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AULA DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA

Prof° Tatiane Lobato


NUTRIÇÃO

• É a combinação dos processos de receber e utilizar os nutrientes


dos alimentos para a manutenção da saúde.
DIETOTERAPIA

• É o tratamento com dieta de acordo com o paciente.


SERVIÇO NO AMBIENTE HOSPITALAR

• Algumas siglas/ nomenclaturas sobre o setor responsável pela


elaboração do cardápio, preparo e distribuição para os outros
setores assistenciais do hospital:
- SN: serviço de nutrição
- SND: serviço de nutrição e dietética
- SNG: serviço de nutrição e gastronomia
QUAL A IMPORTÂNCIA DA ENFERMAGEM NO
PROCESSO DE NUTRIÇÃO E DIETÉTICA
• Oferecer a dieta prescrita de acordo com as necessidades nutricionais do
paciente em conjunto com:

- Sua patologia;
- Medicações em uso (hospitalar ou contínuo);
- Melhor forma de administrar a dieta;
- Conhecer os hábitos alimentares do paciente;
- Avaliar a resposta da dietoterapia.
PREPARO DOS ALIMENTOS

• Industrializados: produtos com adição química;


• Cozimento: facilita na digestão e elimina os microorganismos
contidas nos alimentos;
• Frituras: fonte direta de gordura, em excesso é prejudicial à saúde.
FUNÇÃO DOS ALIMENTOS NO NOSSO
ORGANISMO

• Fonte de energia para realizarmos nossas atividades, produção de


enzimas, fornecer material para o crescimento, substituição e
reparação dos tecidos e manter a temperatura corporal.
ALIMENTAÇÃO BALANCEADA

• Uma alimentação balanceada é um fator importante para a nossa


saúde física, emocional e na prevenção de doenças como:
- Anemia/ desnutrição;
- Obesidade;
- Diabetes;
- Hipertensão Arterial.
FONTE DOS ALIMENTOS

• Animal
• Vegetal
• Mineral
GRUPO DOS ALIMENTOS

• Construtores
• Reguladores
• Energéticos
ALIMENTAÇÃO EQUILIBRADA

• Uma alimentação equilibrada é aquela que fornece todos os


nutrientes na quantidade e proporção adequada ao organismo.
PIRÂMIDE ALIMENTAR
METABOLISMO ENERGÉTICO

• Energia é a capacidade de realizar trabalho/atividades.


FASES DO METABOLISMO

• Fase anabólica (absorção dos nutrientes)

• Fase catabólica ( transformação dos nutrientes em energia)


FASES DO METABOLISMO

• A energia utilizada pelo organismo durante o repouso é


conhecida por metabolismo basal.
GASTO ENERGÉTICO
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS ALIMENTOS

• São considerados alimentos as substâncias que são ingeridas e


aproveitadas pelo organismo, contribuindo para o crescimento,
manutenção da vida e produzindo energia necessária para o
trabalho.
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS ALIMENTOS
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS ALIMENTOS

• O trato digestório é composto pelo tubo digestivo, glândulas


salivares, pâncreas, fígado e vesícula biliar, que ocorre a
transformação (fracionamento).
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS ALIMENTOS

• A digestão começa pela boca com a mastigação onde os alimentos


são triturados e transformados em pequenos fragmentos com
auxílio da saliva que é produzida pelas glândulas salivares e que
contém uma enzima chamada de ptialina ou amilase salivar.
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS ALIMENTOS

• Após a deglutição o bolo alimentar passa para o esôfago e depois


para o estômago, que irá sofrer ação do suco gástrico que é
composto por:
• Água
• Muco
• Ácido Clorídrico
• Enzima pepsina
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS ALIMENTOS

• Do estômago o bolo alimentar chamado de quimo, vai para o


intestino delgado por onde sofre ação de 3 sucos digestivos:
1. Bile: produzido pelo fígado e armazenada na vesícula biliar;
2. Suco pancreatico: produzido pelo pâncreas;
3. Suco entérico: produzido pelo intestino delgado.
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS ALIMENTOS

