Você está na página 1de 46

lOMoARcPSD|38167811

Solucoes letras em dia 10

Português (Escola Secundária Madeira Torres)

Verifica para abrir em Studocu

A Studocu não é patrocinada ou endossada por alguma faculdade ou universidade


Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Letras em dia, Português, 10.º ano


Guia do Professor
Sequência 0
Págs. 12-19
Leitura (p. 13)
1. No primeiro parágrafo, remete-se para a perspetiva segundo a qual a «era dos livros» chegou ao fim, pois estes deixaram de constituir o objeto privilegiado da atenção humana, tendo
sido preteridos em favor dos ecrãs. Em seguida, destaca a corrente que perceciona essa circunstância como um mero processo transformativo que implica uma mudança de suporte,
mas não invalida, compromete ou anula a natureza ou a relevância do livro.
2. As referências à «faca», à «colher» e à «bicicleta» sugerem que, apesar das variações envolvidas na forma desses objetos, eles serão sempre reconhecíveis por elementos distintivos ou
pela sua função. Deste modo, funcionam como exemplos que reforçam a ideia de que, independentemente do suporte em que se aceda a um livro, este nunca perderá a sua essência.
3. No início do último parágrafo, o autor apela a que se protejam os livros, não (ou não apenas) na sua dimensão material, mas enquanto objetos simbólicos do legado cultural que a sua
evolução implicou. Proteger os livros significa preservar, também, os valores associados à leitura, como a concentração ou a curiosidade.
4. O texto termina com as metáforas que aproximam os livros a «mapas» e a «telescópios e sondas», pela sua capacidade de nos permitir conhecer o passado, e desse modo promover a
nossa organização e orientação presentes, e de vislumbrar e antecipar o futuro.

Gramática
1. «(as) condições requeridas para a sua leitura».
2. a. Complemento direto. b. Complemento agente da passiva. c. Predicativo do sujeito.
3. Primeiro «que» – Conjunção subordinativa completiva. Segundo «que» – Pronome relativo.
4. Oração subordinada adverbial comparativa (com a forma verbal «passa» subentendida).
5. «que os livros representam».

Escrita
1. Resposta pessoal.

Oralidade
1. Texto alusivo à campanha «Pó? Sabes o que é?», disponibilizado no site do Plano Nacional de Leitura:
«Pó? Sabes o que é?
O Plano Nacional de Leitura (PNL2027) acaba de lançar uma campanha que tem como objetivo estimular os portugueses a ler mais. A ideia da campanha, criada pela KISS, produzida pela
Quioto e com locução de Ricardo Araújo Pereira, faz o paralelismo entre o pó acumulado pelos livros quando ficam parados nas estantes e, metaforicamente, o pó que as pessoas acumulam
quando deixam de ler.
Pretende reforçar-se a importância da leitura na vida de todos, desafiando os leitores.»
Plano Nacional de Leitura. In http://www.pnl2027.gov.pt/np4/vaimaisaolivro.html (consult em 2020-12-28)

Dossiê do Professor
6. Projeto de leitura

Sequência 1
Págs. 22-25
No âmbito do estudo da Poesia trovadoresca, as Aprendizagens Essenciais indicam, na lista de obras e textos para a Educação Literária, a leitura de:
• quatro cantigas de amigo;
• duas cantigas de amor;
• uma cantiga de escárnio e maldizer.
De forma a possibilitar trabalhos diferenciados e escolhas adequadas às características das turmas e/ou a atividades de natureza interdisciplinar, são apresentadas nesta sequência
cantigas de cada um dos géneros em número superior ao indicado.

Contextualizar
Texto A
1. (C)

Texto B
2. O carácter oral da poesia, considerando o seu modo de transmissão, e a sua associação ao canto, ligado às vivências mais diversas das sociedades primitivas.

Texto C
3. (B); (D)

1
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Manual Digital

PowerPoint®
A poesia trovadoresca

Texto D
4. (a) Produzidas por trovadores e cantada por jograis; (b) Divulgação oral, em espetáculos no adro da igreja ou na ermida, ou na corte dos senhores ou do rei; (c) Lúdica, social e mora-
lizadora; (d) Amigo; (e) Enunciador masculino; (f) Escárnio; (g) Sem identificação da pessoa objeto da sátira; (h) Maldizer; (i) Com referência concreta à pessoa objeto da sátira.

Págs. 26-27
Letras prévias
1.1. O título remete para a designação do revisor («O pica») e para o número do elétrico («sete»), narrando-se os sentimentos que o «eu» poético nutre pelo revisor.
1.2. Em ambas as composições, o autor é um homem (António Zambujo no tema musical e Martim de Ginzo na cantiga) e o sujeito poético é feminino («E vou para a paragem / De ban-
dolete à espera do sete»; «Como vivo coitada») e se expressam sentimentos amorosos.

Educação Literária
1. O «eu» enunciador, uma donzela, sente-se infeliz.
1.1. A donzela mostra-se infeliz, magoada e preocupada pelo facto de o amigo ter partido para a guerra, deixando-a sozinha, na incerteza do seu regresso.
2. A apóstrofe confere à composição um tom marcadamente confessional («madre»).
2.1. A entidade interpelada, a mãe, desempenha o papel de confidente.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição da letra do tema musical

Leitura • Gramática
1. Segundo o autor, que reflete sobre o sentido da palavra «amigo», ao longo dos tempos, o termo foi sofrendo uma evolução negativa (um «abandalhamento», l. 2), que não aconteceu
apenas devido ao Facebook.
2. O autor sugere que, nos contextos em que «amigo» não remete para os que são, efetivamente, pessoas de quem gostamos e que gostam de nós, seja substituído por «ambíguos», pois este
termo serve para estabelecer uma relação diferente da relação de amizade pura e sugere indefinição emotiva.
3. A palavra «amigo», desde a sua utilização na poesia trovadoresca, foi gradualmente perdendo a conotação amorosa. Deixou de significar a pessoa amada, passando a referir alguém por
quem nutrimos afeição em termos de mera amizade e chegou, inclusivamente, e num registo coloquial, a equivaler a «amante ocasional» (ll. 3-4). Por via das redes sociais, remete, com fre-
quência, apenas para um «conhecido» (l. 4).
4. Oração subordinada adverbial concessiva.
5. «que ‘é meu ambíguo’».

Págs. 28-29
Educação Literária
1. O sujeito poético encontra-se ansioso, agitado e preocupado (vv. 8 e 11), o que se deve à incerteza da chegada e à demora do seu amigo (vv. 2 e 3).
2. As frases interrogativas concorrem para a definição do estado de espírito da donzela, que repetidamente questiona as «Ondas do mar de Vigo» sobre o paradeiro do seu amigo e sobre
o seu regresso.
3. O refrão corresponde à expressão mais intensa dos sentimentos do sujeito poético. Intensifica o pedido de informação angustiado, com a invocação a Deus associada à interjeição «ai», que
reforça a incerteza sobre o seu regresso.
4. O mar constitui o elemento natural que funciona como confidente da donzela. As «ondas» do mar, sugerindo a intranquilidade deste, espelham simbolicamente a ansiedade da donzela.
5. O poema pode ser dividido em duas partes: a primeira corresponde às duas primeiras estrofes (coblas) – o sujeito poético interpela as «ondas do mar de Vigo» sobre o paradeiro do
seu amigo; nas duas estrofes seguintes, o «eu» lírico realça a preocupação em relação ao seu amado.
6. As estrofes de cada uma das partes do poema apresentam um conteúdo semântico semelhante.
O segundo dístico de cada par repete, com ligeira variação, a ideia já expressa no primeiro e as mudanças linguísticas introduzidas no segundo dístico de cada par dizem essencialmente
respeito à troca de palavras/expressões no final dos versos, sem alterações semânticas face à estrofe anterior. E são efetivamente apenas quatro os versos semanticamente diferentes:
vv. 1, 2, 3 e 8.

Gramática
1.1. (A)
1.2. (C)
2. Ondas do mar levado, se o vistes?
3. (a) modificador apositivo do nome; (b) modificador restritivo do nome; (c) predicativo do sujeito; (d) complemento indireto; (e) sujeito; (f) complemento direto.

À letra
A rubrica «À letra» visa promover a reflexão sobre a presença, na língua portuguesa, de palavras ou expressões que, devendo usar-se em situações comunicativas distintas, se confundem
frequentemente e originam erros e incongruências. Nos vídeos interativos explica-se o sentido de cada uma das palavras, expressões ou formas verbais e explicitam-se os contextos de utili-
zação apropriados. Deste modo, existindo uma forma correta para a opção apresentada na atividade do manual, realça-se que também a alternativa, inadequada nesse contexto, é válida e
correta noutros (igualmente exemplificados no vídeo).

Manual Digital

PowerPoint®
Funções sintáticas

2
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Págs. 30-31

Manual Digital

PowerPoint®
O paralelismo

Em destaque
1. (a) «e sabor hei da ribeira»; (b) «vi remar o barco»; (c) «Vi remar o navio»; (d) «e sabor hei da ribeira»; (e) «I vai o meu amigo»; (f) «I vai o meu amado».

Págs. 32-33
Educação Literária • Oralidade
1.1. Tópicos:
– estrutura interna e caracterização do «amigo»: a cantiga pode ser dividida em dois momentos: nas quatro coblas iniciais, o sujeito lírico pede às «flores do verde pino» notícias do
amado; nas quatro estrofes seguintes, é apresentada uma resposta a essas questões. No primeiro momento, o amigo ausente é caracterizado como mentiroso, uma vez que não cumpriu
o combinado (v. 8); porém, no segundo momento, reverte-se a caracterização – afinal ele cumprirá e estará com o sujeito lírico antes de o prazo terminar.
– sentidos do refrão: na primeira parte, o refrão, enunciado pela donzela, reflete o desespero do «eu» poético; na segunda parte, enunciado pelas «flores do verde pino», pode deixar
transparecer indiretamente a curiosidade e a expectativa.
– recurso presente nas últimas quatro estrofes e respetiva expressividade: personificação – as «flores do verde pino» respondem e tranquilizam a donzela, como um confidente;
– valor documental: a cantiga retrata um estado de guerra permanente que justifica ausências e ansiedades.
– caracterização formal: cantiga composta por 24 versos, organizados em 8 dísticos, seguidos de refrão; versos decassilábicos nos dísticos da primeira parte (quatro primeiros dísti-
cos), hendecassilábicos nos dísticos da segunda parte (quatro últimos dísticos) e pentassilábicos no refrão; coblas alternadas, com o esquema rimático aab / ccb em cada parte; existên-
cia de paralelismo perfeito em cada uma das partes.

Oralidade
1.1. (A); 1.2. (C); 1.3. (B)

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico
4. Fichas de Oralidade:
Exposição sobre um tema

Manual Digital

PowerPoint®
Apresentação oral
Avaliação
Fichas de Oralidade: Exposição sobre um tema
Grelhas de avaliação

Pág. 34

Em destaque
1. (a) rapariga; (b) confidente; (c) Natureza; (d) ausência; (e) namorado; (f) circunstâncias; (g) sentimentos; (h) campo; (i) mãe; (j) conselhos; (k) confidência; (l) diálogo.

Págs. 35-36
Oralidade
1.1. (C)
1.2. (A)
1.3. (A)
2. (B); (C); (E)

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo
4. Fichas de Oralidade:
Reportagem

Manual Digital

PowerPoint®
Reportagem
Avaliação
Fichas de Oralidade: Reportagem
Grelhas de avaliação

3
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Págs. 37-41

Letras prévias
1.1. Contexto de festa/Romaria. Cortejos, julgamentos, intrigas reais, refeições, artes e ofícios, trabalhos domésticos (lavagem de roupa), música e dança e missa. A vertente lúdica do
canto e da dança e a dimensão religiosa estão presentes nas cantigas de Airas Nunes e Pero Viviães.

Educação Literária
1. Nestas cantigas, o sujeito poético feminino é plural e retrata ambientes festivos e alegres. Nas cantigas anteriores, o «eu» apresentava estados de espírito de angústia e de sofrimento
amoroso.
2. O «eu» enunciador, em ambas as cantigas, apresenta traços físicos relacionados com a beleza (Texto A – «velidas», v. 3, «louçanas», v. 9, «bem parecer», v. 15; Texto B – «fremosas»,
v. 9, «moças de bom parecer», v. 15) e encontra-se num estado de felicidade, associada ao amor (Texto A – «se amigo amar, / […] verrá bailar.», vv. 4 e 6; «Nossos amigos todos lá irám /
por nos veer e andaremos nós / bailand’ant’eles fremosas em cós», vv. 7-9).
3. Refrão do Texto A: «se amigo amar, / […] / verrá bailar.». Refrão do Texto B: «queimem candeas por nós e por si, / e nós, meninhas, bailaremos i». O refrão de ambas as cantigas refe-
rencia a dança, que, nos dois contextos, remete para a felicidade, para o amor e para a sedução.
4. As donzelas, dançando sob as «avelaneiras frolidas», estabelecem com elas uma relação de identificação, relativamente à beleza e à pureza. A Natureza, no caso, aparenta ser um
reflexo do sentimento amoroso, que floresce e se mostra pujante.
5. As romarias constituíam manifestações de religiosidade medieval.

Sugestão de trabalho:
O tema musical Romaria das Festas de Santa Eufémia, de Miguel Araújo, permite uma abordagem intertextual com a cantiga de Pero Viviães, no que concerne a:
• tema/assunto;
• personagens e respetivos objetivos;
• universo recriado (o sagrado e o profano).

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita:
Síntese

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Escrita: Síntese
Grelhas de avaliação

Escrita • Síntese
1.1. Proposta B.
A proposta A faz referência apenas a peregrinações a santuários nacionais.

2. Proposta de síntese:
As romarias do Norte de Portugal convidam à visita do território e ao convívio, numa simbiose entre o sagrado e profano. Com edifícios de culto de arquitetura muito diversificada,
esta região do país mostra-se um destino turístico de eleição, rico em tradições populares seculares, religiosas e profanas, que atraem peregrinos e turistas ao longo de todo o ano.
(58 palavras)

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita:
Síntese

Manual Digital

PowerPoint®
Síntese
Avaliação
Fichas de Escrita: Síntese
Grelhas de avaliação

Págs. 42-43
Educação Literária
1. / 1.1. às amigas: «Fremosas» (v. 1); alegra-se – «a Deus grado, tam bom dia comigo» (v. 1); chegada: «ca vem o meu amigo» (v. 2).

Gramática
1. a. transitivo direto e indireto; b. copulativo.

Oralidade (p. 43)


1.1. (a) / (b) Entidade feminina; (c) «Barcos e gaivotas do Tejo» – o ambiente envolvente; (d) Amigas; (e) / (f) Felicidade pelas notícias da chegada do amigo/amado; (g) A enunciadora co-
meçou por ter notícias do amado através de «carta» e sabe que ele está «prestes a chegar». Fez «planos» e preparou-se para o receber. O seu «amor» chegou no elétrico 28 e, a partir daí,
foram «celebrar», durante a noite e a madrugada. (h) A donzela recebeu a notícia de que o seu amigo estaria para regressar.
1.2. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição da letra do tema musical
4. Fichas de Educação Literária:
Cantigas de amigo

4
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Em destaque
1. Saudade pelo amigo ausente: «Ondas do mar de Vigo» (p. 28); «Ai flores, ai flores do verde pino» (p. 32).
Alegria pelo próximo reencontro: «Per ribeira do rio» (p. 31); «Pois nossas madres vam a Sam Simom» (p. 38); «Fremosas, a Deus grado, tam bom dia comigo» (p. 42).
Mágoa pela indiferença do amigo: «Ai madre, bem vos digo» (p. 35).
Identificação emotiva com a Natureza: «Ondas do mar de Vigo» (p. 28); «Ai flores, ai flores do verde pino» (p. 32).
Confiança em certas confidentes (mãe, amigas): «Como vivo coitada, madre, por meu amigo» (p. 26); «Ai madre, bem vos digo» (p. 35); «Bailemos nós já todas três, ai amigas» (p. 37); «Pois
nossas madres vam a Sam Simom» (p. 38); «Fremosas, a Deus grado, tam bom dia comigo» (p. 42).

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Educação Literária:
Cantigas de amigo

Págs. 44-45
Letras prévias
1. Os efeitos do amor correspondem ao endeusamento da amada, num conjunto de descrições hiperbolizadas no pensamento de Jeremy.
1.1. Também na cantiga, a amada é caracterizada como uma entidade superior, dependendo a vida do sujeito poético da sua presença.

Manual Digital

PowerPoint®
A poesia trovadoresca

Educação Literária
1. Trata-se de um sujeito poético masculino que tem como objeto amoroso a sua «senhor», a sua amada. Pretende vê-la («amostrade-mi-a, Deus, se vos en prazer for», v. 2) e falar com
ela («u possa com ela falar», v. 11), preferindo a morte, se isso não acontecer («senom dade-mi a morte», vv. 3, 6, 9, 12). A relação que se estabelece entre ambos é marcada pela distância
e pela frieza da mulher.
2. O «eu» lírico reitera, no refrão, o pedido de morte a Deus («senom dade-mi a morte»), se não for possível ver a sua «dona», demonstrando o seu desespero e a magnitude do seu sen-
timento amoroso.
3. Trata-se de uma «dona» muito bela («Essa que vós fezestes melhor parecer / de quantas sei», vv. 7-8), cuja ausência causa enorme sofrimento ao sujeito poético (vv. 4-5).
4. (a) 2; (b) 3.

Gramática
1. 1. D; 2. A; 3. B.
2. «que eu am’e tenho por senhor».
3. O sujeito poético declara o seu amor intenso pela sua «senhor», embora a mulher amada nunca retribua os seus sentimentos. / Embora o sujeito poético declare o seu amor intenso
pela sua «senhor», a mulher amada nunca retribui os seus sentimentos.

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Pág. 46
Em destaque
1. (a) «o amor não correspondido, fonte de todo o sofrimento e causa de desconforto e lamento»;
(b) mulher (l. 8);
(c) masculino «o poeta fala de si mesmo» (l. 7);
(d) donzela simples, ingénua e apaixonada (ll. 11-13);
(e) requintada, distante, socialmente superior (ll. 10-11);
(f) proximidade (ll. 18-19);
(g) distância, veneração, sujeição, mantendo a hierarquia social e o esquema de vassalagem do feudalismo (ll. 10-11);
(h) o amigo, os elementos da Natureza ou outras pessoas, nomeadamente a mãe ou as amigas (confidentes) (ll. 18-21);
(i) nenhuns, para além do «eu» e da «senhor» (ll. 17-18);
(j) Natureza;
(k) não existem referências diretas ao cenário ou ambiente que poderia servir de pano de fundo.

Pág. 47
Questões e respetivas respostas adaptadas do Exame Final Nacional de Literatura Portuguesa, 11.º ano de escolaridade, 2019, 1.ª fase, IAVE.

Págs. 48-49
Educação Literária
1. a. v. 2; b. v. 1; c. v. 3; d. vv. 4-7.
2.1. Fisicamente, a «senhor» é bela («fremosura», v. 4; «beldad’», v. 16) e tem um sorriso bonito («riir melhor / que outra molher», vv. 17-18). Do ponto de vista psicológico, é dotada de
grande valor («prez», v. 4), sendo generosa («bondade», v. 5), sensata («bom sem», v. 12) e muito sociável («mui comunal», v. 11) e bem-falante («falar mui bem», v. 17).
2.2. A comparação (vv. 17-18), a enumeração de qualidades (vv. 4-5, 10 e 16) e a hipérbole (vv. 6-7, 14) contribuem para a caracterização da mulher amada, de acordo com o modelo
da poesia provençal.

5
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

2.3. A mulher amada é perfeita a todos os níveis, o que a eleva a um plano de superioridade, tornando-se inacessível ao sujeito poético e causando-lhe sofrimento.

Gramática
1. (D); 2. (A); 3. (D); 4. (B); 5. Nome (comum).

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula: Frase complexa
Funções sintáticas
4. Fichas de Gramática:
Frase complexa
Funções sintáticas

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

Avaliação
Questões de aula e Fichas de Gramática:
Frase complexa
Funções sintáticas

Pág. 50
Em destaque
1. a. «sofrimento de amor» (l. 6);
b. amor não correspondido, pedido de amor à dama, lamento pela indiferença e altivez dela e sentimentos que são a transposição amorosa dos sentimentos do vassalo pelo senhor feudal
(admiração, devoção, fidelidade, desejo de ser admitido na sua intimidade);
c. serviço: entrega de pensamentos, de versos e atos, presença em certas ocasiões, sem se ausentar sem licença; fidelidade e segredo; distância em relação à amada, que corresponde a um
objeto quase inacessível.

