Você está na página 1de 35

CURSO DE NUTRIÇÃO

BASES METABÓLICAS DA NUTRIÇÃO APLICADA A


ESTÉTICA: MINERAIS
PROFA. SÂMARA LETÍCIA
NUTRICIONISTA – UFMA, MA. CIÊNCIA DA NUTRIÇÃO – UFV
SAMARA.LIMA@FLORENCE.EDU.BR

MINERAIS
São substâncias de origem inorgânica amplamente distribuídos na natureza, que possuem diversas
funções metabólicas no homem.

O organismo não sintetiza minerais e depende da ingestão de alimentos contendo os minerais


necessários.

O conteúdo de um dado mineral num alimento depende do solo em que é cultivado ou do alimento
que é consumido pelos animais.

Eles podem se ligar com outras substâncias e interagir com outros minerais, afetando assim a absorção.

Os minerais podem ser reduzidos no alimentos por lixiviação a frio ou a quente.


CLASSIFICAÇÃO DOS MINERAIS

Macrominerais:

• São encontrados em grandes quantidades: concentração maior que 0,5% no organismo.


• Consumo: maior do que 100 mg/dia.
• Cálcio, fósforo, potássio, enxofre, sódio, cloreto e magnésio.

Microminerais e oligoelementos:

• São encontrados em pequenas quantidades: concentração menor que 0,05% no organismo.


• Consumo: menos de 15 mg/dia ou ainda não estabelecido, ingestão adequada mcg/dia.
• Elementos traço: Ferro, zinco, cobre, flúor.
• Ultra traço: Iodo, selênio, cromo, manganês, molibdênio, boro.

DISTRIBUIÇÃO DO MINERAIS NO ORGANISMO


MACROMINERAIS

◼ Mineral mais abundante no organismo humano:


CÁLCIO ◼ 1% fluídos extracelulares e tecidos
◼ 99% ossos e dentes
FUNÇÕES DO CÁLCIO

◼ Estrutural: sais de cálcio e cristais de hidroxiapatita, necessários para a mineralização óssea e a manutenção do
produto mineral normal;
◼ Cofator para enzimas e proteínas: ativação de proteínas envolvidas na cascata de coagulação;
◼ Mensageiro intracelular: transmissão de impulsos nervosos, contrações musculares, vasoconstrição e
vasodilatação, secreção de hormônios

HOMEOSTASE DE
CÁLCIO

◼ Regulação do mecanismo pelos


hormônios:
◼ Calcitonina
◼ Paratormônio da tireoide (PTH)
◼ 1,25 (OH)2 Vitamina D
◼ Regulação hormonal
◼ Osteoblastos: realizam a síntese óssea.
METABOLISMO DO CÁLCIO ◼ Osteoclastos: realizam a dissolução da matriz mineral
por meio de ácidos cítrico e lático e a digestão matriz
orgânica por meio de enzimas proteolíticas.

CÁLCIO

Absorção Intestinal Excreção Renal


◼ A absorção desse mineral aumenta durante o ◼ 6 a 8% do cálcio ingerido é eliminado na urina.
processo de crescimento infantil, na gestação e na
◼ Quando a ingestão de cálcio é maior ingestão, a
lactação devido a maior produção de vitamina D.
excreção também aumenta.
◼ A absorção de cálcio reduz em indivíduos idosos.
◼ Fatores dietéticos em excesso aumentam a excreção
◼ Fatores dietéticos em excesso reduzem a absorção desse mineral:
desse mineral: ◼ Proteínas e cloreto de sódio.
◼ Fibras, fitatos, oxalato e fósforo.
◼ Excreção: <4 mg/kg/d
◼ A menor produção de vitamina D reduz a absorção
de cálcio.
◼ Cálcio sérico normal: 9,0 a 10,4 mg/dL.
FORMAÇÃO DO TECIDO ÓSSEO

◼ O tecido ósseo é formado por:


◼ 30% matriz orgânica: colágeno
◼ 70% sais: principalmente por hidroxiapatita: Ca10(PO4)6(OH)2
◼ O estresse mecânico é necessário para a formação óssea, pois o
impacto e a tensão são transformados em energia elétrica e essas
modificações favorecem o acúmulo de cálcio por parte dos
osteoblastos.

