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LEITURA E INTERPRETAÇÃO TEXTUAL PARA 1º

ANO ENSINO MÉDIO COM GABARITO

LEIA O TEXTO A SEGUIR PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES 01 A 04.

O caderno

Sou eu que vou seguir você


do primeiro rabisco até o bê-a-bá
em todos os desenhos coloridos vou estar
a casa, a montanha, duas nuvens no céu
e um sol a sorrir no papel
sou eu que vou ser seu colega,
seus problemas ajudar a resolver
te acompanhar nas provas bimestrais, você vai ver
serei de você confidente fiel,
se seu pranto molhar meu papel
sou eu que vou ser seu amigo,
vou lhe dar abrigo, se você quiser
quando surgirem seus primeiros raios de mulher
a vida se abrirá num feroz carrossel
e você vai rasgar meu papel
o que está escrito em mim
comigo ficará guardado, se lhe dá prazer
a vida segue sempre em frente, o que se há de fazer
só peço a você um favor, se puder:
não me esqueça num canto qualquer.

(Toquinho)

QUESTÃO 01: Em relação ao texto lido pode-se afirmar que

(A) a criança desenha casa, montanhas e nuvens.


(B) a mensagem é destinada a uma menina e o narrador afirma que será seu
eterno companheiro.
(C) menina e narrador andarão de carrossel.
(D) o narrador e a menina farão provas bimestrais.
(E) todos andarão de carrossel e viverão felizes.

QUESTÃO 02: Em relação ao texto, assinale a alternativa INCORRETA.

(A) O narrador é uma colega de classe da menina.


(B) O texto descreve, de forma poética, a relação de uma menina com seu
caderno.
(C) O narrador é o caderno que acompanha a criança durante sua vida escolar.
(D) O narrador pede a criança para não ser esquecido.
(E) O narrador promete ser amigo da criança e, também, seu confidente.

QUESTÃO 03: A respeito do texto, indique a alternativa verdadeira.

(A) Não existe a ocorrência de verbo no primeiro verso.


(B) Há no primeiro verso um sujeito simples.
(C) O sinônimo de esquecer (no último verso) é lembrar.
(D) O sujeito de “Só peço a você um favor, se puder:” É você.
(E) O texto não é uma poesia.

QUESTÃO 04: No trecho “Quando surgirem seus primeiros raios de mulher”,


significa:

(A) A criança está desenhando os primeiros rabiscos de mulheres.


(B) Significa que a criança ficará irritada e rasgará os papéis.
(C) Quando a criança se tornar mulher, ela poderá andar de carrossel.
(D) A entrada na adolescência.
(E) A necessidade de desenhar mulheres e de andar em carrosséis velozes.

QUESTÃO 05: Observe o cartum a seguir:

Com base no que está sendo representado, o cartum


(A) critica a forma com que crianças e jovens vem sendo inseridos no mundo
virtual e tecnológico.
(B) critica o uso que as crianças têm feito da tecnologia, priorizando-a e
deixando de lado a leitura de livros.
(C) apresenta os pontos positivos e negativos do avanço tecnológico,
principalmente na vida das crianças.
(D) critica o uso excessivo do computador feito por crianças, o que causa
nelas, um vício prejudicial.
(E) critica pais e responsáveis de crianças e jovens por permitirem uso
excessivo do computador.

QUESTÃO 06: Leia e interprete a CHARGE abaixo:

A charge em análise tem como objetivo principal

(A) fazer uma crítica social a partir de uma cena humorística.


(B) promover uma reflexão sobre o uso exagerado de tecnologias pelas
crianças.
(C) retratar a dura realidade dos pedintes nas grandes metrópoles brasileiras.
(D) provocar uma reflexão sobre a péssima distribuição de renda no Brasil.
(E) fazer uma crítica sobre a alta taxa de natalidade nas camadas mais
carentes da população.

GABARITO

01: B
02: A
03: C
04: D
05: B
06: D
FUNÇÕES DE LINGUAGEM - 1º ANO ENSINO
MÉDIO

QUESTÃO 01: Leia o anúncio a seguir:

Disponível em: http://voopassagensaereas.com.br/viaje-com-pontos-promocoes-banco-do-

brasil. Acesso em: 14 dez. 2017 .

