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Orientações:
Objetivos de aprendizagem
● Distinguir entre os conceitos de linguagem, linguagem verbal, linguagem não verbal e língua,
identificando suas características distintivas.
● Demonstrar compreensão dos sistemas de representação e identificar diferentes tipos de
signos, reconhecendo sua função na comunicação.
● Analisar o conceito de signo linguístico, compreendendo suas duas partes constituintes
(significante e significado) e a relação arbitrária entre elas.
● Identificar e descrever os elementos da comunicação, demonstrando compreensão de como
esses elementos interagem.
● Analisar as funções da linguagem em diferentes tipos de textos, demonstrando a capacidade
de reconhecer e identificar essas funções.
● Aplicar o conhecimento sobre os elementos da comunicação e as funções da linguagem na
análise de textos diversos.
1. Leia.
[...] enquanto não abrimos um livro, esse livro, literalmente, geometricamente, é um volume,
uma coisa entre as coisas. Quando o abrimos, quando o livro dá com seu leitor, ocorre o fato
estético. E, cabe acrescentar, até para o mesmo leitor o mesmo livro muda, já que mudamos, já
que somos (para voltar a minha citação predileta) o rio de Heráclito, que disse que o homem de
ontem não é o homem de hoje e o homem de hoje não será o de amanhã. Mudamos
incessantemente e é possível afirmar que cada leitura de um livro, que cada releitura, cada
recordação dessa releitura renovam o texto. Também o texto é o mutável rio de Heráclito.
BORGES, Jorge Luis. “Sete Noites”. In: Obras completas de Jorge Luis Borges. São Paulo: Globo, 2000.
( ) Como os sentidos do texto dependem do contexto em que o leitor está inserido, a analogia
do fragmento de Borges está correta ao afirmar que um mesmo leitor pode ter experiências
diferentes ao ler a mesma obra em momentos distintos.
( ) Nos textos literários, a relação entre o significante e o significado tende a ser bem menos
previsível, pois é comum que, nesse tipo de textos, haja modificações de sentido que dinamizam a
relação, geralmente fixa, entre estes dois elementos.
( ) Quando associamos o significado “rico” a uma pessoa por causa do significante “roupas de
grife”, estamos realizando uma operação mental de representação em que as roupas são
consideradas índices da riqueza presumida.
2. Leia o trecho abaixo e responda às questões.
O tufão Saomai perdeu força e se converteu em depressão tropical depois de deixar quase
300 mortos ou desaparecidos na China, afundar 1.000 barcos pesqueiros, derrubar milhares de
casas e provocar prejuízos de mais de 1 bilhão de dólares. [...]
O Saomai arrasou o povoado de Jinxiang, em Zhejiang, onde o desabamento de apenas
um edifício sob ventos de mais de 200 quilômetros por hora matou 41 pessoas, incluindo oito
crianças.
Uma procissão de pessoas vestindo roupas funerárias brancas (o branco é a cor do luto na
China) percorreu Jinxiang em meio aos destroços deixados pela passagem do tufão.
BLANCHARD, Ben. Vítimas de tufão tentam retomar suas vidas. Disponível em:
<https://atarde.com.br/mundo/vitimas-de-tufao-na-china-tentam-retomar-suas-vidas-443105>. Acesso em 01/02/2022.
a) A relação entre o luto e a cor branca não possui fundamentação natural. Explique. (0,8)
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c) Levante uma hipótese de uma situação em que o desconhecimento do significado desse signo
pudesse criar um problema para um turista. (1)
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d) Dê mais dois exemplos de signos que estabelecem relações com seu referente do mesmo tipo
que a cor branca estabelece com o luto na China. (1)
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3. (ENEM 2013)
rapariga: s.f., fem. de rapaz: mulher nova; moça; menina; (Brasil), meretriz.
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada no café, em frente da chávena de
café, enquanto alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este poema sobre essa
rapariga porque, no Brasil, a palavra rapariga não quer dizer o que ela diz em Portugal. Então,
terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café, a menina do café, para que a reputação
da pobre rapariga que alisa os cabelos com a mão, num café de Lisboa, não fique estragada para
sempre quando este poema atravessar o Atlântico para desembarcar no Rio de Janeiro. E isto
tudo sem pensar em África, porque aí lá terei de escrever sobre a moça do café, para evitar o tom
demasiado continental da rapariga, que é uma palavra que já me está a pôr com dores de cabeça
até porque, no fundo, a única coisa que eu queria era escrever um poema sobre a rapariga do
café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a escrever um poema sobre aquele café
onde nenhuma rapariga se pode sentar à mesa porque só servem café ao balcão.
JÚDICE, N. Matéria do Poema. Lisboa: D. Quixote, 2008.
e) valorização do efeito de estranhamento causado no público, o que faz a obra ser reconhecida.
4. Geralmente, em um texto, embora haja predomínio de uma das seis funções da linguagem,
é bastante comum que diferentes funções sejam combinadas entre si, buscando-se, com
isso, dar maior profundidade à mensagem. Leia este texto.
Nele combinam-se três funções da linguagem. Indique em que parte do texto cada uma delas
ocorre, nomeie-as e justifique sua resposta. (2,2)
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5. Leia a tira.
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