DRI CÁLCIO
◼ EAR= necessidade média
recomendada (necessidade
de 50% da população
saudável).
◼ RDA= recomendação
dietética (visa atingir 97,5%
da população saudável).
◼ AI= ingestão adequada.
◼ UL= nível superior
tolerável de ingestão
BIODISPONIBILIDADE
DE CÁLCIO

FÓSFORO

Segundo mineral mais abundante 85% cristais de hidroxiapatita em 15% fluidos extracelulares na
no organismo humano ossos e dentes forma de P inorgânico
FUNÇÕES DO FÓSFORO

◼ Componente estrutural das membranas celulares (fosfolipídeos);


◼ Componente de ácidos nucléicos (DNA e RNA), necessários à síntese protéica;
◼ Participação em processos bioquímicos, incluindo metabolismo energético–geração e transferência de energia
(ATP);
◼ Manutenção do equilíbrio ácido-base.

METABOLISMO DO
FÓSFORO

◼ 70% fosfolipídeos.
◼ 30% livre ou ligado a Na, Ca, Mg
e a proteínas.
◼ É transportado de forma passiva
para a célula.
◼ Nas células:
◼ Manutenção e conservação de
energia
◼ Constituição da membrana
celular
◼ Regulação da função de proteínas
FÓSFORO

Absorção Intestinal Excreção Renal


◼ Menos rigidamente controlada no intestino. ◼ Rim exerce papel fundamental no metabolismo de
◼ Transporte passivo predominante após as refeições. fósforo.
◼ Transporte ativo, saturável e estimulado pela vitamina ◼ 12,5% do fósforo é eliminado na urina.
D. ◼ Estimulado pelo paratormônio, 85% da reabsorção
◼ A absorção e biodisponibilidade de fósforo é de fósforo ocorre no túbulo proximal transcelular e
reduzida na deficiência de vitamina D e com a dependente da concentração.
ingestão de suplementos de Al e Ca. ◼ Excreção: 25 mmol/d
◼ Fósforo sérico normal: 2,5 a 4,5 mg/dL.

DRI FÓSFORO
◼ EAR= necessidade média
recomendada (necessidade
de 50% da população
saudável).
◼ RDA= recomendação
dietética (visa atingir 97,5%
da população saudável).
◼ AI= ingestão adequada.
◼ UL= nível superior
tolerável de ingestão
POTÁSSIO

◼ Principal cátion do fluído intracelular


◼ 98% de todo K do organismo está dentro
das células 0,35% do peso corporal total

FUNÇÕES POTÁSSIO

◼ Manutenção da osmolaridade, do pH e volume do fluido corporal: pressão sanguínea.


◼ Regulação da atividade neuromuscular.
◼ Crescimento e manutenção da integridade celular.
◼ Participa da síntese de glicogênio, catabolismo da glicose, metabolismo proteico e de carboidratos.
POTÁSSIO

Absorção Intestinal Excreção Renal


◼ Taxa de absorção: 85 a 90% ◼ 77 a 90% por meio de urina + fezes
◼ Intestino delgado e células colônicas Difusão passiva ◼ Pouca excreção pelo suor
e bomba K+/H+-ATPase
◼ Metabolismo renal controlado pela aldosterona:
◼ 🡻 [K+] 🡻 aldosterona 🡻 K urinário

DRI POTÁSSIO
◼ EAR= necessidade média
recomendada (necessidade
de 50% da população
saudável).
◼ RDA= recomendação
dietética (visa atingir 97,5%
da população saudável).
◼ AI= ingestão adequada.
◼ UL= nível superior
tolerável de ingestão
SÓDIO

◼ Principal cátion do fluido extracelular


◼ Encontrado em todas as células
◼ 0,15% do peso corporal total
◼ 1,8 g/kg de massa livre de gordura
◼ Ossos e secreções intestinais como bile e suco pancreático.