A função de linguagem predominante no anúncio


acima é

(A) referencial porque o objetivo da mensagem é


informar o interlocutor sobre os cartões Ourocard.
(B) metalinguística porque o objetivo da mensagem
é explicar as finalidades do anúncio do Banco do
Brasil.
(C) poética porque o objetivo da mensagem é
evidenciar a beleza das nuvens utilizadas como
fundo da propaganda.
(D) emotiva porque o objetivo da mensagem é
expressar as emoções e opiniões do autor da
propaganda.
(E) conativa ou apelativa porque o objetivo da
mensagem é convencer o interlocutor para
aproveitar a promoção oferecida pelo Banco do
Brasil.

QUESTÃO 02: leia o texto a seguir:

Balada do Amor através das Idades

Eu te gosto, você me gosta


desde tempos imemoriais.
Eu era grego, você troiana,
troiana mas não Helena.
Saí do cavalo de pau
para matar seu irmão.
Matei, brigámos, morremos.

Virei soldado romano,


perseguidor de cristãos.
Na porta da catacumba
encontrei-te novamente.
Mas quando vi você nua
caída na areia do circo
e o leão que vinha vindo,
dei um pulo desesperado
e o leão comeu nós dois.

Depois fui pirata mouro,


flagelo da Tripolitânia.
Toquei fogo na fragata
onde você se escondia
da fúria de meu bergantim.
Mas quando ia te pegar
e te fazer minha escrava,
você fez o sinal-da-cruz
e rasgou o peito a punhal...
Me suicidei também.

Depois (tempos mais amenos)


fui cortesão de Versailles,
espirituoso e devasso.
Você cismou de ser freira...
Pulei muro de convento
mas complicações políticas
nos levaram à guilhotina.

Hoje sou moço moderno,


remo, pulo, danço, boxo,
tenho dinheiro no banco.
Você é uma loura notável,
boxa, dança, pula, rema.
Seu pai é que não faz gosto.
Mas depois de mil peripécias,
eu, herói da Paramount,
te abraço, beijo e casamos.

Carlos Drummond de Andrade, in 'Alguma Poesia'

Qual a função de linguagem predominante no texto?


Assinale a alternativa que corresponde à correta.

(A) Conativa.
(B) Referencial.
(C) Emotiva.
(D) Fática.
(E) Metalinguística.
QUESTÃO 03: Leia o texto a seguir:

O QUE É BIODIVERSIDADE?

Biodiversidade é a variedade de vida na Terra. É


composta por todos os seres vivos e engloba desde
vírus microscópios até os maiores animais do
planeta. Humanos são parte integrante da
biodiversidade.
A biodiversidade é composta por todos os genes,
espécies, ecossistemas e paisagens que interagem
constantemente em todos os níveis. Cada ser vivo
tem uma única composição genética. Os seres
humanos têm usado essa variação genética para
produzir milhares de variedades de culturas de
alimentos e de animais domesticados.
A biodiversidade envolve comunidades e
relacionamentos. Todos os seres vivos compõem
ecossistemas dinâmicos (por exemplo, florestas,
lavouras, lagos) que integram uma paisagem. Nesse
ambiente, suas vidas se entrelaçam numa teia de
relações caracterizadas por cooperação,
competição, predação, simbiose ou parasitismo.

UNESCO. Planeta, abr. 2011. Fragmento .

A função de linguagem predominante no texto lido é

(A) emotiva.
(B) metalinguística.
(C) fática.
(D) referencial.
(E) apelativa.

QUESTÃO 04: Leia o texto a seguir:

O linguista Roman Jakobson definiu para cada


elemento da comunicação uma função de
linguagem. A função referencial, por exemplo, está
centralizada no assunto, contexto ou referente; a
função emotiva ou expressiva centraliza-se no
emissor da mensagem, veicula seus sentimentos,
emoções e julgamentos; a função conativa ou
apelativa centrada no receptor; a fática centraliza no
contato, no canal; a metalinguística está centrada no
código, traz sempre uma explicação, procurando
definir o que não está claro; enquanto que a função
poética está centrada na própria mensagem é uma
forma de valorizar a informação pela forma como é
veiculada.

Diante dessas informações, assinale o fragmento


textual em que a função predominante seja emotiva
ou expressiva.

(A Quando eu olhei a árvore perdida


) Não vi ninhos nem pássaros.
Eu senti na minha alma a dor da árvore
Esgalhada e sozinha
Sem pássaros cantando nos seus ninhos.

(Vinicius de Moraes)

(B) Vozes veladas, veludosas vozes,


Volúpias dos violões, vozes veladas,
Vagam nos velhos vórtices vorazes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas [...]

(Cruz e Sousa)
(C) - Olá!
- Como vai?
- Tudo bem?
- Tudo certo.