Págs. 51-55
Educação literária
Sugestão de resposta:
Em ambos os textos, o sujeito poético expressa os seus sentimentos relativamente à «senhor» que ama. Contudo, estes sentimentos, assim como o retrato da mulher, são distintos.
No texto A, o «eu» manifesta a sua saudade e o desejo de que Deus lhe permita ver, em breve, a amada, ou ensandecerá ou morrerá de sofrimento. O objeto da sua afeição é uma mulher
bela (v. 2), bem-falante (v. 3), cheia de virtudes (v. 4) e poderosa (v. 10), congregando todas as características que a tornam perfeita (vv. 14-16).
O texto B apresenta um enunciador com sentimentos diferentes, embora também marcados pela «coita» amorosa. Manifesta o desejo (impossível, na sua perspetiva, dada a intensidade do
amor que sente) de «desamar» e de fazer sofrer a «senhor» que sempre o magoou (vv. 2, 4, 11, 16, 18 e refrão). Assim se vingaria, retribuindo a «coita» que nele provocou a amada (vv. 5 e 17),
apresentada como indiferente, fria e cruel (vv. 4, 16 e 25).

Em relação
Resposta pessoal.
[ver pp. 65-66]

Dossiê do Professor
4. Fichas de Educação Literária:
Cantigas de amor

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Educação Literária:
Cantigas de amor

Dossiê do Professor
4. Fichas de Leitura:
Apreciação crítica

Manual Digital

PowerPoint®
Apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Leitura: Apreciação crítica
Grelhas de avaliação

Leitura
1. (B); 2. (D); 3. (C); 4. (C).
5. Adjetivação expressiva: «miniatural» (l. 1); «irrecusável» (l. 3); «internética» (l. 11); «excelente» (l. 13); «desorientada e desencantada» (ll. 14-15); «justo» (l. 19).
Modificadores: «ao lado do amor com que o filme trata as personagens» (ll. 8-9); «mais simples e natural» (l. 20); «que não exprima a sua inteligência» (ll. 27-28); adjetivos identificados
anteriormente.
Vocabulário da área do objeto avaliado: «papel» (l. 13); «protagonista» (l. 14); «filmar» (l. 16); «filmes» (l. 17).
Recursos expressivos: comparação: «como pequeno abismo» (l. 18); «’parece’ um telefilme» (l. 28); hipérbole: «que ‘apaga’ o resto do mundo e a realidade ‘real’» (ll. 18-19); síntese: «circulari-
dade das ‘linhas tortas’» (ll. 23-24); metáfora: «na nota certa» (l. 27).

6
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Oralidade
1. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Oralidade:
Apreciação crítica

Manual Digital

PowerPoint®
Apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Oralidade: Apreciação crítica
Grelhas de avaliação

Págs. 56-57
Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Processos fonológicos
4. Fichas de Gramática:
Processos fonológicos

Manual Digital

PowerPoint®
Processos fonológicos
QuizEV
Processos fonológicos
Avaliação
Questões de aula e Fichas de Gramática:
Processos fonológicos

Praticar
1. cas > casa – paragoge; fremosas > fermosas – metátese; mia > minha – epêntese; come > como – assimilação; preguntei > perguntei – metátese; loar > louvar – epêntese.
2. a. apócope; b. prótese; c. síncope; d. contração (crase); e. epêntese; f. dissimilação; g. apócope e sonorização; h. apócope e palatalização; i. paragoge; j. metátese; k. contração
(crase); l. síncope e contração (crase).
Nota: Relativamente à evolução das palavras das alíneas c. e l., pode indicar-se aos alunos ou levá-los a constatar que se verifica também uma nasalização, que ocorre na vogal anteposta
ao n antes da síncope. Ainda que a abordagem de tal fenómeno não esteja contemplada nos documentos orientadores da disciplina, a menção pode ser pertinente, por se tratar de um
processo de evolução fonológica relevante na língua portuguesa e cuja presença ou reconhecimento suscita, por vezes, a curiosidade dos alunos.

Págs. 58-60
Letras prévias
1.1. A expressão «pequenas maravilhas» é irónica, dado que, ao longo da emissão, corresponde a coisas simples que as pessoas têm, muitas vezes, dificuldades em perceber (como pôr
o cinto de segurança ou, numa conversa, distinguir o mês de que se fala – junho ou julho).
1.2. O objetivo do registo radiofónico é a sátira de comportamentos, ridicularizando-os de forma mordaz, através do humor. Contribui para a concretização deste objetivo a utilização de
recursos expressivos como a ironia, a metáfora, a comparação ou a hipérbole. Também as cantigas que se seguem usam a sátira e alguns dos recursos expressivos referidos, particular-
mente a ironia, expondo, criticando e ridicularizando defeitos.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Manual Digital

PowerPoint®
A poesia trovadoresca

Educação Literária
1. Texto A: cantiga de escárnio – o satirizado não é identificado, existem apenas referências e alusões que permitem caracterizá-lo («dona fea», «velha e sandia»); Texto B: cantiga de
maldizer – há uma crítica direta a alguém identificado, Roi Queimado.
2. (a) Mulher que se lamenta por não ser cantada pelo sujeito poético. (b) feia, velha, «sandia». (c) «dona», «loar», «cantar». (d) O sujeito poético acede ao desejo da «dona» de ser «louvada»,
mas não do modo que ela desejaria. (e) Trovador, Roi Queimado. (f) Morre de amor repetidamente, mas logo ressuscita; considera-se melhor trovador do que realmente é (v. 10). (g) «morreu
com amor / em seus cantares», «dona», «gram bem», «bem fazer», «senhor». (h) O sujeito poético apresenta Roi Queimado como morrendo de amor repetidamente, ressuscitando de se-
guida, com o grande poder que Deus lhe deu.
3. O recurso à segunda pessoa do plural e ao vocativo reforçam o tom satírico, pois «dona fea» é insistentemente interpelada e diretamente caracterizada.
4. Os últimos versos da cantiga constituem uma conclusão irónica sobre as capacidades sobre-humanas de Roi Queimado, cujo «poder» o sujeito poético admira e que, na eventualidade de o
deter da mesma forma, lhe traria também destemor face à morte.

Gramática
1. a. epêntese; b. síncope e contração (sinérese); c. aférese.

Em destaque
1. O primeiro texto louva ironicamente uma «dona» que em nada corresponde às convenções do amor cortês e o segundo é uma sátira ao artifício literário do «morrer de amor».

7
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Págs. 61-62
Educação Literária
1. O sujeito poético apresenta a história dum cavaleiro indefinido, Dom Foão, cobarde, que, à vista do inimigo no campo de batalha, fugiu para Portugal.
2. Estas passagens pretendem conferir às afirmações do sujeito poético um carácter de veracidade.
2.1. A anáfora da expressão «Dom Foão, que eu sei que», repetida no primeiro verso de cada uma das coblas.
3. Trata-se de um cavaleiro nobre, de identificação indefinida, com reputação de cobarde (v. 1) e de ser fraco de carácter (vv. 1, 6 e 11).
4. As comparações associam o cavaleiro a animais acossados (boi, bezerro e cão), que fogem imediatamente do perigo, retirando-lhe toda a nobreza e colocando-o a um nível de reação
animalesca primária.
5. Trata-se de uma cantiga de escárnio pela sua vertente de crítica satírica em relação ao comportamento de um sujeito indeterminado, caracterizado pela sua cobardia em situação de
combate e exemplo do comportamento de muitos nobres.

Pág. 63
Dossiê do Professor
4. Fichas de Educação Literária:
Cantigas de escárnio e maldizer

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Educação Literária:
Cantigas de escárnio e maldizer

Pág. 64
Leitura
1. No cartoon, apresenta-se uma cena em que um casal de jovens namorados, sentados num banco de jardim, se encontra de costas voltadas, tocando-se apenas com as mãos e tro-
cando beijos através do telemóvel.
2. A crítica subjacente ao cartoon remete para a relevância dada à tecnologia nas relações humanas, em detrimento do que seria expectável, no caso, para um primeiro beijo que requere-
ria o contacto físico. A sátira aponta para a supremacia crescente das tecnologias de informação e de comunicação, ridicularizando a manifestação do amor por essa via.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Leitura:
Cartoon

Manual Digital

PowerPoint®
Cartoon
Avaliação
Fichas de Leitura: Cartoon

Págs. 65-67
Teste rápido de revisão
1.1. (B)
1.2. (D)
1.3. (A)
1.4. (B)
1.5. (C)
1.6. (C)
1.7. (D)

Manual Digital

PowerPoint®
A poesia trovadoresca

Págs. 68-71
Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. O sujeito anunciador apresenta-se como alguém que, em sofrimento, apostrofa a mulher «bem talhada» (v. 1) que o leva a sentir-se a morrer por amor (vv. 2, 5-6 e 10).
2. O «eu» pede à mulher a quem se dirige (identificada no início do texto pelo vocativo «ai bem talhada», v. 1) que se lembre de que ele morrerá (vv. 2-3), em breve, devido ao amor que lhe tem
(«por vós morre», v. 10) e que mantenha essa ideia na sua «mente» (v. 7). Pede-lhe também que oiça o seu lamento (v. 9) e que não se esqueça de si (v. 11), ousando, no final, suplicar-lhe que
evite o seu sofrimento (v. 10).

8
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

3. O texto pertence ao género das cantigas de amor, uma vez que nele se expressa um sujeito poético masculino («Um tal home», identificado como o «eu» emissor, vv. 1, 5, 9 e refrão), que
declara à sua «dona» (refrão) o seu amor extremo, que lhe provocará a «morte» (vv. 2, 6, e 10). A referência à mulher destinatária da declaração amorosa do sujeito poético («dona») sugere
o ambiente cortês como cenário da paixão não correspondida.
4. O objeto da cantiga é o jogral Lopo, que foi vítima de um acontecimento insólito e violento quando se deslocou a casa de um cavaleiro para cantar: o anfitrião retribuiu-lhe o seu
serviço com «três couces na garganta» (v. 4).
5. De acordo com o sujeito poético, Lopo mereceu o «pagamento» que lhe foi atribuído (os «três couces na garganta», v. 4) e eventualmente uma retribuição ainda mais violenta (vv. 5 e
11), uma vez que, através do refrão, insinua que canta mal.
6. (a) 2; (b) 3; (c) 1.

Grupo II
1. (C)
2. (B)
3. (C)
4. (D)
5. (B)
6. a. Apócope e vocalização. b. Sonorização.
7. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

Grupo III
Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Teste 1, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questão de aula: Poesia trovadoresca
4. Fichas de Educação Literária:
Cantigas de amigo
Cantigas de amor
Cantigas de escárnio e maldizer
5. Materiais de apoio
Proposta de resolução da Ficha Formativa 1

Manual Digital

PowerPoint®
Correção da Ficha Formativa 1
Avaliação
Sugestões de resolução e grelha de correção da Ficha Formativa 1
Teste 1, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questão de aula e Ficha de Educação Literária: Poesia trovadoresca
Gerador de testes interativos

Págs. 72-73
Perfil dos Alunos
As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promotoras das
competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos.
Sobre estas páginas, leia-se a informação disponibilizada na «Apresentação do projeto Letras em dia», na parte 1. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
2. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave promovidas:
A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
C Raciocínio e resolução de problemas
E Relacionamento interpessoal
F Desenvolvimento pessoal e autonomia
G Bem-estar, saúde e ambiente
I Saber científico, técnico e tecnológico

Sequência 2
Págs. 76-79
No âmbito do estudo da Crónica de D. João I, as Aprendizagens Essenciais preconizam, na lista de obras e textos para a Educação Literária, a leitura de excertos da 1.ª parte:
• capítulo 11;
• capítulo 115 ou capítulo 148.

9
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

De forma a possibilitar trabalhos diferenciados e escolhas adequadas às características das turmas e/ou a atividades de natureza interdisciplinar, são transcritos e explorados nesta se-
quência, além do capítulo 11 (páginas 81-87), os dois capítulos indicados como alternativa (capítulo 115, página 88-97; capítulo 148, páginas 98-105).

Sugestão de trabalho:
Como atividade de compreensão oral introdutória à leitura dos excertos da Crónica de D. João I, sugere-se a audição e exploração da emissão do programa Portugueses com História (An-
tena 1) dedicada a Fernão Lopes, disponível através do link: https://www.rtp.pt/play/p4408/e329492/portugueses-com-historia

Contextualizar
Texto A
1. (B); (C); (D).

Texto B
2. A crónica como texto marcado pelo tempo em que foi escrito.
A crónica medieval e os exemplos de glorificação.
As crónicas de Fernão Lopes e momentos decisivos da História de Portugal.
A Crónica de D. João I enquanto registo sugestivo e atrativo de acontecimentos e personalidades que viveram entre 1383 e o reinado de D. João I.
3. A crónica medieval visa registar acontecimentos e retratar personalidades heroicas ou influentes, glorificando-as.
4. «registar os acontecimentos e as figuras que viveram, desde 1383 e até ao reinado de D. João I» (ll. 24-25).

Texto C
5. Em 1383, quando morre D. Fernando sem deixar herdeiro masculino, nasce uma crise dinástica, dado que a sua filha D. Beatriz era casada com D. João I de Castela e apenas um filho
dela poderia ser rei de Portugal.
6. a.

Manual Digital

PowerPoint®
Crónica de D. João I

Texto D
7. (D)

Pág. 80
Letras prévias
1. (D), (B) (maio 1383), (F) (outubro 1383), (A), (C) (dezembro de 1383), (G), (E)
2.1. (C)
2.2. (B)
2.3. (C)
2.4. (A)

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Págs. 81-85
Educação Literária
1. (a) O pajem do Mestre e Álvaro Pais. (b) Rumores de homicídio do Mestre. (c) Frases curtas, exclamativas (l. 6), uso do imperativo e do conjuntivo com valor exortativo (ll. 17 e 25) e do
vocativo (ll. 17 e 25). (d) Movimentação da população, armada como podia, para o Paço. (e) Fúria e curiosidade. (f) Evitar a morte do Mestre e castigar os traidores.
2. Sensações auditivas (ll. 32-33, 35, 38, 40-41) e visuais (l. 26, 48...), que tornam o relato mais realista, como que transportando o leitor para o local dos acontecimentos, fazendo-o «ouvir» e
«ver» o que se passou.
3. O povo reveste-se de particular importância ao garantir a defesa do Mestre, influenciando a História de Portugal.
3.1. «alvoraçavom-se nas voontades» (ll. 10-11); «todos feitos duũ coraçom com talente de o vingar» (l. 31); «E tanta era a torvaçam deles» (l. 55); «houverom gram prazer quando o virom»
(l. 57); «muitos choravom com prazer de o veer vivo» (l. 68); «com prazer» (l. 76).
4. Comparação que realça a ligação do povo ao Mestre, aproximando-o de uma figura familiar, merecedora de amor.
5. Fernão Lopes, enquanto cronista da corte, procura demonstrar a legitimidade de D. João, não por direito de sangue, mas pela vontade da população. Afirma, então, o determinante
papel do Mestre de Avis e a importância fundamental da participação popular.
6. D. João mantém uma conduta que não é marcada por rasgos de carácter muito intensos. Adequa-se às circunstâncias, aceitando as orientações dos que lhe são próximos («disserom que
fosse sua mercee de se mostrar aaquelas gentes», l. 49; «Ao dito do Conde cessou o Meestre de sua boa voontade», l. 93) e retribui o carinho do povo («deceo afundo e cavalgou com os seus
acompanhado de todolos outros», ll. 69-70; «E el lhe respondia, aadur podendo seer ouvido, que lho gradecia muito, mas que por estonce nom havia deles mais mester.», ll. 73-74).
7. As justificações para a defesa do Mestre de Avis passam pela sua ascendência real, invocando-se o facto de ser filho de D. Pedro, legitimando-se assim o seu direito de sucessão ao trono,
e pela traição que lhe tinha sido preparada.

10
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Gramática
1. a. contração (crase); b. aférese; c. síncope; d. prótese.

Escrita
1. Resposta pessoal, explicitando a associação metafórica da imagem ao contexto político e social narrado na Crónica de D. João I, com a força dos elementos populares, os «peões», a condicionar
e mesmo a anular a atuação das figuras poderosas.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita:
Apreciação crítica

Manual Digital

PowerPoint®
Apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Escrita: Apreciação crítica
Grelhas de avaliação

Págs. 86-87
Em destaque
1. No capítulo em análise, a personagem coletiva – a multidão popular da cidade de Lisboa – é caracterizada através de ações individuais, integradas num movimento generalizado que
não exclui indivíduos.
Assim, mais do que a atuação individual da multiplicidade de atores humanos envolvidos, são valorizados os atos desempenhados em comunhão de esforços, representativos da von-
tade da coletividade.

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

2. Leonor Teles – «grande criação dramática» (l. 6); «ódio popular recalcado» (l. 7); «’comborça’» (l. 10); «grandeza» (l. 10); «vigor» (l. 11); «heroína» (l. 11).
Mestre de Avis – «homem vulgar» (ll. 18-19); «vulnerável» (l. 19); «inesquecível» (l. 21); «forças gregárias» – «amplas e irresistíveis» (l. 23); «vontade definida» (l. 25); «vontade» (l. 31) e
«sentimento» (l. 31).

Págs. 88-93
Letras prévias
1. As cenas destacam a necessidade de defesa face aos recorrentes ataques dos inimigos e os constrangimentos desencadeados pelo cerco em termos de alimentação.

Educação Literária
1. A defesa da cidade e a coragem das suas «gentes».
2. A recolha de mantimentos, a preparação das muralhas e o seu apetrechamento com equipamento bélico, a distribuição de vigilantes pelas muralhas e pelas torres, o controlo de entra-
das e saídas na cidade, a gestão da entrada de mantimentos durante a noite e a colocação de cercas e de estacas em torno das muralhas.
3. A coragem e determinação das «gentes da cidade» manifesta-se na prontidão com que respondiam ao toque do sino, enchendo as muralhas.
4. A consciência coletiva do povo português afirma-se nas ações assumidas em conjunto para defesa da cidade e do reino por todo um povo unido em torno da manutenção da inde-
pendência (ll. 39-41; 102-107).
5. A aproximação visa exacerbar as qualidades dos portugueses que simultaneamente cuidavam da sua defesa e repeliam os ataques dos inimigos.
6. Trata-se do Mestre de Avis. Ele é o líder ao qual cabe a função de distribuir tarefas e de motivar e apoiar os que suportam a sua causa. É-nos apresentado como um homem organizado,
preocupado, solidário e cauteloso (ll. 8-11, 28-30, 49-55, 70-72).
7. O último parágrafo destaca o carácter excecional da resistência ao cerco, perante a superioridade numérica das tropas castelhanas. Os elogios dirigidos aos castelhanos, exaltando as
qualidades do rei e das suas tropas, realçam a coragem e a soberania moral dos portugueses, que os venceriam.
8. (B); (C); (E).

Gramática (p. 92)


1.1. a. No capítulo 115 da Crónica de D. João I, Fernão Lopes descreve-no-los, com rigor.
b. No capítulo 115 da Crónica de D. João I, Fernão Lopes descrever-nos-á, com rigor, os preparativos para a cidade de Lisboa.
2. (A) 7; (B) 6; (C) 2; (D) 3; (E) 1; (F) 5; (G) 4.
3. (C)
4. a. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva; b. Oração subordinada adverbial consecutiva.

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Págs. 94-97
Nota: Questionário e respetiva resolução adaptados de Prova Escrita de Literatura Portuguesa, 11.º ano de escolaridade, 2016, Época Especial, IAVE.

Leitura (p. 97)


1. O texto tem como intenção divulgar acontecimentos relacionados com o cerco de Lisboa de 1384, através do rio, e com a forma como os portugueses conseguiram furá-lo.

11
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

2. O critério é cronológico.
3. 3.ª pessoa: «se vira» (l. 1); «se entregasse» (l. 5)...
Frases declarativas: «D. Fernando fortificara a capital, alargando as muralhas e erguendo 77 torres defensivas.» (ll. 7-8); «João, mestre de Avis, ficou preso dentro de muros.» (l. 13)
Predomínio de formas verbais no pretérito perfeito do indicativo: «fecharam» (l. 9); «circundaram» (l. 10)...
Conectores: «enquanto» (l. 10); «Entretanto» (l. 19)...
Vocabulário relacionado com o tema: «cercada» (l. 1); «muralhas» (l. 3); «invasor castelhano» (l. 3); «estratégia naval» (l. 14)...
4. (B)

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula de Leitura e Gramática
4. Fichas de Leitura:
Exposição sobre um tema

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Questões de aula de Leitura e Gramática
Fichas de Leitura: Exposição sobre um tema

Pág. 98
Praticar
1.1. Apócope e vocalização.
1.2. Noctívago; noturno; noctívolo.
2. (a) mácula; (b) mancha; (c) pleno; (d) cheio; (e) íntegro; (f) inteiro; (g) superar, (h) sobrar; (i) arena; (j) areia.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Processos fonológicos
4. Fichas de Gramática:
Processos fonológicos

Manual Digital

PowerPoint®
Étimos e valores semânticos
QuizEV
Etimologia – étimos e valores semânticos
Avaliação
Questões de aula e Fichas de Gramática:
Processos fonológicos

Págs. 99-104
Sugestão de trabalho:
Uma vez que a leitura do capítulo 148 da Crónica de D. João I se indica, nas Aprendizagens Essenciais, como alternativa à leitura do capítulo 115, sugere-se, independentemente da
escolha, a consecução da atividade de Letras prévias proposta na página 88, que antecipa as dificuldades vividas durante o cerco (nomeadamente a necessidade de defesa e a escas-
sez de alimentos).