FUNÇÕES DO SÓDIO

Manutenção da Manutenção do Condução de impulsos Contração muscular Controle de absorção


osmolaridade, do pH e potencial de nervosos e transporte de alguns
volume do fluido membrana nutrientes:
corporal: pressão
sanguínea
Cloro, aminoácidos, glicose e
também de água
SÓDIO

Absorção Intestinal Excreção Renal


◼ Taxa de absorção: 95 a 100% ◼ 90% por meio de urina, fezes e suor.
◼ Intestino delgado superior e porção proximal do cólon ◼ Metabolismo renal controlado pela aldosterona:
◼ Transporte ativo e passivo ◼ Atua sobre os túbulos distais e sobre os túbulos coletores,
estimulando a reabsorção de sódio do filtrado glomerular

◼🡻 [Na+] plasmática 🡻 excreção urinária


◼🡻 [Na+] plasmática 🡻 excreção urinária

DRI SÓDIO
◼ RDA= recomendação
dietética (visa atingir 97,5%
da população saudável).
◼ AI= ingestão adequada.
DRI SÓDIO
◼ UL= nível superior
tolerável de ingestão.
◼ mg/d

MAGNÉSIO

◼ Representa 0,05% do peso corporal de indivíduos adultos.


◼ Está presente:
◼ Ossos: 53%
◼ Músculos: 27%
◼ Tecidos moles: 19%
◼ Fluído extracelular: 1%
◼ Fluído intracelular: 58m Eq/L
◼ Segundo cátion mais prevalente
FUNÇÕES DO MAGNÉSIO

◼ Constituinte importante dos ossos e dentes,


músculo e tecidos moles.
◼ Produção de energia: Mg intracelular
◼ Mg-ATP
◼ Mg-ADP
◼ Cofator enzimático (300+ reações do
metabolismo intermediário).
◼ Essencial na síntese de DNA e RNA.
◼ Participa do metabolismo de
macronutrientes e vitaminas.

FUNÇÕES DO
MAGNÉSIO

◼ Transporte ativo de íons pelas


membranas, portanto, tem ação
no impulso nervoso, contração
muscular e ritmo cardíaco
HOMEOSTASE DE
MAGNÉSIO

MAGNÉSIO

Absorção Intestinal Excreção Renal


◼ Estado nutricional do individuo ◼ 10% Mg corporal filtrado é proveniente da
reabsorção.
◼ Ingestão de Mg
◼ A reabsorção de magnésio reduzem:
◼ Fatores dietéticos que interferem:
◼ Expansão volume extracelular
◼ Fitatos, oxalatos, fosfatos e fibra alimentar
◼ Consumo excessivo de álcool
◼ Álcool
◼ Hipercalcemia
◼ Lactose e carboidratos
◼ Proteínas (<30g/dia)
DRI MAGNÉSIO
◼ RDA= recomendação
dietética (visa atingir 97,5%
da população saudável).
◼ UL= nível superior
tolerável de ingestão.
◼ mg/d

MICROMINERAIS
FERRO

◼ Ferro férrico - Fe3+


◼ Ferro ferroso - Fe2+
◼ Sobrecarga de ferro
◼ Hemosiderose pode desenvolver-se a partir de ferro excessivo, onde existem grandes depósitos de
hemossiderina no fígado, coração, articulações e outros tecidos.
◼ Os sintomas da sobrecarga de ferro incluem apatia, letargia e fadiga.
◼ Os problemas incluem danos no tecido hepático e infecções.
◼ Risco maior de diabetes, câncer de fígado, doença cardíaca e artrite
◼ Mais comum em homens, em mulheres

FUNÇÕES DO FERRO

◼ Cofator para diversas enzimas envolvidas nas reações de oxi-redução.


◼ Cofator para enzimas envolvidas na síntese de aminoácidos, colágeno, hormônios e neurotransmissores.
◼ Produção de energia: parte dos carregadores de elétrons que participam da cadeia de transporte de elétrons,
transferindo hidrogênios e elétrons para o oxigênio, formando água e ATP.
◼ Hemoglobina e mioglobina: transporte de oxigênio.
DISTRIBUIÇÃO DO
FERRO
DRI FERRO

DRI FERRO

◼ Limites máximos (UL, DRIs 2001):


◼ Acima de 14 anos, gestantes, nutrizes: 45 mg/dia
◼ Menores de 14 anos e bebês: 40mg/dia
SELÊNIO: CONTEÚDO NO CORPO

◼ 13-20 mg

61% do
total

▪Formas orgânicas:
✔Selenometionina ⇨ absorvida em 95 a 98% por transporte ativo
dependente de Na e aa neutros.
✔Selenocisteína: bem absorvida (??) por transporte ativo com aa básicos.
▪Fatores que facilitam a absorção de Se: presença de metionina/proteína, vits
E, A e C em altas doses, outros antioxidantes.
▪Fatores que inibem a absorção: altas doses de enxofre e metais pesados.