(Gilberto Mendonça)

(D Às 18 horas de sábado Alexandre foi até a banca mais próxima e gostou do que
) viu. “Está belíssimo, é um jornal classe A”, não se cansava de repetir para
nossos amigos. “O colorido é muito mais bonito, está mais fácil de ler e até
parece revista”. [...]

(O Estado de S. Paulo, 1993)

(E) A efígie estampada nas notas de real é uma figura de mulher que representa a
República. Ela tem origem na Revolução Francesa. Segundo a assessoria do
Museu de Valores do Banco Central, trata-se de uma figura simbólica
representando um rosto de mulher do povo, de uma camponesa.

QUESTÃO 05: Leia o texto a seguir.

A biosfera, que reúne todos os ambientes onde se


desenvolvem os seres vivos, se divide em unidades
menores chamadas ecossistemas, que podem ser
uma floresta, um deserto e até um lago. Um
ecossistema tem múltiplos mecanismos que regulam
o número de organismos dentro dele, controlando
sua reprodução, crescimento e migrações.

DUARTE, M. O guia dos curiosos. São Paulo: Companhia das Letras, 1995 .

Predomina no texto a função da linguagem

(A) referencial, porque o texto trata de noções e


informações conceituais.
(B) fática, porque o texto testa o funcionamento do
canal de comunicação.
(C) poética, porque o texto chama a atenção para os
recursos de linguagem.
(D) conativa, porque o texto procura orientar
comportamentos do leitor.
(E) emotiva, porque o autor expressa seu sentimento
em relação à ecologia.

QUESTÃO 06: Leia o texto a seguir.

Toda a minha primeira infância tem gosto de caju e


de pitanga. Caju de praia e pitanga brava. Hoje,
tenho 54 anos bem sofridos e bem suados (confesso
minha idade com um cordial descaro, ao contrário do
Tristão de Athayde, não odeio a velhice). Mas como
ia dizendo: - ainda hoje, quando provo uma pitanga
ou um caju contemporâneo, sou raptado por um
desses movimentos proustianos, por um desses
processos regressivos e fatais. E volto a 1913, ao
mesmo Recife e ao mesmo Pernambuco. Mas não
era mais Capunga e sim Olinda. Alguém me levou à
praia e não sei se mordi primeiro uma pitanga ou
primeiro um caju. Só sei que a pitanga ardia ou o
caju amargoso me deu a minha primeira relação com
o universo. Ali, eu começava a existir. ainda não vira
um rosto, um olho, uma flor. Nada sabia dos outros,
nem de mim mesmo. E, súbito, as coisas nasciam, e
eu descobria uma pitangueira ou um cajueiro.
RODRIGUES, 1993, P. 15. In: ANDRADE, M. M; HENRIQUES, A. Língua Portuguesa: noções
básicas para cursos superiores. Atlas, 1999 .

No texto lido, predomina-se a seguinte função de


linguagem:

(A) fática.
(B) metalinguística.
(C) referencial.
(D) emotiva.
(E) conativa.

QUESTÃO 07: Leia o texto a seguir:

Muito bem, minha gente, vamos todos pra casa,


vamos circular que a passeata está suspensa. Estão
me ouvindo? Acabou a passeata! Ei, pessoal! Não
tem mais passeata! [...] Vocês estão surdos? Não
tem mais passeata! Não tem [...]
BUARQUE, 1978. In: ANDRADE, M. M; HENRIQUES, A. Língua Portuguesa: noções básicas
para cursos superiores. Atlas, 1999.

No texto lido, predomina-se a seguinte função de


linguagem:

(A) fática porque procura assegurar a eficiência do


processo comunicativo.
(B) metalinguística porque é centrada no código
linguístico utilizado no processo de comunicação.
(C) referencial porque destina-se a transmissão de
uma informação objetiva e sem juízos de valor.
(D) emotiva porque trata-se de uma mensagem
subjetiva e de reflexão pessoal.
(E) conativa porque a linguagem apresenta a
predominância de ordem.

QUESTÃO 08: Leia o texto a seguir:

A vida é um incêndio: nela


dançamos, salamandras mágicas
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!
Cantemos a canção da vida
na própria luz consumida…
QUINTANA, 1982. In: ANDRADE, M. M; HENRIQUES, A. Língua Portuguesa: noções básicas
para cursos superiores. Atlas, 1999.

No texto lido, predomina-se a seguinte função de


linguagem:

(A) referencial.
(B) poética.
(C) conativa.
(D) emotiva.
(E) metalinguística.

