do Sul.

36
UNIDADE DIDÁCTICA 9 TEXTOS JORNALÍSTICOS

1. A publicidade

2. Orações subordinadas interrogativas

RESUMO
1. A publicidade
Os textos publicitários visam sempre adequar a mensagem que pretendem veicular aos diferentes
meios de comunicação social (imprensa, cartaz, rádio, TV, cinema…) e aos diferentes públicos ou
universos (crianças, jovens, donas de casa, elites, idosos, público em geral, etc.).

Estrutura da mensagem publicitária


A estrutura da mensagem publicitária é, frequentemente, a seguinte:
- Frase-Guia ou slogan – apresenta o essencial da mensagem e procura cativar a atenção do
público. Por vezes, a publicidade utiliza um titulo, por exemplo (VENDE-SE, ALUGA-SE…)

- Corpo do texto – informa, argumenta, sintetiza e apela à acção (de adquirir, de usufruir). A
linguagem é fortemente conotativa: a palavra não se limita ao seu sentido primeiro, assumindo
antes um valor polissémico, que visa despertar uma sinfonia de sentidos e emoções. Recorre
frequentemente à metáfora e ao ritmo (como na poesia), a frases de construção inesperada e
original, assim como a estímulos dirigidos à emoção.

- Imagem (linguagem icónica) – seleccionada para complementar o texto e para apelar à leitura
do mesmo.

AIDMA é a sigla procura sintetizar os passos ou os elementos que constituem o processo


publicitário:
- Atenção (captar a atenção do público destinatário)
- Interesse (despertar a simpatia pelo que é publicitado)
- Desejo (desencadear a necessidade de usufruir, possuir ou adquirir aquilo que é anunciado).
- Memorização (facilitar a retenção da mensagem. Para tal, a publicidade recorre a estratégias,
como slogan, rima, associação de produtos a sensações de êxito, prazer, prestigio, conforto,
segurança, etc.);
- Acção (mobilizar, dar instruções ao destinatário para que satisfaça a necessidade
desencadeada, levando-o a adquirir ou a aderir ao «objecto» publicitado).

2. Orações subordinadas interrogativas


Chamam-se orações subordinadas àquelas que mantêm entre si uma relação de dependência, ou
seja, uma que contêm a ideia principal e é designada subordinante e a outra que completa essa
ideia e é chamada subordinada. Uma oração subordinada perde sentido quando isolada da
subordinante.

37
A oração subordinada interrogativa é aquela que formula uma pergunta da qual se espera uma
resposta.

Interrogativas directas
São as introduzidas por um pronome interrogativo directo
Exemplo
Quem está a bater a porta?

Interrogativas indirectas
Resultam da subordinação a um verbo interrogativo ( perguntar, procurar saber, questionar
indagar, etc.)
Exemplo
Perguntou quem estava a bater a porta.

EXERCÍCIOS - 6
Texto A (Publicidade Impresso)

Texto B (Publicidade Televisiva)

Texto C

38
Compreensão do texto
1. Classifique o género dos textos que acabou de ler.
.............................................................................................................................................................
2. Que canal de comunicação difunde cada um deles?
.............................................................................................................................................................
3. Qual é o objectivo dos textos apresentados?
.............................................................................................................................................................
4. Diga se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações:
V F
a. O texto publicitário tem a desvantagem de poder levar as pessoas a comprarem
artigos de que não necessitam
b. A notícia não tem título.
c. A publicidade visa unicamente informar ao consumidor.
d. Geralmente, o texto publicitário tem muitos adjectivos.
e. A notícia aparece apenas nos jornais.

5. Que tipos de frases predominam no texto C?


.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................

Funcionamento da língua
1. Transforme as frases interrogativas directas em interrogativas indirectas correspondentes:
a. Por que estás feliz?
.............................................................................................................................................................
b. O governo autorizou a reabertura das escolas?
.............................................................................................................................................................
c. Quem anunciou essa decisão?
.............................................................................................................................................................
2. Transforme as frases interrogativas indirectas em interrogativas directas correspondentes:
a. Gostaria de saber qual será o nosso horário.
.............................................................................................................................................................
b. Digam-me quantos alunos serão por turma.
.............................................................................................................................................................
c. Precisamos de saber como nos devemos comportar nesta fase.
.............................................................................................................................................................

3. Divida a frase em oração e classifique as respectivas orações.


a. Diga-me que faz aqui?
.............................................................................................................................................................

39
b. Vais viajar para Bazaruto? - perguntou a amiga.
.............................................................................................................................................................
c. Perguntou-nos se éramos filhos do mesmo pai.
.............................................................................................................................................................
d. Que terá acontecido, António queria saber.
.............................................................................................................................................................
e. Não sei quem comeu o biscoito.
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................

