Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INADES
INADES – Instituto Nacional de Ensino Superior
www.INADES.com.br
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Objetivo da disciplina:
Objetivos específicos:
Ementa da disciplina:
INTRODUÇÃO
recrutadas para este tipo de exercício são dependentes de oxigênio, como o ciclo de
Krebs e a cadeia transportadora de elétrons, os quais, juntos, são denominados de
sistema energético oxidativo. Os exercícios de resistência também são denominados
desta forma, pois apresentam longa duração. Exemplos de exercícios de endurance
são: corrida, ciclismo e natação de longas distâncias (Tirapegui, 2012).
Uma única série de exercícios de força é capaz de elevar a taxa de síntese proteica
por até 24 horas. Vale salientar que este efeito do exercício de força não é
permanente, e a síntese proteica retorna aos níveis basais (de repouso) em 36 horas
após a prática do exercício (Powers e Howley, 2014).
O treinamento de força também ativa células satélites (um tipo de célula-tronco adulta)
a entrarem em divisão e a se fundirem à fibra muscular para aumentar o número de
núcleos da fibra, permitindo à sustentação do tamanho aumentado e do crescimento
contínuo das fibras musculares (Powers e Howley, 2014).
Energia
Tênis 7,0
Ciclismo 8,0
Remo 7,0
Esquiar 7,0
Musculação 3,0
Yoga 2,5
Alongamento 2,5
Adaptado de Ainsworth et al. (2000).
1 litro de O2 → 5 kcal
Proteínas
Evidências indicam que proteínas com alto teor de leucina (aminoácido com potencial
de induzir a síntese proteica) e de rápida digestão, como as proteínas do soro do leite
(whey protein), são mais efetivas em induzir o anabolismo proteico e promover
hipertrofia muscular, quando associadas ao exercício físico (Mcdonald et al., 2016). A
ingestão destas proteínas após a sessão de exercício (cerca de 20 a 40 gramas ou
0,3 gramas/kg de peso corporal) parece ser uma estratégia importante para favorecer
a síntese proteica muscular e a recuperação no período pós-treino (Jäger et al., 2017).
Além do whey protein, outras fontes proteicas, como a caseína, a proteína da soja e
a proteína da carne bovina também têm apresentado resultados interessantes no que
concerne à indução da síntese proteica (Jäger et al., 2017; Valenzuela et al., 2019).
Fonte Quantidade
Ovos cozidos 7 ovos
Leite desnatado 5 copos (total de 1.025 mL)
Iogurte desnatado 5 copos (total de 1.176 mL)
Peito de frango 2 peitos (176 gramas)
Bife bovino 2 bifes (168 gramas)
Proteína concentrada diluída em água 3 scoops (60 gramas)
Proteína concentrada diluída em leite 2 scoops (20 gramas) em 300 mL
Fonte: Trommelen e van Loon (2016).
Carboidratos
Lipídios
A suplementação com lipídios de cadeia média e longa para atletas, embora seja
razoavelmente comum na prática clínica, não é encorajada pela Sociedade Brasileira
de Medicina do Exercício e do Esporte, em decorrência da escassez de evidências
científicas que suportem esta prática (Hernandez et al., 2009).
Micronutrientes
Jäger R, Kerksick CM, Campbell BI, Cribb PJ, Wells SD, Skwiat TM, et al.
International Society of Sports Nutrition Position Stand: protein and exercise. J
Int Soc Sports Nutr. 2017;14(20):1–25.
Valenzuela, P.L.; Mata, F.; Morales, J.S. et al. Does Beef Protein Supplementation
Improve Body Composition and Exercise Performance? A Systematic Review
and Meta-Analysis of Randomized Controlled Trials. Nutrients, v.11, 2019.
Lambert, C.P.; Frank, L.L.; Evans, W.J. Macronutrient considerations for the sport
of bodybuilding. Sports Med, v. 34, n. 5, p. 317-327, 2004.
Casazza GA, Tovar AP, Richardson CE, Cortez AN, Davis BA. Energy availability,
macronutrient intake, and nutritional supplementation for improving exercise
performance in endurance athletes. Curr Sports Med Rep. 2018;17(6):215–23.
Mcdonald CK, Ankarfeldt MZ, Capra S, Bauer J, Raymond K, Heitmann BL. Lean body
mass change over 6 years is associated with dietary leucine intake in an older
Danish population. Br J Nutr. 2016;115(9):1556–62.
Raizel R, Godois A da M, Coqueiro AY, Voltarelli FA, Fett CA, Tirapegui J, et al. Pre-
season dietary intake of professional soccer players. Nutr Health. 2017.