Educação Literária (p. 103)


1. «tribulações», «mingua de mantiimentos».
2. a. As pessoas começaram a sentir o desespero da fome, verificando-se, por um lado, a falta de solidariedade na expulsão dos menos aptos e na venda de alimentos a preços altos. A falta de
esperança era tão grande que muitos desejavam a morte (ll. 93-95); b. Apesar do desespero, as pessoas uniam-se a fim de contribuírem para a defesa da cidade (ll. 13-15 e 74-75).
3. A centralidade do capítulo é conferida à cidade – entidade coletiva que representa todo um povo – e as adversidades que nela se vivem durante o cerco castelhano. Assim, as persona-
gens individuais assumem no capítulo um papel de menor relevância.
4. A metáfora explora a polissemia da palavra «guerra»: conflito efetivo contra a imposição castelhana e a luta contra a fome.
5. O Mestre de Avis é apresentado como muito preocupado com a situação de fome na cidade (ll. 39-41). Porém, mostra-se incapaz de resolver a situação. Esta incapacidade explicita-se
de forma dramática, em relação ao Mestre e aos homens do seu Conselho; apesar de sofrerem com a situação, «çarravom suas orelhas do rumor do poboo» (ll. 90-93). Existe ainda a refe-
rência aos rumores que corriam entre a população e que punham em causa a humanidade do Mestre de Avis («o Meestre mandava deitar fora todolos que não tevessem pam que comer»,
ll. 102-103), mas reconhecidos como falsos («Porem sabendo que nom era assi, foi-lhe já quanto de conforto», ll. 106-107).
6. Linhas 93-95, 111-116 – Interrogação retórica, apóstrofe e apelo à visualização.

Gramática
1. (A) 5; (B) 4; (C) 1; (D) 6; (E) 2; (F) 3.
1.1. (A) auricular (relativo à orelha ou ao ouvido), auriculiforme (em forma de orelha), auriculista (médico especialista de doenças dos ouvidos); (B) desvitalizar (fazer perder a vitalidade; en-
fraquecer), vitalício (que dura ou deve durar toda a vida), vitalidade (qualidade do que é vital; aptidão para a vida); (C) vídeo (filme gravado), vidente (que vê; que tem visões), videoteca (cole-
ção de videos; lugar onde se encontra organizada uma coleção deste género); (D) filiar (adotar um filho; perfilhar), filiação (ato de filiar; indicação dos pais de alguém), filial (de filho ou a ele
referente; em que há dependência); (E) lácteo (relativo a leite), lactante (que amamenta; que produz leite), lactose (açúcar do leite); (F) mortandade (grande número de mortes; massacre),
mortal (sujeito à morte; que causa a morte), imortalizar (tornar imortal; dar vida eterna a alguém).

12
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Oralidade
1.1. Como a «história só conhece o que alguém contou», se Fernão Lopes não tivesse registado os acontecimentos que relatou nas suas crónicas, provavelmente ter-se-iam perdido no
tempo e Portugal não seria nem saberia o mesmo.
1.2. Discurso direto, Fernão Lopes transmite a enorme força popular, a voz do povo com a mesma dignidade de nobres; coloquialismo; articulação de narração e reflexão.
2. a. divulgação de informação sobre as crónicas de Fernão Lopes; b. assunto histórico de interesse; c. conjugação de momentos informativos (geralmente através de voz-off) e de aprecia-
ções críticas relativas à obra de Fernão Lopes, por parte de diversas figuras conhecedoras da obra do cronista; d. além do narrador, intervêm especialistas da área da Literatura e da História de
Portugal, conjugando-se o recurso à 3.ª pessoa, nos momentos informativos, e à 1.ª, nas passagens de avaliação subjetiva.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Teste de Compreensão do Oral
4. Fichas de Oralidade:
Documentário

Manual Digital

PowerPoint®
Documentário
Avaliação
Fichas de Oralidade: Documentário
Teste de Compreensão do Oral

Pág. 105
Sugestão de trabalho:
Para tornar «visível» a noção de «consciência coletiva» e a forma como a mesma poderia ser exaltada, num contexto medieval, sugere-se a visualização do excerto do filme The King em
que Henrique V discursa às suas tropas antes da Batalha de Azincourt, inflamando os combatentes com a ideia de que cada soldado «é» o seu país e de que este resulta da união e da força
de todos.
O discurso corresponde aos minutos finais do excerto disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=FgAzy63T7 lA&t=7s&has_verified=1

Em destaque
1. Assunção da «tradição comum» e do sentimento de diferença face aos outros povos da Península Ibérica (ll. 3-6); reação violenta à ameaça de «absorção por parte de outro Estado»
(ll. 5-8 e 25-26); consciência da independência política (l. 15); união de esforços de todos os grupos sociais na defesa do país (l. 22); superação de sacrifícios em prol do bem comum
(ll. 27-28).

Pág. 106
Escrita
1. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita:
Exposição sobre um tema

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Fichas de escrita: Exposição sobre um tema
Grelhas de avaliação

Págs. 107-109
Teste rápido de revisão
1.1. (B)
1.2. (C)
1.3. (D)
1.4. (D)
1.5. (A)
1.6. (C)
1.7. (B)

Manual Digital

PowerPoint®
Crónica de D. João I

13
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Págs. 110-113
Ficha formativa (p. 111)
Grupo I
Parte A
1. O título corresponde a uma síntese perfeita do assunto do texto, dado que o excerto retrata a confusão gerada na cidade face ao rumor de que estavam a matar o Mestre de Avis.
2. Álvaro Pais é o ator individual mais marcante no excerto. É ele quem convoca e atrai a população para acudir ao Mestre («Alvoro Paaez nom quedava d’ir pera alá, braadando a todos»,
ll. 6-7). Negativamente, são caracterizados individualmente o Conde João Fernandes (Conde Andeiro) – «o treedor» (l. 21) – e a rainha D. Leonor – «a aleivosa» (l. 21).
3. A metáfora (l. 13) corresponde a uma representação do sentimento coletivo, salientando a união e o desejo comum de vingança.
4. As sensações auditivas («Soarom as vozes do arroido pela cidade», l. 3; «Ali eram ouvidos braados de desvairadas maneiras», l. 17) e visuais («A gente começou de se juntar a ele, e era tanta
que era estranha cousa de veer», l. 9; «Ũas viinham com feixes de lenha, outras tragiam carqueija pera acender o fogo», l. 25) conferem ao excerto uma vivacidade e um realismo auditivo e vi-
sual que expressivamente transportam o leitor para o cenário da ação.
5. (a) 1. (b) 3.
Parte B
6. Resposta pessoal.
A sequência de imagens do cartoon sugere que o poder, representado pela coroa, se consegue através da união de vontades/conjugação de esforços. Quando os diversos elementos dis-
persam, deixa de existir uma força comum.
Na Crónica de D. João I, é o povo, enquanto ator coletivo, que defende e garante a independência nacional e «suporta» a ascensão de D. João, Mestre de Avis.

Grupo II
1. (B)
2. (A)
3. (B)
4. (C)
5. (C)
6. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.
7. «o Infante D. João, filho de D. Pedro e de D. Inês de Castro».

Grupo III
Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Teste 2, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questão de aula: Fernão Lopes, Crónica de D. João I
4. Fichas de Educação Literária:
Fernão Lopes, Crónica de D. João I
5. Materiais de apoio
Proposta de resolução da Ficha Formativa 2

Manual Digital

PowerPoint®
Correção da Ficha Formativa 2
Avaliação
Sugestões de resolução e grelha de correção da Ficha Formativa 2
Teste 2, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questão de aula e Ficha de Educação Literária: Fernão Lopes, Crónica de D. João I
Gerador de testes interativos

Págs. 114-115
Perfil dos Alunos
As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promotoras das
competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos.
Sobre estas páginas, leia-se a informação disponibilizada na «Apresentação do projeto Letras em dia», na parte 1. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
2. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave promovidas:
A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
D Pensamento crítico e pensamento criativo
E Relacionamento interpessoal
H Sensibilidade estética e artística
I Saber científico, técnico e tecnológico

14
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Sequência 3
Págs. 118-121
As Aprendizagens Essenciais determinam a leitura integral de uma das duas peças de Gil Vicente mencionadas na lista de obras e textos para a Educação Literária: Farsa de Inês Pereira
ou Auto da Feira.
Apresenta-se, nesta sequência, o texto integral da Farsa de Inês Pereira (organizado em excertos que facilitam a exploração didática) e respetivas sugestões de abordagem. Disponibiliza-
-se material de trabalho sobre o Auto da Feira no Dossiê do Professor. Desta forma, permite-se a escolha de uma das peças em função da obra vicentina estudada no 9.º ano, oferecendo-se
a hipótese a quem contactou com a moralidade no Auto da Barca do Inferno de conhecer uma farsa e o inverso no caso de quem anteriormente analisou o Auto da Índia.

Contextualizar
1. (a) Não era nobre; artista/trovador da Corte, com a função de assinalar os eventos festivos; nascimento por volta do ano 1465 e diversas funções desempenhadas (ourives, «Mestre de
Retórica» de D. Manuel).
(b) Cf. ll. 4-10 (texto B); temas religiosos ou litúrgicos; personagens ou situações trocistas, cómicas; comédias de natureza popular com diálogos rudes, jocosos, burlescos.
(c) «obras de devoção» / «moralidades»; «comédias»; «farsas».
2. Cf. Transcrição do excerto Grandes Livros: Gil Vicente.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

3. (D)
4. Quer no Auto da Barca do Inferno, quer no Auto da Índia, através dos comportamentos desviantes das personagens ou das críticas de que são alvo, o autor visa a denúncia dos defeitos,
mas também a sua correção, de acordo com o lema «ridendo, castigat mores».

Pág. 122
Letras prévias
1. Local, data e destinatário da primeira representação da peça; argumento e motivo que determinou a criação da obra.
2. De acordo com a simbologia do «asno» e do «cavalo», o tema/provérbio sugerido a Gil Vicente anuncia a opção pelo animal mais dócil e tradicionalmente mais fácil de enganar.
3. O título original da peça, aquele que surge no frontispício da obra (na Copilaçam de todalas obras de Gil Vicente) é Auto de Inês Pereira, remetendo a palavra «auto» para a aceção se-
mântica abrangente de ‘peça teatral em um ato’. Na didascália inicial, conjuga-se esta aceção com a do género da obra: farsa. É uma peça de «intriga curta e concentrada», com um «redu-
zido número de personagens», que se caracteriza também «pela verosimilhança de situações» – a vida quotidiana da época.

Nota:
A numeração de versos indicada diz respeito apenas aos versos do texto, não contemplando as linhas ocupadas pelas didascálias. Cada verso, no caso presente da Farsa de Inês Pereira,
corresponde a sete sílabas métricas (heptassílabo ou redondilha maior), verificando-se situações em que duas linhas de texto correspondem a um só verso (ver, por exemplo, vv. 242, 410 e
426).

Manual Digital

PowerPoint®
Farsa de Inês Pereira

Págs. 123-124
Educação Literária
1. A jovem mostra-se aborrecida (vv. 5-6) com a tarefa que está a desempenhar, insurgindo-se contra a «canseira» (v. 7) que a mesma representa e contra o facto de «estar / encerrada»
(vv. 10-11) e «cativa» (v. 17) em casa.
2. As comparações, utilizadas pela jovem para intensificar o seu estado emocional, mostram de forma mais óbvia a sua situação, aproximando-se de objetos inúteis («panela sem asa») ou ani-
mais notívagos e dependentes de outros seres, como entende ser o seu caso, privada das saídas de casa durante o dia e vivendo sob a alçada da mãe.
3. As interrogações de Inês enfatizam o seu estado de desespero e, simultaneamente, a sua revolta relativamente à situação em que se encontra.
4. «Eu hei de buscar maneira / d’algum outro aviamento.» (vv. 8-9).
5. A mãe começa por utilizar a ironia, dando a entender que conhece bem a filha e que, por isso, não se surpreende com a situação. Mas, de seguida, assume uma postura impositiva («Acaba
esse travesseiro!», v. 41). Perante as palavras de Inês, que se refere à sua vida como «cativeiro» (v. 45), a mãe reage de forma sobranceira, considerando as suas palavras despropositadas e
perguntando-lhe como pretende casar, tendo «fama de preguiçosa» (vv. 51-52).
6. O diálogo entre ambas centra-se no desejo de liberdade da jovem, que vê no casamento uma forma rápida e simples de emancipação. Contudo, a mãe opõe-se-lhe, afirmando não se
tratar de uma necessidade urgente.

Gramática
1. (C)

Págs. 125-129
Letras prévias
1. [Resposta pessoal à primeira parte da solicitação.] Lianor Vaz benze-se para expressar a sua aflição e esconjurar as más influências do clérigo que a tinha atacado.

Educação Literária
1. Lianor Vaz conta que foi atacada por um clérigo, enumerando as razões pelas quais não se pôde defender, como o facto de estar rouca e não poder gritar por ajuda.

15
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

2. As réplicas da Mãe de Inês evidenciam a sua desconfiança face ao relato da alcoviteira: vv. 74-75 – Lianor sugere estar pálida, enquanto a Mãe refere a sua tez corada, insinuando a
sua excitação; vv. 136-137 – a Mãe estranha a ausência de ferimentos em Lianor, pois o ataque, segundo a alcoviteira, teria sido violento. Contudo, esta rebate as desconfianças, afir-
mando que tinha as unhas cortadas e que fora auxiliada por um almocreve; vv. 160-161 – à sugestão da Mãe de Inês de que deveria ter batido no clérigo atacante, Lianor contrapõe o seu
medo de excomunhão e o seu temperamento meigo, que a impedia de tal.
3. O objetivo da visita de Lianor Vaz é apresentar a Inês e à sua mãe uma proposta de casamento (v. 176). Assim, assegura-se, primeiramente, de que a jovem não está comprometida (vv.
172-173 e 175) para, posteriormente, provocar o interesse da mãe e da filha, ao afirmar que lhes traz um casamento abençoado (v. 177) e ao elogiar o pretendente (vv. 185-187).
4. Inês questiona se há necessidade de cerimónias com um homem que manda tal carta (de linguagem simples e pouco elaborada) e conclui que o seu pretendente deve ser rude, um
«vilãozinho» (v. 255), ironizando inclusivamente acerca dos seus modos, como se percebe pela alusão ao «ancinho» usado como pente (vv. 256-257). O retrato que Inês antecipa do pre-
tendente em nada condiz com o seu ideal de marido (vv. 182-184).
5. (B) Com a intenção de exaltar as qualidades de Inês, a Mãe exagera o nível cultural da filha, querendo sublinhar o conhecimento e a esperteza da jovem. Procura, desta forma, garan-
tir o interesse de Lianor em Inês, como futura mulher do pretendente que a alcoviteira representa.

Manual Digital

PowerPoint®
Farsa de Inês Pereira

Págs. 130-135
Educação Literária
1. Partes e sugestão de títulos: 1.ª parte: vv. 258-364 – Amor não correspondido; 2.ª parte: vv. 365-405 – Procura do pretendente ideal; 3.ª parte: vv. 406-480 – Ajuda casamenteira.
2. Simples, honesto, ingénuo, sensato, rústico, serviçal, sensível, prudente.
3. Essas falas constituem apartes de Inês que contribuem para a caracterização depreciativa de Pêro Marques, motivada pelo facto de o pretendente não se enquadrar no modelo de ma-
rido que deseja.
4. Quando Pêro Marques refere que tem o «mor gado», aludindo à grande quantidade de gado que possui, a Mãe de Inês entende que ele é «morgado» e, por isso, herdeiro de grande for-
tuna.
5. A Mãe retoma as preocupações manifestadas no diálogo inicial com Inês, alertando-a novamente para a necessidade de se casar com alguém que lhe garanta segurança económica.
6. Latão e Vidal, os Judeus casamenteiros, depois de descreverem, confusamente, as dificuldades em encontrar um pretendente que preenchesse os requisitos de Inês, apresentam o escudeiro,
atribuindo-lhe as características que vão ao encontro dos desejos da jovem.

Escrita
1.1. (a) Pêro Marques. (b) honrado, desinteressado, discreto. (c) Brás da Mata. (d) bem-falante, músico, persistente, galante.
1.2. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita:
Exposição sobre um tema

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Fichas de Escrita:
Exposição sobre um tema
Grelhas de avaliação

Págs. 136-137
Praticar
1. a. Ato compromissivo. b. Ato assertivo. c. Ato expressivo. d. Ato diretivo. e. Ato compromissivo.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questão de aula: Atos de fala
4. Fichas de Gramática:
Atos de fala

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

QuizEV
Atos de fala
PowerPoint®
Atos de fala
Avaliação
Questões de aula e Fichas de Gramática:
Atos de fala

16
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Págs. 138-145
Letras prévias
1. A imagem mostra-nos um homem em cima de um escadote parecendo estar a segurar a Lua com o nariz, impressionando, dessa forma, a amada. Tendo em conta também o título do
cartoon, uma regra de ouro para o amor é impressionar o ser amado, ainda que seja com uma ilusão.
1.1. Também o Escudeiro tenta impressionar Inês aparentando ser uma coisa que não é.

Educação Literária
1. Brás da Mata troça da moça antes de a conhecer, caricaturando-a de forma equivalente à que ela usou em relação a Pêro Marques.
2. Inês fica calada (vv. 558-560), aparentemente satisfeita por não ter de que se queixar, correspondendo o Escudeiro ao que ela esperava.
3. O Escudeiro orienta o Moço para agir de forma coincidente com a sua vontade, para manter as aparências e impressionar Inês, com quem pretende casar por interesse. Estes versos
mostram a personalidade de Brás da Mata e as suas intenções. Trata-se de um homem arrogante, falso e dissimulado (v. 518) e, ao mesmo tempo, faz promessas ao Moço que sabe não
poder cumprir (vv. 530-531). O Moço revela-se crítico e irónico nos apartes que vai fazendo (discurso parentético), para denunciar a pelintrice do seu amo. É também sensato, uma vez
que não se deixa impressionar pelas suas promessas (vv. 532-533).
4. A Mãe pretende chamar a atenção de Inês para o facto de estar a ponderar casar-se com alguém que não pode dar-lhe segurança económica e que não é seu «igual» (v. 664), ou seja,
não corresponde à sua situação em termos de hierarquia social, o que revela um desejo imprudente da filha.
5. Os Judeus casamenteiros têm uma perspetiva meramente economicista deste casamento. Pelas suas palavras, percebemos que a única preocupação é a de fecharem o negócio para
poderem receber o pagamento.
6. Para Brás da Mata, casar significa perder a liberdade. Perspetiva o casamento como Inês concebia a vida de solteira: como um «cativeiro», o que, ironicamente, irá inverter todos os planos
da jovem.

Gramática
1. 1. B; 2. A; 3. D; 4. C; 5. B; 6. E; 7. C.
2. «se casara à sua vontade».
3. (D).

Oralidade
1.1. Tópicos de resposta:
• Tal como o trovador, nas cantigas de amor, o Escudeiro assume uma atitude subserviente perante Inês (vv. 552-556), dispondo-se a recebê-la em casamento.
• Brás da Mata qualifica Inês como uma mulher perfeita, em virtude da sua graciosidade, discrição e beleza, num retrato que coincide com a representação feminina presente nas cantigas
de amor. Assim, ele dirige-se à jovem como «fresca rosa» e fonte do seu viver («minha alma»), destacando as suas características morais («despejo» e «discrição»), mas também a sua beleza
física («graciosa donzela»). A metáfora (v. 535) e a hipérbole (vv. 549-551) são usadas neste discurso elogioso, como acontece também nas cantigas de amor.
• Embora o Escudeiro recorra, como os trovadores das cantigas de amor, ao elogio da mulher e a vocabulário habitual nos textos daquele género (como «senhora», «despejo», «donzela», «discri-
ção», «fermosura»), a sua retórica é falsamente elogiosa (pois anteriormente caracterizara Inês de forma depreciativa), e oculta interesses materiais.

Em relação
1. O papel da mãe na Farsa de Inês Pereira corresponde ao de uma conselheira e confidente, de alguém que procura orientar a filha para as ações que lhe parecem mais convenientes, no
sentido de procurar o melhor para ela (vv. 656-664, por exemplo). Não deixa, porém, de caracterizar-se como controladora ou opositora, querendo ser ela a escolher o marido da filha.
Pugna o quanto pode pela sua felicidade e é compreensiva, acabando por aceitar o casamento de Inês com o Escudeiro, afastando-se. Nas cantigas de amigo, a mãe assume essencial-
mente o papel de confidente da donzela («Como vivo coitada, madre, por meu amigo»; «Ai madre, bem vos digo»).