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UNIDADE DIDÁCTICA 11 TEXTOS LITERÁRIOS

1. O texto poético

2. Advérbios de intensidade, dúvida e ordem

RESUMO
1. Textos poéticos
Género lírico (ou Lírica) é a manifestação de sentimentos íntimos do poeta que, através dela,
traduz as emoções interiores. Porque no texto lírico predomina a revelação da vida interior, as
vivências afectivas do Eu do emissor, nele surgem, com intensidade, as formas verbais e
pronominais da 1a pessoa.

Soneto é uma composição literária de forma fixa composta por catorze versos, dos quais dois
são quadras (conjunto de quatro versos) e dois tercetos (conjunto de três versos).

Estrutura do Soneto
Os sonetos são geralmente estruturados em duas quadras e dois tercetos.

2. Os Advérbios
Advérbio de intensidade - Caracteriza a intensidade da acção verbal ou da qualidade do
adjectivo (ou mesmo de outros advérbios). Alguns advérbios de intensidade são: ―muito‖, ―pouco‖,
―bastante‖, ―demais‖, ―tanto‖ e ―tão‖.
Exemplos:
Ele falava pouco.
Eles formam um casal tão bonito!

Advérbios de dúvida - Indicam a incerteza do facto que é expresso, tais como: acaso, não,
porventura, quiçá, sem, talvez
Exemplos:
Quiçá chova hoje.
Nós talvez venhamos à sua festa.

Advérbios de ordem - indicam a ordem dos factos, tais como; anteriormente, seguidamente,
sucessivamente, simultaneamente, finalmente, primeiramente, antes, depois, entretanto.
Exemplos:
Andam sucessivamente aos pares.
Eu sou o primeiro na lista, você vem depois de mim

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EXERCÍCIOS - 7
Texto
PATSHISES
Apena que me dá ver essa gente
Com sacos sobre os ombros, carregadíssima!
Às vezes é meio-dia, o sol tão quente,
E os fardos a pesar, Virgem Santíssima

À porta dos monhés, humildemente,


Mal a manhã desponta a vir suavíssima,
Vestindo rotas sacas, tristemente
Lá vão espreitando a carga pesadíssima…

Quantos, velhinhos já, avós talvez,


Dez vezes, vinte vezes, lés a lés
Num dia só percorrem a cidade!

Ó negros! Que penoso é viver


A vida inteira aos fardos de quem quer
E na velhice ao pão da caridade…
Rui de Noronha, Sonetos, 1943

COMPREENSÃO DO TEXTO
1. Acabou de ler um texto lírico/poético. Justifique esta afirmação, tendo em conta os critérios
formais e de conteúdo.
1.1. Identifique o tema do poema.
.............................................................................................................................................................
1.2. Indique o destinatário da mensagem deste poema.
.............................................................................................................................................................
1.3. Aponte a forma de tratamento usada, exemplificando a sua resposta com elementos textuais.
.............................................................................................................................................................
2. Classifique a terceira estrofe quanto ao número de versos.
.............................................................................................................................................................
3. Classifique a rima que ocorre nas primeiras duas estrofes.
.............................................................................................................................................................
4. Explique o sentido da última estrofe do texto.
.............................................................................................................................................................

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FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. Preencha os espaços em branco com advérbios ou locuções adverbiais que transmitam a
circunstância indicada entre parênteses.
a. Naquele dia, eles encorajaram-me .........................................(intensidade).
b. .............................................(dúvida) o teu amor transforme uma pedra num ser sensível.
c. Festejamos com .......................(intensidade) alegria o dia da reabertura das aulas presenciais.
d. ....................................(ordem) pensa; ............................... (ordem) fala.

2. Substitua a expressão sublinhada pelo advérbio correspondente e faça as alterações


necessárias à frase:
Era provável que os Patshises buscassem na cidade uma vida melhor.

3. Escreva frases da sua autoria, fazendo uso dos advérbios: Porventura, provavelmente, quase,
bastante e demais.
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................

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TEXTOS DE PESQUISA E ORGANIZAÇÃO DE
UNIDADE DIDÁCTICA 12
DADOS

O Relatório

RESUMO
O relatório
Relatório – É uma narração oral ou escrita que detalha e organiza os acontecimentos vividos ou
ouvidos.
É frequente o seu uso na vida profissional: relatório de estágio; relatório de um funcionário ao seu
superior; de uma comissão de estudo a um ministério; um relatório de pesquisa, etc.

Estrutura do relatório
a. Apresentação onde encontramos: -Cabeçalho ou página do rosto: data e lugar - O remetente:
autor do relatório (nome, função etc.) - O destinatário: (nome, função, etc.); - O assunto: síntese
do conteúdo.

b. Texto – Compreende a exposição do (s) facto (s); a apreciação do (s) facto (s); as conclusões e
sugestões.

c. Fecho - Compreende a assinatura do remetente (autor/relator) antecedida, às vezes, de uma


fórmula de cortesia (―Atenciosamente, ― Cordiais Saudações, etc.)

d. Anexos - Compreendem quadros, esquemas, tabelas, factos e quaisquer outros elementos que
possam esclarecer o destinatário. Trata-se de informações complementares, não imediatamente
necessárias ao corpo do relatório, onde poderiam, inclusive, perturbar o fluxo das ideias na leitura.

