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Biodisponibilidade:
MACROMINERAIS (≥ 100mg/dia)
Cálcio, fósforo, enxofre, potássio, sódio, cloro, magnésio
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POTÁSSIO – principal catião intracelular
• Funções: contração muscular e transmissão de impulsos nervosos, regulação da
pressão sanguínea
• Deficiência:
➢ Hipocalémia: depleção de potássio, risco aumentado de hipertensão,
desequilíbrio ácido-base
CÁLCIO
• Funções: regula a vitamina D (↑absorçao cálcio no intestino), PTH (↑reabsorçao
óssea e renal de cálcio), calcitonina (inibe formação e atividade dos osteoclastos)
• Fontes alimentares: lacticínios, nabiças, couve-galega, brócolos, couve-flor,
sardinhas em lata, espinafre (↑teor de cálcio, mas oxalato impede a absorção)
• Deficiência:
➢ Hipocalémia: falência renal, distúrbios paratiroide, deficiência de vitamina D;
espasmos musculares, convulsões; deficiência crónica de cálcio (osteoporose)
➢ Hipercalémia: cancro e sobreprodução de PTH; fadiga, confusão, perda apetite,
obstipação; deposição de cálcio nos tecidos
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MAGNÉSIO
• Funções: reações enzimáticas, contração muscular, coagulação sanguínea
• Fontes alimentares: cereais integrais, espinafres, batata, leguminosas, marisco
• Deficiência:
➢ Hipomagnesémia: doença renal, alcoolismo, alguns diuréticos; perda de apetite,
náuseas, fraqueza, cãibras, confusão, irritabilidade, perturbações do ritmo
cardíaco
➢ Hipermagnesémia: diarreia, náuseas, fraqueza generalizada
OLIGOELEMENTOS (<100mg/dia)
FERRO
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• Fontes alimentares: carne, peixe, fígado, leguminosas, cerais integrados e alimentos
fortificados contêm menor teor de ferro biodisponível
• Deficiência:
➢ Anemai: eritrócitos insuficientes, falta de ferro que impede a produção normal
de eritrócitos; deficiência + comum, principalmente em países em desenv.
• Toxicidade: em crianças – náuseas, vómitos, diarreia, taquicardia, tonturas,
desorientação
- hemocromatose: doença genética que causa absorção excessiva de ferro;
consequências – diabetes, doenças cardiovasculares, cirrose, cancro, fígado, artrite
ZINCO
• Funções: enzimas (estrutura e função), diversas atividades biológicas, metabolismo
de ácidos nucleicos, desenvolvimento e manutenção do sistema imunitário, visão e
regulação genética
• Absorção: 10-35%; fibras e fitatos impedem a absorção (dietas vegetarianas)
• Fontes proteicas: carnes vermelhas, marisco
• Deficiência:
➢ Diarreia e infeções crónicas: excesso de excreção de zinco
➢ Fibrose quistica e doença de Crohn podem afetar absorção de zinco
CRÓMIO
• Funções: potencia a ação da insulina, podendo melhorar a tolerância à glicose;
metabolismo lipídico
• Fontes alimentares: cereais integrais, algumas cervejas e alguns vinhos; marisco,
nozes, feijão
• Deficiência: em indivíduos a receber nutrição parentérica
• Toxicidade: rara
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COBRE
• Funções: componente de enzimas antioxidantes, cadeia transportadora de eletrões,
produção de melanina, colagénio e elastina, sistema imunitário, mielinização do SN
e sistema cardiovascular
• Absorção: 50% (intestino); ferro, zinco e anti-ácidso reduzem a absorção; albumina
transporta cobre para o fígado, levando 2/3 incorporados na ceruloplasmina
• Armazenamento: fígado, cérebro e medula óssea
• Excreção: fezes e urina (menor teor)
• Fontes alimentares: carnes vermelhas e ostras, ameijoas
• Deficiência: frequente em bebés prematuros; consequências – anemia e anomalias
ósseas
• Toxicidade: doença de Wilson; consequências – anemia e alterações no fígado e
problemas neurológicos
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FLÚOR – vital para a saúde dos dentes e ossos
• 99% encontra-se em tecidos calcificados
• Funções: promove a deposição de cálcio e fósforo nos ossos e dentes; fundamental
para a manutenção dentaria e óssea; proteção contra cáries e estimulação da
formação óssea
• Fonte: água
• Deficiência: risco aumentado cáries dentarias
• Excesso: fluorose dentária e óssea
Nutrição nas várias fases da vida: gestação, lactação, infância, idade adulta, adultos mais
velhos (idosos) – fisiologia muda consoante a fase da vida em que estamos
INFERTILIDADE
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Relação entre nutrição e infertilidade feminina:
Relação entre nutrição e infertilidade
- Aumento do aporte de ácido fólico e vitamina B12 parece masculina:
aumentar o sucesso da reprodução medicamente assistida
✓ A suplementação de antioxidantes nos
- A ingestão de gorduras trans está associada a uma homens poderá aumentar o sucesso da
diminuição da fertilidade reprodução medicamente assistida
✓ Dietas mais saudáveis estão associadas
- Aumento do consumo de ácidos gordos ómega-3
a melhor qualidade do esperma
associado a um aumento da fertilidade
✓ Ingestão de gorduras trans está
