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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA

SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES


9º ANO – FUNDAMENTAL 2
Professor: Ilan Alves Miranda
Nome: _______________________________________________ N°: ____ Turma: ___

1. Leia um webquadrinho do cartunista paulista Fábio Coala.

Disponível em: <https://mentirinhas.com.br/page/28/>. (Monstirinhas#32). Acesso em: 14 abr. 2020.

a) Qual é a função do último quadrinho em relação aos anteriores?


b) O que explica a transformação do boneco em um ser animado?
c) Como você interpreta a fala “Isso” no primeiro quadrinho?

2. Leia esta tirinha de Níquel Náusea.

a) Quais expressões usadas na tira caracterizam o rato de maneira contrastante?


b) Explique como esse contraste revela diferentes pontos de vista.
c) Que efeito a consciência desse contraste produz no rato? Explique.
3. Leia o texto reproduzido ao lado.
a) O verbo dizer está flexionado na terceira
pessoa do plural em concordância com um
termo do texto? Explique sua resposta.
b) Qual expressão do texto revela uma
opinião sobre o que foi dito à personagem?
c) Que visão de mundo justifica o que foi
dito a ela?

4. Leia o trecho de notícia reproduzido a seguir.


Espetáculo “Meu Seridó” é selecionado para o Palco Giratório
O espetáculo “Meu Seridó”, da companhia potiguar Casa de Zoé, vai representar o Rio Grande do Norte no
principal projeto de circulação do país na área de teatro: o Palco Giratório do Sesc. Serão 55 apresentações por 21
estados e 46 cidades diferentes brasileiras. [...]
Titina Medeiros, natural de Acari, falou sobre a relação dela com o espetáculo:
– O espetáculo não é sobre só o Seridó do afeto, mas o do machismo, o da desertificação, o do patriarcado.
Por isso quando levei o Filipe Miguez (dramaturgo) para lá, não falamos nada, deixamos ele sentir, descobrir. Sou
muito realizada com a dramaturgia do Filipe. É tanta coisa para falar que ficou algumas coisas de fora. É uma
dramaturgia simples no verbo, mas complexa na construção porque é caleidoscópica... mas é uma dramaturgia
popular como a gente queria. O Seridó é uma sociedade que se protege, mas tem todas as questões que o Brasil
tem. O Seridó é o meu recorte do Brasil. É muito bom falar daquilo que é tão próprio seu, mas que no fundo você não
está falando só de você. Saí com muito mais respeito às questões do Seridó.
Disponível em: <https://www.saibamais.jor.br/espetaculo-meu-seridoe-selecionado-para-o-palco-giratorio>. Acesso em: 15 abr. 2020.

a) O produtor da notícia poderia ter optado por apresentar com sua própria voz as informações que estão na fala da
atriz Titina Medeiros. O que mudaria se fizesse isso?
b) A fala de Titina esclarece como o dramaturgo Filipe Miguez iniciou a concepção do espetáculo. Explique esse
processo.
c) Segundo a atriz, o Seridó é uma sociedade que “tem todas as questões que o Brasil tem”. Quais seriam elas,
segundo o texto?
d) No trecho “Por isso quando levei o Filipe Miguez (dramaturgo) para lá, não falamos nada”, há dois sujeitos
diferentes. Quais são eles? O que explica a troca de um sujeito por outro?
e) Na fala de Titina, ocorre uma inadequação na concordância entre verbo e sujeito. Transcreva o trecho em que
ocorre essa inadequação e apresente uma possível explicação dela.
f) A inadequação na concordância entre verbo e sujeito evidencia que essa é uma fala não monitorada? Explique sua
resposta.
5. Veja avaliações feitas em uma página de site de hospedagens.

Disponível em: <https://www.booking.com/reviews/br/hotel/apartamentogramado-gramado12.pt-br.html>. Acesso em: 15 abr. 2020.

a) O hóspede Eliseu não gostou da experiência no apartamento. Suas principais reclamações coincidem com as
notas dadas pela maioria dos hóspedes, como mostra o quadro lateral? Justifique sua resposta.
b) Compare a quantidade de vezes em que Eliseu e Joel avaliaram hospedagens. Com base nisso, quais inferências
podem ser feitas sobre a avaliação de Eliseu?
c) Com base em suas respostas anteriores, conclua: como alguém deve proceder diante das opiniões expressas na
internet?
d) O que explica o uso da forma verbal ficaram em “o pessoal ficaram no meu pé”?
e) O primeiro período do texto de Eliseu apresenta erros de digitação e falhas na segmentação. O que explica tais
equívocos?
f) Os desvios observados no item anterior comprometeram a comunicação? Justifique sua resposta.