Características linguísticas
O texto de relatório, deve utilizar:
- Uma linguagem clara, concisa e rigorosa;
- Objectividade;
- Linguagem técnica (registo de língua de acordo com a natureza do relatório: corrente,
cuidada; uso da 1ª ou 2ª pessoa.
- Uso de formas verbais como: notar, constatar, observar, confirmar, assegurar, sublinhar, etc.
- Emprego de frases curtas
- Uso de conectores adequados à intenção comunicativa do texto em questão.

44
EXERCÍCIOS - 8
Texto
De: António Machado
Chefe de secção de Presenças
Para:
Sr. João dos Santo
Chefe dos serviços oficiais

Tete, 30 de Junho de 2017

Assunto: Relatório de Acidente de Trabalho envolvendo o operário João Cabral, da Secção de


Prensas.

Remeto à V.Ex.as o relatório de acidente de trabalho, envolvendo o trabalhador João Cabral,


ocorrido às 7:30 horas, nas circunstâncias seguintes:

Um dos colegas do afinador João Cabral, da secção de Prensas e Dobragem, o operário Mateus,
tinha acabado de põe a prensa em movimento e, como devia mudar de tarefa, pediu ao senhor
João Cabral, a ficha de operações.

Este último, trouxe a ficha para junto da máquina. Verificando-a, notou que tinha de se mudar uma
alonga de punção. O Mateus desceu ligeiramente a prensa e desapertou o parafuso da cabeça
porta-punção. Tentando soltar a alongada sem resultado, por causa dos pernos de fixação na
punção principal, disse ao senhor Cabral que esperasse e, cortou a cabeça da máquina.

Mal tinha começado a procurar a chave na sua caixa de ferramenta, colocada à direita da
máquina, ouviu o seu colega a gritar. Segundo disse, accionou imediatamente o botão que faria
subir a prensa, mas era já tarde.

Do acidente, o senhor João Cabral, ficou com os dedos da mão direita, excepto o polegar,
esmagados até à falange.

Segundo o inquérito que se procedeu, as causas do acidente terão sido as seguintes: O senhor
Mateus pretendia mudar a punção sem parar a máquina, e mesmo sem desengatar o comando do
pedal, que serve para comando a maior distância, quando se trabalham peças de grandes
dimensões. Desceu a prensa, mas não o suficiente, porquanto, para certos tipos de punções mais
pesados, a simples queda destes bastaria, por si só, para provocar um acidente.

O senhor Cabral, de certo para ganhar tempo, tentou retirar a punção sem esperar pelo seu
colega, puxando com a mão. Com o esforço, deve ter mexido ou terem-lhe escorregado os pés;
provavelmente, o pé esquerdo que bateu no pedal de comando da descida e deu-se o acidente. É
de crer que tenha sido ele próprio quem premiu o botão, porque os dedos não lhe foram

45
amputados, o que, sem dúvida, teria acontecido se a prensa houvesse atingido o ponto morto
inferior.

A responsabilidade é, pois, do sinistrado, por imprudência e desatenção. Antes de intervir, eram


cuidados elementares descer a punção por completo e parar a máquina.

O senhor Cabral não é novato na secção de prensas, onde trabalha desde 13 de Setembro 1989
como operário condutor e desde 7 de Dezembro de 1992 como afinador. Faz notar que se trata de
um homem hábil e cumpridor, terá sido precisamente ao reverso destas qualidades que o acidente
deve imputar-se.

Deverá pôr-se em causa o material? A prensa em que se produziu o acidente possuí vários
comandos:
- pedal de comandos à distância, para dobragem de grandes peças;
- botões que se usam para trabalhos próximo da máquina, desengatando o pedal. Este
dispositivo tem diversas possibilidades, visando a segurança do trabalho;
- comando por um botão único, quando tem de segurar-se a prensa com a outra mão;
- comando por dois botões quando não se segura a peça; comando por quatro botões, para
trabalho com dois operários.

A ligação dos botões em curto-circuito, isto é, a sua neutralização, é feita com uma chave, sob a
responsabilidade dos afinadores, chefe de grupos e contramestres.

O pedal tem um resguardo que evita acidentes por queda de objectos ou pancadas involuntárias
ao passar-se próximo.

A prensa dispõe, portanto, de todos os dispositivos de segurança habituais, para evitar acidentes
de trabalho, mas que parece, quanto ao último ponto referido, a protecção não é bastante.

Pode também recear-se que o senhor Cabral ignorasse que a máquina não tinha sido parada. Se
assim foi, teria batido uma luz avisadora para que ele próprio a tivesse desligado. Em conclusões,
propõe-se:

Primeiro, chamar a atenção aos chefes de grupos, afinadores e operário da secção de Corte e
Passagem de chapas, para os perigos e as medidas de prudência a observar.

