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TESTE DE AVALIAÇÃO 2

TESTE DE AVALIAÇÃO 2 – MUNDOS DE SABEDORIA

Oralidade
Para responderes aos itens de 1.1 a 2., vais ouvir um excerto de uma entrevista ao veterinário João
Ro- drigues, membro do Centro de Acolhimento do Burro, The Donkey Sanctuary (O Santuário do
Burro).

Começa por ler com atenção os itens a que terás de responder. Depois, ouve o texto duas vezes e
responde aos itens.

1. Para cada item (1.1 a 1.4), assinala com X a opção que completa a afirmação, de acordo com
o texto.

1.1 A atividade anunciada no início da entrevista assinala

A. os 50 anos do The Donkey Sanctuary.


B. o Dia Internacional do Burro.
C. o aniversário da atividade «Pé ativo».

1.2 No início do texto, para destacar a importância do contacto entre as crianças e o burro, o
entrevistado refere o facto de elas

A. desconhecerem as qualidades deste animal.


B. ficarem a conhecer um animal muito dócil.
C. poderem proteger este animal no futuro.

1.3 A associação The Donkey Sanctuary exerce a sua atividade

A. em vários locais por todo o Mundo.


B. exclusivamente em Portugal continental.
C. apenas na região de Trás-os-Montes.

1.4 O entrevistado repete a forma verbal «falamos» para introduzir

A. os vários profissionais dedicados ao bem-estar e proteção dos burros.


B. os principais problemas relacionados com a preservação dos burros.
C. as diversas áreas em que os burros são fundamentais para o ser humano.

2. Completa a afirmação selecionando uma das expressões abaixo apresentadas.

No final do texto, o entrevistado explica a teimosia habitualmente associada aos burros com

A. o facto de serem dóceis. C. a sua condição de animais de trabalho.


B. o seu sentido de autopreservação. D. a longa convivência com os seres humanos.

O Mundo em Palavras 7
1 © Raiz Editora, 2021
TESTE DE AVALIAÇÃO 2

Educação Literária
TEXTO A

Lê a seguinte narrativa em verso e as notas.

O velho, o rapaz e o burro


O mundo ralha de tudo,
Montam, mas ouvem dum lado:
Tenha ou não tenha razão;
«Apeiem-se, almas de breu,
Quero contar uma história
35 Querem matar o burrinho?
Em prova desta asserção1.
Aposto que não é seu!»
5 Partia um velho campónio,
«Vamos ao chão», diz o velho,
Do seu monte ao povoado;
«Já não sei o que hei de fazer!
Levava um neto que tinha,
O mundo está de tal sorte.
No seu burrinho montado.
40 Que se não pode entender.»
Encontra uns homens que dizem:
«É mau, se monto no burro,
10 «Olha aquele que tal é!
Se o rapaz monta, mau é;
Montado o rapaz que é forte,
Se ambos montamos, é mau,
E o velho trôpego2 a pé.»
E é mau, se vamos a pé!»
«Tapemos a boca ao mundo»,
45 «De tudo me têm ralhado;
O velho disse: «Rapaz,
Agora que mais nos resta?
15 Desce do burro, que eu monto
Peguemos no burro às costas,
E vem caminhando atrás.»
Façamos inda mais esta!»
Monta-se, mas dizer ouve:
Pegam no burro; o bom velho
«Que patetice tão rata!
50 Pelas mãos o ergue do chão;
O tamanhão de burrinho,
Pega-lhe o rapaz nas pernas E
20 E o pobre pequeno à pata!»
assim caminhando vão.
«Eu me apeio3», diz, prudente,
«Olhem dois loucos varridos!»,
O velho de boa-fé.
Ouvem com grande sussurro,
«Vá o burro sem carrego,
55 «Fazendo o mundo às avessas,
E vamos ambos a pé.» Tornados burros do burro!»
25 Apeiam-se, e outros lhe dizem:
O velho então para, e exclama:
«Toleirões, calcando a lama! «Do que observo me confundo!
De que lhes serve o burrinho?
Por mais que a gente se mate,
Dormem com ele na cama?» 60 Nunca tapa a boca ao mundo.»
«Rapaz», diz o bom do velho,
«Rapaz, vamos como dantes,
30 «Se de irmos a pé murmuram,
Sirvam-nos estas lições;
Ambos no burro montemos, É mais tolo quem dá
A ver se inda nos censuram.»
Ao mundo
satisfações.»
Curvo Semedo, «O velho, o rapaz e o burro», in José Viale Moutinho, Livro Português das Fábulas – uma antologia, Lisboa,
Temas e Debates, 2017, pp. 231-234.