Em destaque
1. Ambiente doméstico; estratificação social; casamento imposto ou negociado; dote; funções sociais (alcoviteira e judeus); religiosidade. (ver p. 169)

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questão de aula: Exposição sobre um tema
4. Fichas de Oralidade:
Exposição sobre um tema

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Questões de aula e Fichas de Oralidade:
Exposição sobre um tema
Grelhas de avaliação

Págs. 146-153
Letras prévias
1.1. O convidado é São Valentónio, uma mistura de São Valentim com Santo António. O argumento fundamental que justifica a sua existência é a necessidade de incrementar a hones-
tidade e a decência na transição do namoro para o casamento, uma vez que se chega ao casamento e se constatam realidades que foram escondidas durante o namoro. São Valentónio
é o padroeiro de um amor honesto, criado por causa das lacunas causadas por Santo António e São Valentim.
1.2. Inês verifica que o que esperava não é o que encontrou em Brás da Mata. Ao contrário do que era a sua expetativa, trata-se de um marido impositivo que a mantém num cativeiro,
privando-a da liberdade a que tanto almejava. Precisaria de São Valentónio para que os anúncios pré-nupciais se concretizassem após o casamento.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

17
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Educação Literária
1. Brás da Mata assume uma atitude muito mais autoritária e repressiva do que a Mãe, trancando Inês e não lhe dando, sequer, o direito de dizer o que pensa.
2. a. As palavras do Escudeiro lembram ironicamente a Inês que foi ela quem procurou um homem com estas características, responsabilizando-a pelas consequências da sua escolha;
b. Inês critica a fidelidade do Moço, lembrando-lhe a alimentação que o Escudeiro não lhe fornece e que deveria fazer com que ele se insurgisse.
3. (a) Em casa, com as atividades impostas pela Mãe; (b) Aborrecida e irritada; (c) Libertar-se da influência da Mãe através do casamento; (d) Homem discreto, não necessariamente bo-
nito ou rico, e meigo; (e) Casada com Brás da Mata; (f) Dececionada e triste; (g) Ficar novamente solteira para poder escolher um marido diferente; (h) Homem honesto, pacífico, que a deixe
fazer o que ela quiser.
3.1. A cantiga de Inês sugere o reconhecimento da sua má escolha e o seu arrependimento, pois as suas aspirações, que pareciam plenamente cumpridas, revertem-se com a revelação
de um marido tirano.
4.1. a. F. O Escudeiro foi morto por um mouro, enquanto fugia. b. V. c. V. d. F. Inês pretende arranjar um marido manso em vez de discreto. e. V.
5. Inês Pereira aceita claramente o casamento com Pêro Marques, preferindo o asno, a lebre ou o lavrador ao cavalo, ao leão ou a Nero, pela segurança e pela liberdade que estes, me-
taforicamente, lhe garantem. Pêro Marques representa toda a serenidade e segurança que Inês neste momento pretende.

Escrita
1.1. Tópicos de resposta:
• Inês é uma personagem que sofre uma evolução ao longo da farsa, o que faz com que a sua classificação enquanto personagem-tipo não seja linear.
• A moça fantasiosa e irrefletida acaba por tornar-se mais pragmática por força da «experiência desastrosa» do casamento com o Escudeiro e que a levou a:
– aceitar os avisos e conselhos das mulheres mais velhas, ajustando os seus sonhos à realidade que a vida lhe impôs.
– muda a sua conceção de marido ideal, considerando preferível um «esposo […] ditoso» (vv. 941-942) a um homem discreto, mas violento. Por isso, na segunda investida, aceita Pêro Marques.
• Inês percebe que a «experiência dá lição» (v. 936).

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita:
Exposição sobre um tema

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Fichas de Escrita: Exposição sobre um tema

Em relação
1.1. A caracterização de Brás da Mata mostra-o como um escudeiro galante, bem-falante, que sabe ler e escrever, e artista (tocador de viola). Mas não passa disso, sendo um pelintra que
não tem nada de seu e um cobarde que é morto na guerra quando tentava fugir. Além disto, foi um homem opressor, que obrigou o Moço a encerrar a sua esposa em casa enquanto estava
ausente. As cantigas de escárnio referenciadas abordam uma realidade semelhante, visando escudeiros que são ridicularizados pela sua pobreza, adivinhada pela magreza do cavalo
(«Um cavalo nom comeu») e pela sua leviandade e cobardia na guerra («Dom Foão, que eu sei que há preço de livão»).

Oralidade
1. Resposta pessoal.
Tópicos de resposta:
A experiência do casamento e os valores da liberdade e da equidade nas relações sociais e/ou amorosas são atuais e frequentemente debatidos no espaço público.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do anúncio da APAV

Manual Digital

PowerPoint®
Farsa de Inês Pereira

Págs. 154-155
Nota: Questionário e sugestões de resposta adaptados de Prova Escrita de Literatura Portuguesa, 11.º ano de escolaridade, 2016, 1.ª fase, IAVE.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Educação Literária:
Cantigas de amigo

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Educação Literária:
Cantigas de amigo

Págs. 156-159
Nota: No caso dos nomes deverbais que solicitam complemento do nome, o Portal da Língua Portuguesa apresenta um dicionário de nomes deverbais acessível a partir do link:
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action=derdict

Praticar
1. a. de Inês. b. das ameaças de Brás da Mata; de Brás da Mata. c. de escolher um marido «pacífico»; de Brás da Mata. d. da herança do pai; do pai. e. do ataque do clérigo; do clérigo;
por Lianor Vaz; das mulheres solteiras.
2. (C)

18
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questão de aula: Complemento do nome e complemento do adjetivo
4. Fichas de Gramática:
Complemento do nome

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

PowerPoint®
Complemento do nome
QuizEV
Complemento do nome
Avaliação
Questões de aula e Fichas de Gramática:
Complemento do nome

Praticar
1. (A) à realidade do seu tempo. (B) com as mentiras do Escudeiro. (D) com o «marido avisado».
2. (C)

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questão de aula: Complemento do adjetivo
4. Fichas de Gramática:
Complemento do adjetivo

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

PowerPoint®
Complemento do adjetivo
QuizEV
Complemento do adjetivo
Avaliação
Questões de aula e Fichas de Gramática:
Complemento do adjetivo

Págs. 160-165
Educação Literária
1. Pêro Marques mantém os mesmos traços de personalidade, continuando a revelar-se respeitador (vv. 953-955), simples (vv. 966-967), afável e permissivo com Inês (vv. 969-970, vv. 979-
-983).
2. Inês mostra-se perfeitamente despreocupada e a única coisa que pretende é ficar satisfeita, tendo em conta a experiência anterior que viveu com Brás da Mata.
3. O Ermitão mostra-se «dolorido» (v. 985), dominado pela «tristeza» (vv. 993, 997, 1014-1015) e sem esperança (v. 1005), por causa de um desgosto amoroso (vv. 986-988, 1007-1009,
1014-1015). Verifica-se que a figura feminina responsável pelo seu sofrimento e pelo seu isolamento foi Inês (vv. 1039-1043). Mesmo antes de reconhecer o Ermitão, Inês mostra o desejo
de ficar a sós com ele, o que revela uma certa atitude leviana. Quando o reconhece como antigo pretendente, sugere um posterior encontro, subentendendo-se a intenção de se envolverem
amorosamente.
4. a. Pêro Marques aconselha a esposa a compor o seu vestuário, sugerindo que o encontro de Inês com o Ermitão ultrapassou o diálogo e que eles se envolveram fisicamente, o que a terá desar-
ranjado. b. A cantiga é simbólica, aludindo à traição através da referência ao marido como «cuco», «gamo» e «cervo». Temos, uma vez mais, cómico de situação e até de carácter, considerando a
postura de Pêro Marques.

Escrita
1. Tópicos de resposta:
• A última cena concretiza, de forma literal e explícita, a ideia que serviu de mote à elaboração da peça.
• Este mote foi desenvolvido a partir das figuras de Pêro Marques e do Escudeiro, conotados metonimicamente com os animais referidos. Pêro representa o «asno» que se adequa, pela sua
simplicidade, aos desígnios de Inês. O Escudeiro aproxima-se do «cavalo», que, embora desejado, se revela desadequado, e cuja relação com Inês vem a dar razão aos avisos da Mãe.

Oralidade
1. A obra corresponde a uma farsa, verificando-se claramente a «mecânica do Engano», a «intriga curta e concentrada», o «reduzido número de personagens» e a «verosimilhança de situa-
ções». Acresce a «componente satírica e moralizante» da obra.

Em destaque
1. A mentalidade de Inês relativamente ao casamento opõe-se à das mulheres mais velhas, que, numa perspetiva mais conservadora, veem no matrimónio uma união que deve garantir se-
gurança económica à mulher. A jovem, idealizando o universo cortês, deseja sobretudo um homem «discreto». Brás da Mata e Pêro Marques são figuras distintas nas maneiras (o homem
aparentemente educado e culto face ao vilão, rústico e desajeitado) e cuja ideia de casamento também se distingue, pois o primeiro estabelece uma relação de hipocrisia com a noiva/es-
posa, enquanto o segundo marca a sua ligação a Inês com carinho e devoção.
2. Ao longo da obra, é evidente a centralidade de Inês Pereira: é em torno dos seus desejos que se desenvolve toda a ação e é à sua volta que se movimentam todas as restantes personagens.
Entre os casamenteiros e os pretendentes, surgem dois grupos distintos: Lianor Vaz, que apresenta Pêro Marques, e os Judeus, que apresentam o Escudeiro. No final, quem acaba por bene-
ficiar na relação com Inês é o Ermitão, antigo pretendente preterido.

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

19
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Págs. 166-168
Leitura • Gramática
1. O título do texto reformula o provérbio popular «entre marido e mulher, não/nunca metas a colher», antecipando o assunto do texto, que remete para o combate à violência doméstica e
para a ação importante de todos os conhecedores das situações, independentemente de estarem ou não diretamente envolvidos.
2. (B)
3. (B)
4. (A)
5. (D)

Dossiê do Professor
4. Fichas de Leitura:
Exposição sobre um tema

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Fichas de Leitura: Exposição sobre um tema

6. (A)
7. (D)
8. a. Predicativo do sujeito; b. Complemento do nome; c. Sujeito; d. Complemento do adjetivo; e. Modificador restritivo do nome; f. Complemento direto; g. Complemento oblíquo.
9. Oração subordinada substantiva completiva com a função sintática de sujeito.
10. (a) 3; (b) 1; (c) 3.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula: Leitura e Gramática

Manual Digital

PowerPoint®
Funções sintáticas
Frase complexa
Atos de fala
Avaliação
Questões de aula:
Leitura e Gramática

Págs. 169-173

Manual Digital

PowerPoint®
Farsa de Inês Pereira

Teste rápido de revisão


1.1. (B)
1.2. (C)
1.3. (D)
1.4. (B)
1.5. (C)
1.6. (C)
1.7. (C)

Manual Digital

PowerPoint®
Farsa de Inês Pereira

Págs. 174-177

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. Inês dirige-se ao Moço como «guarda-mor», dado que se encontrava aprisionada e guardada por ele, por ordem do marido, Brás da Mata.
2. Os versos 13 e 14 permitem a localização espacial e temporal da partida de Brás da Mata para a guerra e, desse modo, dão informações sobre o tempo da história e a progressão crono-
lógica dos acontecimentos. A pergunta de Inês, dando conta de que não se apercebeu da passagem do tempo, remete para o tempo psicológico e sugere que, na ausência do marido, não
sentira que os meses passaram ao ritmo habitual, provavelmente por se sentir mais livre e feliz.
3. Perante o anúncio da morte de Brás da Mata às mãos de um pastor, o Moço tem uma reação de aparente pesar («Oh, meu amo e meu senhor!», v. 32), enquanto Inês reage em função da re-
cuperação da sua liberdade e da dispensa do Moço («Dai-me vós cá essa chave, / e i buscar vossa vida», vv. 33-34). Contrastam ainda as palavras seguintes de ambos, mostrando sentimentos
contrários: «Oh, que triste despedida!», v. 35 – Moço; «Oh, que nova tão suave!» – v. 36 – Inês.

20
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

4. Inês caracteriza Brás da Mata como «valente» perante ela, tendo em conta o modo como a tratou, de forma prepotente e controladora, limitando-a na liberdade que ela tanto pretendia. Reve-
lou-se exatamente o oposto no campo de combate, tendo morrido às mãos de um único inimigo, de forma cobarde, «fugindo/da batalha pera a vila» (vv. 28-29).
5. A última fala de Inês mostra a evolução do seu pensamento, em relação ao início da obra, dado que, neste momento, ela recusa o que anteriormente desejava, tendo em conta a ex-
periência vivida: «Guardar de cavaleirão, / barbudo, repetenado, que em figura d‘avisado / é malino e sotrancão» (vv. 42-45). Demonstra, então, o que pretende agora: «um muito manso
marido» (v. 48).
Parte B
Resposta pessoal. Proposta:
As personagens encontram-se em casa da Mãe de Inês, estando Lianor a dialogar com a protagonista, insistindo para ela ler a carta de Pêro Marques. A Mãe está também presente.
As personagens dialogam sobre Pêro Marques, o autor da carta, tendo Inês manifestado, logo no início do diálogo, a sua surpresa: «este é ele?». A carta leva-a à conclusão de que se
trata de um rústico e desajeitado. Porém, Lianor questiona-a se quer casar a gosto, a prazer, considerando ser melhor casar com segurança, desde que seja com quem «houver mister»
(que tenha o que é preciso – dinheiro).
A intenção crítica do excerto prende-se com a dicotomia entre o casar por desejo ou por segurança/interesse, mostrando-se a clara oposição entre estes valores – sentimentais ou ma-
teriais.

Grupo II
1. (B)
2. (C)
3. (B)
4. (A)
5. (C)
6. Complemento do nome.
7. «[essas] figuras femininas» (l. 9).

Grupo III
Tópicos de resposta:
• Aspetos do quotidiano focados na obra: o universo cortês, as relações conjugais e familiares, o ambiente doméstico, a vida religiosa... (ver quadro da página 169).
• A dimensão satírica assente na denúncia e na crítica jocosa aos aspetos das realidades representadas, com recurso ao cómico e a personagens-tipo.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Teste 3, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questão de aula: Farsa de Inês Pereira
4. Fichas de Educação Literária:
Farsa de Inês Pereira
5. Materiais de apoio
Proposta de resolução da Ficha Formativa 3

Manual Digital

PowerPoint®
Correção da Ficha Formativa 3
Avaliação
Sugestões de resolução e grelha de correção da Ficha Formativa 3
Teste 3, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questão de aula e Ficha de Educação Literária: Gil Vicente, Farsa de Inês Pereira
Gerador de testes interativos

Págs. 178-179
Perfil dos Alunos
As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promotoras das
competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos.
Sobre estas páginas, leia-se a informação disponibilizada na «Apresentação do projeto Letras em dia», na parte 1. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
2. Autonomia e Flexibilidade Curricular
5. Materiais de apoio
Transcrição da letra do tema musical

Competências-chave promovidas:
A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
C Raciocínio e resolução de problemas
D Pensamento crítico e pensamento criativo
E Relacionamento interpessoal
F Desenvolvimento pessoal e autonomia
G Bem-estar, saúde e ambiente
H Sensibilidade estética e artística
I Saber científico, técnico e tecnológico
J Consciência e domínio do corpo

21
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Sequência 4
Págs. 182-188
Na lista de obras e textos para a Educação Literária, as Aprendizagens Essenciais indicam, no âmbito do estudo das Rimas de Camões, a leitura de:
• quatro redondilhas;
• oito sonetos.
De forma a possibilitar trabalhos diferenciados e escolhas adequadas às características das turmas e/ou a atividades de natureza interdisciplinar, são apresentadas nesta sequência textos
de cada uma das vertentes da lírica camoniana em número superior ao indicado.

Contextualizar
1. Ver transcrição do excerto na parte 5. Materiais de apoio do Dossiê do Professor.
Pode aceder-se ao episódio integral na RTP Play, através do link https://www.rtp.pt/play/p3036/e267685/ministerio-do-tempo
2. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

3. (A)
4. Proposta de síntese:
Os séculos XV e XVI na Europa correspondem à desintegração do sistema feudal e são marcados por um enorme desenvolvimento económico, favorecido pelos Descobrimentos, que
levaram também à alteração das conceções medievais sobre o universo e a grandes avanços científicos e tecnológicos. Este desenvolvimento fez surgir novas necessidades e novos
métodos de investigação baseados na observação e na experiência, por oposição ao pensamento de base escolástica.
A invenção da imprensa, em meados do século XV, promoveu a circulação do pensamento e o acesso à cultura.
Proporcionado pelo desenvolvimento económico da burguesia, desenvolve-se o movimento cultural do Renascimento europeu. Rompendo, em múltiplos aspetos, com a tradição e visão
teocêntrica da Idade Média, o Renascimento fez ressurgir a Antiguidade Clássica, que assumiu como modelo de pensamento através do Humanismo, que procurou descobrir e reabilitar a
literatura e o pensamento greco-latinos, tendo o homem como interesse central (antropocentrismo), e como modelo de vida e de arte, através do Classicismo – movimento estético que recolhe
da Antiguidade Clássica modelos e fontes de inspiração.

Manual Digital

PowerPoint®
Rimas

5. (a) cinco sílabas métricas (redondilha menor); sete sílabas métricas (redondilha maior); (b) vilancete, cantiga, esparsa, trovas ou endechas; (c) decassílabo; (d) soneto; (e) amor, mu-
lher idealizada, desconcerto do mundo, caprichos do destino, natureza, mudança, tempo, certeza da morte, desilusões da existência passada, elogio da vida simples.

Págs. 189-190
Letras prévias
1.1. O quadro representa um rosto de boca aberta, com uma parte na sombra e a outra na luz, com uma mão iluminada na parte sombria no lado direito do rosto, com dois dedos encos-
tados ao nariz. Destacam-se a mão e o olhar expressivo deste rosto, bem como as cores esbatidas e lúgubres.
1.2. Resposta pessoal.
Sentimentos ou emoções possíveis: dor, desespero, angústia, medo…
1.3. Resposta pessoal.
Tanto a pintura como os poemas transmitem sentimentos de angústia, desgosto e infelicidade.

Educação Literária
1. O «eu» encara a sua vida como uma infelicidade.
2. O mote apresenta a ideia a partir da qual se vai desenvolver o poema.
3. A vida apenas é possível com infelicidade; sem ela, ele também não existiria.
4. Na primeira quadra, o sujeito poético manifesta o desejo de que o dia do seu nascimento desapareça. O cenário tenebroso e até apocalítico das estrofes seguintes corresponde ao que
acontecerá, no caso de o dia do seu nascimento reaparecer, reforçando intensamente o seu estado de infelicidade, tristeza e desilusão e refletindo o seu interior tumultuoso.
5. Através da apóstrofe, o sujeito poético interpela as pessoas receosas do cenário descrito anteriormente, procurando justificar-lhes a ambiência terrífica e os sentimentos que ela re-
flete.
6. O primeiro é um vilancete: mote de três versos e duas voltas sétimas; versos em redondilha maior; rima emparelhada e interpolada; vertente tradicional. O segundo é um soneto: duas
quadras e dois tercetos; versos decassilábicos; esquema rimático: abba / abba / cde / cde; vertente renascentista.

Gramática
1. No verso 9, «ignorantes» é sinónimo de desconhecedoras (das causas do cenário apocalíptico e da infelicidade do «eu»). Atualmente, o termo é sobretudo utilizado para referir alguém sem
conhecimentos ou instrução.

Págs. 191-192

Educação Literária
1. A enumeração inicial do soneto apresenta os aspetos da vida do sujeito poético que conspiraram para a sua «perdição»: erros, destino e amor.
2. O sujeito poético olha para a passagem do tempo como uma perpetuação do seu sofrimento (vv. 6-8). O que foi o seu passado prolonga-se no presente e condiciona o seu futuro.
3. Os últimos dois versos iniciam-se com uma interjeição que enfatiza o tom emotivo com que o sujeito poético manifesta o seu desespero, sendo que o pretérito imperfeito do conjuntivo
realça as aspirações do sujeito poético e, ao mesmo tempo, a (im)possibilidade da sua concretização.

22
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

4. O uso da primeira pessoa, nas formas verbais («passei», v. 5, «vi», v. 12...), em determinantes («minha», v. 2, «meus», v. 9...), e em pronomes («mim», v. 4, «me», v. 7), evidencia a subjetividade
do discurso, em que o «eu» reflete sobre o seu itinerário pessoal. A emotividade é ainda realçada pela pontuação expressiva e pela presença da interjeição, no último terceto.

Gramática
1. a. pronome relativo; b. conjunção subordinativa consecutiva; c. pronome relativo.

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Em destaque
1. Tópicos:
– A obra lírica de Camões centra-se, essencialmente, no seu itinerário pessoal.
– Itinerário pessoal: engano e desengano; carência e culpa; amargura do desconcerto; aspiração à plenitude através do amor.
– Ao contrário da cultura renascentista, a lírica camoniana mostra um homem diminuído, incapaz de lidar com as contradições e com as insuficiências.
– Amor – via de perdição, em vez de aperfeiçoamento e resgate.
– Natureza – por vezes referência contrastiva, em vez de lugar de realização.
– Busca «inconseguida» da Natureza e do Amor.
– Lírica como elemento de perceção autobiográfica, de memória, de questionação, de inconformismo, de revolta e de tragédia.