6. Leia o cordel ao lado, que circula em redes sociais.


a) Embora o poeta não tenha segmentado seu texto, é possível
reconhecer nele três períodos. Identifique-os.
b) Reescreva os períodos, iniciando-os pelo sujeito. Os
complementos devem aparecer após o verbo.
c) O que explica a ordem em que o poeta dispôs as palavras
dentro de cada período?
d) Relacione a composição gráfica desse material ao gênero
cordel.
e) Embora sejam declarativas, as frases desse cordel têm valor
imperativo. Como essa combinação se constrói?
f) Experimente, agora, fazer uma leitura interpretativa, em voz
alta, do texto. Anote a primeira frase no caderno e trace uma
linha sobre ela, procurando representar a entoação.
7. Leia parte da introdução escrita pelo poeta Eucanaã Ferraz para uma obra sobre outro poeta, Vinicius de Moraes.
Vinicius de Moraes (1913-80) é o caso típico do artista que, ao longo do tempo, foi sendo sobreposto à
própria obra. Fala-se muito do poeta, mas lê-se insuficientemente sua poesia; sabemos de cor alguns de seus versos
antológicos, mas não raro estancamos ali, sem seguir adiante, ou, se avançamos com a atenção devida, nem sempre
nos arriscamos em textos menos consagrados; ao ouvir suas canções, somos tomados por uma tal beleza que nos
parece desnecessário pensar sobre elas; repetimos uma série de opiniões de tal modo cristalizadas que parecem
prescindir do confronto com a apreciação crítica da obra. [...]
FERRAZ, Eucanaã. Publicado em: 19 out. 2011. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/892590-fala-se-muito-de-vinicius-
mas-lese-insuficientemente-sua-poesia.shtml>. Acesso em: 15 abr. 2020.

a) O que significa ser um artista “sobreposto à própria obra”?


b) Classifique o sujeito da oração “Fala-se muito do poeta”.
c) Haveria alteração da forma verbal se do poeta fosse trocado por de casos envolvendo o poeta? Por quê?
d) Compare a oração “Fala-se muito do poeta” com outra que apresenta o mesmo tipo de sujeito: “Falam muito do
poeta”. Em qual delas o produtor do texto (Eucanaã) pode estar incluído na ação de falar? Justifique.
e) Que outro tipo de sujeito poderia indicar a mesma inclusão? Explique sua resposta.
f) Classifique o sujeito da oração “mas lê-se insuficientemente sua poesia”.
g) Como deveria ser flexionado o verbo ler caso o termo sua poesia fosse trocado por seus poemas? Por quê?
Reescreva a oração com essa mudança.
h) Ainda que as orações “Fala-se muito do poeta” e “mas lê-se insuficientemente sua poesia” tenham sujeitos
sintaticamente diferentes, observa-se uma semelhança na maneira como elas apresentam o praticante da ação.
Explique tal semelhança.

8. Leia um haicai do poeta paranaense Paulo Leminski (1944-1989). Os haicais


novas telhas são formas poéticas de origem japonesa, que têm a natureza como tema mais
à primeira chuva comum.
a nova goteira
a) Considerando a sua interpretação, você diria que esse haicai contém uma frase,
LEMINSKI, Paulo. Toda poesia. São
Paulo: Companhia das Letras, 2013. mais de uma frase ou nenhuma frase? Explique.
b) Tente reescrever o poema a fim de criar nele pelo menos uma oração.

9. Veja a fotografia a seguir e a legenda que a acompanha. Ela foi reproduzida de uma galeria de fotos publicada
pelo site de um jornal.

27 de agosto – Pessoas caminham em uma rampa aérea que conecta estruturas de “superárvores” na baía de
Singapura – Foto: Roslan Rahman/AFP
Disponível em: <https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/08/31/imagens-da-semana-de-24-a-30-de-agosto-de-2019.ghtml>. Acesso em: 15 abr.
2020.
a) A foto não mostra um fato de grande impacto e interesse social, como um furacão ou uma grande manifestação
pública. O que justifica a seleção dessa imagem?
b) Analise o ângulo em que a foto foi tirada. Qual é o efeito dessa escolha?
c) Observe que a foto foi tirada sob luz natural. Como o céu nublado e escuro interferiu no resultado da imagem?
d) Sem a legenda, a imagem vista na fotografia seria compreendida?
e) O período que compõe a legenda contém duas orações. Identifique-as e localize os predicados.
f) Na segunda oração, qual sequência é semelhante a “em uma rampa aérea”? Por quê?

