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Aluno: Calil

Série: 1°A
Número:06

ATIVIDADE SOBRE VARIEDADES LINGUÍSTICAS

Questão 1

"Todas as variedades linguísticas são estruturadas e correspondem a sistemas e subsistemas


adequados às necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua fortemente ligada à
estrutura social e aos sistemas de valores da sociedade conduz a uma avaliação distinta das
características das suas diversas modalidades regionais, sociais e estilísticas. A língua padrão,
por exemplo, embora seja uma entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais
prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal linguístico de uma
comunidade. Do valor normativo decorre a sua função coercitiva sobre as outras variedades,
com o que se torna uma ponderável força contrária à variação."
                   Celso Cunha. Nova gramática do português contemporâneo. Adaptado.

A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:


a) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e
passa a ser considerada exemplar.
b) sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de empobrecimento
do léxico.
c) a modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das adaptações
linguísticas produzidas pelos falantes.
d) A língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda modificação é
prejudicial a um sistema linguístico.

Questão 2 (Enem)
Até quando?
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer
Não adianta olhar pro chão
Virar a cara pra não ver
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus
Sofreu não quer dizer que você tenha que sofrer!

GABRIEL, O PENSADOR. Seja você mesmo (mas não seja sempre o mesmo).
Rio de Janeiro: Sony Music, 2001 (fragmento).

As escolhas linguísticas feitas pelo autor conferem ao texto


a) caráter atual, pelo uso de linguagem própria da internet.
b) cunho apelativo, pela predominância de imagens metafóricas.
c) tom de diálogo, pela recorrência de gírias.
d) espontaneidade, pelo uso da linguagem coloquial.
e) originalidade, pela concisão da linguagem.

Questão 3 – (Enem)
Texto I
Antigamente
Antigamente, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais e se um se esquecia de arear os
dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também
se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho,
nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao
corte e logo voltava aos penates. Não ficava mangando na rua, nem escapulia do mestre,
mesmo que não entendesse patavina da instrução moral e cívica. O verdadeiro smart calçava
botina de botões para comparecer todo liró ao copo d’água, se bem que no convescote apenas
lambiscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que eram um precipício, jogando com pau de
dois bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de galinha. O melhor era pôr as barbas de
molho diante de um treteiro de topete, depois de fintar e engambelar os coiós, e antes que se
pusesse tudo em pratos limpos, ele abria o arco.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).

Texto II

Expressão Significado
Cair nos braços de Dormir
Morfeu
Debicar Zombar, ridicularizar
Tunda Surra
Mangar Escarnecer, caçoar
Tugir Murmurar
Liró Bem-vestido
Copo d'água Lanche oferecido pelos
amigos
Convescote Piquenique
Treteiro de topete Tratante atrevido
Abrir o arco Fugir
Bilontra Velhaco
FIORIN, J. L. As línguas mudam. In: Revista Língua Portuguesa, n. 24, out. 2007 (adaptado).

Na leitura do fragmento do texto Antigamente constata-se, pelo emprego de palavras


obsoletas, que itens lexicais outrora produtivos não mais o são no português brasileiro
atual. Esse fenômeno revela que
a) a língua portuguesa de antigamente carecia de termos para se referir a fatos e coisas do
cotidiano.
b) o português brasileiro se constitui evitando a ampliação do léxico proveniente do português
europeu.
c) a heterogeneidade do português leva a uma estabilidade do seu léxico no eixo temporal.
d) o português brasileiro apoia-se no léxico inglês para ser reconhecido como língua
independente.
e) o léxico do português representa uma realidade linguística variável e diversificada.

Questão 4
Contudo, a divergência está no fato de existirem pessoas que possuem um grau de
escolaridade mais elevado e com um poder aquisitivo maior que consideram um determinado
modo de falar como o “correto”, não levando em consideração essas variações que ocorrem na
língua. Porém, o senso linguístico diz que não há variação superior à outra, e isso acontece
pelo “fato de no Brasil o português ser a língua da imensa maioria da população não implica
automaticamente que esse português seja um bloco compacto coeso e homogêneo”. (BAGNO,
1999, p. 18)

Sobre o fragmento do texto de Marcos Bagno, podemos inferir, exceto:


a) A língua deve ser preservada e utilizada como um instrumento de opressão. Quem
estudou mais define os padrões linguísticos, analisando assim o que é correto e o que
deve ser evitado na língua.
b) As variações linguísticas são próprias da língua e estão alicerçadas nas diversas intenções
comunicacionais.
c) A variedade linguística é um importante elemento de inclusão, além de instrumento de
afirmação da identidade de alguns grupos sociais.
d) O aprendizado da língua portuguesa não deve estar restrito ao ensino das regras.
e) Segundo Bagno, não podemos afirmar que exista um tipo de variante que possa ser
considerada superior à outra, já que todas possuem funções dentro de um determinado grupo
social.