• No intestino delgado os alimentos sofrem absorção com ação de


diversas enzimas:
• Lipase- digerem gorduras
• Dissacaridases- digerem os glicídios
• Peptidases- digerem as proteínas
DIGESTÃO E ABSORÇÃO DOS ALIMENTOS

• O que é benéfico é absorvido no trato digestório e vai para a


corrente sanguínea e nutre os órgãos e tecidos do organismo, o
que é resíduo vão para o intestino grosso onde são absorvidos
líquidos e com ação das bactérias realizam a formação do bolo
fecal (resíduos).
AVALIAÇÃO E ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
QUANTO A ACEITAÇÃO ALIMENTAR

• Realizar o registro no prontuário do paciente após realizar a


avaliação nutricional através do exame físico, observando
problemas como:
1. Hidratação
2. Aceitação alimentar
3. Distensão abdominal
AVALIAÇÃO E ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
QUANTO A ACEITAÇÃO ALIMENTAR

4. Dietas especiais
5. Estresse
6. Alergias
7. Programação de exames ou cirurgias
CONDIÇÕES DEBILITANTES

• Paciente oncológico
• Dificuldade de deglutição (uso de sondas enteral ou parenteral)
• Uso de ventilação mecânica
• Quadro de diarréia ou constipação
• Coma profundo
CONDIÇÕES DEBILITANTES

• Instabilidade hemodinâmica
• Tempo prolongado de internação
• Tempo de jejum
PLANO DE CUIDADOS PARA A ANOTAÇÃO DE
ENFERMAGEM

• Aceitação alimentar (quantidade e qualidade)


• Ingestão/restrição hídrica
• Eliminação intestinal (quantidade, aspecto, número de episódios)
• Decúbito confortável
NUTRIENTES

• Os nutrientes são substâncias contidas nos alimentos que irão


fornecer:
1. Energia
2. Promover crescimento
3. Reparar as perdas que ocorrem diariamente no organismo
CLASSIFICAÇÃO DOS NUTRIENTES

• Os nutrientes são classificados em 6 categorias.


CLASSIFICAÇÃO DOS NUTRIENTES

1. Água
2. Hidratos de carbono ou glicídios
3. Gorduras ou lipídios
4. Minerais
5. Proteínas ou protídeo
6. Vitaminas
ÁGUA

• Função: hidratação, manutenção do balanço hídrico e transporte dos nutrientes.


• Carência: Desidratação, choque hipovolêmico. É recomendado a ingestão diária de 2 litros de água para
um adulto.
HIDRATOS DE CARBONO

• Função: Fornecer calor e energia para o organismo possa manter a temperatura corpórea, exercer suas
funções vitais, realizar trabalhos físicos e ou todas as atividades diárias.
• Fontes: Açúcar, mel, arroz, macarrão, pão, batata, biscoitos, leguminosas (feijão, ervilha, lentilha).
• Carência: Apresenta sintomas de fraqueza, temores, desmaios.
• Classificação: Monossacarideos- açúcar simples como a glicose, frutose e a galactose; dissacarideo-
possuem 2 unidades de glicose como por exemplo a sacarose (glicose + frutose) e a lactose (glicose +
lactose) e polissacarideos- composto por muitas unidades de glicose simples como o amido.
GORDURAS OU LIPÍDIOS

• Função: Compostos de óleos e gorduras, contribuem para as necessidades energéticas e para o


transporte e absorção das vitaminas lipossolúvel A, D, E e K.
• Fontes: animal - leite, ovos, carnes e vegetal- milho, soja, nozes.
• Carência: Déficit visual e lesões cutâneas.
MINERAIS