Segundo, estudar a hipótese de munir as máquinas de lâmpadas avisadoras, indicando se o


motor está ou não ligado; esta medida poderia evitar a repetição deste género de acidente.

Atenciosamente

António Machado

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COMPREENSÃO DO TEXTO
1. Você está em presença de um relatório. Identifique no relatório lido os seguintes elementos:
a. O remetente e o destinatário
.............................................................................................................................................................
b. O assunto nele reportado.
.............................................................................................................................................................
2. Delimite as seguintes partes:
a. Exposição dos factos.
b. Apreciação dos factos.
c. Conclusão

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. O presente exercício chama a atenção para dúvidas frequentemente suscitadas no uso da
língua portuguesa. Escolha, entre as duas opções, aquela que é acertada para completar
correctamente as frases e sublinhe-a.
a. O livro que estou a ler ........................ a conservação do meio ambiente. (tem a ver / tem haver)
b. O homem .......................... filha ganhou o prémio está doente. (cuja / cuja a)
c. O menino ................................................ te falei, vem ter connosco. (de que / de quem)
d. Saímos ........................................... escola muito tarde. (na / da)
e. O texto narrativo que produziste difere .......................meu. (com o / do)
f. Não cheguei ......... falar ........... ele ..............aquele assunto. (de, a, por / a, com, sobre)
g. Fui ............. casa descansar um pouco e voltei ................. concluir o trabalho. (a, para /para, a)
h. Discordo ............................ Bertino. A Vanda distingue-se................. outros ............ simpatia e
simplicidade. (com, com, da / do, dos, pela)
i. Nós precisamos de falar ........................ assunto do nosso interesse: férias! (decerto / de certo)
j. ....................... que todos os alunos gostariam de obter bons resultados. (De certo / Decerto)
k. Estes alunos e os ................... devem terminar o trabalho urgentemente.(de mais / demais)
l. Não se deve comer ................................... Não é saudável! (demais / de mais)
m. Raphael e Gardo encontraram a pasta. Este é o motivo ................ a polícia os perseguia.
(porque / por que)
n. Apesar ................ o governo obrigar o uso de máscaras, muitos não o fazem. (do / de o)
o. Sabe dizer-me ................................. fica o Museu de História Natural? (aonde / onde)
p. Temos de levar em consideração o facto .............. pessoas possuírem poucas condições. (de
as / das)
q. Dizem que a última vez que houve uma pandemia tão mortífera foi ...................... cem anos.
(acerca de / há cerca de)
r. Chamam-lhe Belinha, que é o .....................................de Isabel. (diminutivo / diminutivo)
s. ................................................ vais com tanta pressa? (Onde / Aonde)

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UNIDADE DIDÁCTICAS 13, 14, 15 e 16 FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA

1. Uso das preposições Sob e Sobre

2. Composição de palavras

3. Funções do Que (orações relativas, integrantes, causais e consecutivas)

4. Flexão dos substantivos e adjectivos – casos especiais

RESUMO
1. Composição de palavras
Tipos de composição
Composição de palavras consiste em formar uma nova palavra a partir da junção de duas ou mais
palavras.
A composição de palavras pode ser por:

Justaposição – quando as palavras que se unem mantêm o seu acento próprio e a sua
ortografia.
Ex: Quarta + feira (quarta-feira – palavra composta por justaposição)

Aglutinação – quando as palavras que se unem sofrem alterações e subordinam-se a um único


acento.
Ex: Água + ardente (Aguardente – Palavra composta por aglutinação)

EXERCÍCIOS - 9
Compreensão do texto
Baseando-se no anúncio de vaga seguinte, elabore uma carta de apresentação, anexando nela o
seu CV. Observe a estrutura e tipo de linguagem de uma carta de apresentação

Atenção: Os dados referentes à empresa (Nome, endereço, E-mail) são fictícios. Qualquer
semelhança com a realidade é mera coincidência.

Anúncio de vaga
A empresa Avante, vocacionada na produção e venda de citrinos, pretende recrutar para o seu
quadro do pessoal, um técnico agrícola com o seguinte perfil:
-ser moçambicano;
- não ter idade superior a 35 anos;
- ter como habilitações mínimas, a 12ª classe;
- ter formação na área agrícola, de preferência especializado no tratamento de citrinos;
- ser proactivo no trabalho ou contacto com as comunidades.

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A resposta a este anúncio deve ser acompanhada de CV e deverá ser enviada via E-mail, em
carta fechada ou presencialmente para o seguinte endereço:
Rua Vamos Produzir, nº 22, Bairro B, Chidenguele.
E-mail: Avante2021@gmail.com
As candidaturas devem ser remetidas até ao dia 30 de Outubro do corrente ano.