Notas: 1 asserção: afirmação; verdade.


2 trôpego: com dificuldade em andar.
3 apeio: forma do verbo apear, que significa descer ou desmontar.

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3. Numera as frases de 1 a 5, de acordo com a ordem cronológica dos acontecimentos.


A primeira frase já se encontra numerada.

O velho e o rapaz carregam o burro.


O velho e o rapaz vão ambos montados no burro.
1 O rapaz vai montado no burro e o velho vai a pé.
O velho e o rapaz caminham ao lado do burro.
O velho vai montado no burro e o rapaz caminha atrás.

4. Por que razão o avô dá tantas indicações ao neto durante a caminhada com o burro?

5. Explica por que razão podemos afirmar que as ideias de tolerância/intolerância estão
presentes no contraste entre o comportamento do avô e o das pessoas com quem se vão
cruzando.

6. Assinala com X a opção que completa a afirmação, de acordo com o texto.

Entre os versos 41 e 44, o avô sintetiza os vários comentários dos caminhantes através de uma

A. anáfora.
B. comparação.
C. metáfora.
D. personificação.

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7. Assinala com X todas as afirmações verdadeiras, tendo em conta o texto.

A. A moralidade apresentada na primeira estrofe completa-se na última estrofe.


B. O narrador mostra simpatia pelo velho.
C. A primeira estrofe corresponde à situação inicial da aventura vivida pelas personagens.
D. O uso dos pontos de exclamação e dos pontos de interrogação destaca a indignação da
população e a perplexidade do velho.
E. As duas últimas estrofes correspondem ao desfecho da ação.

8. Por que razão podemos afirmar que a máxima «Cada cabeça sua sentença» é adequada a
esta narrativa?
Justifica o teu ponto de vista com dois exemplos do comportamento das personagens.

Gramática
9. Assinala com X as duas passagens em que a formas verbais sublinhadas estão no modo
conjuntivo.

A. «O mundo ralha de tudo, / Tenha ou não tenha razão»


B. «Partia um velho campónio, / Do seu monte ao povoado»
C. «Monta-se, mas dizer ouve: / “Que patetice tão rata! […]”»
D. «Peguemos no burro às costas, / Façamos inda mais esta!»
E. «Se o rapaz monta, mau é; / Se ambos montamos, é mau»

10. Completa as frases com as formas dos verbos nos tempos do modo conjuntivo indicados
entre parênteses.

Tempo simples
a. Se o velho campónio (ignorar / pretérito imperfeito) os comentários dos
caminhantes, não ficava de consciência tranquila.

Tempos compostos
b. Espero que tu (gostar / pretérito perfeito) desta narrativa.

c. Imaginas o que aconteceria se o velho não (ouvir / pretérito mais-


-que-perfeito) os comentários dos caminhantes?

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10.1 «Por mais que a gente se mate,


Nunca tapa a boca ao mundo.»

Completa a transformação desta passagem conjugando o verbo tapar no condicional composto.

«Por mais que a gente se tivesse matado


Nunca a boca ao mundo.»

11. Indica o nome a que se refere o pronome relativo usado nos versos seguintes.

«Levava um neto que tinha, / no seu burrinho montado» (versos 7-8)

12. Reescreve as frases substituindo as expressões sublinhadas por pronomes pessoais.

a. Os caminhantes faziam muitos comentários.

b. O velho e o neto recordarão este episódio.

c. Talvez conheças outras máximas populares.

d. O avô fez uma reflexão.

13. Nos versos de cada alínea, está presente um advérbio ou uma locução adverbial. Associa
cada advérbio ou locução adverbiais desses versos (coluna A) ao seu valor (coluna B).
Escreve, em cada círculo da coluna A, o número correspondente da coluna B.

Coluna A Coluna B

1. Inclusão
2. Tempo
a. «Desce do burro, que eu monto / E vem caminhando atrás.»
3. Modo
b. «O tamanhão de burrinho,/ E o pobre pequeno à pata!»
4. Quantidade e grau
c. «Rapaz, vamos como dantes»
5. Lugar

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14. Lê as frases e completa a afirmação seguinte.