Questão 5 – (Enem)

S.O.S Português
Por que pronunciamos muitas palavras de um jeito diferente da
escrita? Pode-se refletir sobre esse aspecto da língua com base
em duas perspectivas. Na primeira delas, fala e escrita são
dicotômicas, o que restringe o ensino da língua ao código. Daí
vem o entendimento de que a escrita é mais complexa que a
fala, e seu ensino restringe-se ao conhecimento das regras
gramaticais, sem a preocupação com situações de uso. Outra
abordagem permite encarar as diferenças como um produto
distinto de duas modalidades da língua: a oral e a escrita. A
questão é que nem sempre nos damos conta disso. 
S.O.S Português. Nova Escola. São Paulo: Abril, Ano XXV, nº-
231, abr. 2010 (fragmento adaptado).

O assunto tratado no fragmento é relativo à língua portuguesa e foi publicado em uma


revista destinada a professores. Entre as características próprias desse tipo de texto,
identificam-se marcas linguísticas próprias do uso
a) regional, pela presença do léxico de determinada região do Brasil.
b) literário, pela conformidade com as normas da gramática.
c) técnico, por meio de expressões próprias de textos científicos.
d) coloquial, por meio do registro de informalidade.
e) oral, por meio do uso de expressões típicas da oralidade.

Questão 6

"Todas as variedades linguísticas são estruturadas, e


correspondem a sistemas e subsistemas adequados às
necessidades de seus usuários. Mas o fato de estar a língua
fortemente ligada à estrutura social e aos sistemas de valores
da sociedade conduz a uma avaliação distinta das
características das suas diversas modalidades regionais, sociais
e estilísticas. A língua padrão, por exemplo, embora seja uma
entre as muitas variedades de um idioma, é sempre a mais
prestigiosa, porque atua como modelo, como norma, como ideal
linguístico de uma comunidade. Do valor normativo decorre a
sua função coercitiva sobre as outras variedades, com o que se
torna uma ponderável força contrária à variação."
                   Celso Cunha. Nova gramática do português
contemporâneo. Adaptado.

A partir da leitura do texto, podemos inferir que uma língua é:


a) conjunto de variedades linguísticas, dentre as quais uma alcança maior valor social e
passa a ser considerada exemplar.
b) sistema que não admite nenhum tipo de variação linguística, sob pena de empobrecimento
do léxico.
c) a modalidade oral alcança maior prestígio social, pois é o resultado das adaptações
linguísticas produzidas pelos falantes.
d) A língua padrão deve ser preservada na modalidade oral e escrita, pois toda modificação é
prejudicial a um sistema linguístico.
Texto para responder à questão 10.

Questão 7 – (Enem)

A norma-padrão está vinculada à ideia de língua modelo, seguindo as regras gramaticais de acordo com o
momento histórico e com a sociedade

Quanto às variantes linguísticas presentes no texto, a norma-padrão da língua


portuguesa é rigorosamente obedecida por meio
a) do emprego do pronome demonstrativo “esse” em “Por que o senhor publicou esse livro?”.
b) do emprego do pronome pessoal oblíquo em “Meu filho, um escritor publica um livro
para parar de escrevê-lo!”.
c) do emprego do vocativo “Meu filho”, que confere à fala distanciamento do interlocutor.
d) da necessária repetição do conectivo no último quadrinho.

Questão 8
Leia o fragmento do texto “Antigamente”, de Carlos Drummond de Andrade:

Antigamente
Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e eram todas mimosas e muito
prendadas. Não faziam anos: completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo
sendo rapagões, faziam-lhes pé de alferes, arrastando a asa, mas ficavam longos meses
debaixo do balaio.

Com base nos estudos de variantes linguísticas, compreende-se que a variante


apresentada no fragmento é a:

a) geografia.    b) histórica.    c) estilística.    d) social.    e) geográfica e a social.

Questão 9 – (Enem) 
Leia com atenção o texto a seguir.

[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de roupas
desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta pedir para ver os ternos
— peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias são peúgas. Suéter é camisola — mas
não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?)
(Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.)

O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto:

a) ao vocabulário.    b) à derivação.    c) à pronúncia.    d) ao gênero.    e) à sintaxe.

Questão 10 
Leia e analise o poema a seguir. Depois use V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para
a(s) falsa(s).

Manuel Bandeira escreve:


A vida não me chegava pelos jornais nem pelos livros
Vinha da boca do povo na língua errada do povo
Língua certa do povo
Por que ele é fala gostoso o português do Brasil.
Ao passo que nós
O que fazemos
É macaquear
A sintaxe lusíada.

a) ( F ) Nos versos 6, 7 e 8, Bandeira critica e denuncia o desapreço às formas populares de


expressão.
b) ( V ) Língua certa do povo e A sintaxe lusíada representam no poema os níveis de fala, ou
seja, os modos variados de um indivíduo usar a língua, de acordo com o meio sociocultural em
que ele vive.
c) ( V ) Os versos 1 e 2 buscam retratar a forma como o falante adquire a linguagem culta;
primeiramente por meio do contato com as pessoas próximas e depois a aprimorando com a
leitura de jornais e livros.
d) ( V ) O verso 8 estabelece uma relação com a língua portuguesa falada em Portugal.
e) ( F ) O gostoso português do Brasil, no texto, faz uma referência à língua padrão usada
hoje pelos brasileiros.

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