Págs. 193-195
Educação Literária
1. Leanor tem a pele clara (v. 5), os cabelos loiros (v. 12) e está vestida com detalhes em vermelho (vv. 6 e 13). Segundo o sujeito poético, é «linda» (v. 14), cheia de «graça» (v. 15) e «fermo-
sura» (v. 16).
2. Metáfora: «mãos de prata» (v. 5), «cabelos d’ ouro» (v. 12); hipérbole (vv. 9 e 15-16).
Estes recursos ampliam as qualidades físicas da mulher, sugerindo, os exemplos de hipérbole, que a sua beleza é mesmo superior à «fermosura».
3. As cores utilizadas no retrato de Leanor remetem para a sua caracterização física de acordo com os ideais petrarquista (pele clara, vv. 5 e 9, cabelos louros, v. 12), com os toques de sensua-
lidade conferido pelas peças vermelhas (vv. 6 e 13).
4. O verso contribui para a caracterização psicológica da figura feminina, evidenciando a sua insegurança e ansiedade («não segura»).
5. tão / lin / da / que_o /
1 2 3 4
mun / do_es / pan
5 6 7

Sugestão de trabalho:
A propósito da referência, no texto, à adaptação do vilancete camoniano «Descalça vai para a fonte» por António Gedeão, no «Poema da autoestrada», sugere-se a leitura desta composi-
ção e uma troca de impressões sobre a forma como se concretiza a intertextualidade.
Em relação com a temática das scooters, pode ouvir-se e explorar-se o tema musical Lambreta, de António Zambujo.

Leitura • Gramática
1. (B);
2. (D);
3. (D);
4. (B);
5. (A) 5; (B) 6; (C) 7; (D) 4; (E) 1.
6. Os organizadores tê-la-ão imaginado quando os leram.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula: Leitura e Gramática

Manual Digital

PowerPoint®
Funções sintáticas
Atos de fala
Avaliação
Questões de aula:
Leitura e Gramática

Págs. 196-197
Educação Literária
1. Em ambos os sonetos, a segunda parte corresponde ao segundo terceto, em que são apresentados os efeitos que a mulher amada provoca no sujeito poético.
2. (a) olhos doces e brilhantes, rosto doce, sorriso brando, cabelos loiros, faces rosadas, dentes brancos, lábios vermelhos, pele clara, fala/voz suave;
(b) Texto A: «Um mover d’ olhos, brando e piadoso» (v. 1); «um riso brando e honesto, / quási forçado» (vv. 2-3); «um doce e humilde gesto» (v. 3);
(c) Texto B: «entre rubis e perlas doce riso» (v. 3); «debaixo d’ ouro e neve, cor-de-rosa» (v. 4); «fala de quem a morte e a vida pende, / rara, suave» (vv. 9-10);
(d) espontânea, serena, bondosa, calma, doce, graciosa, sensata, discreta, prazenteira;
(e) Texto A: «um despejo quieto e vergonhoso» (v. 5); «um repouso gravíssimo e modesto» (v. 6); «ũa pura bondade» (v. 7); «ũa brandura» (v. 9); «um ar sereno» (v. 10);
(f) Texto B: «Leda serenidade deleitosa, / que representa em terra um paraíso» (vv. 1-2); «presença moderada e graciosa, / onde ensinando estão despejo e siso» (vv. 5-6);
(g) Texto A: «o mágico veneno / que pôde transformar meu pensamento» (vv. 13-14);

23
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

(h) Texto B: «repouso nela alegre e comedido» (v. 11); «estas as armas são com que me rende / e me cativa Amor» (vv. 12-13).
3. Estamos perante um tipo de beleza idealizada, divina, canonizada no Renascimento, especialmente através do modelo petrarquista.
4. A metáfora que associa a mulher amada a «Circe» (v. 13), figura mágica e dominante da vontade e dos desejos do «eu», e a um «mágico veneno» intensifica a sua influência sobre o
sujeito poético, como se se tratasse de uma ação com poderes divinos e mágicos.

Págs. 198-201
Letras prévias
1.1. a. Fisicamente: mulher «morena», de «cabelo negro sem regra» sobre os ombros, com um «risinho pequeno» e «sem paixão no olhar» quando fala do namorado; psicologicamente:
algo insensível e desapaixonada; b. O sujeito enunciador sente atração por aquela mulher, ainda que reconhecendo que há grandes diferenças entre eles («Esta morena não dança
quando lhe mostro Jobim»), mas parece não ser correspondido («Esta morena não corre quando a chamo para mim»). Apesar de tudo, considera que também ela, quando «o véu lhe cai»,
quando deixa cair a sua insensibilidade, sonha com ele. Trata-se, portanto, de uma situação de desencontro(s).
1.2. Em ambas as composições o sujeito enunciador pronuncia-se sobre a mulher amada, descrevendo-a e referindo os efeitos que ela provoca nele.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição da letra do tema musical

Educação Literária
1. A aliteração («cativa», «cativo» e «vivo», «viva») intensifica a ideia de que a vida do sujeito poético depende da «cativa» por quem se apaixonou.
2. «Bárbora» é fisicamente diferente: «fermosa», mas de uma beleza particular; tem olhos e cabelos escuros (vv. 15 e 21) e pele negra (vv. 25-28). Psicologicamente, aproxima-se do modelo
de mulher renascentista: é cativante (vv. 17-20), alegre, tranquila e comedida (vv. 14 e 29), serena e harmoniosa (vv. 33-34).
3. a. A adjetivação, ao longo do poema (vv. 13-15, 17, 21, 26, 29, 31-32 e 33), realça as características físicas e psicológicas de «Bárbora», compondo o seu retrato; b. A comparação
(vv. 9-12) destaca a superioridade da beleza e da perfeição da mulher sobre a própria Natureza; c. A hipérbole (vv. 25-28, 33-34) intensifica as características físicas e psicológicas da
mulher.
4. Ainda que diferente («estranha»), «Bárbora», ao contrário do que o seu nome poderia indicar, não é uma figura rude e sem encanto.
5. Depois de descrita, a mulher parece estar mentalmente mais próxima.
6. A composição apresenta cinco oitavas com versos de cinco sílabas métricas (redondilha menor) e esquema rimático: abbacddc, com rima interpolada e emparelhada.

Gramática
1. a. Complemento direto; b. Complemento indireto.

Escrita
Item adaptado de Prova escrita de Português, 12.º ano de escolaridade, 2020, 2.ª fase, IAVE.
1. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita:
Exposição sobre um tema

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Fichas de Escrita: Exposição sobre um tema
Grelhas de avaliação

Em destaque
1. a. V. (ll. 14-15); b. F. (ll. 2-3); c. F. (ll. 21-22).

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Oralidade
Texto completo, com descrição do vídeo:
Um vídeo que é uma viagem pela evolução da beleza feminina
O que é a beleza? Eis a pergunta com que a realizadora Anna Ginsburg decidiu iniciar a pequena animação que realizou para o canal Cable News Network, a propósito do último Dia In-
ternacional da Mulher. A resposta vem na forma de uma viagem que arranca 2800 anos antes de Cristo e termina nos dias de hoje.
Tudo começa com uma escultura feminina antiga, que se vai transformando de figura em figura até aos tempos modernos, podendo identificar-se celebridades como Marilyn Monroe,
Madonna, Kim Kardashian ou Miley Cyrus.
O objetivo é mostrar a evolução do ideal da beleza feminina.
Com o vídeo, a realizadora londrina quis também falar das constantes pressões que são feitas às mulheres para que se conformem com os ideais de corpo perfeito. E não só. «Eu fiz este
filme pela minha irmã mais nova», conta no seu site.
A irmã de Anna sofre de anorexia desde os 12 anos e, enquanto testemunha do seu sofrimento durante os últimos oito anos, pensou no que poderia fazer para sensibilizar as pessoas sobre
o assunto. «É dito às mulheres a toda a hora para que se amem a si próprias», considera. No entanto, a sociedade rege-se por «valores que tornam extremamente difícil fazê-lo». Ao longo de
todo o filme, foi escolhida apenas uma cor, um «único tom de azul». E porquê? O azul sempre foi associado ao feminismo, explica Anna. «Só recentemente é que se começou a considerar uma
cor masculina.»
O filme termina com uma mensagem e um convite à reflexão: «Pensa nos ideais que nos são impostos e no quão rápido eles evoluem porque não há nenhum modelo-padrão de be-
leza. Por isso, celebremos a diversidade da forma feminina».
TEIXEIRA, Ana Jorge, 2018. «Um vídeo que é uma viagem pela evolução da beleza feminina». In Público.
https://www.publico.pt/2018/04/10/p3/video/um-video-que-e-uma-viagem-pela-evolucao-da-beleza-feminina-2018524103935 [Consult. 2020-08-14]

24
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Dossiê do Professor
4. Fichas de Oralidade: Apreciação crítica

Manual Digital

PowerPoint®
Apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Oralidade: Apreciação crítica
Grelhas de avaliação

Págs. 202-204
Letras prévias
1. A caracterização do amor presente nestes versos remete para os mistérios da essência, da origem e do sofrimento que provoca.

Educação Literária
1. Nas duas quadras do soneto, o «Amor» é definido, entre outros, pelos seguintes aspetos:
– sofrimento invisível, mas devastador («fogo», v. 1);
– dor similar à dor física, apesar de não ser percebida pelos sentidos (vv. 1, 2 e 4);
– fixação no ato de amar (v. 5);
– insatisfação constante, num desejo crescente de plenitude (v. 7);
– dificuldade de avaliação das situações por parte do amador (v. 8).
2. De acordo com o primeiro terceto, o amador toma, entre outras, as seguintes atitudes face ao ser amado:
• aceitação do estado de privação de liberdade relativamente a quem ama (v. 9);
• submissão voluntária ao ser amado, assumindo o papel de seu servidor (v. 10);
• fidelidade absoluta ao objeto de amor, apesar de o amador poder não ser correspondido no seu sentimento (v. 11);
• aceitação do sofrimento, causado pelo próprio excesso do amor (v. 11).
3. A anáfora dá conta do processo de busca – por tentativas sucessivas – da definição de «Amor»; revela a complexidade do conceito, pelo amplo leque de definições apresentadas; de-
monstra a impossibilidade de definir o “Amor”, dada a sua natureza intrinsecamente paradoxal.
4. A última estrofe funciona como conclusão do soneto e destaca a aparente oposição entre os efeitos contrários do amor e a sua perseguição contínua pelos seres humanos.
[Questionário e cenários de resposta parcialmente adaptados da Prova Escrita de Literatura Portuguesa. 11.º ano de escolaridade, 2008, 1.ª fase, GAVE]

Educação Literária
1. O sujeito poético sente-se em «desconcerto», ou seja, sem harmonia e ordem nas suas emoções, num turbilhão sentimental. Este desconcerto é verificável, por exemplo, através das
ideias paradoxais expressas – «em vivo ardor tremendo estou de frio» (v. 2); «juntamente choro e rio» (v. 3); «o mundo todo abarco e nada aperto» (v. 4) – e dos sentimentos múltiplos
(vv. 6-8).
2. Os versos remetem para a conceção psicológica do tempo vivenciada pelo sujeito poético na sua relação com a amada. O seu desejo de estar na sua presença fá-lo sentir que uma
hora dura «mil anos».
3. (a) 2; (b) 2; (c) 3.

Gramática
1. Derivação não afixal.
2. a. modificador; b. sujeito; c. complemento oblíquo; d. complemento direto; e. vocativo.
3. «Tanto de meu estado me acho incerto» – subordinante; «que em vivo ardor tremendo estou de frio» – subordinada adverbial consecutiva.
4. (B).

Escrita
1. Tema: amor; assunto: entrega incondicional ao amor, apesar dos altos e baixos da relação; sujeito da enunciação e interlocutor: a composição corresponde a um diálogo entre dois in-
terlocutores, um masculino e outro feminino; efeitos do amor: muda o comportamento e as pessoas.
1.1. Resposta pessoal.

Sugestão de trabalho:
Audição de outra música sobre o mesmo tema, Será amor?, de César Mourão e Luana Martau.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita:
Exposição sobre um tema
5. Materiais de apoio
Transcrição da letra do tema musical

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Fichas de Escrita: Exposição sobre um tema
Grelhas de avaliação

25
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Pág. 205
Educação Literária
1. O tema do soneto é a fidelidade amorosa. Jacob servira Labão como pastor, durante sete anos, na expetativa de que este lhe desse como «prémio» (v. 4) a sua filha Raquel, provando assim a
sua devoção amorosa pela jovem. Foi ludibriado pelo pai da amada, que lha negou, dando-lhe outra filha (v. 8; «como se a não tivera merecida», v. 11), mas o pastor, fiel à sua amada, retoma
com pertinácia novo período de servidão (v. 12).
2. A polissemia do verbo «servir» permite o jogo de palavras: o servir como pastor e o servir a amada.
3. Jacob é um homem apaixonado, que aceita servir pacientemente o pai da sua amada, para assim a merecer; «triste» (v. 9), por Labão não lhe dar Raquel, mas Lia (vv. 7-8); persistente,
(v. 12); fiel, dispondo-se a esperar por Raquel quanto tempo for necessário (vv. 13-14).
4. Os versos salientam a devoção amorosa do pastor que, durante os dias de longa espera, se limita a amar, contemplativamente, Raquel (v. 6), esperando «um só dia» (v. 5), ou seja, o
momento, tão desejado, em que terá a sua amada.
5. A fala de Jacob (vv. 13-14) cria um intenso efeito dramático, ao apresentar, na primeira pessoa, emoções e sentimentos; define o amor como sendo puro, sublime e intemporal; acentua
a exemplaridade da história, evidenciando o facto de o único propósito da sua vida ser o amor por Raquel; sublinha a vivência do tempo, marcada pela antítese presente nos adjetivos
«longo» e «curta» (v. 14).
[Questionário e respostas adaptados do Exame Final Nacional de Literatura Portuguesa. 11.º ano de escolaridade, 2017, 1.ª fase, IAVE.]

Págs. 206-207
Educação Literária
Nota: Questões 1 a 3 e respetivas respostas adaptadas de Exame Nacional de Português, 2019, Época Especial, IAVE.

Pág. 208
Educação Literária
1. A transformação enunciada é o facto de «o amador» se tornar «na cousa amada» por tanto «imaginar», ou seja, por tanto pensar na mulher amada. Desta forma, o sujeito poético
afirma que de nada mais precisa, dado que tem dentro de si tudo o que deseja (vv. 3-4), e, estando as duas almas ligadas, seu corpo nada mais tem para alcançar (vv. 5-8).
2. A interrogação retórica estabelece, a oposição que nos tercetos se desenvolve – «alma» / «ideia»; «corpo» / «forma» – e está formulada de modo a que a resposta seja imediatamente
deduzida. Os dois tercetos confirmam a resposta.
3. A contradição inerente à experiência amorosa que a composição apresenta é o facto de o sujeito poético a reduzir a uma «ideia», transformando-se o amor, «por virtude do muito imagi-
nar», num sentimento «vivo e puro» mas apenas no interior do sujeito poético, ainda à espera de «forma», de concretização.
4. (C) e (D).

Dossiê do Professor
4. Fichas de Educação Literária: Rimas

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Educação Literária: Rimas

Pág. 209
Em relação
1. Aspetos comuns entre as cantigas de amor e a lírica camoniana são, por exemplo, a atitude de submissão relativamente à amada, a sua idealização e hiperbolização e alguns senti-
mentos provocados no sujeito poético (como o enorme sofrimento).
2. Os textos são muito próximos no tratamento do assunto.
Tema: amor; assunto: amor não correspondido e desejo de retribuir o desamor;
Sentimentos do sujeito poético: sofrimento, desespero;
Desejo manifestado pelo «eu» e respetiva causa: no texto camoniano, o sujeito poético deseja, inicialmente, que a amada sofra o desamor que ele próprio sente; na cantiga de amor, este
mesmo desejo vai sendo questionado e negado a cada estrofe;
Relevância da última estrofe: no texto de Camões, a última estrofe reforça o amor do sujeito poético, negando os desejos anteriores: não pretende que a amada sofra o que ele sofre; a
cantiga vai fazendo essa negação, mas a última estrofe suaviza a situação, uma vez que o sujeito poético apenas deseja ter a ousadia de perguntar.

Págs. 210-211
Educação Literária
1. No texto A, a palavra cujo duplo sentido é explorado é «dó», sendo utilizada enquanto «luto» (vv. 1, 6 e 12), nas referências ao «vestido», e enquanto «compaixão» ou «piedade»
(vv. 7-8), no sentimento solicitado pelo sujeito poético.
2. O texto B é construído em torno da metáfora do fogo enquanto sofrimento que o amor provoca no coração, a partir da exploração do seu sentido literal e dos seus efeitos sobre Dona
Guiomar.

Gramática
1.1. Apócope e palatalização.
1.2. flamejante; inflamatório; flamância; inflamável. Todas as palavras partilham um dos traços associados ao fogo: o ardor que provoca ou a cor vermelha.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Proposta de esquema (resposta à questão 1.)

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

26
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Págs. 212-215
Praticar
1. (B), (D), (E), (G).
2.1. (b) Complemento indireto; (d) Complemento indireto; (e) Complemento oblíquo; (f) Complemento direto; (h) Complemento direto.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questão de aula de Gramática: Orações subordinadas substantivas relativas
4. Fichas de Gramática:
Orações subordinadas substantivas relativas

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

PowerPoint®
Orações subordinadas substantivas relativas
Avaliação
Questões de aula e Fichas de Gramática:
Orações subordinadas substantivas relativas

Págs. 216-218
Educação Literária
1. O mote apresenta uma comparação que intensifica a aproximação do verde dos olhos da mulher amada («meu coração») ao espaço envolvente.
2. A Natureza que a composição descreve corresponde a um campo verdejante (vv. 5-6), com a presença de ovelhas/gado a pastar (vv. 7-8).
3. A aproximação do verde dos olhos da mulher amada ao espaço bucólico é feita a partir da interpelação direta a alguns dos seus elementos («Campo», «ovelhas», «Gado»), de modo a
chamar a atenção para a beleza feminina e tornar mais próxima a relação entre a mulher e a Natureza.
4. Os animais alimentam-se da erva do campo como o sujeito poético se alimenta «das lembranças» (v. 11) que aquele espaço lhe traz, identificando até a própria amada com a Natu-
reza (vv. 17-20), como se a tonalidade do campo se devesse aos olhos da mulher.

Educação Literária
1. A Natureza configura um quadro alegre, luminoso e harmonioso, próprio do locus amoenus clássico.
2. Texto A: personificação / animismo (vv. 3 e 5); antítese (v. 8); Texto B: adjetivação expressiva (vv. 1-2); metáfora (vv. 12-14).
3. Apesar da descrição compatível com o locus amoenus, o quadro não impressiona o sujeito poético, que, na ausência da amada, se sente dominado pela tristeza e incapaz de aproveitar o
espetáculo da Natureza. A anáfora do segundo terceto do texto A («Sem ti», vv. 12 e 13) e a apóstrofe, invocando vários elementos da natureza, que constrói as duas primeiras estrofes do
texto B, contribuem para enfatizar o afastamento do «eu» poético da beleza natural por estar distante da amada.
4. Os dois tercetos do texto B demonstram a dicotomia entre o presente e o passado (v. 9), na visão de um futuro infeliz e saudoso pela ausência da amada (vv. 12-14).

Em destaque
1. (B)

Em relação
1. A Natureza, nas cantigas de amigo, assume essencialmente um papel de confidente ou de reflexo dos sentimentos do sujeito poético. Acontece algo semelhante na lírica camoniana,
apresentando-se, muitas vezes, a Natureza como cenário, como confidente ou até como reflexo do estado de espírito do eu lírico.

Págs. 219-221
Letras prévias
1.1. O cartoon recria uma situação em que, consultada, uma vidente anuncia que «a mudança da hora faz muito mal à saúde». Questionada sobre o sentido dessa mudança, percecionada
pelo cliente como a que envolve a alteração legal da hora entre os regimes de inverno e de verão, ela afirma algo que é absolutamente natural: a passagem do tempo tem consequências na
saúde dos seres humanos. Assim, a frase ganha contornos cómicos (e críticos) por ser veiculada por uma vidente.

Educação Literária
1. A mudança é constante, abrangendo as pessoas, a natureza, os valores e, globalmente, «todo o mundo» (v. 3). Um dos recursos que confere expressividade ao conteúdo textual é o
paralelismo sintático.
2. A hipótese isolada entre parênteses destaca a descrença do sujeito poético em relação à possibilidade de a vida algum dia ter corrido «bem».
3. A passagem do tempo, para o sujeito poético, é um processo de permanente sofrimento, convertendo o «doce canto» «em choro». Intensificam-se os sentimentos do sujeito poético
através das referências à natureza e ao paralelismo com os seus sentimentos antagónicos.
4. O sujeito poético destaca o facto de a mudança já não ocorrer da mesma forma. A referência à mudança da mudança permite concluir o soneto com uma síntese expressiva da ideia
desenvolvida anteriormente; se nada escapa aos efeitos da passagem do tempo, mesmo a mudança se tornará distinta.