Burke LM, Hawley JA, Wong SHS, Jeukendrup AE. Carbohydrates for training and
competition. J Sports Sci. 2011;29(SUPPL. 1).
Rogerson D. Vegan diets: practical advice for athletes and exercisers. J Int Soc
Sports Nutr. 2017;14(36):1–15.
Trommelen, J.; van Loon, L.J.C. Pre-sleep protein ingestion to improve the skeletal
muscle adaptive response to exercise training. Nutrients, v.8, n. 763, 2016.
INTRODUÇÃO
Creatina
Figura 1. Sistema creatina fosfato. Abreviações: ADP: adenosina difosfato; ATP: adenosina trifosfato;
C: creatina; P: fosfato.
Com base nestes resultados, sugeriu-se que existe um limite máximo da concentração
de creatina muscular, correspondendo a, aproximadamente, 160 mmol/kg de músculo
seco, que foi denominado de “ponto de saturação”. Neste cenário, indivíduos que
iniciam a suplementação já com valores elevados de creatina muscular podem ser
pouco responsivos à intervenção, o que explicaria os dados controversos
apresentados na literatura. Estes indivíduos são chamados de non responders e,
Pela mesma hipótese acima, ou seja, por ser osmoticamente ativa, a creatina poderia
causar desidratação e hipertermia, visto que o aumento na quantidade de água retida
intracelularmente repercute em menor liberação de água para o meio extracelular,
influenciando diretamente a termorregulação. Embora alguns estudos apresentem
este efeito adverso, outros não demonstram este evento, sendo que não há evidências
científicas bem controladas que sustentem a hipótese de que a creatina afete a
hidratação e a termorregulação (Powers et al., 2003; Gualano, 2014).
Beta-alanina
Os ACR (Figura 2) são nutrientes indispensáveis, visto que o seu consumo dietético
diário é essencial. Nas proteínas de alto valor biológico, estes aminoácidos
Glutamina
Embora alguns fisiculturistas relatem uma menor incidência de doenças com o uso da
glutamina (Lambert et al., 2004), como este aminoácido não se torna insuficiente com
a prática de exercícios resistidos, não é possível que o fisiculturismo aumente o risco
de doenças via depleção orgânica de glutamina (Coqueiro et al., 2018).
Whey protein
O valor nutricional depende do tipo de whey protein. Existem três principais tipos: o
concentrado, o isolado e o hidrolisado. O concentrado apresenta maior teor de lipídios
e carboidratos e, por consequência, menor conteúdo proteico, comparado ao whey
protein isolado, no qual a quantidade de proteínas chega a ser superior a 90%
(Haraguchi et al. 2006; Wright et al., 2009). No hidrolisado, as proteínas foram
submetidas à hidrólise enzimática e, deste modo, apenas aminoácidos estão
presentes nesta forma. O whey protein hidrolisado é indicado, principalmente, para
indivíduos com distúrbios no sistema digestório, pois a digestão é facilitada nesta
forma (contém apenas aminoácidos) (Haraguchi et al. 2006).
Parte das propriedades nutricionais do whey protein é explicada pela sua composição
aminoacídica. A β-lactoglobulina é o peptídeo mais importante, em relação à
quantidade, do whey protein. Este peptídeo é rico em ACR, cerca de 25,1% da
concentração total de aminoácidos. Além deste, a α-lactoalbumina também se
apresenta como uma importante fonte de leucina (Haraguchi et al. 2006). As
informações nutricionais do whey protein concentrado são apresentadas na Tabela 1.
HEATON, L.E.; DAVIS, J.K.; RAWSON, E.S.; NUCCIO, R.P.; WITARD, O.C.; STEIN,
K.W. et al. Selected in-season nutritional strategies to enhance recovery for team
sport athletes: a practical overview. Sport Med. 2017;47(11):2201–18.
EDISON, E.E.; BROSNAN, M.E.; MEYER, C.; BROSNAN, J.T. Creatine synthesis:
production of guanidinoacetate by the rat and human kidney in vivo. Am J Physiol
Renal Physiol. 2007;293(6):F1799–804.
SNOW, R.; MURPHY, R. Factors influencing creatine loading into human skeletal
muscle. Exerc Sport Sci Rev. 2003;31(3):154–8.
FEBBRAIO, M.; FLANAGAN, T.; SNOW, R.; ZHAO, S.; CAREY, M. Effect of creatine
supplementation on intramuscular TCr, metabolism and performance during
intermittent, supramaximal exercise in humans. Acta Physiol Scand.