• Função: São indispensáveis para manter as funções vitais, componentes estruturais e na absorção,
transporte e utilização dos nutrientes.
• Os principais minerais são:
• Cálcio: Atua na formação e manutenção de ossos e dentes, transmissão nervosa e regulação dos
batimentos cardíacos.
CÁLCIO
FÓSFORO
SÓDIO
POTÁSSIO
IODO
FERRO
PROTEÍNAS

• Função: Formação estrutural dos tecidos do corpo, ossos, enzimas, promovem o crescimento e
desenvolvimento, auxiliam no sistema imunológico.
• Fontes: animal- carne, peixe, ovos, e vegetal- feijão, soja, amendoim.
• Carência: ocorre a desnutrição, infecções, retardado no crescimento e desenvolvimento, reparação
tecidual.
VITAMINAS

• As vitaminas existem naturalmente em nossos alimentos e são afetados pela industrialização,


armazenamento e preparação, sendo fundamental para o nosso organismo.
• Classificação:
• Lipossolúvel
• Hidrossolúvel
LIPOSSOLÚVEL
LIPOSSOLÚVEL
LIPOSSOLÚVEL
LIPOSSOLÚVEL
HIDROSSOLÚVEL / TIAMINA B1
HIDROSSOLÚVEL
HIDROSSOLÚVEL
HIDROSSOLÚVEL
HIDROSSOLÚVEL
HIDROSSOLÚVEL
NUTRIÇÃO PARA PACIENTES
HOSPITALIZADOS

• As alterações da nutrição do paciente hospitalizado podem ser:


1. Primária (pelo processo mórbido/doença)
2. Secundária (pela repercussão da enfermidade sobre o organismo
como:
• Anorexia: aporte nutricional insuficiente.
• Dificuldade no processo de digestão, absorção e excreção .
NUTRIÇÃO PARA PACIENTES
HOSPITALIZADOS

• Alterações na utilização dos nutrientes, anormalidade do


metabolismo.
DIETAS HOSPITALARES

• É o conjunto de alimentos que ingerimos habitualmente e que


deve satisfazer todas as necessidades do organismo, fornecendo
nutrientes em quantidades adequadas.
DIETAS HOSPITALARES

• As dietas prescritas podem ter modificação de consistência,


volume e valor calórico, quanto à qualidade e quantidade dos
nutrientes como:
1. Proteínas
2. Hidratos de carbono
3. Gorduras
DIETAS HOSPITALARES

4. Vitaminas
5. Sais minerais
6. Fibras
7. Líquidos
TIPOS DE DIETA (VIA ORAL)

• Dieta líquida
• Dieta leve
• Dieta branda
• Dieta Geral
• Dieta hipossódica
• Dieta assódica
TIPOS DE DIETA (VIA ORAL)

• Dieta seca
• Dieta com resíduos (constipação)
• Dieta sem resíduos (diarréia)
• Dieta hiperproteica/ hipoproteica
• Dieta hipercalórica/ hipocalórica
TIPOS DE DIETA (VIA ORAL)

• Dieta hipogordurosa (hepatopata)


• Dieta para baixa de colesterol
• Dieta para diabéticos
• Dieta para ulcerosos
DIETA POR SONDA

• Sonda esofágica
• Sonda nasogástrica
• Sonda enteral
DIETA POR OSTOMIAS

• Gastrostomia
DIETA POR OSTOMIAS

• Jejunostomia
DIETAS ESPECIAIS

• Dieta para hipercolesterolemia (altos níveis de colesterol)


• Dieta para hipertrigliceridema (altos níveis de triglicérides)
• Dieta com baixa quantidade de hidratos de carbono
• Dieta para hiperuricêmico (altos níveis de ácido úrico)
NUTRIÇÃO PARENTERAL

• É a administração de uma solução por meio de punção.