Gramática
1. (B)
2. (A)
3. (C)
4. Subordinada substantiva relativa – complemento direto.

27
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Escrita
1. Proposta:
Citando Camões, o autor afirma a vontade do ser humano em segurar o tempo, como forma de atingir a imortalidade. Mas o tempo é mudança, é um movimento contínuo, muitas
vezes surpreendente, e, por isso mesmo, receado porque pode destruir o tempo já vivido, o passado memorial.
Na opinião do autor, o passado é o suporte que se opõe à mudança, garantindo, de alguma forma, a sua imutabilidade.
Conclui, referindo-se à inexorável e paradoxal mudança que a todos nos acelera através da Internet, do computador e do mundo virtual, tornando-nos mais próximos e, simultaneamente,
mais sós.
[96 palavras]

Oralidade
1. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita:
Síntese

Manual Digital

PowerPoint®
Síntese
Avaliação
Ficha de Escrita: Síntese
Grelhas de avaliação

Págs. 222-223
Educação Literária
1. a. Para sugerir a omnipresença e o poder incontornável do tempo, o sujeito poético enumera as realidades sobre as quais age.
b. A antítese reforça a capacidade transfiguradora do tempo, promotor das maiores transformações, sobretudo negativas.
c. A anáfora reforça a presença opressiva do tempo.
2. No verso 4, o «eu» poético personifica o tempo, insinuando que ele próprio não escapa aos seus efeitos e que, por isso, também sofre com a sua atuação.
3. A conjunção coordenativa adversativa «mas» assume, no contexto, um valor de oposição, estabelecendo o contraste entre a omnipotência do tempo, tal como descrita nos versos
anteriores, e a sua incapacidade de inverter os sentimentos de «tristeza» (v. 7), de «pena» (v. 14) e de «esperança» (v. 14) do sujeito poético. Ao contrário do que se verifica com todas as
circunstâncias externas ao «eu» (descritas nas quadras e no primeiro terceto), em que o tempo consegue transformar, positiva ou negativamente, as realidades, o seu «peito de dia-
mante» (v. 13) impede o tempo de agir, fazendo-o «abrandar» (v. 12). Deste modo, sugere-se a incapacidade de o tempo alterar os sentimentos do sujeito poético, determinados pelo
amor, a não ser por influência da amada, interpelada no verso 8.

Gramática
1. a. «O tempo»; b. verbo transitivo-predicativo; c. predicativo do complemento direto.
2. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

Oralidade
1.1. Introdução: reflexão sobre o conceito de tempo e a forma como é entendido, através de uma citação de Borges («o tempo não existe, é apenas uma convenção»); exemplo da realidade
do cronista. Desenvolvimento: exploração do valor do tempo, por meio do exemplo de um cidadão norueguês e de outro exemplo relacionado com falta de tempo dos médicos. Conclusão:
citação de Mário Quintana: «o tempo é uma invenção da morte.»
1.2. Resposta pessoal.
1.3. O facto de os médicos estarem obrigados a fazer consultas com tempo marcado e não em função das necessidades dos doentes é um exemplo claro da «tirania do tempo».

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Em destaque
1. Sugestão: Tempo, transformação, passagem, espanto, desânimo, imprevisto, insegurança, receio, fragilidade, fugaz.
2. Sugestão: O tema da mudança surge associado ao da passagem do tempo e da transformação que genericamente ele provoca. Os efeitos da mudança caracterizam-se subjetiva-
mente pelo espanto e pelo desânimo, numa perspetiva de insegurança e de receio provocada pelo imprevisto, incontrolável. A passagem do tempo demonstra a fragilidade e o carácter
fugaz da vida humana.

Pág. 224
Praticar
1. Antecedente: «(O) tema da mudança»; termos anafóricos: «Ele» e «se».
Antecedente: «(a) mudança»; termo anafórico: «Ela».
Antecedente: «(um certo) tempo histórico»; termos anafóricos: «se».
Antecedente: «(Os) efeitos da mudança»; termo anafórico: «os».

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questão de aula de Gramática: Anáfora
4. Fichas de Gramática:
Anáfora

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

28
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Manual Digital

PowerPoint®
Anáfora
QuizEV
Anáfora
Avaliação
Questão de aula e Ficha de Gramática: Anáfora

Págs. 225-226
Letras prévias
1.1. O título do espetáculo remete para o improviso anunciado no cartaz e no texto. Concretizando-se sem uma ordem ou uma organização prévias, o espetáculo subverte a conceção habi-
tual de um concerto, subversão essa sugerida pelo prefixo «des».

Educação Literária
1. O poema inicia-se com uma abordagem genérica do desconcerto do mundo, (vv. 1-5) seguindo-se a referência à situação pessoal do sujeito poético (vv. 6-10).
2. A antítese organiza a reflexão do sujeito poético sobre a injustiça da ordem social, salientando o contraste entre os «bons», que sofrem «tormentos», e os «maus», que só conhecem
«contentamentos».
3. O sujeito poético reflete sobre a sua experiência pessoal face à desordem do mundo. Recorre à primeira pessoa («fui» e «mim») para revelar o seu espanto por ter sido inesperadamente
«castigado» (v. 8) quando seguiu a (des)ordem do mundo.
4. Introduz a conclusão do poeta, na sequência do que experienciou.
5. Poema com uma estrofe única, com dez versos em redondilha maior, em tom de lamento.

Oralidade
1. Resposta pessoal.

Em relação
1. Gil Vicente explora, na Farsa de Inês Pereira, a desordem social e moral através do recurso a personagens-tipo ilustrativas dos vícios e defeitos da sociedade da época e por meio da denúncia
de situações social e moralmente condenáveis. [Cf. p. 169]
2. Gil Vicente e Camões coincidem na ideia de «desconcerto do mundo» e na defesa dos valores socialmente corretos.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Oralidade:
Exposição sobre um tema

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Fichas de Oralidade: Exposição sobre um tema
Grelhas de avaliação

Págs. 227-228
Educação Literária
1. A «Babilónia» descrita pelo sujeito poético é um espaço onde reina o mal (vv. 1-2 e 5) e o Amor puro «não tem valia» (v. 3), pois é ultrapassado pela sensualidade (v. 4). É ainda um lugar
em que os valores morais e políticos se deturparam (vv. 6 e 7-8).
2. O lugar é metaforicamente referido como um «labirinto» (v. 9) e um «escuro caos de confusão» (v. 12), expressões que sugerem a desordem e a opressão que nele se vivem.
3. A anáfora do advérbio de lugar («cá») salienta a proximidade/inclusão do sujeito poético no espaço que descreve e que, apesar das suas características negativas, é aquele em que se
resigna a cumprir «o curso [...] da natureza» (v. 13).
4. A aliteração do som grafado com a consoante «c» reforça a ideia de «caos» e de «confusão» associadas ao mundo em que o «eu» sente viver e no qual se limita a seguir o ritmo da
natureza, sem manifestar prazer na existência.
5. O último verso identifica «Sião» como destinatário das palavras do sujeito poético, lugar que, permanecendo na lembrança do «eu», se assume como contraponto à «Babilónia» e es-
paço de redenção.

Em destaque
1. Na lírica camoniana, o desconcerto revela-se:
– na subversão de valores e na injustiça que preside à distribuição do bem e do mal;
– na irracionalidade do percurso existencial humano;
– na sujeição individual a um destino opressivo e inexorável.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita:
Apreciação crítica

Manual Digital

PowerPoint®
Apreciação crítica
Rimas
Avaliação
Fichas de Escrita: Apreciação crítica
Grelhas de avaliação

29
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Págs. 229-235
Teste rápido de revisão
1.1. (D)
1.2. (C)
1.3. (B)
1.4. (C)
1.5. (D)
1.6. (C)
1.7. (A)

Manual Digital

PowerPoint®
Rimas

Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. De acordo com os dois primeiros versos, o sujeito poético assume um conhecimento antecipado da sua vida, suportando esse conhecimento nas vivências do passado. Deste modo,
antecipa um destino implacável e inalterável e um futuro equivalente à «longa experiência» (v. 3) passada.
2. O sujeito poético caracteriza a sua vida a partir da referência:
– a um destino inflexível («Fortuna dura», v. 5);
– à infelicidade amorosa («Amor fero, cruel», v. 5), decorrente da falta de sorte nas relações afetivas («Soube Amor da Ventura que a não tinha», v. 9);
– à experiência (sujeição ao poder do destino e do Amor) e à longevidade, entendidas como traços negativos da sua existência («bem tendes vossa força exprimentada», v. 6; «vingai-vos
desta vida, qu’ inda dura», v. 8);
– à força do Amor, ainda que de impossível concretização/retribuição, de que se sustenta, com «imagens impossíveis» (v. 11).
3. A conclusão do soneto (o último terceto)
– identifica, por meio da apóstrofe («Senhora»), a causa/a responsável pela infelicidade amorosa do sujeito poético, assumida nas estrofes anteriores;
– concretiza o apelo do «eu» lírico à mulher amada para que, apesar da sua má «Fortuna», continue a ocupar a sua alma, sugerindo que esta é imune ao poder do destino e, desse modo,
o Amor poderá concretizar-se num plano imaterial, transcendente.
4. (A), (B), (G).

Parte B
5. O verso 5 sugere o entendimento do amor como um sentimento marcado pela dor (da ausência da amada), cuja intensidade deve ser proporcional à beleza da mulher.
6. A «alma» é perspetivada, em ambas as composições, como a dimensão espiritual do sujeito poético, integralmente votada à mulher amada. Ainda que o amor sensual possa não ser
possível entre ambos, o facto de o objeto do amor residir no interior do «eu» confirma a união dos amantes e a força dos seus sentimentos.

Grupo II
1. (C)
2. (C)
3. (B)
4. (C)
5. (C)
6. a. Complemento direto. b. Predicativo do sujeito.
7. Verbo principal transitivo indireto.

Grupo III
Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Teste 4, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questão de aula: Luís de Camões, Rimas
4. Fichas de Educação Literária:
Luís de Camões, Rimas
5. Materiais de apoio
Proposta de resolução da 昀椀cha formativa

Manual Digital

PowerPoint®
Correção da Ficha Formativa 4
Avaliação
Sugestões de resolução e grelha de correção da Ficha Formativa 4
Teste 4, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questão de aula e Ficha de Educação Literária: Luís de Camões, Rimas
Gerador de testes interativos

30
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Págs. 236-237
Perfil dos Alunos
As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promotoras das
competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos.
Sobre estas páginas, leia-se a informação disponibilizada na «Apresentação do projeto Letras em dia», na parte 1. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
2. Autonomia e Flexibilidade Curricular

Competências-chave promovidas:
A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
C Raciocínio e resolução de problemas
D Pensamento crítico e pensamento criativo
E Relacionamento interpessoal
G Bem-estar, saúde e ambiente
I Saber científico, técnico e tecnológico

Sequência 5
Págs. 240-247
No âmbito do estudo de Os Lusíadas, as Aprendizagens Essenciais indicam, na lista de obras e textos para a Educação Literária, a leitura de três reflexões do poeta de entre as seguin-
tes:
• Canto I, est. 105-106;
• Canto V, est. 92-100;
• Canto VII, est. 78-87;
• Canto VIII, est. 96-99;
• Canto IX, est. 88-95;
• Canto X, est. 145-156.
De forma a possibilitar escolhas e trabalhos diferenciados, são apresentadas e exploradas nesta sequência todas as reflexões do poeta indicadas.
Além delas, e uma vez que o Programa e Metas Curriculares de Português preconiza, no estudo da epopeia camoniana, a abordagem do imaginário épico, são ainda disponibilizadas estân-
cias que permitem a exploração da matéria épica (feitos históricos e viagem), a sublimidade do canto e a mitificação do herói:
• Canto I, est. 1-3 (Proposição);
• Canto I, est. 4-5 (Invocação);
• Canto I, est. 6-18 (Dedicatória);
• Canto IX, est. 52-53 e 66-70 (Ilha dos Amores).
Estes conjuntos de estâncias propiciam o tratamento de tópicos relevantes não só para o entendimento de Os Lusíadas, mas também para a compreensão de outras obras e autores a ler
e interpretar no 11.º e no 12.º anos de escolaridade (em particular «O sentimento dum ocidental», de Cesário Verde, a poesia de Álvaro de Campos, Mensagem, de Fernando Pessoa, e
O Ano da Morte de Ricardo Reis, de José Saramago).

Contextualizar
1. a. Falsa: «título, facultado pelo humanista André de Resende» (ll. 6-7); b. Falsa: ll. 25-27; c. Verdadeira: ll. 20-24.
2. Os Lusíadas surgiram pois:
a. existiam «feitos extraordinários» (l. 3) associados aos Descobrimentos portugueses que mereciam ser exaltados.
b. vivia-se o «entusiasmo» (l. 2), a «euforia» (l. 15) e o «deslumbramento» (l. 17) face às Descobertas.
c. havia matéria para «exaltar» (l. 24) através de um poema épico.
3. (a) Dez; (b) Oitavas; (c) Decassílabos; (d) abababcc; (e) Proposição; (f) Invocação; (g) Dedicatória; (h) Narração; (i) História de Portugal; (j) Mitologia; (k) das reflexões do poeta.
4. De acordo com o esquema, o plano da mitologia é paralelo ao plano da viagem, já que os acontecimentos em que se envolvem os marinheiros portugueses ocorrem em simultâneo com
os vividos pelos deuses, sendo que, em termos narrativos, os dois planos são relatados alternadamente. A História de Portugal é narrada (por figuras humanas ou mitológicas) em determi-
nados momentos do percurso, pelo que o plano que lhe é dedicado surge encaixado no da viagem. O plano das reflexões do poeta inspira-se nos acontecimentos dos restantes planos,
mas desenvolve-se num tom disfórico distinto do espírito épico que anima os restantes.
5. A «celebração épica» patente em Os Lusíadas assenta na exaltação de feitos e heróis anteriores ao tempo de Camões (incluindo a viagem de Vasco da Gama). A «presença do antiépico»
decorre da constatação de que o tempo em que a obra foi escrita já evidenciava sinais de uma «crise», que justificavam um tom crítico.
6. A dimensão antiépica da obra nasce da análise que Camões faz do seu país, quando regressa do Oriente. Constatando os sinais de crise do império português e a instabilidade política nacional,
transmite as «verdades necessárias» aos portugueses, deixando-lhes críticas e advertências.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição de registo vídeo

Págs. 248-249
Educação Literária
1. (a) «As armas e os barões assinalados» (est. 1, v. 1); (b) navegaram além dos limites conhecidos e edificaram novos reinos em paragens remotas (est. 1, vv. 3-8); (c) «Reis» (est. 2, v. 2);
(d) expandiram a fé e o império pela África e pela Ásia (est. 2, vv. 1-4); (e) os que criaram «obras valerosas» (est. 2, v. 5); (f) ganharão a imortalidade (est. 2, v. 6).

31
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Manual Digital

PowerPoint®
Os Lusíadas

2. A metonímia destaca, através da referência ao «peito», a coragem e a força dos portugueses.


3. (A) 2; (B) 1; (C) 3.

Em destaque
1. (C)

Págs. 250-251
Letras prévias
1. Camões escolhe como musas inspiradoras para o ajudarem no seu processo criativo de exaltação dos portugueses as Tágides, ninfas do Tejo e, por isso, ligadas a Portugal.

Educação Literária
1. a. «verso humilde» (v. 3); «celebrado / Foi de mi vosso rio alegremente» (vv. 3-4).
b. «criado / Tendes em mi um novo engenho ardente» (vv. 1-2).
2. Vocativo («Tágides minhas», est. 4, v. 1), 2.ª pessoa («vós», est. 4, v. 1, «Tendes», est. 1, v. 2, «vosso», est. 4, v. 4, «vossas», est. 4, v. 7, e «vossa», est. 5, v. 6), formas verbais no imperativo
(«Dai-me», est. 4, v. 5, e est. 5, vv. 1 e 5).

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Manual Digital

PowerPoint®
Os Lusíadas

3. O estilo solicitado às Tágides deve ser «grandíloco e corrente» (est. 4, v. 6) e corresponder a um «som alto e sublimado» (est. 4, v. 5) e a «hũa fúria grande e sonorosa» (est. 5, v. 1), assemelhando-
-se, metaforicamente, a uma «tuba canora e belicosa» (est. 5, v. 3).
4. O poeta pede às ninfas um estilo capaz de expressar adequadamente o «sublime preço» dos feitos e heróis que deseja realçar, ou seja, um estilo de qualidade equivalente («igual canto»)
à dos «feitos da famosa / Gente» lusitana», cujo valor espera que «se espalhe e se cante no Universo».

Em destaque
1. A sublimidade do canto impõe-se na epopeia para transmitir convenientemente a excecionalidade da matéria selecionada, contribuindo também para a grandeza desta (em particular
através das alusões e comparações com os heróis e obras épicas anteriores).

Págs. 252-259
Educação Literária
1. «vós»: D. Sebastião.
2. A apóstrofe coloca em evidência a entidade interpelada pelo poeta – D. Sebastião – e a quem são dedicadas as estâncias 6 a 8. Nestas, o rei é sucessivamente invocado e caracteri-
zado como garantia da liberdade nacional, representante e expansor da Fé cristã e promotor da dilatação do império português.
3.1. O poeta pede ao rei que atente na sua obra, na qual poderá confirmar o valor dos portugueses.
3.2. Os feitos dos lusíadas evidenciam um forte «amor da pátria» (est. 10, v. 1) e, ao contrário das «vãs façanhas, / Fantásticas, fingidas, mentirosas», dos heróis estrangeiros do passado,
são reais e «tamanhas» a ponto de as ultrapassarem (est. 11, vv. 5-6).
3.3. As diversas figuras históricas referidas permitem a valorização dos portugueses. No confronto com essas entidades, os heróis nacionais saem vitoriosos e a sua atuação é realçada.
4. Nos versos citados, o poeta incita o rei a tomar o controlo do país e, desse modo, garantir «matéria» para «canto» novo, ou seja, feitos dignos de exaltação, na expansão do império e
na luta contra os mouros.

Gramática
1. Nas estâncias 9 a 11, os atos diretivos correspondem aos pedidos dirigidos ao rei pelo poeta, numa situação em que este manifesta o seu respeito de vassalo e se lhe dirige da forma
respeitosa que a relação de hierarquia existente entre os dois determina.
As formas verbais no futuro do indicativo introduzem atos assertivos, em passagens em que o poeta anuncia o assunto da sua obra.
2.1. a. «a “segurança” de Portugal, a “maravilha”, o assombro da sua época, a esperança do alargamento da fé cristã e o temor dos Mouros.»
b. «de Portugal», «da sua época», «do alargamento da fé cristã», «da fé cristã», «dos Mouros».
2.2. Modificador apositivo do nome.
2.3. Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.

Em destaque
1. A mitificação do herói não ocorre de forma pontual, consistindo na valorização progressiva dos portugueses no decurso da obra e da ação e através da manifestação do seu valor, ao longo
da sua história enquanto povo e ao enfrentarem os perigos da viagem e a oposição da mitologia.
Nota: sobre as referências a Thetys e Tétis, no excerto de Maria Vitalina Leal de Matos, há a notar que a primeira remete para a titânide esposa do Oceano, sendo a segunda a divindade
marinha filha de Nereu e Dóris e amada do Adamastor.

Oralidade
1.1. Procurando divulgar informação atual de interesse generalizado, a reportagem conjuga a apresentação de dados sobre a atividade destacada (o espetáculo de António Fonseca) com
testemunhos do protagonista. Assim, a multiplicidade de intervenientes permite a abordagem do tema sob diferentes pontos de vista.

32
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

1.2. (B)
1.3. (C)
2. Resposta pessoal.

Em relação
1.1. Em ambas as obras, um herói coletivo/múltiplo e a sua atuação constituem a matéria a valorizar, dada a sua ação patriótica, em defesa do bem comum, e demonstrativa de uma consciência
coletiva. Ambas as obras, no seu contexto, se dedicam à exaltação nacional.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Oralidade:
Reportagem
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo vídeo

Manual Digital

PowerPoint®
Reportagem
Avaliação
Ficha de Oralidade: Reportagem
Grelhas de avaliação

Págs. 260-261
Letras prévias
1.1. O «eu» solicita o livro de reclamações para denunciar «usos e abusos». Levanta «um pouco a voz» para apelar a novas ações, diferentes «da mesma história e das repetições» do
nosso «nobre povo», que o fazem sentir que a nação largou a «ambição» e se resignou à indiferença face ao que não está bem.
1.2. Tal como o enunciador do tema musical dos Anaquim, Camões integrou, na sua epopeia, momentos em que evidencia a sua perspetiva da nação, criticando os seus vícios e mani-
festando o seu desejo de que a pátria se regenerasse. A Camões, no plano das reflexões do poeta, parecem adequar-se os versos dos Anaquim: «Mas ele há usos e abusos que não
podem continuar,/Que a gente vai enchendo até um dia rebentar».