10 Leia o fragmento de um poema da poeta fluminense Eliane Potiguara.

Agonia dos Pataxós


Às vezes
Me olho no espelho
E me vejo tão distante
Tão fora do contexto!
Parece que não sou daqui
Parece que não sou desse tempo.
POTIGUARA, Eliane. Metade cara, metade máscara. 2. ed. Lorena: DM Projetos Especiais, 2008 [2004].

a) O termo “agonia”, nesse poema, remete a um sentimento individual? Explique sua resposta.
b) O poema apresenta a liberdade formal típica da literatura contemporânea. Como essa liberdade se concretiza na
métrica, nas rimas e nas estrofes?
c) Embora o advérbio aqui (“daqui”, de + aqui) expresse normalmente lugar, ele tem outro valor no poema. Qual é
esse valor e que sentido produz?
d) Considere que, no terceiro verso, a expressão “tão distante” é uma característica associada ao pronome “me”.
Qual é o sentido do verso? Como se classificariam essa expressão e o predicado da oração?
e) Agora, trate “tão distante” como expressão de lugar. Como se classificariam a expressão e o predicado?
f) Qual é a interpretação de “tão distante” mais adequada à sua compreensão do poema? Você acha que ambas se
aplicam? Justifique sua resposta.

11. Conheça esta prosa poética do autor mineiro Edimilson de Almeida Pereira.
À faca
O tamanduá abraçou o cachorro, não larga. Cada vez que ouço a história, as garras mais se entranham no
pelo. Já não há sinal deles, devorados pelo tempo. Só em mim a luta prossegue. O duelo, então, se trava na
linguagem? Em outro texto é possível que os bichos não se armem, mas nesse, separá-los nem à faca. São verbo e
advérbio.
PEREIRA, Edimilson de Almeida. Casa da palavra: obra poética 3. Belo Horizonte: Mazza, 2003.

a) Releia os quatro primeiros períodos. O que o caso apresentado revela sobre a função das narrativas e, por
consequência, da literatura?
b) Como deveria ser escrita a segunda oração do texto, caso se pretendesse explicitar o complemento do verbo? Por
que não houve essa explicitação?
c) Embora seja formulado como pergunta, o quinto período apresenta uma conclusão. Que palavra a evidencia?
d) Qual é a circunstância expressa pelo adjunto adverbial “à faca”? Qual efeito de sentido “à faca” produz?
e) O narrador finaliza o texto associando os animais citados a verbo e advérbio. O que justifica essa associação?

12. O texto a seguir foi transcrito de uma obra que orienta empreendedores.
[...] Todo mundo gosta de se sentir querido. E se você oferecer um bom produto com um bom atendimento
para cada um dos seus clientes, sem discriminação, vai criar esses vínculos com facilidade.
Desses vínculos é que nascem outras duas questões cruciais para as start-ups de sucesso e das quais já
falamos ao longo do livro: o endosso e a reputação. É o famoso boca a boca do bem, quando um cliente usa seu
serviço, gosta e recomenda para outras pessoas. Às vezes, dependendo do cliente que você consegue, apenas o
fato de ele estar com a sua empresa já dá endosso ao seu produto e reputação para a sua marca.
CAETANO, Gustavo. Pense simples. São Paulo: Gente, 2017. (Fragmento).

a) Resuma as ideias desse trecho em um único período.


