LIBRAS

Unidade IV – Aula 04
Prof. Esp. Renan Pires
Sintaxe da Libras
Os seres humanos são
capazes de compreender e
produzir um número infinito
de sentenças.
 É o estudo da estrutura da frase, ou seja, da
combinação das unidades significativas da
frase;

 É a parte da linguística que estuda a estrutura

interna das sentenças e a relação interna entre
as suas partes.
 Combina as palavras de forma recursiva observando
restrições impostas por princípios que a determinam;

 Essa estruturas acomodam infinitas combinações de

palavras ou sinais em um número finito de
possibilidades.
 O que os utentes de uma língua conhecem para
poder compreender e produzir um número infinito
de sentenças?
Conhecimento Linguístico

 Existência de uma gramática que apresenta

um conjunto finito de princípios (regras);
Conhecimento Linguístico

 Possibilita a compreensão e produção de

um número infinito de combinações em
uma determinada língua;
 Comuns a todos os seres humanos
captando, as regularidades da língua.
 Estrutura Sintática
◤
Exemplo:

muito João

de

Maria gosta
 Estrutura Sintática
Restrições que se aplicam às sentenças de uma língua para que ela seja
organizada de uma determinada maneira.
Língua Portuguesa Língua Brasileira de Sinais
Pode acontecer mudanças, desde que essas apresentem razões específicas
e vão observar restrições para serem acomodadas diferentemente.

Sujeito – Verbo - Objeto

Objeto – Sujeito – Verbo
Sujeito – Objeto – Verbo
ESTRUTURA FRASE
SINTÁTICA
S-V-O ELA VER TV
O-S-V TV ELA VER
S-O-V ELA TV VER
TIPOS DE VERBOS

- Direcionais/Com concordância – flexionam em pessoa, número.

Exemplos: avisar, perguntar, responder.

- Simples/Não direcionais/Sem concordância – não flexionam em pessoa

e número.
Exemplos: aceitar, conhecer, saber entender.

Verbos ancorados ao corpo: cujos exemplos: gostar, amar, sentir.

TIPOS DE VERBOS

- Direcionais/Com concordância – flexionam em pessoa, número.

Exemplos: avisar, perguntar, responder.

- Simples/Não direcionais/Sem concordância – não flexionam em pessoa e número.

Exemplos: aceitar, conhecer, saber entender.

Verbos ancorados ao corpo: cujos exemplos: gostar, amar, sentir.

- Verbos espaciais - são verbos que têm afixos locativos.

Exemplos desse tipo de verbo: Colocar, Ir, Chegar.
 Tipos de Frases
No nível da sintaxe, as marcações não-manuais são
responsáveis por indicar determinados tipos de
construções:
 Afirmativa  Condicional
 Negativa  Relativa
 Interrogativa  Tópico
 Exclamativa  Foco
 Afirmativa
 São sentenças que expressam ideias ou ações
afirmativas;
 São realizados movimentos para cima e para
baixo com a cabeça indicando afirmação.
Exemplo:
EU VOU A ESCOLA.
 Negativa
 São aquelas em que a sentença está sendo
negada.
 Na língua de sinais, podem estar incorporadas
aos sinais ou expressas apenas por meio da
marcação não manual.
 Negativa
 Normalmente, possuem um elemento negativo
explícito, como NÃO, NADA, NUNCA, NUNCA
MAIS ou incorporado ao sinal.

Exemplo:
EU (...) VOU A ESCOLA.
 Interrogativa
 Perguntas que podem requerer informações relativas aos
argumentos por meio de expressões interrogativas: O
QUE, COMO, ONDE, QUEM, POR QUE, PARA QUE,
QUANDO, QUANTO, QUAL, etc;
 Há uma pequena elevação da cabeça, acompanhada do
franzir da testa.
 Interrogativa
Exemplo:
O QUE ELA DISSE?
ONDE VOCÊ MORA?
POR QUE VOCÊ REPROVOU NA DISCIPLINA DE
LIBRAS?
 Interrogativa
 Perguntas formuladas para obter uma resposta
positiva ou negativa (SIM ou NÃO);

 Há um leve abaixamento da cabeça,

acompanhado elevação das sobrancelhas.
Exemplo:
VOCÊ QUER ÁGUA?
QUAL SUA IDADE?
 Exclamativa
 São empregadas quando o emissor quer manifestar
emoção;
 Sobrancelhas levantadas, e ligeiro movimento da
cabeça para cima e para baixo.
Exemplo:
QUE PROVA DIFÍCIL!
 Condicional
 São sentenças que estabelecem uma condição
para realizar outra coisa.

Exemplo:
SE CHOVER, EU NÃO VOU À PRAIA.
 Relativa
 São aquelas em que há uma inserção dentro da sentença
para explicar, para acrescentar informações, para encaixar
outra questão relativa ao que está sendo dito;
 Nessas sentenças, normalmente utiliza-se QUE na língua
portuguesa;
 Relativa

Na língua de sinais há uma quebra na expressão

facial para anunciar a sentença relativa que é
produzida com a elevação das sobrancelhas.
Exemplo:
A CRIANÇA QUE CAIU DA BICICLETA ESTÁ NO
HOSPITAL.
 Tópico
 É uma forma de retomar o assunto sobre o qual se desenvolverá o
discurso;
 A elevação das sobrancelhas é a marca associada ao
tópico.
Exemplo:
FRUTAS, EU GOSTO DE BANANA.
CORES, EU GOSTO DE AZUL.
 Foco
 São aquelas que introduzem no discurso uma
informação nova que pode estabelecer contraste,
informar algo adicional ou enfatizar alguma coisa;
 Envolve construções duplas, em que o elemento
duplicado ocupa a posição final.
 Foco
Exemplo:
MARIA COMPROU A MOTO. NÃO, PAULO
COMPROU A MOTO.

EU PERDI O CELULAR, PERDI.

 ASPECTOS SEMÂNTICOS E PRAGMÁTICOS

Semântica: estuda o significado linguístico

Pragmática: estuda o significado resultante do uso linguístico.

Além disso, entendemos que o sentido muitas vezes sofre influência

do contexto pragmático, sendo este último tomado como o conjunto
de circunstâncias em que a mensagem que se deseja transmitir é
emitida.
O que são sinais icônicos e arbitrários em LIBRAS?

Iconicidade – sinais icônicos são aqueles em que o gesto

reproduz ou faz alusão à imagem do seu referente.
Como exemplo, temos CASA, BORBOLETA e TELEFONE.

Arbitrariedade – ocorre quando o gesto não faz alusão à

imagem do seu significado.
Exemplos: CONVERSAR, PESSOA, PERDOAR.
 ◤
REFERÊNCIAS
 FARACO, C. E; MOURA, F. M. de; MARUXO, J. H. Gramática.
Editora ática, edição reformulada. São Paulo – SP, 2006.

 LUCINDA, Ferreira Brito. Por uma gramática de língua de

sinais. – Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro: UFRJ,
Departamento de linguística e Filologia, 1995.
 REFERÊNCIAS
 QUADROS, Ronice Muller de. KARNOPP, Lodenir Becker.
Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos.
– Porto Alegre: Artmed, 2004;
 QUADROS, Ronice Muller de. PIZZIO, Aline Lemos.
REZENDE, Patrícia Luiza Ferreira. LÍNGUA BRASILEIRA DE
SINAIS II. Florianópolis, janeiro de 2008.