- Laticínios parecem não ter uma influência relevante na associada a uma menor qualidade do
fertilidade esperma e marcadores de diminuição
Peso e infertilidade:
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❖ Bebés com elevado peso no nascimento/exposição ao tabaco: obesidade na vida
adulta; diabetes
Nutrição da grávida
- Aumento em 12% do tamanho do músculo cardíaco – edema dos membros inferiores pela
expansão do útero sobre a veia cava inferior
- ↑ da insulina plasmática
Associadas às variações
- ↓ da sensibilidade à insulina (insulinorresistência)
hormonais características
- ↑ absorção de cálcio e ferro da gravidez
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Recomendações para ganho de peso gestacional – a mulher deve aumentar o peso
- Depósitos de gordura – 9%
❖ PIROSE (azia)
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❖ DIABETES GESTACIONAL
❖ HEMORROIDAS - Muito frequente na gravidez (incidência
- Prevenir a obstipação de 9,6% das grávidas)
- Optar por ervas aromáticas em - ↑ do risco de pré-eclâmpsia
detrimento de especiarias como a - ↑ do risco de complicações para o feto
pimenta, a mostarda ou os cominhos
- Exige orientação individualizada por um
nutricionista
❖ ANEMIA - Associado a gravidez risco
- Aumento do aporte de alimentos
Recomendações:
ricos em ferro – carnes, peixes,
vegetais verdes escuros, ✓ Forte restrição de açúcar
Alimentação na lactação
Vantagens:
o Vitaminas – DRI’s aumentadas → vit. A, vit. C, vit. E, riboflavina, vit. B6, vit. B12, ác.
pantoténico, biotina e colina
o Minerais – DRI’s aumentadas → crómio, cobre, iodo, manganês, selénio, zinco
• Evitar que os horários das refeições da mãe coincidam com as refeições do bebé
• A mãe deverá beber mais água do que na gravidez – cerca de 2/3 litros
• Evitar alimentos que possam originar:
o Alergias no bebé – chocolate, citrinos, marisco, morangos, bebidas alcoólicas
o Mau sabor ao leite – alho, cebola, espargos, especiarias, fritos
o Cólicas ou flatulência – chá preto ou verde, café, coca-cola e outros refrigerantes, grão,
feijão, brócolos, couves, chocolate
• Evitar bebidas alcoólicas
• Evitar fumar – perto da criança; afeta a produção de leite; diminui o teor de vit. C do
leite
• Evitar estimulantes – hiperatividade, alterações do sono; porém, não são uma
contraindicação (em moderação)
• Alguns tipos de medicação
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Situações em que é contraindicado o aleitamento materno exclusivo: mães seropositivas
para HIV, uso de radioisótopos, situações de galactosemia, tuberculose ativa e não tratável,
utilização de drogas ilícitas, quando não é possível estabelecer amamentação ou esta não é
suficiente
- Não há evidência que a produção de leite materno seja aumentada por determinados
alimentos
- Um dos alimentos sugerido pelo conhecimento popular é a cerveja preta. Deverá ser
evitada devido ao seu conteúdo em álcool
- Até 6º mês – leite materno fornece todos nutrientes de forma adequada para o lactente e
nenhum outro alimento nem água precisam ser oferecidos à criança
- 1º ano de vida – criança triplica o seu peso; comprimento aumenta 50% no mesmo período
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Diversificação alimentar – objetivos e importância
• Nunca deverá ser feita antes das 17 semanas (4meses) nem após as 26 sem. (6,5
meses) – poderá ser um pouco mais tarde caso a mãe queira continuar a amamentar
exclusivamente e se o leite for suficiente (no máximo até aos 8 meses)
• Um alimento de cada vez
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• Em quantidades razoáveis – parece haver uma maior estimulação da síntese da IgE em
resposta a pequenas quantidades de alergénios
• Esperar cerca de 7 dias até introduzir outro alimento – verificar se há alguma reação
alérgica
Avaliação nutricional
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Nutrientes muito importantes na infância e adolescência
Nutrição no adulto
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Body Mass Index (BMI):
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Envelhecimento
Alterações fisiológicas
• Senescência: período de vida após 30 anos que envolve todo o corpo – diminuição
das funções dos órgãos e sistemas; predomina o catabolismo
• Diminuição do metabolismo basal
- De 15 a 20%
o Cardiovascular – arterioesclerose
o Renais – pode diminuir em 60% até aos 80 anos; < capacidade de concentrar urina
e excreção
o Hepáticas
o Neurológicas – alterações psicológicas, motoras, cognitivas
o Imunológicas – diminuição da imunidade humoral e mediada → maior
suscetibilidade a infeções e d. auto-imunes
Medicação
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Dificuldades nutricionais comuns em adultos mais velhos:
o Perda do paladar
o Dificuldades de mastigação (problemas de dentição)
o Alterações do olfato
o Diminuição da visão
o Dificuldades de controlo motor (perda de autonomia, inclusive alimentar)