FUNCIONAMENTO DA LÍNGUA
1. Nos pares que se seguem, qual é a palavra correctamente escrita?
A Couve-flor/couveflor;
B Perna-alta/ pernalta
C Sacarolhas/saca-rolhas
D Banca-rota/bancarrota

2. Escreva três frases, usando: belas-artes, planalto, amor-perfeito


.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................
.............................................................................................................................................................

2.Orações subordinadas relativas, integrantes, causais e conscutivas


Funções do que
O que numa frase pode desempenhar diferentes funções como as de pronome relativo ou de
conjunção subordinativa.

Pronome relativo
O que é pronome relativo quando se refere a um termo antecedente, substantivo ou pronome,
introduzindo uma oração subordinada adjectiva e desempenha uma função substantiva. Neste
caso, pode ser substituído por qual, o qual, a qual, os quais, as quais.

Exemplo:
Comprei o livro que estava na montra
(o que refere-se ao nome livro)
Oracção subordinante Oração subordinada relativa

Conjunção subordinativa
O que é uma conjunção subordinativa quando introduz orações subordinadas substantivas
adverbiais. Pode ser conjunção integrante, causal ou consecutiva.

Conjunção integrante
O que é conjunção subordinativa integrante quando introduz oração subordinada substantiva
integrante ou complectiva (porque completa o sentido da oração anterior).
Exemplo:
Ao comprar o livro pensei que me ia ser útil. (O que completa o sentido

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Oração subordinante Oração subordinada integrante da oração anterior)

Conjunção Causal
O que é uma conjunção causal quando introduz orações adverbiais causais, possuindo o valor
próximo a porque.
Exemplo:
Saímos às pressas, que o tempo já estava bravo! (O que introduz a oração que
Oração subordinante Oração subordinada causal refere a causa do que se disse na
oração anterior)

Conjunção consecutiva
O que tem o valor de conjunção subordinativa consecutiva, quando introduz as orações
subordinadas adverbiais consecutivas e é antecedido de tal, tanto.
Exemplo:
Choveu tanto que acabámos saindo do local. (O que inicia uma oração que
Oração subordinante Oração subordinada causal indica a consequência do que o
que é expresso na oração anterior)

EXERCÍCIOS - 10
Funcionamento da língua
1. Divida as frases que se seguem em orações e, depois, classifique-as.
a. A pressão foi de tal sorte que desistimos do jogo.
b. É bonito o equipamento que escolhemos.
c. Achamos que o jogo está óptimo!
d. Pedimos o adiamento da prova, que a turma não está devidamente preparada.

2. Classifique morfologicamente a palavra que destacada nas seguintes frases:


a. É melhor voltarmos, que o César já não vem.
b. Ela disse que viria mais tarde.
c. O aluno que venceu o concurso de poesia teve uma bolsa de estudos.
d. A organização do concurso é de tal ordem que todos querem participar.

3. Escreva quatro frases, usando o que como pronome relativo e como conjunção integrante,
causal e consecutiva.

2. Flexão dos substantivos e adjectivos: Casos especiais


Em aulas anteriores, aprendeu que os substantivos e os adjectivos flexionam-se em género
(masculino/feminino), número (singular/plural) e grau (normal, aumentativo e diminutivo para os
substantivos e normal, comparativo e superlativo para os adjectivos).

Na flexão em género, existem casos especiais que devem ser tomados em conta para cada

50
classe gramatical. Vejamos:

1. Substantivos
a. Formação do feminino

Geralmente, os substantivos terminados em consoante, formam o feminino acrescentando-se o


morfema - a. Todavia, existem casos especiais como se pode ver no quadro abaixo.
Masculino Feminino
Os que terminam em Terminam em
-dor (p.ex. imperador, trabalhador, -triz, -dora, -deira (p.ex. imperatriz,
vendedor) trabalhadora, vendedeira)
-ã, -ona, -ao, -ana (p.ex. Irmã, chorona, leoa,
-ão (p.ex. irmão, chorão, leão, sultão)
sultana)
-eu ( p.ex. Plebeu, judeu) -eia, -ia (p.ex. plebeia, judia)
-essa, -esa, ina, -isa (condessa, consulesa,
-e,-ul, -ar, -a, (conde, cônsul, czar, papa)
czarina, papisa)
Obs: Há caso em que o masculino se afasta completamente do feminino.
P.ex. Homem/Mulher; rei/rainha; cavalo/ égua

Há nomes que têm uma forma comum para os dois géneros, distinguindo-se pelos determinantes
ou adjectivos.
P.ex. O/a mártir; o/a intérprete

Há nomes de animais cujo género se distingue pelas palavras macho ou fêmea.


P.ex. cobra macho/cobra fêmea; águia macho/águia fêmea

b. Formação do plural
Existem diversas maneiras de formação do plural, consoante a origem da palavra. Vamos formar
três grupos dos nomes terminados em -ão.