1995;155(4):387–95.
SPILLANE, M.; SCHOCH, R.; COOKE, M.; HARVEY, T.; GREENWOOD, M.;
KREIDER, R. et al. The effects of creatine ethyl ester supplementation combined
with heavy resistance training on body composition, muscle performance, and
serum and muscle creatine levels. J Int Soc Sports Nutr. 2009;6:1–14.
POWERS, M.E.; ARNOLD, B.L.; WELTMAN, A.L.; PERRIN, D.H.; MISTRY, D.;
KAHLER, D.M. et al. Creatine supplementation increases total body water without
altering fluid distribution. J Athl Train. 2003;38(1):44–50.
VOLEK, J.; DUNCAN, N.; MAZZETTI, S.; STARON, R.; PUTUKIAN, M.; GÓMEZ, A.
et al. Performance and muscle fiber adaptations to creatine supplementation and
heavy resistance training. Med Sci Sport Exerc. 1999;31(8):1147–56.
TREXLER, E.T.; SMITH-RYAN, A.E.; STOUT, J.R.; HOFFMAN, J.R.; WILBORN, C.D.;
SALE, C. et al. International society of sports nutrition position stand: Beta-
Alanine. J Int Soc Sports Nutr. 2015;12(1):30.
FINSTERER, J. Biomarkers of peripheral muscle fatigue during exercise. BMC
Musculoskelet Disord. 2012;13(1):218.
BAGUET, A.; REYNGOUDT, H.; POTTIER, A.; EVERAERT, I.; CALLENS, S.;
ACHTEN, E. et al. Carnosine loading and washout in human skeletal muscles. J
Appl Physiol. 2009;106(3):837–42.
CARUSO, J.; CHARLES, J.; UNRUH, K.; GIEBEL, R.; LEARMONTH, L.; POTTER, W.
Ergogenic effects of β-alanine and carnosine: Proposed future research to
quantify their efficacy. Nutrients. 2012;4(7):585–601.
HARRIS, R.C.; TALLON, M.J.; DUNNETT, M.; BOOBIS, L.; COAKLEY, J.; KIM, H.J.
et al. The absorption of orally supplied β-alanine and its effect on muscle
carnosine synthesis in human vastus lateralis. Amino Acids. 2006;30(3 SPEC.
ISS.):279–89.
HILL, C.A.; HARRIS, R.C.; KIM, H.J.; HARRIS, B.D.; SALE, C.; BOOBIS, L.H. et al.
Influence of β-alanine supplementation on skeletal muscle carnosine
concentrations and high intensity cycling capacity. Amino Acids. 2007;32(2):225–
33.
LANCHA JUNIOR, A.H.; DE SALLES PAINELLI, V.; SAUNDERS, B.; ARTIOLI, G.G.
Nutritional Strategies to Modulate Intracellular and Extracellular Buffering
Capacity During High-Intensity Exercise. Sport Med. 2015;45(1):71–81.
HARRIS, R.; JONES, G.; HILL, C.; KENDRICK, I.; BOOBIS, L.; KIM, C. et al. The
Carnosine Content of V Lateralis in Vegetarians and Omnivores. FASEB J.
2007;21.
CHUNG, W.; BAGUET, A.; BEX, T.; BISHOP, D.J.; DERAVE, W. Doubling of muscle
carnosine concentration does not improve laboratory 1-Hr cycling time-trial
performance. Int J Sport Nutr Exerc Metab. 2014;24(3):315–24.
JÄGER R, KERKSICK CM, CAMPBELL BI, CRIBB PJ, WELLS SD, SKWIAT TM, et
al. International Society of Sports Nutrition Position Stand: protein and exercise.
J Int Soc Sports Nutr. 2017;14(20):1–25.
COQUEIRO A, RAIZEL R, BONVINI A, HYPÓLITO T, GODOIS A, PEREIRA J, et al.
Effects of glutamine and alanine supplementation on central fatigue markers in
rats submitted to resistance training. Nutrients. 2018;10(2).
ESMARCK, B.; ANDERSEN, J.L.; OLSEN, S.; RICHTER, E.A.; MIZUNO, M.; KJAER,
M. Timing of postexercise protein intake is important for muscle hypertrophy
with resistance training in elderly humans. J Physiol. 2001; 535(1):301-11.
WRIGHT, B.J.; ZEVCHAK, S.E.; WRIGHT, J.M.; DRAKE, M.A. The impact of
agglomeration and storage on flavor and flavor stability of whey protein
concentrate 80% and whey protein isolate. J Food Sci. 2009;74(1):S17-29.