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GABARITO

1-E
2-C
3-D
4-A
5-A
6-D
7-E
8-B

ATIVIDADES VARIAÇÃO LINGUÍSTICA PARA O


ENSINO MÉDIO COM GABARITO
QUESTÃO 01: Leia um trecho da canção a seguir:

Cheguei na bera do porto


Onde as ondas se espaia
As garça dá meia-volta
Senta na bera da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia, ai, ai, ai.

Predomina-se no trecho acima

(A) uma variante da linguagem formal.


(B) uma variante da linguagem informal.
(C) uma variante da linguagem urbana.
(D) uma variante da linguagem dos cariocas.
(E) uma variante da linguagem dos gaúchos.

QUESTÃO 02: (ENEM) Leia o texto a seguir.

O nome do inseto pirilampo (vaga-lume) tem uma interessante certidão de


nascimento. De repente, no fim do século XVII, os poetas de Lisboa repararam
que não podiam cantar o inseto luminoso, apesar de ele ser um manancial de
metáforas, pois possuía um nome “indecoroso” que não podia ser “usado em
papéis sérios”: caga-lume. Foi então que o dicionarista Raphael Bluteau
inventou a nova palavra, pirilampo, a partir do grego pyr, significado “fogo”, e
lampas, “candeia”.
FERREIRA, M.B. Caminhos do português: exposição comemorativa do Ano Europeu das Línguas.
Portugal: Biblioteca Nacional, 2001 (adaptado).

O texto descreve a mudança ocorrida na nomeação do inseto, por questões de


tabu linguístico. Esse tabu diz respeito à

(A) recuperação histórica do significado.


(B) ampliação do sentido de uma palavra.
(C) produção imprópria de poetas portugueses.
(D) denominação científica com base em termos gregos.
(E) restrição ao uso de um vocabulário pouco aceito socialmente.

QUESTÃO 03: (ENEM) Leia o texto a seguir.


Sítio Gerimum

Este é o meu lugar (...)


Meu Gerimum é com g
Você pode ter estranhado
Gerimum em abundância
Aqui era plantado
E com a letra g
Meu lugar foi registrado.
OLIVEIRA, H.D. Língua Portuguesa, n. 88, fev. 2013 (fragmento)

Nos versos de um menino de 12 anos, o emprego da palavra “Gerimum”


grafada com a letra “g” tem por objetivo

(A) valorizar usos informais caracterizadores da norma nacional.


(B) confirmar o uso da norma-padrão em contexto da linguagem poética.
(C) enfatizar um processo recorrente na transformação da língua portuguesa.
(D) registrar a diversidade étnica e linguística presente no território brasileiro.
(E) reafirmar discursivamente a forte relação do falante com seu lugar de
origem.

QUESTÃO 04: Leia o texto a seguir.

Até quando?

Não adianta olhar pro céu


Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!
GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo). Rio de Janeiro: Sony
Music, 2001 (fragmento)

Percebe-se que o autor do texto optou por algumas escolhas linguísticas.


Essas escolhas se deram devido

(A) ao caráter conativo, ou seja, de apelo que se formaliza por meio da


linguagem conotativa.
(B) à influência dos meios tecnológicos, sobretudo da internet.
(C) ao uso reiterado de gírias, em consequência da sequência dialógica.
(D) à opção do autor pela linguagem coloquial.
(E) ao estreitamento da linguagem, que se apresenta concisa e enxuta.

QUESTÃO 05: Leia a tirinha a seguir.


VERÍSSIMO, L. F. As cobras em: Se Deus existe que eu seja atingido por um raio. Porto Alegre: L&PM,
1997.

O humor da tira decorre da reação de uma das cobras com relação ao uso de
pronome pessoal reto, em vez de pronome oblíquo. De acordo com a norma
padrão da língua, esse uso é inadequado, pois

(A) contraria o uso previsto para o registro oral da língua.


(B) contraria a marcação das funções sintáticas de sujeito e objeto.
(C) gera inadequação na concordância com o verbo.
(D) gera ambiguidade na leitura do texto.
(E) apresenta dupla marcação de sujeito.

QUESTÃO 06: Leia a charge a seguir.

No texto acima, percebe-se, quanto ao uso da língua, o uso da

(A) variante padrão da língua.


(B) variante coloquial.
(C) da variante regional.
(D) da variante social.
(E) da variante geográfica.

QUESTÃO 07: (ENEM) Leia os textos a seguir.