Armazenamento:
▪Em dois compartimentos:
✔Na forma de selenometionina nos músculos, eritrócitos, pâncreas,
fígado, rins, estômago, cérebro, pele e mucosa GI ⇨ depende da
ingestão de Se como selenometionina, disponível para
metabolização, independe da necessidade por Se.
✔Na forma de glutationa peroxidase (GP) no fígado, dependente da
ingestão de Se: quando a dieta é deficiente em Se ⇨ limita síntese de
outras selenoproteínas ⇨ redução de mRNA para GP ⇨ redução da
síntese.

Utilização:
▪Somente selenometionina pode ser incorporada às proteínas corporais ⇨
segue rota metabólica das proteínas ⇨ catabolismo por transsulfuração.
▪Entretanto....depende do estado nutricional da metionina e da vit. B6 ⇨
ativação de enzimas ⇨ selenometionina ⇨ compostos biologicamente ativos.
▪Selenito, selenato e selenocisteína ⇨ outra via ⇨ catabolisados até selenido
(Se2-) ⇨ selenofosfato ⇨ precursor de selenocisteína e outras
selenoproteínas.

Fontes Se

Variação no conteúdo de selênio (mg/kg de matéria natural) de alguns alimentos observados


em diferentes países.
Alimentos USA Nova Zelândia Venezuela
Cereais 0,060 - 0,660 0,004 - 0,090 0,123 - 0,510
Vegetais 0,001 - 0,140 0,001 - 0,020 0,002 - 2,980
Frutas 0,005 - 0,060 0,001 - 0,004 0,005 - 0,060
Carnes Vermelhas 0,008 - 0,500 0,010 - 0,040 0,170 - 0,830
Aves 0,010 - 0,260 0,05 0- 0,100 0,100 - 0,700
Peixes 0,130 - 1,480 0,030 - 0,310 0,320 - 0,930
Produtos Derivados do Leite 0,010 - 0,260 0,003 - 0,025 0,110 - 0,430
Ovos 0,050 - 0,200 0,240 - 0,980 0,500 - 1,500
Adaptado de Combs (2001).
3.4. Iodo (I)

▪Corpo humano ⇨ 15 a 20 mg de I ⇨ 70 a 80% na tireóide.


▪Função nutricional primordial do I: componente dos hormônios da tireóide:
tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) ⇨ 65% do T4 e 59% do T3.
▪Outras funções no organismo: não comprovadas
▪Hormônios da tireóide ⇨ regulam a taxa metabólica, caloriogênese,
termorregulação, crescimento, desenvolvimento de diversos órgãos, síntese
protéica e atividade enzimática.

3.4.1. Absorção, Metabolismo e Excreção

▪Pode ser ingerido de diversas formas ⇨ reduzidas no ID e absorvidas quase


que completamente (~90% ⇨ em condições normais).
▪Forma iodato (sal de cozinha) ⇨ iodeto ⇨ absorção.
▪Circulação: iodeto é captado principalmente pela tireóide e rins.
▪Tireóide retém iodeto para a síntese dos hormônios, a maioria do iodo
não utilizado pela glândula é excretada na urina.
▪Transferência de iodeto da circulação através da membrana basal da tireóide
⇨ transportador específico
▪Concentração de iodeto na tireóide: 20 a 50 vezes > plasma.
▪Dentro das células ⇨ iodeto é usado para a síntese dos hormônios:
✔Síntese da tiroglobulina: passo inicial, veículo para a iodação ⇨
diiodotirosina e monoidotirosina.
✔Duas diiodotirosinas (por ação da tiroperoxidase) ⇨ tetraiodotironina ou
tiroxina (T4).
✔Associação entre diiodotirosina e monoidotirosina ⇨ triiodotironina (T3).
✔Dois terços do iodo disponível: mantidos na forma dos precursores
inativos (diiodotirosina e monoidotirosina) ⇨ retirados da fração protéica
(deiodinase específica) ⇨ reciclados dentro da glândula tireóide ⇨
conservação do iodo no organismo.