Plural duplo
-ães, ões (Ex: guardiães/guardiões; bastiães/bastiões)
-ãos, ãos (Ex: vilãos/vilões; hortelãos/hortelões)

Plural triplo
-ãos, ões, ães (Ex: anãos/anões/ anães; aldeãos/aldeões/aldeães)
Existem também plurais únicos,
P.ex: Bênçãos, refrão, órgão, etc.

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EXERCÍCIOS - 11
1. Indica o plural de:
a. Peão ..................................... d. Alcorão .....................................
b. Zângão ..................................... e. Verão .....................................
c. Pião .....................................

2. Qual é o feminino de:


a. Duque; ..................................... d. Actor; .....................................
b. Boi ..................................... e. Maestro .....................................
c. Cavalheiro .....................................

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TÓPICOS DE CORRECÇÃO/RESOLUÇÕES
EXERCÍCIOS - 1
Textos Normativos
Compreensão do texto
1. a. livre para apoiar a manutenção da paz em África.
2. b. I e II
3.
a. O Estado orienta-se pelos princípios da centralização e de subsidiariedade.
d. A República de Moçambique é um Estado utilitário.

Funcionamento da língua
1. a. pôr,| b. por, | c. pôr, | d. por | e. pôr

2.a. Certo | b. Errado - trata-se do uso da preposição ―por‖ e não do verbo. | c. Certo | d. Errado -
trata-se do uso da preposição ―por‖ e não do verbo. | e. Certo
3. a. | d.
4. b. | d. | e.
5. d.
6. a. Sob | b. sob | c. sobre | d. sobre | e. sobre | f. sob
7.
a. Quando intimado, o cidadão pode pronunciar-se perante a lei, mas só falará sobre o assunto
em causa após sua identificação.

b. após várias injustiças, os cidadãos acabam por usar meios invulgares.

c. após as investigações, os alunos que cometeram fraude foram levados a confessar os seus
crimes perante os encarregados de educação.

8. Usa preposições após,perante em frases da sua autoria


9.a. A lei eleitoral foi aprovada por unanimidade. | b. Todos nós somos protegidos pela lei. | c.
Todos devemos agir perante a lei. | d. Os deputados discursaram perante o Presidente da
República.

EXERCÍCIOS - 2
Compreensão do texto
1. A correcção da Carta Comercial à DINAME deve ter em conta a sua estrutura (Cabeçalho,
Corpo, Encerramento) e tipo de linguagem.
2. A correcção do Curriculum Vitae ao destinatário deve ter em conta a sua estrutura (cabeçalho,
dados pessoais, perfil profissional, experiência de trabalho, educação, habilidades ou
competências, informações complementares) e características linguísticas.

Funcionamento da língua

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1. d. Contei-lhe que nós nos preocupamos com ele. | 2. b. Ela se arrependeu de não ter ido. | 3. d.
Ele atreveu-se a responder-me dessa maneira.
4.a. Reflexiva | b. Reciproca | c. Reflexiva | d. Reciproca

EXERCÍCIOS - 3
Compreensão do texto
1. A entrevista é um texto conversacional porque é um texto com dois ou mais interlocutores onde
é apresentada uma sequência de falas em que através do autor se tem o relato da interacção
entre os participantes.
2. São os intervenientes na entrevista Mia Couto, o entrevistado, e Felipe Machado, o
entrevistador.
3. O texto introdutório tem como principal importância definir o que será abordado dali em diante,
e dar um ponto de origem e base para o que será argumentado ou dissertado, deixando tudo de
forma mais coesa e organizada.
4. Médico e biólogo.
5. Na opinião do entrevistado, podemos aprender com a pandemia que a espécie humana notou
que não é o centro de tudo, mas apenas a pequena parte de algo maior.
6. O entrevistado considera a literatura em língua portuguesa uma figura mítica porque se constrói
sem saber que existe.

Funcionamento da língua
1. a. A Maria estava a estudar, quando a amiga desequilibrou. | b. Os alunos estavam a gritar
tanto, que ninguém se estava a entender.| c. Os turistas estão para sair. | d. Eu tenho de assinar o
livro. | e. Hei-de procurá-lo à tarde. | f. Ando a estudar bastante. | g. A Íris ia cantando cada vez
mais alto. | h. A Dasha e a Rosa estavam dançando marrabenta. | i. Magule ia pregando de casa
em casa. | j. Ando a escrever um livro. | k. Elas ainda vão passar por aqui. | l. Tenho de ir ao
mercado comprar frutas.

EXERCÍCIOS - 4
Compreensão do texto
1. Considerar as 5 competências definidas no trabalho, para avaliação da redacção.