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição da letra do tema musical

Leitura
1. • Localização na estrutura da obra: geralmente, no final dos cantos.
• Articulação com os outros planos da epopeia: as considerações do poeta decorrem ou são motivadas por acontecimentos relatados nos planos narrativos.
• Temas: políticos, morais ou filosóficos; circunstâncias autobiográficas; valores coletivos; condição humana.
• Objetivo(s): criticar a situação moral do país; moralizar os contemporâneos; contribuir para a mitificação do herói.
• Estilo e linguagem: tom assertivo e subjetivo.
Sugestão:
No âmbito da contextualização das reflexões do poeta em Os Lusíadas, sugere-se o visionamento do excerto de uma entrevista a Helder Macedo, disponibilizada no site RTP Ensina
com o título «Os Lusíadas: um poema épico e crítico». O recurso encontra-se disponível através do link https://ensina.rtp.pt/artigo/os-lusiadas-um-poema-epico-e-critico/

Manual Digital

PowerPoint®
Os Lusíadas
As re昀氀exões do poeta em Os Lusíadas

Págs. 262-263
Educação Literária
1. Nos primeiros quatro versos da estância 105, sugere-se a falsidade e a hipocrisia dos que escondem o seu «veneno» e os «pensamentos [...] de inimigos» sob uma falsa aparência de
«amigos».
2. O poeta manifesta sentimentos de angústia e de desilusão face à fragilidade do ser humano, mas igualmente de admiração pela força do Homem. Tais sentimentos são reforçados
pela repetição anafórica da interjeição, nos versos 5-6 da estância 105, pela hipérbole utilizada nos mesmos versos e pelo paralelismo dos quatro primeiros versos da estância 106, que
enfatizam a quantidade, a intensidade e a diversidade dos perigos que cercam os humanos.
3. A interrogação presente nos quatro versos finais decorre da reflexão do poeta sobre a fragilidade da condição humana e da sua perplexidade perante a impossibilidade aparente de
encontrar um lugar seguro, onde o ser humano, «bicho da terra tão pequeno» (v. 16), se encontre a salvo. Nas exclamações dos versos 5 a 12, o poeta refere os «grandes e gravíssimos
perigos» (v. 5) a que o homem está sujeito, tanto no mar como na terra, na permanente incerteza do futuro («caminho de vida nunca certo» – v. 6).
4. A mitificação do herói é ilustrada no excerto, na medida em que é referido e valorizado o esforço que leva os portugueses não só a ultrapassarem os perigos graves, no mar e na terra, como
também a assumirem a fragilidade da condição humana. Consciente da desproporção existente entre o «fraco humano» (v. 5, est. 106) e o «Céu sereno» (v. 7, est. 106), o poeta acentua e
enaltece a grandeza heroica daqueles que enfrentam forças adversas e, assim, se elevam ao nível dos deuses.
Nota: Questões 3. e 4. e respetivas sugestões de resposta adaptadas do Teste Intermédio de Português, 12.º ano de escolaridade, 2012, IAVE.

Escrita
1. Resposta pessoal.
Tópicos possíveis: o Homem como «bicho da terra tão pequeno», atualmente, face a ameaças como as armas químicas, as alterações climáticas ou agentes patogénicos como o SARS-
-CoV-2 (coronavírus).

Em destaque
No caderno Preparar os testes (p. 26) encontra-se uma síntese da reflexão do poeta no final do Canto I.

33
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Págs. 264-268
Letras prévias
1.1. a. Vasco da Gama; b. Rei de Melinde; c. Reis de Portugal até D. Manuel I; d. Portugueses.

Educação Literária
1. O poeta manifesta a sua admiração e satisfação por ver reconhecidos com o louvor do rei de Melinde e a enlevação dos ouvintes os feitos e as qualidades dos portugueses.
2. Os dois últimos versos da estância 92 sugerem que aqueles que praticam obras valorosas (para superar os seus antepassados) são estimulados pelo reconhecimento e pelo louvor
alheio, tão importante a ponto de Alexandre e Temístocles apreciarem mais os que celebravam, por meio da arte, os grandes feitos do que os heróis que os concretizavam. O louvor es-
timula a praticar obras grandiosas.
3. a. Segundo Vasco da Gama, as navegações anteriores mereceram o canto do «mundo», enquanto a sua «espanta» não apenas a «Terra», mas também o «Céu». b. Os heróis que, além de
cometerem grandes feitos, estimam e valorizam as artes e os autores, levam-nos a divulgar os seus feitos em grandes obras.
4. Embora a pátria lusitana possua heróis militares dedicados, sugeridos através da metonímia, que dominam as «armas» e seguem com «a lança» numa mão, a esses heróis falta a «ciência»,
a estima pela «arte», que os afasta do ideal sintetizado no verso 3 da estância 96.
5. Os portugueses têm o «costume» de não valorizar «o verso e rima» e de não saber e não estimar a arte (est. 97, vv. 7-8), o que levará à ausência de heróis, pois, mesmo aqueles que
cometam grandes feitos, não os verão registados. Além desse desprezo pelas artes e pelas letras, o poeta destaca também a indiferença dos lusitanos face a este menosprezo.
6. A censura é dirigida a Vasco da Gama, por não valorizar, tal como a sua família, a poesia, embora o «muito amor da pátria» leve as musas a celebrá-lo. O conselho é dirigido a todos os
que possam cometer grandes feitos, sugerindo que, apesar do pouco apreço dos portugueses pelas letras, as «grandes obras» serão recompensadas por «qualquer via».
7. A anástrofe coloca em posição de rima as palavras que sintetizam a ideia do poeta em relação à atitude do ser humano face à arte: é necessário ter o «peito» «desposto» a cumprir «grandes
obras», independentemente da forma como as mesmas serão valorizadas.

Gramática
1. (B), (C), (E)
2.1. Futuro composto do indicativo, terceira pessoa do plural (passiva).
2.2. «as críticas do poeta».
2.3. Complemento agente da passiva.
2.4. Os portugueses terão compreendido as críticas do poeta?

Oralidade
1. Resposta pessoal.

Em destaque
No caderno Preparar os testes (pp. 26-27) encontra-se uma síntese da reflexão do poeta no final do Canto V.

Dossiê do Professor
5. Materiais de apoio
Transcrição do registo radiofónico

Págs. 269-273
Letras prévias
1.1. A impunidade, a corrupção e a subversão de valores.

Educação Literária
1. (a) 2; (b) 1; (c) 3; (d) 1.
2. O «duro estado» do poeta deve-se ao confronto com diversas «misérias»: perigos no mar (est. 79, v. 5) e na guerra (est. 79, vv. 5-6), pobreza e exílio (est. 80, vv. 1-2). Além destes infortúnios,
também não recebeu uma recompensa daqueles que ele cantou, frustrando as suas expectativas de reconhecimento (est. 81, vv. 2-8).
3. O poeta critica os portugueses por não valorizarem quem os glorifica através do seu canto, o que constitui um mau exemplo e pode condicionar, no futuro, o aparecimento de novos
escritores.
4. O poeta recusa cantar os ambiciosos que colocam os interesses pessoais acima do bem comum, desrespeitando a lei de Deus e a lei dos homens (est. 84, vv. 2-4), e que ascendem ao poder
para satisfazerem os seus vícios (est. 84, vv. 5-8); os falsos ou dissimulados que abusam do poder para servirem os seus desejos (est. 85, vv. 1-4); os que oprimem e exploram o povo, roubando
os mais pobres (est. 85, vv. 6-8), pagando salários injustos (est. 86, vv. 1-4) e aplicando impostos excessivos (est. 86, vv. 5-8).
Questão 4. e respetiva sugestão de resposta adaptadas da Prova Escrita de Português, 12.º ano de escolaridade, 2013, 2.ª fase, GAVE.
5. Na estância 87, o poeta retoma o ideal de herói apresentado na Proposição, merecedor da imortalidade por feitos cometidos na dilatação da Fé e do Império, ao serviço de «Deus» e do «Rei».

Gramática
1. (a) Modificador apositivo do nome. (b) Vocativo. (c) Modificador.
2. (A)
2.1. (B) Oração subordinada substantiva relativa.
(C) Função sintática de complemento direto.
(D) Oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

Em destaque
No caderno Preparar os testes (pp. 27-29) encontra-se uma síntese da reflexão do poeta no final do Canto VII.

Em relação
1. Ambos os autores visam denunciar os problemas da sociedade do seu tempo. Servem-se, contudo, de processos distintos para expressar a sua perspetiva. Gil Vicente recorre à sátira
e ao cómico, confrontando os seus contemporâneos com os seus erros de forma simultaneamente divertida e moralizadora, com recurso aos processos de cómico e a personagens-
-tipo. Camões desenvolve a sua reflexão num tom disfórico, em reflexões marcadas pelo desencanto, pela desilusão e mesmo pela crítica direta.

34
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Págs. 274-276
Letras prévias
1.1. O título remete de forma literal para o assunto abordado: a sujidade presente no dinheiro. São identificados elementos que contribuem para essa sujidade (drogas e elementos patogé-
nicos, como bactérias), estudos que comprovam a sua presença no dinheiro e estratégias para superar o problema que representa.
1.2. A metáfora sugere geralmente a utilização indevida (legal ou moralmente) do dinheiro.

Dossiê do Professor
5. Materiais de Apoio
Transcrição do registo radiofónico

Educação Literária
1. Nos versos 1 a 4 da estância 96, menciona-se a desconfiança de Vasco da Gama em relação ao Catual indiano, o «cobiçoso / Regedor» que exigiu a entrega de mercadoria para per-
mitir aos portugueses seguirem viagem, situação que motiva o poeta a refletir sobre o «vil interesse e sede immiga / Do dinheiro».
2. As figuras mencionadas constituem exemplos que ilustram a perspetiva do poeta apresentada no final da estância anterior, segundo a qual o dinheiro «a tudo [...] obriga».
3. Nas estâncias 98 e 99, o poeta salienta os valores postos em causa pelo dinheiro: a lealdade/a amizade, a fidelidade à pátria, a bondade/a dignidade, a honra/a virtude, a verdade, a justiça e a
retidão religiosa. O uso da anáfora reforça esta intenção crítica, ao sublinhar, pela repetição, o responsável por tantos e tão diversos efeitos negativos. A personificação contribui para conferir
ao dinheiro potencialidades mais significativas, geralmente reservadas aos seres humanos, intensificando a sua capacidade de interferência nas relações sociais.

Oralidade
1. Tópicos de resposta:
• A comparação, no verso 6, contribui para sugerir a amplitude do poder negativo do dinheiro, que atua sobre o «pobre», mas de igual modo sobre o «rico», não deixando ninguém
alheio à sua intervenção, ideia também sugerida pelo recurso à 1.ª pessoa do plural.
• Os valores postos em causa e os efeitos do dinheiro:
– a lealdade (aos amigos)/a amizade – transforma amigos em traidores (est. 98, v. 2);
– a bondade/a dignidade – transforma pessoas nobres em vis (est. 98, v. 3);
– a fidelidade (à pátria) – os interesses da pátria são traídos (est. 98, vv. 1 e 4);
– a honra/a virtude/a castidade – corrompe a própria pureza (est. 98, v. 5);
– a verdade – corrompe as consciências e origina enganos e intrigas (est. 98, vv. 7-8; est. 99, v. 3);
– a justiça – as leis são manipuladas de acordo com interesses pessoais (est. 99, vv. 1-2);
– a justiça social – a ganância promove a tirania (est. 99, v. 4).
• Nos versos 5 a 8 da estância 99, o poeta estende a sua crítica ao clero, classe social que, em princípio, estaria imune ao poder de sedução do dinheiro. Todavia, o que se verifica é que, frequentemente
– «mil vezes ouvireis» –, o «metal luzente e louro» não só corrompe o clero como o leva a agir com hipocrisia, escondendo a ganância sob uma aparência de virtude.
(Resposta adaptada dos Critérios de Classificação do Exame Final Nacional de Português, 12.º ano de escolaridade, 2017, 2.ª fase, IAVE)

Escrita
1. Resposta pessoal.

Em destaque
No caderno Preparar os testes (p. 29) encontra-se uma síntese da reflexão do poeta no final do Canto VIII.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Oralidade:
Exposição sobre um tema
4. Fichas de Escrita:
Apreciação crítica

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Oralidade:
Exposição sobre um tema
Fichas de Escrita:
Apreciação crítica
Grelhas de avaliação

Págs. 277-278
Praticar
1. Modalidade epistémica com valor de certeza.
2. (B)

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questão de aula de Gramática
4. Fichas de Gramática:
Valor modal

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

35
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Manual Digital

PowerPoint®
Valor modal
QuizEV
Valor modal
Avaliação
Questões de aula e Fichas de Gramática: Valor modal

Págs. 279-282
Educação Literária
1. A Ilha dos Amores representa o «prémio» (est. 88, v. 7) pelos «feitos grandes» e pela «ousadia» (est. 88, v. 5) da «forte e famosa» (est. 88, v. 6) gente portuguesa e o reconhecimento
pelos «trabalhos tão longos» (est. 88, v. 4), que garantirão aos heróis lusitanos «fama grande e nome alto e subido» (est. 88, v. 8), honra, fama e glória (est. 89, vv. 4-8).
2. A imortalidade atinge-se por meio de «obras valerosas», «trabalho imenso» e «feitos imortais e soberanos».
3. As entidades referidas começaram por ser «de fraca carne humana», tendo ascendido a um patamar divino por «esforço e arte» e «feitos imortais e soberanos». Deste modo, o poeta su-
gere que os portugueses podem e merecem passar pelo mesmo processo de mitificação.
4.1. «ó vós que as famas estimais» (v. 5). A interpelação direta aos que desejam reconhecimento e a fama introduz a reflexão sobre os critérios a preencher para os merecer.
4.2. As formas verbais no imperativo expressam os apelos do poeta, apontando as ações a cometer por aqueles que desejam a fama (despertar do ócio, refrear a cobiça, a ambição e a tirania).
As formas verbais no futuro do indicativo antecipam os resultados dessa atuação.
5. Os que desejam tornar-se heróis devem procurar libertar-se do «ócio ignavo» (est. 92, v. 7) e rejeitar a «cobiça», a «ambição» e a «tirania» (est. 93, vv. 1-4). Devem ainda procurar traba-
lhar em prol da justiça e da equidade (est. 94, vv. 1-2), lutar contra os mouros (est. 94, vv. 3-4) e servir o seu Rei, com «conselhos» e disponibilidade para a guerra (est. 95, vv. 1-4).

Gramática
1. (B)
2. Imperfetivo.
3. a. Modalidade deôntica com valor de obrigação. b. Modalidade apreciativa. c. Modalidade epistémica com valor de certeza.
4.1. (D).
(A) A frase inicia-se com o complemento direto da primeira oração. (B) O elemento «que» pertence à classe das conjunções. (C) A oração subordinada substantiva relativa iniciada por «que»
desempenha a função sintática de sujeito.

Em destaque
No caderno Preparar os testes (pp. 30-31) encontra-se uma síntese da reflexão do poeta no final do Canto IX.

Em relação
1. Resposta pessoal, salientando o tema do «desconcerto do mundo» nas Rimas e as críticas e lamentos nas «reflexões do poeta» em Os Lusíadas.

Manual Digital

PowerPoint®
As re昀氀exões do poeta em Os Lusíadas
Rimas

Págs. 283-287
Letras prévias
1.1. Na obra épica, Camões reflete sobre facetas positivas (amor, conquistas, «vitórias») e aspetos negativos («contradições», «agonias», «derrotas») do ser humano enquanto «enigma»,
na sua dimensão individual, mas também coletiva («comunidade»).
1.2. Resposta pessoal.

Educação Literária
1. O poeta dirige-se à «Musa», dando-lhe conta do seu cansaço e da sua desilusão por «cantar a gente surda e endurecida» (v. 4), que não reconhece o seu trabalho (vv. 5-6) e se entrega
à «cobiça» (v. 7).
2. O poeta critica o «gosto da cobiça», a «austera, apagada e vil tristeza» em que vive a pátria e a falta de «ledo orgulho e geral gosto» face aos grandes feitos (não os motivando).
3.1. Os portugueses são apresentados como «ledos» e marcados pela coragem e pelo espírito de sacrifício (est. 147). Mostram-se «sempre obedientes» e preparados a aceder aos desejos do
seu monarca, que executam «contentes» (est. 148, vv. 2 e 4) e orgulhosos. Incorporam ainda o espírito de cruzada (est. 151, vv. 1-4), revelando a sua resistência (est. 151, vv. 5-8). Este conjunto
de características configura um perfil de líderes, pois não pode dizer-se «que são pera mandados, / Mais que pera mandar, os Portugueses.» (est. 152, vv. 3-4).
3.2. A enumeração salienta os diversos perigos implicados nos Descobrimentos e que os portugueses ultrapassaram, desse modo enfatizando a superioridade dos heróis lusitanos. A hi-
pérbole intensifica a mesma ideia de excelência dos portugueses, preparados para «tudo» e capazes até de vencer «demónios infernais, negros e ardentes».
4. Perante as tão extraordinárias qualidades dos seus vassalos, o poeta entende que o rei deve recompensá-los e apoiá-los. Assim, através das formas verbais no imperativo, apela ao monarca
que conceda algumas benesses aos seus «vassalos excelentes».
5. O poeta destaca a experiência (est. 149, vv. 5-8, e est. 152, vv. 5-8) como traço marcante daqueles que devem ser distinguidos, por superarem a ciência através do conhecimento direto
das circunstâncias em que ocorrem as «cousas».
6. A partir da estância 154, o poeta centra o discurso em si próprio, salientando as suas qualidades e lamentando a falta de reconhecimento.
7. Nas estâncias finais, fechando o poema e reiterando os pedidos dirigidos a D. Sebastião na Dedicatória, o poeta sugere ao monarca a valorização dos portugueses que se dedicam ao
país e interpela-o a protagonizar feitos merecedores de canto épico, insinuando o seu valor para realizar essa obra.

Oralidade
1. Resposta pessoal.

36
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Em destaque
No caderno Preparar os testes (pp. 31-32) encontra-se uma síntese da reflexão do poeta no final do Canto X.

Escrita
1.1. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita:
Exposição sobre um tema
4. Fichas de Oralidade:
Síntese

Manual Digital

PowerPoint®
Síntese
Exposição sobre um tema
Avaliação
Fichas de Escrita: Exposição sobre um tema
Fichas de Oralidade:
Síntese
Grelhas de avaliação

Págs. 288-290
Leitura
1.1. O relato conta as aventuras e as peripécias envolvidas numa viagem à Índia no período dos Descobrimentos, integrando também as desventuras implicadas nesses percursos, como o
sofrimento dos que partiam e dos que ficavam, a sujeição às condições atmosféricas e os naufrágios.
1.2. O texto configura um relato de viagem, uma vez que narra, na 1.ª pessoa («nós», l. 2), as vivências do autor durante uma viagem, associando-as a momentos descritivos e de reflexão
sobre os acontecimentos.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Leitura:
Relato de viagem

Manual Digital

PowerPoint®
Relato de viagem
Avaliação
Fichas de Leitura:
Relato de viagem

2.1. (C)
2.2. (D)
2.3. A metáfora que associa o arquipélago das Molucas a um «tabuleiro de xadrez recheado de peças» salienta a quantidade e a diversidade de ilhas.
2.4. De acordo com a perspetiva do autor, a procura de cravinho e de especiarias desencadeou a «cobiça dos europeus», que levou às viagens dos Descobrimentos. Estes, por sua vez,
ligaram pela primeira vez o mundo a uma escala global.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Leitura:
Relato de viagem

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

PowerPoint®
Relato de viagem
Avaliação
Fichas de Leitura: Relato de viagem

Págs. 291-293
Teste rápido de revisão
1.1. (D)
1.2. (C)
1.3. (B)
1.4. (C)
1.5. (D)
1.6. (A)
1.7. (B)

37
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Manual Digital

PowerPoint®
Os Lusíadas
As re昀氀exões do poeta em Os Lusíadas

Págs. 294-297
Ficha formativa
Grupo I
Parte A
1. O texto estrutura-se em dois momentos, sendo o primeiro constituído pelos quatro primeiros versos da estância 96 e o segundo pelos restantes. Na primeira parte, o poeta contextua-
liza os acontecimentos vividos por Vasco da Gama na Índia, com a cobiça do «Regedor, corrompido e pouco nobre» a propiciar a análise seguinte acerca do poder do «dinheiro, que a
tudo nos obriga».
2. A anáfora, retomando, por meio do pronome «Este», a referência ao «dinheiro» (est. 96, v. 8), contribui para realçar a quantidade de efeitos negativos por ele provocados, assim como
o alcance do seu poder corruptor, transversal a toda a sociedade.
3. De acordo com a estância 98, o dinheiro compromete a amizade, podendo envolver a traição de alguns amigos (v. 2). Pode ainda levar os que se regem pela dignidade a cometer «vile-
zas» (v. 3) ou motivar deslealdades à pátria (vv. 1 e 4). O dinheiro pode também ser responsável pela perda da honra ou da virtude, corrompendo «virginais purezas» (v. 5), e pela deturpação
da verdade, «cegando» os «juízos» e as «consciências» (v. 8), ou seja, deturpando a interpretação objetiva da realidade.
4. A antítese «este faz e desfaz leis» realça o poder do dinheiro no quadro legislativo, determinando a criação de leis e o entendimento das mesmas em função de interesses pessoais. A
hipérbole «mil vezes tiranos torna os Reis» intensifica a força da ganância, que pode conduzir à tirania recorrente/incessante.
5. No final da estância 99, o poeta alarga a sua crítica ao clero, classe que, pelos valores morais que representa, deveria ser imune ao poder de sedução do dinheiro – «este encantador».
Todavia, o que se verifica é que, frequentemente («mil vezes ouvireis»), o dinheiro não só corrompe o clero como o leva a agir com hipocrisia, escondendo a ganância sob uma aparência
de virtude (v. 8).
(Resposta ao item 5. adaptada dos Critérios de Classificação do Exame Final Nacional de Português, 12.º ano de escolaridade, 2017, 2.ª fase, IAVE.)
Parte B
6. Resposta pessoal, considerando, nas referências à «aparência mais visível» de Os Lusíadas, a matéria épica e a mitificação do herói e, nas alusões ao «lado sombrio» da epopeia, as críticas
veiculadas nas reflexões do poeta.