3.4.2. Fontes alimentares

▪Iodo dos alimentos: geralmente baixo e dependente do seu conteúdo no solo.


▪Alimentos de origem marinha: maior concentração de I
▪Alimentos processados: podem apresentar maiores teores em função da
adição de sal iodado.
▪Iodação do sal de cozinha é obrigatória no Brasil (Lei no. 1944, de 14 de
agosto de 1953 -10 mg de iodato de potássio por kg de sal) ⇨ controle do
bócio endêmico).
RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS

Flúor
▪Abundante na natureza.
▪Alta afinidade pelo Ca ⇨ 99% do Fl do organismo ⇨ fortemente ligado aos
tecidos calcificados.
▪Papel importante na prevenção e reversão do progresso das cáries dentárias.
▪Propriedade de estimular a formação óssea ⇨ potencial na prevenção e
tratamento da osteoporose.
Absorção, Metabolismo e Excreção

▪Mais de 80% do Fl ingerido na dieta é absorvido.


▪Absorção do flúor presente nos cremes dentais, quando na forma de fluoreto
de sódio ou monofluorofosfato (MFP), é próxima de 100%.
▪Redução na absorção ⇨ 50 a 70% na presença de altas concentrações
simultâneas de cálcio e de outros cátions que formam compostos insolúveis
com o flúor.
Flúor

▪Maioria do flúor que deixa o estômago ⇨ absorvida na porção


proximal do ID delgado por difusão.
▪Principal via de excreção do Fl: rins ⇨ Fl é filtrado nos glomérulos, e
sua reabsorção tubular é dependente do pH:
✔Meio ácido (pH = 4,0): predominantemente na forma de ácido
(HF) ⇨ altamente reabsorvido.
✔Meio alcalino (pH = 7,4) ⇨ predomina a forma iônica (F-) -
membrana do epitélio tubular é virtualmente impermeável,
aumentando sua excreção urinária.

RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
Elementos-traço

Cromo (Cr)

▪Existe na natureza com as valências +3 e +6 - cromo III é mais


estável e a forma encontrada nos alimentos e no organismo ⇨
tem baixa toxicidade devido, em parte, à sua reduzida absorção
intestinal.
▪Potencializa a ação da insulina restabelecendo a tolerância à
glicose, mas... eficácia do uso de seus suplementos para
controlar a glicemia não está comprovada:
✔Cromodulina (Proteína ligante de cromo) parece amplificar
a atividade do receptor de insulina tirosina quinase em
resposta à insulina.

Cromo

▪Apenas 0,4 a 2,5% do cromo III ingerido é absorvido.


▪Maior parte: excretada nas fezes.
▪Do cromo absorvido: maior parte excretada na urina.
▪Cromo absorvido ⇨ transportado pela transferrina ⇨
interação com o ferro.
▪Cromo concentra-se principalmente no fígado, no baço,
nos tecidos moles e nos ossos.
▪Concentração de cromo no organismo pode reduzir com o
avançar da idade.
CROMO: FONTES

Frutas e hortaliças: variável- dependente das


condições geográficas.
◼ oleaginosas, aspargo, cerveja, cogumelo, ameixa,
cereais integrais, carnes, vísceras e leguminosas
Refinamento
reduz teor
Cereais 0,15 – 35
Carnes, aves, peixes: 1 μg/porção 50g
Fitato reduz
– 2 μg/porção
biodisponibilidade
Vinho branco: 11,2μg/L
Vinho rosado: 12,5 μg/L
Leite e derivados: 0,6 μg/porção
Vinho tinto: 8,06 μg/L
CROMO: RECOMENDAÇÕES E FONTES

◼ Organização Mundial de Saúde (OMS) relata que dosagens de 125 a 200μg/dia


além da dieta habitual pode favorecer o controle glicêmico e melhorar o perfil
lipídico
◼ Dosagem máxima, dentro de um limite de segurança, é de até 250μg/dia 🡪 de dez vezes
a AI recomendada para mulheres.