Funcionamento da língua
1.a. condicional | b. causal | c. temporal | d. modal
2. a. Consecutiva | b. modal | c. condicional | d. temporal | e. causal | f. final | g. concessiva
3.a. Espero tomar uma decisão ainda hoje.  Subordinada substantiva objectiva directa,
reduzida de infinitivo
b. Ele tinha interesse em marcar mais pontos.  Subordinada substantiva completiva nominal,
reduzida de infinitivo
c. Havia muitas pessoas trabalhando no campo. Subordinada adjectiva restritiva, reduzida de

54
gerúndio
d. Foi o último a sair. Subordinada adjectiva restritiva, reduzida de infinitivo
e. É necessário convencer meu pai. Subordinada substantiva subjectiva, reduzida de infinitivo
f. Andando depressa, chegará mais cedo.  Subordinada adverbial condicional, reduzida de
gerúndio.
g. Terminado o jogo, os homens voltaram para casa. Subordinada adverbial temporal,
reduzida de particípio
h. Foram punidas, por falarem muito. Subordinada adverbial causal, reduzida de infinitivo
i. Sem estudar, não será aprovado. Subordinada adverbial condicional, reduzida de infinitivo
j. Sabendo que seria preso, ainda assim saiu na rua. Subordinada adverbial concessiva,
reduzida de gerúndio
4.a.
5. a. adjectivo, pois é variável | b. advérbio de modo | c. advérbio de intensidade | d. advérbio de
intensidade | e. adjectivo, pois é variável

6.
Alternativa e. A palavra demoradamente é classificada como advérbio. Poderia ser substituída
pela locução adverbial de forma demorada sem qualquer prejuízo de sentidos para a oração.

EXERCÍCIOS - 5
Compreensão do texto
1. c. narrativo.
2. c. O género narrativo apresenta um enredo, no qual existe uma situação inicial, a modificação
da situação inicial, um conflito, o clímax e o epílogo.
d. Os elementos que compõem o género narrativo são narrador, tempo, lugar, enredo ou situação
e as personagens.

Funcionamento da língua
1. d. vocativo. | 2. a. vocativo

3.
a. Viajamos por três países: Angola, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
b. O advogado do réu, o mais exemplar na área, enfrenta problemas no tribunal.
c. Noémia de Sousa, pioneira da literatura moçambicana, publicou Sangue Negro.
d. Nelson Mandela, prisioneiro do apartheid, foi o primeiro presidente negro da África do Sul.

EXERCÍCIOS - 6
Compreensão do texto
1. Género jornalístico.
2. Texto A – Cartaz: Texto B – Televisão: Texto C- Rádio.

55
3. Persuadir o consumidor a adquirir o produto ou a aderir aos serviços.
4. Diz se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações:
a. F | b. F | c. F | d. V | e. F
5. Frases apelativas

Funcionamento da língua
1. Transforma as frases interrogativas directas em interrogativas indirectas correspondentes
a. Por que estás feliz?
Perguntou porque estava feliz.
b. O governo autorizou a reabertura das escolas?
Perguntou se foi o governo que autorizou a reabertura das escolas.
c. Quem anunciou essa decisão?
Quis saber quem anunciou aquela decisão.

2. Transforma as frases interrogativas indirectas em interrogativas directas correspondentes:


a. Qual será o nosso horário
b. Quantos alunos serão por turma.
c. Como nos devemos comportar nesta fase.

3. Divida a frase em oração e classifica as respectivas orações


a. Diga-me – 1a oração subordinante
que faz aqui? – 2a oração subordinada interrogativa directa
b. vais viajar para Bazaruto? – 1ª oração subordinada interrogativa directa
Perguntou a amiga – 2a oração subordinante.
c. Perguntou-nos – 1a oração subordinante
Se éramos filhos do mesmo pai – 2a oração subordinada interrogativa indirecta.
d. Que terá acontecido - 1a oração subordinada interrogativa indirecta. António queria saber – 2a
oração subordinante
e. Não sei -1a oração subordinante
quem comeu o biscoito. ‗ 2a oração subordinada interrogativa indirecta

EXERCÍCIOS - 7
Compreensão do texto
1. Acabou de ler um texto lírico/poético. Justifique esta afirmação, tendo em conta os critérios
formais e de conteúdo.

É a manifestação de sentimentos íntimos do poeta que, através dela, traduz as emoções


interiores. Porque no texto lírico predomina a revelação da vida interior, as vivências afectivas do -
- Eu do emissor, nele surgem com intensidade as formas verbais e pronominais da 1a pessoa.
1.1. A vida difícil dos carregadores de sacos.
1.2. Aos Patshisses.

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1.3. Vós/Vocês. ‗ Ó negros!
2. Terceto
3. Rima cruzada na 1ª e 2ª estrofes.
4. Na estrofe está patente o sentido de lamentação do sujeito poética face à difícil condição dos
patshisses ou carregadores dos sacos.

Funcionamento da língua
1.a. Muito. | b. Talvez. | c. Muita | d. Primeiro. Depois
3. Substitua a expressão sublinhada pelo advérbio correspondente e faça as alterações
necessárias à frase:
Provavelmente os Patshises busquem na cidade uma vida melhor.
4. Redigir frases tendo em conta o contexto do seu uso.