TEXTO I

Entrevistadora – eu vou conversar aqui com a professora A. D. … o português


então não é uma língua difícil?
Professora – olha se você parte do princípio… que a língua portuguesa não é
só regras gramaticais… não se você se apaixona pela língua que você… já
domina que você já fala ao chegar na escola se o teu professor cativa você a
ler obras da literatura… obras da/ dos meios de comunicação… se você tem
acesso a revistas… é… a livros didáticos… a… livros de literatura o mais
formal o e/ o difícil é porque a escola transforma como eu já disse as aulas de
língua portuguesa em análises gramaticais.

TEXTO II

Entrevistadora – Vou conversar com a professora A. D. O português é uma


língua difícil?
Professora – Não, se você parte do princípio que a língua portuguesa não é só
regras gramaticais. Ao chegar à escola, o aluno já domina e fala a língua. Se o
professor motivá-lo a ler obras literárias, e se tem acesso a revistas, a livros
didáticos, você se apaixona pela língua. O que torna difícil é que a escola
transforma as aulas de língua portuguesa em análises gramaticais.
MARCUSCHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001
(adaptado).

O Texto I é a transcrição de uma entrevista concedida por uma professora de


português a um programa de rádio. O Texto II é a adaptação dessa entrevista
para a modalidade escrita. Em comum, esses textos

(A) apresentam ocorrências de hesitações e reformulações.


(B) são modelos de emprego de regras gramaticais.
(C) são exemplos de uso não planejado da língua.
(D) apresentam marcas da linguagem literária.
(E) são amostras do português culto urbano.

QUESTÃO 08: Leia o texto a seguir.

"Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas


e subsistemas adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de
estar a língua fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores da
sociedade conduz a uma avaliação distinta das características das suas
diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão, por
exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre
a mais prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal
linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a sua função
coercitiva sobre as outras variedades, com o que se torna uma ponderável
força contrária à variação."

Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado .

A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:

(A) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior


valor social e passa a ser considerada exemplar.
(B) sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de
empobrecimento do léxico.
(C) a modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das
adaptações linguísticas produzidas pelos falantes
(D) A língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois
toda modificação é prejudicial a um sistema linguístico.
(E) um conjunto de variedade linguísticas, dentre as quais a variante padrão
deve ser sempre usada, em qualquer contexto de comunicação.

QUESTÃO 09: O uso do pronome átono no início das frases é destacado por
um poeta e por um gramático nos textos abaixo:

TEXTO I

Pronominais

Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido

Mas o bom negro e o bom branco


Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixe disso camarada
Me dá um cigarro.

(ANDRADE, Oswald de. Paul Brasil)

TEXTO II

“Iniciar a frase com pronome átono só é lícito na conversação familiar,


despreocupada, ou na língua escrita quando se deseja reproduzir a fala dos
personagens [...]”.

(CEGALLA, Domingos Paschoal).

Comparando a explicação dada pelos autores sobre essa regra, pode-se


afirmar que ambos:

(A) relativizam essa regra gramatical.


(B) condenam essa regra gramatical.
(C) acreditam que apenas os esclarecidos sabem essa regra.
(D) criticam a presença de regras na gramática.
(E) afirmam que não há regras para o uso de pronomes.

QUESTÃO 10: Contudo, a divergência está no fato de existirem pessoas que


possuem um grau de escolaridade mais elevado e com um poder aquisitivo
maior que consideram um determinado modo de falar como o “correto”, não
levando em consideração essas variações que ocorrem na língua. Porém, o
senso linguístico diz que não há variação superior à outra, e isso acontece pelo
“fato de no Brasil o português ser a língua da imensa maioria da população não
implica automaticamente que esse português seja um bloco compacto coeso e
homogêneo”. (BAGNO, 1999, p. 18)
Sobre o fragmento do texto de Marcos Bagno, podemos inferir, exceto:

(A) A variedade linguística é um importante elemento de inclusão, além de


instrumento de afirmação da identidade de alguns grupos sociais.
(B) As variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas
diversas intenções comunicacionais.
(C) A língua deve ser preservada e utilizada como um instrumento de
opressão. Quem estudou mais define os padrões linguísticos, analisando assim
o que é correto e o que deve ser evitado na língua.
(D) O aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das
regras.
(E) Segundo Bagno, não podemos afirmar que exista um tipo de variante que
possa ser considerada superior à outra, já que todas possuem funções dentro
de um determinado grupo social.

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GABARITO:

01: B
02: E
03: E
04: D
05: B
06: A
07: E
08: A
09: A
10: C

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