MOLIBDÊNIO

◼ Co-fator

◼ Sulfeto oxidase (sulfeto 🡪 sulfato)


◼ Deficiência da enzima, acúmulo sulfeto 🡪 danos neurológicos e morte

◼ Xantina oxidase

◼ Aldeído oxidase
◼ Enzimas do catabolismo de aa sulfurados

◼ Enzimas metabolismo purinas e pirimidinas


MOLIBDÊNIO: IMPORTÂNCIA

◼ Produção de mucopolissacarídeos, glicoproteínas 🡪 tecido


conectivo e cartilagem
◼ Co-fator enzimático

◼ Transformar xantina em ác. úrico (excretável)

◼ Detox hepática (metabolismo de aa sulfurados): sulfito


(tóxico) 🡪 sulfato (excrecão)

MOLIBDÊNIO

◼ Absorção reduzida na presença de tungstênio


◼ Alta ingestão de sulfato pode levar à deficiência de
molibdênio
◼ Deficiência cobre com altas ingestões Mo
◼ Via excreção: urina (reflete consumo alimentar)
◼ EAR, RDA (17-50 μg/d), UL (300-2000 μg/d)
◼ Fontes: leguminosas, grãos e nozes (depende do solo)
◼ Concentração plasmática de molibdênio é baixa e difícil
de ser medida.
BORO

◼ Importancia na nutrição – não completamente


conhecida;
◼ Envolvido no metabolismo da vit D e do
estrogênio em humanos: dando estabilidade a
moléculas de polissacarídeos e esteróides;
◼ Excreção aumentada com o consumo;
◼ Baixa toxicidade.
BORO
▪ A maioria do boro da dieta é convertida a ácido bórico
no intestino, o que favorece a absorção de cerca de 90%
do boro ingerido ⇨ difusão passiva.
▪ Parece ser transportado na corrente sanguínea na forma
de ácido bórico.
▪ Excreção ⇨ urina ⇨ aumentada com o consumo de boro ⇨
indica pool desse mineral no organismo, além da sua
eficiente absorção e excreção.
▪ Apenas pequena parte do boro ingerido é excretada nas
fezes.

BORO: FUNÇÕES

◼ Metabolismo ósseo

◼ Reduz excreção de Ca e Mg, principalmente na deficiência de Mg;

◼ A deficiência de boro ↑ da excreção de Ca

◼ Regulação hormônios esteróides

◼ Modulação imuno-inflamatória

◼ Controle estresse oxidativo


BORO:FONTES

◼ Produtos e bebidas à base de frutas, tubérculos e leguminosas; frutas secas (ameixa


seca); hortaliças e oleaginosas
▪ Dependendo da localização geográfica, a água pode contribuir com boro.

▪ Teores muito baixos são encontrados em carnes e outros produtos de origem


animal, grãos e condimentos.

Boro: recomendações nutricional

❖Não tem recomendação. UL baseada em


estudos animais:

•3 mg/dia para crianças de 1 a 3 anos;


• 6 mg/dia para crianças de 4 a 8 anos;
• 11 mg/dia para crianças de 9 a 13 anos de
idade;
• 17 mg/dia para adolescentes de ambos os
sexos, de 14 a 18 anos de idade;
•20 mg/dia para adultos de ambos os sexos,
grávidas e lactantes adultas.
NÍQUEL

◼ 10% absorvido 🡪 maior parte excretada nas fezes:


◼ Transporte pela albumina;
◼ Absorção reduzida: leite, café, chá, suco de laranja e ác ascórbico;
◼ Outras vias excreção: urina, suor, bile
◼ Tireóide e adrenal: maiores concentrações

NÍQUEL: FUNÇÕES

◼ Essencialidade do níquel para a espécie humana: ainda não demonstrada.


◼ Co-fator: metaloenzimas
◼ Reações de oxirredução (?)
◼ Expressão gênica (?)
◼ Facilitador da absorção e do metabolismo de ferro (?)
◼ Via de conversão Hcy 🡪 metionina

B12 , ac.fólico
NÍQUEL- FONTES

128μg/100g
55μg/100g

▪Demais alimentos: menos de 40 μg/100 g.


▪Não há relatos de efeitos adversos
associados ao consumo excessivo de níquel
em uma dieta normal.

Você também pode gostar