VIAS DE NUTRIÇÃO PARENTERAL

• Nutrição parenteral central

• Nutrição parenteral periférica


CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DA
NUTRIÇÃO PARENTERAL

1. Checar a localização do cateter através de radiografia de tórax


( central) ou inserção do cateter periférico
2. Lavar as mãos e uso de luva de procedimento ao manipular o
cateter
3. Realizar a assepsia na conexão do cateter com álcool à 70%
CUIDADOS NA ADMINISTRAÇÃO DA
NUTRIÇÃO PARENTERAL

4. Realizar a troca do sistema (equipo) a cada troca de bolsa, no


tempo máximo de 24hs
5. Instalar em bomba de infusão para um controle rigoroso do
volume infundido
6. Pausar em casos de procedimentos
7. Suspender em casos de cirurgias e instalar SG 10%
COMPLICAÇÃO DA DIETA PARENTERAL
PERIFÉRICA

• Risco de flebite (inflamação na veia puncionda)


ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO
PACIENTE COM INFUSÃO DE NUTRIÇÃO
PARENTAL

• Orientar paciente e familiares sobre a importância da infusão da


dieta parenteral e sua respectiva evolução.
NECESSIDADES DA ALIMENTAÇÃO NAS
DIVERSAS FASES DA VIDA
• Nutrição durante a gravidez e lactação
• Lactente
• Pré escolar
• Escolar
• Adolescência
• Adulto
• Idoso
GRANDES ENDÊMIAS CARENCIAIS

• Desnutrição energética proteica ou proteica calórica: Deficiência


de proteínas
• Marasmo: Deficiência de gordura e proteínas
• Kwashiokor: Desnutrição proteica apesar da ingestão calórica
ORIENTAÇÃO NOS CASOS DE DESNUTRIÇÃO

• Aumento da oferta calórica e proteica


• Identificar hábitos alimentares da família
• Verificar a forma de preparo dos alimentos, hábitos de higiene
que contribuam para o aparecimento de diarréias e parasitoses
intestinais
ORIENTAÇÃO NOS CASOS DE DESNUTRIÇÃO

• Incentivar o aleitamento materno


• Oferecer suplemento com leite industrializado com cautela
• Oferecer a família em ofertar alimentos com maior frequência
ANEMIA CARENCIAIS

• Doença causada pela deficiência de hemoglobina, que transporta


oxigênio (fazendo as trocas gasosas) e nutrindo todas as células.
CAUSA DA ANEMIA

• A causa mais comum é a carência de ferro, encontrada nos alimentos como:


• Carnes
• Fígado
• Gema de ovo
• Feijão
• Soja
• Ameixa
ANEMIA CRÔNICA

• Apresenta sintomas mais graves como:


1. Hipóxia
2. Palidez
3. Taquicardia
4. Geofagia (mamia de comer terra ou barro)
HIPOVITAMINOSE A

Carência de retinol ( proveniente da vitamina A), devido sua


diminuição ou esgotamento das sua reservas.
HIPOVITAMINOSE A: SINTOMAS

• Cegueira noturna
• Pele áspera
• Mal formação óssea
FONTES DE VITAMINA A

• Fígado
• Leite
• Vegetais verdes
• Vegetais amarelos
BÓCIO ENDÊMICO

• É o aumento da glândula tireoide decorrente da deficiência de


iodo.
FONTES DE IODO

• Sal iodado
• Frutos do mar
• Agentes corantes
CÁRIE DENTÁRIA

• A cárie dental é uma doença infecciosa crônica multifatorial.


• Uma forma profilática é a utilização do flúor dos alimentos.
FONTES DE FLUOR

• Alimentos marinhos
• Creme dental enriquecido com flúor
RAQUITISMO

• Deficiência de vitamina D provocando a diminuição de cálcio e


fósforo.
FONTES DE VITAMINA D

• Fígado
• Leite
PELAGRA

• Causada pela falta de vitamina B.


• Sintomas:
1. Fraqueza
2. Diarréia
3. Cansaço
4. Anorexia
5. Lesões na pele
FONTE DE VITAMINA B

• Fígado
• Cereais
• Leite
• Frango
Obrigada!!!

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