o Alterações digestivas e dificuldades de deglutição
4,8% dos idosos em lares estão em situação de desnutrição e 38,7% em risco de desnutrição
Consequências da desnutrição:
▪ Desnutrição/défice de nutrientes
▪ Diminuição da imunidade
▪ Diminuição da capacidade funcional
▪ Anemia
▪ Úlceras de pressão
▪ Quedas e fraturas
▪ Desidratação
Screening do risco nutricional no idoso é uma maneira de controlar o seu estado nutricional
✓ Fortificação alimentar
✓ Nutrição entérica – nutrição por sonda, via do tubo
digestivo
✓ Nutrição parentérica – nutrição por veias
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Indicação para suporte nutricional:
Alimentação tradicional
- Alimentação culinária
- Se necessário alterar a
textura ou enriquecer em
nutrientes específicos
Fortificação alimentar
- Se não for possível atingir as necessidades por via oral com a alimentação habitual
Nutrição entérica
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- Em doentes críticos: atenuação da resposta catabólica e preservação da função
imunológica
Nutrição parentérica
VIA ORAL
NUTRIÇÃO ENTÉRICA
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❖ Suplementos nutricionais modulares devem ser utilizados exclusivamente como
suplementos da dieta habitual, não devendo utilizar como fonte única de alimentação
❖ Suplementos nutricionais orais suplementam a dieta habitual e podem ser a única fonte
de alimentação
o Trato GI funcionante
o Doentes malnutridos ou com risco nutricional
o Ingestão alimentar impossível ou incapaz de manter ou recuperar o estado
nutricional
o Alteração da digestão, absorção e metabolismo
o Emagrecimento severo ou comprometido do desenvolvimento
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Vantagens nutrição entérica vs. Parentérica:
▪ Mais fisiológica
▪ Manutenção das características intestinais
▪ Prevenção da translocação bacteriana, de septicémia e do risco da falência
multiorgânica
▪ Segurança e mais baico custo
• Implica a utilização do trato GI, geralmente via tubo de alimentação com a ponta no
estômago ou intestino delgado
• Seleção do acesso depende:
Vias de acesso
▪ Nasogástrica
Curto
▪ Nasoduodenal
prazo
▪ Nasojejunal
(≤ 4sem.)
Sonda
▪ Faringostomia cervical
prazo ▪ Gastrostomia
▪ Gastrostomia endoscópica percutânea
(> 4sem.)
▪ Jejunostomia
Sonda nasogástrica
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Faringostomia/esofagostomia
- Faringostomia tem sido substituída por esofagostomia (menor risco de obstrução das vias
aéreas)
- Adequadas para suporte nutricional superior a uma semana, em pacientes com esófago
normal e que toleram anestesia geral (curta duração)
Gastrostomia
NUTRIÇÃO PARENTÉRICA
NP vs. Fluiodoterapia
Os nutrientes utilizados não vão seguir as vias metabólicas normais, pois são ultrapassadas
as fases de digestão, absorção, estimulação de hormonas digestivas e primeira passagem
do metabolismo hepático dos nutrientes
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Fluiodoterapia pós-operatória
Nutrição parentérica:
• Os nutrientes usados não vão seguir as vias metabólicas normais, pois são
ultrapassadas as fases de ingestão, digestão, absorção, estimulação de hormonas
digestivas, passagem do metabolismo hepático dos nutrientes
• Forma química dos nutrientes difere da utilizada na nutrição oral ou na NE, com
interações metabólicas complexas, problemas fisiológicos e bioquímicos
reconhecidos
INDICAÇÕES NP
intestino não está acessível
NE não é viável porque intestino não está NE não é segura ou
ou não é possível colocar
funcionante pode não ser eficaz
sonda
▪ Obstrução intestinal ▪ Lesão/cirurgia facial ou ▪ Não é segura –
▪ Alguns tipos/locais de fístula malformação isquemia intestinal
gastrointestinal ▪ Obstrução ou ▪ Não é eficaz –
▪ Síndrome do intestino curto (<200 cm de malformação do TGI vómitos
intestino delgado em continuidade) superior incoercíveis
▪ Diarreiapersistente e severa ou absorção ▪ Risco de hemorragia do
comprometida TGI superior (ex.:
▪ Sinais persistentes de dismotilidade presença de varizes
significativa do intestino (abdómen esofágicas)
distendi-do e/ou doloroso, aspiração
gástrica persistente e em grande
volume, nenhuma saída intestinal)
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Vantagens: Desvantagens:
Contraindicações
Vias de acesso:
Escolha de acesso:
o Duração prevista
o Condição do doente – estado da rede venosa
o Osmolalidade das soluções disponíveis para uso
o Limitações de acesso
RESUMO
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Árvore de decisão – suporte Equipa multiprofissional
nutricional
- Totalidade de camas;
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Plano alimentar: plano adequado e equilibrado, que tem em conta:
- Variações individuais;
- Disponibilidade de alimentos;
- Condições socioeconómicas.
Modificações:
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TIPOS DE DIETAS
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