«O velho disse: Rapaz, / Desce do burro,»


«Apeiem-se, almas de breu, / Querem matar o burrinho?»

As expressões sublinhadas nestes versos do Texto A desempenham a função sintática de


.

Leitura
TEXTO B

Lê o texto e as notas.

As antigas comunidades que ocupavam o atual território português, nas suas constantes
deslocações motivadas pelo trabalho agropastoril, marcaram o seu território com múltiplas
veredas1 e caminhos. Os caminhos, na maioria das vezes, convergiam para um povoado.
A distância entre os vários e importantes povoados fortificados era na ordem dos 25 km, o
5 que correspondia a uma jornada – o caminho que se faz num dia de viagem. Os caminhos de pé
apresentavam, para além da referida finalidade local, ligando o povoado aos campos próximos e
às localidades vizinhas, uma outra finalidade, que era a de permitirem que as populações
realizassem trocas comerciais com regiões cada vez mais afastadas.
Com a dominação romana, os antigos caminhos sofreram uma importante evolução,
permitindo
10 a introdução das carruagens puxadas por cavalos e bois. O traçado das novas vias marcou de
forma significativa a organização do território do país.
Os romanos construíram uma extensa rede viária. De acordo com o Itenerarium Antonini
Augusti 2, a fonte clássica mais importante para o estudo das vias do Portugal romano, eram
onze as vias que atravessavam o atual território português. Entre estes itinerários destaca-se a
Via XVI,
15 com uma extensão de cerca de 360 km, ligando Olissipo (Lisboa) a Bracara Augusta (Braga) e
as planícies do Sul ao Noroeste peninsular.
Carlos Alberto Medeiros, Geografia de Portugal, Lisboa, Círculo de Leitores, 2006, pp. 66-67
(adaptado).

Notas: 1 veredas: caminhos estreitos.


2 Itenerarium Antonini Augusti: registo das distâncias ao longo de várias das estradas do Império Romano.

15. Para cada item (15.1 a 15.3), assinala com X a opção que completa cada afirmação, de
acordo com o texto.

15.1 No tempo das antigas comunidades (linhas 1-8),

A. havia apenas um caminho para se chegar a um povoado.


B. os habitantes de um povoado nunca se deslocavam para outras terras.
C. havia vários caminhos para se ir ter a um povoado.
D. os habitantes de um povoado deslocavam-se apenas para os campos.

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15.2 A expressão «era na ordem dos 25 km» (linha 4) significa

A. «era sempre menos do que 25 km.»


B. «era exatamente 25 km.»
C. «era sempre mais do que 25 km.»
D. «era aproximadamente 25 km.»

15.3 A via XVI é referida no texto, porque, entre outras razões,

A. ligava as planícies do Sul ao Noroeste do território peninsular.


B. foi a décima segunda via romana a ser construída no Portugal romano.
C. foi a via romana mais curta de entre as vias construídas no Portugal romano.
D. ligava duas outras vias muito importantes na região de Olissipo (Lisboa).

15.4 O tema central deste texto é a evolução

A. dos meios de transporte naquele que hoje é o território português.


B. das vias de comunicação naquele que hoje é o território português.
C. das comunidades naquele que hoje é o território português.
D. do domínio romano naquele que hoje é o território português.

16. Assinala com X todas as opções que completam corretamente a afirmação seguinte, de
acordo com o texto.

A dominação romana trouxe como consequências

A. a extensão da rede de estradas.


B. o início do comércio entre povoações com 25 km de distância entre si.
C. a construção de povoados fortificados.
D. a introdução de carruagens puxadas por animais.
E. a ligação entre zonas afastadas do país.

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Escrita
17. Escreve um resumo do texto B com 65 a 75 palavras.

Se quiseres completar ou emendar alguma resposta, utiliza este espaço. Caso o utilizes,
não te esqueças de identificar claramente o item a que se refere cada uma das respostas
completadas ou emendadas.

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Cotações
Item
Coluna
Cotação (em pontos)

Oralidade 1.1 1.2 1.3 1.4 2.


3 3 3 3 3 15
Educação 3. 4. 5. 6. 7. 8.
Literária
3 5 5 3 3 5 24

Gramática 9. 10. 11.1 11. 12. 13. 14.


3 3 3 3 3 3 3 21

Leitura 15.1 15.2 15.3 15.4 16.


3 3 3 3 3 15

Escrita 17.
25
TOTAL 100

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