Grupo II
1. (D)
2. (B)
3. (C)
4. (A)
5. (B)
6. Ato de fala assertivo.
7. a. Modalidade epistémica com valor de probabilidade. b. Modalidade apreciativa.

Grupo III
Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Teste 5, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questão de aula: Luís de Camões, Os Lusíadas
4. Fichas de Educação Literária:
Luís de Camões, Os Lusíadas
5. Materiais de apoio
Proposta de resolução da Ficha Formativa 5

Manual Digital

PowerPoint®
Correção da Ficha Formativa 5
Avaliação
Sugestões de resolução e grelha de correção da Ficha Formativa 5
Teste 5, matriz, grelha de correção e sugestões de resolução
Questão de aula e Ficha de Educação Literária: Luís de Camões,
Os Lusíadas
Gerador de testes interativos

Págs. 298-299
Perfil dos Alunos
As páginas «Letras em dia» apresentam propostas de atividades sobre temas disciplinares e interdisciplinares, como preconizam as Aprendizagens Essenciais, e promotoras das
competências-chave identificadas no Perfil dos Alunos.
Sobre estas páginas, leia-se a informação disponibilizada na «Apresentação do projeto Letras em dia», na parte 1. do Dossiê do Professor.

Dossiê do Professor
2. Autonomia e Flexibilidade Curricular

38
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Competências-chave promovidas:
A Linguagens e textos
B Informação e comunicação
C Raciocínio e resolução de problemas
D Pensamento crítico e pensamento criativo
E Relacionamento interpessoal
G Bem-estar, saúde e ambiente
H Sensibilidade estética e artística
I Saber científico, técnico e tecnológico

Gramática em dia
Págs. 302-307
Principais referências bibliográficas consultadas:
• AMORIM, Clara, e SOUSA, Catarina, 2016. Gramática do Português – Ensino Secundário. Porto: Areal
• COSTA, João, e SILVA, Vítor Aguiar (Orgs.), 2011. Dicionário Terminológico. http://dt.dge.mec.pt/ (último acesso em 2020-08-07)
• CUNHA, Celso, e CINTRA, Lindley, 2010. Nova Gramática do Português Contemporâneo. 19.ª ed. Lisboa: Sá da Costa
• JORGE, Noémia, 2014. Gramática – Português – 3.º Ciclo. Porto: Porto Editora
• MATEUS, Maria Helena Mira et al., 2003. Gramática da Língua Portuguesa. 6.ª ed. Lisboa: Caminho
• RAPOSO, Eduardo Buzaglo Paiva et al. (Orgs.), 2013. Gramática do Português. Volumes I, II e III. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian
• ROCHA, Maria Regina, 2016. Gramática – Português – Ensino Secundário. Porto: Porto Editora
Referências bibliográficas consultadas para as sínteses dos pontos 1.1. e 1.2:
• BANZA, Ana Paula, e GONÇALVES, Maria Filomena, 2018. Roteiro de História da Língua Portuguesa. Cátedra UNESCO e Universidade de Évora (Disponível em https://dspace.uevora.pt/rdpc/bits-
tream/10174/22196/1/Roteiro_de_Histo%CC%81ria_da_Li%CC%81ngua_Portuguesa.pdf)
• CARDEIRA, Esperança, 2006. O essencial sobre a História do Português. Lisboa: Caminho
• ROCHA, Maria Regina, 2016. Gramática – Português – Ensino Secundário. Porto: Porto Editora

Dossiê do Professor
4. Fichas de Gramática:
Formação e evolução do português

Manual Digital

PowerPoint®
Formação e evolução do português
QuizEV
Origem, evolução e distribuição geográ昀椀ca do Português no mundo
Avaliação
Formação e evolução do português

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula: Leitura e Gramática
4. Fichas de Gramática:
Processos fonológicos

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

PowerPoint®
Processos fonológicos
QuizEV
Processos fonológicos
Avaliação
Questão de aula e 昀椀cha de Gramática:
Processos fonológicos
Questões de aula: Leitura e Gramática

Manual Digital

PowerPoint® e QuizEV
Étimos e valores semânticos

Sobre a língua portuguesa e a sua presença no mundo, sugere-se a visualização da apresentação disponível no Observatório da Língua Portuguesa e acessível através do link https://ob-
servalinguaportuguesa.org/a-lingua-portuguesa-2/

Dossiê do Professor
4. Fichas de Gramática:
Geogra昀椀a do Português no mundo

39
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Manual Digital

PowerPoint®
Geogra昀椀a do Português no mundo
QuizEV
Origem, evolução e distribuição geográ昀椀ca do Português no mundo
Avaliação
Ficha de Gramática: Geogra昀椀a de Português no mundo

Praticar
1. a. Português, castelhano, francês, romeno, galego, catalão, italiano.
b. Algarve, alface, aldeia, oxalá, albufeira.
c. Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste.
d. América, Ásia e África.
2. 1 – Síncope; 2 – Assimilação.
2.1. Adversário.
3. a. Síncope e crase. b. Apócope, síncope e epêntese. c. Apócope, síncope e palatalização. d. Apócope, prótese e sonorização.
4. (a) 2; (b) 1; (c) 2.
5. Ambas as palavras remetem para a ideia de completude. No caso de «cheio», ela será essencialmente de natureza física; no caso de «pleno», de natureza psicológica.
Plenitude, plenamente, plenário, plenipotência.
6. Apócope, síncope e palatalização.
6.1. Ocular, oculista, ocularidade.

Págs. 308-318
Kit Gramática em dia
Ficha de trabalho

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Praticar
1. (C)
2. (B)
3. (A) 3; (B) 4; (C) 1.
4. (A), (C)
4.1. (A) – Complemento direto; (C) – Sujeito
5.1. (C)
5.2. Embora/Ainda que todos os novos robôs possuam funcionalidades muito úteis, apenas as executam temporariamente.
6.1. Ambos vos entregamos, no próximo fim de semana, o convite para a exposição de robótica.
6.2. Entrego-vo-lo/Entrego-o a vós/vocês, no próximo fim de semana.
6.3. Entregar-vos-ei, no próximo fim de semana, o convite para a exposição de robótica.
7. (C), (E), (F)
7.1. (A) – Verbo transitivo-predicativo; (B) – Verbo transitivo indireto; (D) – Verbo copulativo; (G) – Verbo copulativo.
8. (B)
9.1. a. se; b. por; c. Caso; d. detalhadamente.

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Págs. 319-320
Manual Digital

PowerPoint®
Valor modal
QuizEV
Valores modais

Praticar
1. (A) 4; (B) 1; (C) 1; (D) 4; (E) 3; (F) 5; (G) 2 / 3; (H) 5.
Nota: relativamente à frase da alínea (G), a mesma pode configurar a modalidade epistémica com valor de probabilidade (se, por exemplo, remeter para um momento anterior ao debate
em que se antecipam possíveis argumentos que poderão ser mobilizados pelos participantes) ou a modalidade deôntica com valor de permissão (se, por exemplo, for utilizada pelo modera-
dor do debate, no momento inicial de explicitação das regras de intervenção aos participantes).
2. (B)
3. a. Modalidade deôntica com valor de obrigação.
b. Modalidade epistémica com valor de probabilidade.
c. Modalidade apreciativa.

40
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula de Gramática: Valor modal
4. Fichas de Gramática:
Valor modal

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

Avaliação
Questão de aula e Ficha de Gramática: Valor modal

Págs. 321-330
Manual Digital

PowerPoint®
Funções sintáticas

No caso dos nomes derivados de verbos que solicitam complemento do nome, o Portal da Língua Portuguesa apresenta um dicionário de nomes deverbais acessível a partir do link:
http://www.portaldalinguaportuguesa.org/?action =derdict&page=present

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula de Gramática: Complemento do nome
Complemento do adjetivo
4. Fichas de Gramática:
Complemento do nome
Complemento do adjetivo

Manual Digital

PowerPoint®
Complemento do nome
Complemento do adjetivo
QuizEV
Complemento do nome e do adjetivo
Avaliação
Questão de aula e Ficha de Gramática: Complemento do nome
Complemento do adjetivo

Praticar
1. (A) 6; (B) 1; (C) 5; (D) 4; (E) 3.
2. (B)
3. (D)
4. (B), (D), (F)

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula de Gramática: Funções sintáticas
4. Fichas de Gramática:
Funções sintáticas

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

PowerPoint®
Funções sintáticas
QuizEV
Funções sintáticas
Avaliação
Questão de aula e Ficha de Gramática: Funções sintáticas

Praticar
5.1. a. Modificador restritivo do nome
b. Complemento direto
c. Complemento oblíquo
d. Predicativo do sujeito
e. Complemento do nome
f. Complemento do nome
g. Complemento direto
h. Predicativo do sujeito
i. Complemento oblíquo
j. Sujeito
5.2. a. Sujeito; b. Complemento direto; c. Complemento direto
5.3. (C)

41
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Manual Digital

PowerPoint®
Frase complexa

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula de Gramática: Orações subordinadas substantivas relativas
4. Fichas de Gramática:
Orações subordinadas substantivas relativas

Manual Digital

PowerPoint®
Orações subordinadas substantivas relativas
Avaliação
Questão de aula e Ficha de Gramática: Orações substantivas relativas

Praticar
1. (A)
2. (A), (C), (E)
3. (B)
4. «que descrevem a época dos Descobrimentos» – Oração subordinada adjetiva relativa restritiva.
5. a. Falsa. A oração sublinhada é subordinada substantiva relativa e integra o complemento agente da passiva.
b. Verdadeira.
c. Falsa. A oração subordinada presente na frase é adverbial causal.
d. Verdadeira.
e. Falsa. A oração iniciada por «onde» é subordinada adjetiva relativa restritiva.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula de Gramática: Frase complexa
4. Fichas de Gramática:
Frase complexa

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

QuizEV
Frase complexa
Avaliação
Questão de aula e Ficha de Gramática: Frase complexa

Praticar
6.1. (C)
6.2. «do que o nosso satélite [está]». Oração subordinada adverbial comparativa.
6.3. a. Oração coordenada adversativa. b. Oração subordinada adjetiva relativa explicativa. c. Oração subordinada adverbial concessiva.
6.4. «que o seu programa Artemis [...]» – Complemento direto
«que tem por objetivo enviar astronautas à Lua ainda nesta década» – Modificador apositivo do nome.

Págs. 331-332

Manual Digital

QuizEV
Processos de formação

Praticar
1.1. (A)
1.2. (C)
1.3. (A)
2. (B), (C), (D)
3. (B), (C), (E)
4. (C)
5. a. Aquele que promove casamentos.
b. Ideia (conceito) formado antes do conhecimento cabal da pessoa ou do assunto.
c. Disparate, tolice (de «asno»).
d. Continuar, seguir em frente.
e. Aquele que promove ou aprecia a guerra (do étimo «bellum»).
f. Nova palavra.
g. Aquele ou aquilo que foge do centro.
h. Medo da luz;
i. Comunicações à distância.

42
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

j. Valorizar, colocar em alto valor ou consideração.


k. Aquele que aprecia o fogo (e aprecia atear incêndios).
l. Doença que se propaga por todo (pan) o povo (demos).
Nota: Exercícios 2. e 3. adaptados das Provas Finais de Exame do 3.º Ciclo do Ensino Básico de 2018, 2.ª fase e Época Especial.

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Págs. 333-352
Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula de Gramática: Atos de fala
4. Fichas de Gramática:
Atos de fala

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

PowerPoint®
Atos de fala
QuizEV
Atos de fala

Praticar
1. a. Ato de fala compromissivo. b. Ato de fala assertivo. c. Ato de fala declarativo. d. Ato de fala expressivo.
1.1. a. Envia a encomenda durante o período da manhã. / Podes enviar a encomenda durante o período da manhã? b. Acho incrível o reino animal ser constituído por mais de um milhão
de espécies.
2. Num diálogo em que se discutam hábitos de reciclagem: a. o enunciador reconhece que entrega todo o papel inutilizado a uma empresa de reciclagem. b. o enunciador compromete-
-se, ainda que através do verbo no presente do indicativo, a entregar o papel inutilizado a uma empresa de reciclagem, numa data conhecida ou combinada.
3. A frase pode constituir um ato de fala assertivo, se o enunciador, eventualmente sozinho, reconhece que tem fome, ou um ato de fala diretivo indireto, se, na presença de outra pes-
soa, espera que esta lhe traga alguma coisa para comer ou o acompanhe em seguida numa refeição.
4. O tom humorístico das tiras decorre do facto de um dos interlocutores (Jeremy, na primeira tira, e Calvin, na segunda) não perceberem os atos de fala indiretos. Assim, a pergunta da
mãe, que constitui uma ordem, só é percebida depois de ela se irritar e a pergunta da pessoa que telefona não é entendida por Calvin como implicando o chamamento do seu pai.

Manual Digital

Avaliação
Questão de aula e Ficha de Gramática: Atos de fala

Manual Digital

QuizEV
Situações de comunicação e registos de língua

Praticar
1. O entrevistador perguntou a António (Lobo Antunes) se tinha alguma arca de papéis por publicar e este respondeu que não tinha nada e que, se morresse naquele momento, o que tinha/
teria era um punhado de crónicas que não tinham sido juntas em livro. Carlos Vaz Marques questionou ainda o escritor se costumava ir às livrarias para estar a par do que ia saindo e o
entrevistado referiu que ia sempre à mesma livraria, sempre no mesmo dia e à mesma hora. Destacou que, nesse momento, não [ia], porque já não tinha mais espaço físico para livros e que
a vontade de comprar era imensa. Referiu ainda que tinha estado a reler os clássicos portugueses, mas não gostava da palavra «clássicos». Deu o exemplo de Fernão Lopes e salientou que
a Crónica de D. João I era extraordinária.

Praticar
1.1. «Homem», «sua», «o».
1.2. «medicamento», «ele».
«casa», «la», «la».
«chave», «ela».
1.3. O recurso à anáfora permite, num texto expositivo, a progressão temática (o funcionamento do medicamento), evitando a repetição dos termos-chave da explicação.

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula de Gramática: Anáfora
4. Fichas de Gramática:
Anáfora

Kit Gramática em dia


Ficha de trabalho

Manual Digital

PowerPoint®
Anáfora
QuizEV
Anáfora como mecanismo de coesão e progressão do texto
Atividade
Questão de aula e 昀椀cha de Gramática: Anáfora

43
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Dossiê do Professor
4. Fichas de Leitura / Escrita / Oralidade:
Apreciação crítica

Manual Digital

PowerPoint®
Apreciação crítica
Avaliação
Fichas de Leitura/Escrita/Oralidade: Apreciação crítica
Grelhas de avaliação

Praticar
1. O título, «Cheira a novo espírito», faz uma alusão à juventude de Billie Eilish e anuncia desde logo uma das características elogiadas – a originalidade. Além disso, relaciona-se com a
expressão «bouquet de canções» (l. 29), à qual associamos agradáveis sensações olfativas.
2. O autor da crítica elogia o álbum em análise e a artista Billie Eilish. Para sustentar a sua opinião, usa vários argumentos: a originalidade da artista (ll. 13-15 e 19-20); a sua capacidade de criar
melodias que ficam no ouvido (ll. 18-19); o facto de o álbum ter um conceito (ll. 23-24); a maturidade da voz (ll. 25-26); o talento da jovem para contar histórias através de canções (l. 30).
3. A sequência de perguntas formuladas no primeiro parágrafo especifica a desconfiança anteriormente mencionada, parecendo dar voz às possíveis e, segundo o autor, legítimas questões
que podem ocorrer a quem já conhecia e apreciava a artista.
4. A metáfora aproxima o álbum de um objeto harmonioso, cujas partes, ainda que possam ser diferentes e variadas entre si, formam um todo coeso e capaz de suscitar sensações prazerosas.
5. Resposta pessoal.

Manual Digital

PowerPoint®
Cartoon

Praticar
1.1. O cartoon expõe, de forma humorística, o confronto de gerações e a crescente tomada de consciência relativamente às condições laborais. O título, assim como os rostos dos adultos
que oferecem a boneca, realçam a ignorância de muitas pessoas face ao assunto, que é abordado, em reação à oferta, pela menina. A situação representada inverte o tradicional es-
quema didático social, ao colocar como agente educativo a geração mais nova.
2.1. O título do cartoon permite uma dupla leitura, anunciando um mundo simultaneamente perfeito e imperfeito. Considerando o contexto pandémico, a utilização de máscaras remete
para o seu possível contributo para um mundo perfeito. Contudo, a colocação deste objeto de proteção nos olhos, além do efeito humorístico, denuncia a crescente relevância conferida às
aparências, ao que se vê de forma muitas vezes apenas superficial. De forma crítica, sugere-se que um mundo marcado pela imperfeição na colocação das máscaras poderia ser perfeito, se
tal significasse valorizar mais a essência do que a exterioridade e as ilusões.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Leitura:
Cartoon

Manual Digital

Avaliação
Ficha de Leitura: Cartoon

Dossiê do Professor
3. Testes e Questões de aula:
Questões de aula de Leitura e Gramática

Manual Digital

PowerPoint®
Exposição sobre um tema
Avaliação
Questões de aula: Leitura e Gramática

Praticar
1. (B)
2. (D)
3. O título antecipa o tema do texto, destacando os dois tipos de trabalho abordados – o dito «produtivo», remunerado, e o «reprodutivo», associado ao tempo ocupado com tarefas inerentes
à parentalidade e à gestão da vida doméstica – e a forma como se conjugam em proporções distintas, em função do género e do país.
4.1. Resposta pessoal.
4.2. (B). O parágrafo corresponde a uma possível conclusão de um texto de opinião, de natureza subjetiva, como desde logo anuncia a expressão «na minha opinião». Numa exposição, a
linguagem deve ser clara e objetiva, com recurso à 3.ª pessoa (e não à 1.ª, como acontece no excerto B), e o discurso deve assumir um carácter demonstrativo, sem passagens valorativas.
5. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Leitura / Escrita / Oralidade:
Exposição sobre um tema

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Leitura / Escrita / Oralidade: Exposição sobre um tema
Grelhas de avaliação

44
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)
lOMoARcPSD|38167811

Manual Digital

PowerPoint®
Relato de viagem

Praticar
1. O relato inicia-se com a referência ao ponto de chegada do percurso – Ponta Delgada –, recuando em seguida aos três dias de viagem anteriores (ll. 6-8) e, posteriormente, ainda à
véspera da partida (l. 34).
2. As aspas assinalam um sentido figurado da palavra, para sugerir a tranquilidade da superfície do mar, semelhante à lisura de algo sem irregularidades de relevo e, por isso, plano.
3. (B)
4. O título identifica e anuncia a condição em que o autor-narrador fez a viagem que relata. Convidado a participar, mas não o podendo fazer na qualidade de «passageiro», tornou-se um
tripulante adicional e «ocasional» (l. 12).
5. No relato que faz sobre a viagem a Ponta Delgada, o autor recorre a palavras e expressões relacionadas com essa experiência: «chegada de barco» (l. 1), «navio mercante» (l. 11), «tri-
pulante ocasional» (l. 12), «O mar da costa sul» (ll. 14-15), «navio» (l. 18), «espias da amarração» (l. 19)...

Dossiê do Professor
4. Fichas de Leitura:
Relato de viagem

Manual Digital

Avaliação
Fichas de Leitura: Relato de viagem
Grelhas de avaliação

Praticar
1. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Escrita / Oralidade
Síntese

Manual Digital

PowerPoint®
Síntese
Avaliação
Fichas de Escrita / Oralidade: Síntese
Grelhas de avaliação

Praticar
1. Resposta pessoal.
2. Resposta pessoal.

Dossiê do Professor
4. Fichas de Oralidade:
Reportagem
Documentário

Manual Digital

PowerPoint®
Reportagem
Documentário
Avaliação
Fichas de Oralidade:
Reportagem
Documentário
Grelhas de avaliação

45
Descarregado por Maria Dias (17471@aeamares.com)

Você também pode gostar