EXERCÍCIOS - 8
Compreensão do texto
1.
a. O remetente é o António Machado, Chefe da Secção de Presenças
O destinatário: Sr. João dos Santo, Chefe dos Serviços.
b. O assunto nele reportado: Relatório de Acidente de Trabalho envolvendo o operário João
Cabral, da Secção de Prensas.

2. Delimite as seguintes partes:


a. Exposição dos factos: Um dos colegas… esmagados até à falange
b. Apreciação dos factos: Segundo o inquérito que se procedeu… é bastante.
c. Conclusão: Primeiro, chamar a atenção aos chefes de grupos… género de acidente.

Funcionamento da língua
1. O presente exercício chama a atenção para dúvidas frequentemente suscitadas no uso da
língua portuguesa. Escolhe, entre as duas opções, aquela que te parece acertada para completar
correctamente as frases e sublinha-a.

a. O livro que estou a ler tem a ver com rapazes da cidade do lixo, Behala. | b. O homem cuja
filha se chamava David, foi morto. c. O senhor de quem te falei, está numa prisão. | d. Saímos da
escola muito tarde. | e. O texto narrativo que produziste difere do meu. | f. Não cheguei a falar com
ele sobre aquele assunto. | g. Fui para casa descansar um pouco e voltei a concluir o trabalho. | h.
Discordo do Bertino. A Vanda distingue-se dos outros pela simpatia e simplicidade. | i. Nós
precisamos de falar de certo assunto do nosso interesse: férias! | j. De certo que todos os alunos
gostariam de obter bons resultados. | k. Estes alunos e os de mais devem terminar o trabalho
urgentemente. | l. Não se deve comer demais. Não é saudável! | m. Paulo e Tiago encontraram a
pasta. Este é o motivo por que a polícia os perseguia. | n. Apesar de o governo obrigar o uso de
máscaras, muitos não o fazem. | o. Sabe dizer-me onde fica o Museu de História Natural? | p.

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Temos de levar em consideração o facto de as pessoas possuírem poucas condições. | q.
Dizem que a última vez que houve uma pandemia tão mortífera foi há cerca de cem anos. | r.
Chamam-lhe Belinha, que é o diminutivo de Isabel. | s. Onde vais com tanta pressa?

EXERCÍCIOS - 9
Compreensão do texto
1. Na elaboração da carta de apresentação deve ter em conta a estrutura e o tipo de linguagem
desta natureza de texto.

Funcionamento da língua
1.a. Couve-flor | b. Pernalta | c. Saca-rolhas | d. Bancarrota
2. (Observe o contexto das palavras belas-artes, planalto, amor-perfeito)

EXERCÍCIOS - 10
Funcionamento da língua
1. Divida as frases que se seguem em orações e, depois, classifique-as.
a. A pressão foi de tal sorte - subordinante/ que desistimos do jogo – Subordinada consecutiva
b. É bonito o equipamento - Subordinante/ que escolhemos – subordinada relativa
c. Achamos - subordinante/ que o jogo está óptimo – subordinada integrante
d. Pedimos o adiamento da prova - Subordinante /que a turma não está devidamente preparada –
subordinada causal
2. Classifique morfologicamente a palavra que destacada nas seguintes frases:
a. É melhor voltarmos, que o César já não vem. – Conjunção causal
b. Ela disse que viria mais tarde. – Conjunção integrante
c. O aluno que venceu o concurso de poesia teve uma bolsa de estudos. – Pronome relativo
d. A organização do concurso é de tal ordem que todos querem participar. – Conjunção
consecutiva
3. Resposta livre, mas deverá atender ao uso adequado da palavra que com as funções indicadas
(pronome relativo, conjunção integrante, causal e consecutiva).

EXERCÍCIOS - 11
Funcionamento da língua
1.a. Peões | b. Zângões | c. Piãos piões ou piães | d. Alcorões ou alcorões | e. Verões ou Verões.
2.a. Duquesa | b. Vaca | c. Dama | e. Maestrina.

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BIBLIOGRAFIA

CUNHA, Celso; LINDLEY, Cintra.(1987). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa:


Sá da Costa.
FERREIRA, A. Gomes; FIGUEIREDO, J. Nunes de. (s/d). Compêndio de Gramática Portuguesa –
3º Ciclo do Ensino Secundário. Porto, Porto Editora.
GOMES, Álvaro. (2008). Gramática Pedagógica e Cultural da Língua Portuguesa. Porto: Porto
Editora.
GUERRA, J. A.DA Fonseca; VIEIRA, J.A,DA Silva.(2004). Aula Viva – Língua Portguesa 9º Ano.
Caderno de Actividades. Porto: Porto Editora.
MINEDH/IEDA – Módulos do PESD 1

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