b) Uma obra extensa pode exigir de seu produtor referências a conteúdos já apresentados. Qual expressão é
responsável por marcar isso no trecho?
c) Qual é o complemento das formas verbais usar, gostar e recomendar?
d) Reescreva o período que contém tais formas usando pronomes oblíquos para representar o complemento que
está implícito.
e) Leia o boxe ao lado e, com base nele, responda se a reescrita “vai criar e manter esses vínculos com facilidade”
está de acordo com a norma-padrão. Justifique a resposta.
f) O texto tem como público-alvo empreendedores. Reflita sobre as características desse grupo e responda se a
linguagem está adequada a ele. Justifique sua resposta.
13. Leia este poema do gaúcho a) Reescreva os versos do poema em forma de prosa. Coloque as palavras
Lau Siqueira. na ordem que lhe parece mais natural.
b) Quantas orações existem no texto do poema?
Aos predadores da utopia
c) Classifique sintaticamente as formas verbais “morreram” e “são”. Justifique.
dentro de mim d) A forma verbal “ficaram”, no poema, comporta-se sintaticamente como
morreram muitos tigres morreram ou como são? Por quê?
os que ficaram e) Releia o último verso: “são livres”. Que diferença de sentido haveria se o
no entanto verbo ser fosse trocado por estar? E por continuar?
são livres f) Haveria diferença de classificação do predicado caso o verbo ser fosse
SIQUEIRA, Lau. In: DANIEL, Claudio;
trocado por um desses outros? Justifique.
BARBOSA, Frederico (org.). Na virada do g) É correto dizer que os “tigres” são os “predadores” citados no título?
século: poesia de invenção no Brasil. São Justifique.
Paulo: Landy, 2007. h) Na sua opinião, o poema tem um tom pessimista? Por quê?

14. Leia este cartaz de uma campanha de saúde pública.

Disponível em: <https://www.ceara.gov.br/2019/08/30/seminario-sobre-prevencao-dosuicidio-inicia-setembro-amarelo/>. Acesso em: 15 abr. 2020.

a) O que explica a imagem escolhida para o cartaz?


b) Com base no cartaz, qual é a estratégia para o combate ao suicídio?
c) Quais verbos são cognatos (têm o mesmo radical) de prevenção e defesa? São verbos transitivos ou intransitivos?
d) Do ponto de vista do sentido, o que aproxima esses verbos?
e) Que adjetivo poderia substituir a locução do Estado?

15. Leia a tirinha do quadrinista fluminense André Dahmer.


a) Que sentido está implícito na primeira fala do segurança?
b) Para justificar a abordagem, o guarda qualifica o assento usado pelo homem. Que palavra exprime que o uso não
é livre?
c) Que expressão indica a condição imposta por essa palavra?
d) O homem identifica o sentido implícito na fala do segurança? Justifique.

16. Leia o título, a linha fina e a transcrição do início da reportagem a seguir. Depois, responda às questões.

A professora Celina Guimarães


Viana foi a primeira mulher a votar
no Brasil, em 1928, na cidade de
Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Carla Viana: Celina foi minha avó. Hahaha. É... minha querida avó. E foi uma professora, uma educadora, né? Eee...
uma pessoa de vanguarda, uma mulher que tava vindo sempre na frente, corajosa. Ela queria votar. Hahaha, né?
“Se um homem pode votar por que que eu não posso votar?” Então esse gesto de querer votar, né? acabou fazendo
dela uma figura que ficou para a história.
Disponível em: <https://oglobo.globo.com/videos/celina-primeiramulher-votar-no-brasil-23507013>. Acesso em: 15 abr. 2020.

a) Como você interpreta as duas ocorrências de risada de Carla ao falar de sua avó?
b) Que visão de mundo está por trás do desejo de Celina de votar?
c) A linha fina apresenta uma série de dados em sequência: “no Brasil, em 1928, na cidade de Mossoró, no Rio
Grande do Norte”. Qual é a função desses dados? Como se classificam?
d) A expressão “a primeira mulher a votar no Brasil”, do título, comporta-se em relação ao termo anterior da mesma
maneira que os dados examinados na pergunta 3? Explique sua resposta.

17. Leia estas manchetes.


REFUGIADOS SÍRIOS
I. Eles deixaram cidades destruídas e hoje reparam celular em SP
II. Eles saíram de cidades destruídas. Hoje consertam celular na Santa Ifigênia
Disponível em: <https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2019/09/11/eles-sairam-de-cidadesrachadas-e-hoje-consertam-celular-na-santa-
efigenia.htm>. Acesso em: 15 abr. 2020.

a) A manchete I foi postada em um portal de notícias e, pouco depois, substituída pela manchete II. O que justifica a
substituição?
b) O termo destruídas pode ser classificado de duas maneiras diferentes conforme o sentido que se atribua à
manchete I. Quais são essas classificações e esses sentidos?
c) Considerando o contexto, qual é a classificação aplicável? Explique sua resposta.
18. Leia este trecho de uma reportagem.
Questão de humor
Os gregos acreditavam que problemas mentais eram uma punição divina. Hipócrates, não. Criador dos
conceitos de saúde e doença, o pai da medicina inventou também a teoria humoral — uma primeira reflexão sobre o
que seria a psicologia. Segundo ele, o corpo tinha quatro substâncias que deveriam estar em harmonia: bile amarela,
bile negra, sangue e fleuma. Quando em desequilíbrio, surgiam doenças. A bile amarela em excesso, por exemplo,
provocava comportamento raivoso. Já a bile negra, depressão. Para tratar esses humores, usavam-se laxantes,
remédios para vomitar e drenava-se o sangue.
Superinteressante. São Paulo: Abril, jul. 2019.

a) As formas verbais acreditavam e inventou são simultâneas ou uma antecede a outra? Explique sua resposta.
b) As explicações de Hipócrates são apresentadas por meio de verbos no pretérito imperfeito do indicativo (tinha,
surgiam, provocava etc.). O que a escolha desse tempo revela sobre esse conteúdo?
c) Releia dois períodos do texto: “Hipócrates, não” e “Já a bile negra, depressão”. Qual é a função da vírgula nesses
períodos?
d) Os termos apresentados após dois-pontos são apostos. A que substantivo se referem? Qual é sua função?
e) Que sinal de pontuação poderia ter sido usado no lugar do travessão em “— uma primeira reflexão sobre o que
seria a psicologia”? Por quê?
f) Explique por que, no último período, seria mais adequado usar “laxantes e remédios para vomitar” e não “laxantes,
remédios para vomitar”.

19. Leia parte de um ensaio de Grace Passô sobre o teatro no Brasil.

Grace Passô no espetáculo “Vaga Carne”, 2017.

A dramaturgia contemporânea brasileira está mais distante dos brasileiros do que o Japão. Uma ou (com
otimismo) três obras dramatúrgicas integram os programas pedagógicos escolares e é bem possível que essas obras
não sejam brasileiras, já que contemporâneas, com certeza, não serão. E aqui outro fato: o mercado editorial
brasileiro publica essa dramaturgia num campo extremamente restrito, o que torna ainda mais distante o contato com
essas obras. A publicação de dramaturgias contemporâneas brasileiras é hoje difundida, em sua maioria, através dos
projetos gestados dentro das companhias de teatro. São elas que organizam suas escritas, normalmente agregando
projetos de publicação a outros projetos artísticos do coletivo.
[...] Quando refletimos sobre o significado do teatro no cotidiano dos brasileiros, é fácil constatar o que ele
representa para a sua enorme maioria. A imagem do teatro está associada aos grandes palácios, a lugares “de
postura” por assim dizer, a uma intelectualidade inalcançável. Essa imagem é, sem dúvida, fruto de um
desconhecimento sobre essa arte, mas esconde também, a meu ver, a demanda por um teatro mais brasileiro, com
representantes plurais, onde possamos levantar, esteticamente, nossas próprias urgências.
PASSÔ, Grace. “Por um teatro contemporâneo brasileiro”, em SILVA, Cidinha da. Africanidades e relações raciais. Brasília: Fundação Cultural
Palmares, 2014.

a) Segundo o que a dramaturga diz no primeiro parágrafo, quais argumentos justificam a distância entre o público e
os textos teatrais?
b) Quais argumentos justificam, no parágrafo seguinte, a pouca intimidade do brasileiro com os espetáculos teatrais?
c) Qual é a função dos adjuntos adnominais presentes em “a dramaturgia contemporânea brasileira” na explicitação
do tema da fala?
d) No segundo parágrafo, a expressão “é fácil” marca o alto grau de certeza do produtor do texto em relação ao
conteúdo que está expressando. Qual outra expressão tem a mesma função?
e) Qual expressão também presente no segundo parágrafo tem um efeito inverso ao das expressões examinadas no
item anterior? Justifique sua resposta.
f) Observe os adjuntos adnominais destacados em “A imagem do teatro está associada aos grandes palácios, a
lugares ‘de postura’ por assim dizer, a uma intelectualidade inalcançável”. Qual efeito de sentido esse conjunto
produz?
g) No último período, deve-se entender que mas introduz uma informação contrária à anterior? Explique sua
resposta.
h) A dramaturga refere-se à importância de um teatro brasileiro com “representantes plurais”. Qual é a ideia expressa
pelo adjunto adnominal?

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