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[Daniel Carvalho] 1
Sumário
• Definição
• Prevalência
• Atividades que demonstram adesão
• Fatores que influenciam a adesão
• Causas de não adesão em saúde mental
• Melhorar a adesão
• Intervenção de enfermagem
Informação ao doente
[Daniel Carvalho] 2
Conceito
Cumprimento Adesão
(compliance) (adherence)
(Costa, 2012)
[Daniel Carvalho] 3
Conceito
Adesão
“a medida em que o comportamento de uma pessoa –
tomar a medicação, seguir uma dieta e/ou executar
alterações ao estilo de vida, corresponde às
recomendações acordadas de um prestador de cuidados
de saúde”
(WHO, 2003; Ordem dos enfermeiros, 2009)
[Daniel Carvalho] 4
Conceito
Adesão
“atitudes e comportamentos do cliente que condizem
com o conjunto de medidas terapêuticas prescritas
para o controle da doença (medidas farmacológicas
e não farmacológicas) ”
(Silva, 2010)
[Daniel Carvalho] 5
Conceito
Adesão ao Regime Terapêutico
(Petronilho, 2009)
[Daniel Carvalho] 6
Conceito
Adesão ao Regime Terapêutico
Tomar os
medicamentos/fármacos
Fazer mudanças no de forma apropriada
estilo de vida,
incluindo na dieta,
exercício, cessação
do tabagismo e
gestão do stress Agendamento de
ART consultas de
cuidados de saúde
e comparecer às
mesmas
Autogestão de outros
comportamentos que
melhoram a saúde e os
resultados dos cuidados (Cabral e Silva, 2010)
[Daniel Carvalho] 7
Prevalência
A adesão é menor na doença crónica
[Daniel Carvalho] 9
Prevalência
(OMS 2003)
[Daniel Carvalho] 10
O papel do Enfermeiro
[Daniel Carvalho] 11
O papel do Enfermeiro
Avaliar, diagnosticar, intervir e avaliar resultados nas questões relacionadas com a adesão ao
regime terapêutico
Informar acerca das vantagens em prosseguir com o tratamento, efeitos adversos da medicação,
vantagem na correção de estilos de vida incorretos…
(Lourenço, 2009; WHO, 2003; OE, 2009)
[Daniel Carvalho] 12
Atividades que
demonstram adesão
Adquirir e tomar os medicamentos de forma apropriada
[Daniel Carvalho] 13
Formas de avaliar a não
adesão
• Confirmar a realização dos autocuidados
terapêuticos
• Observação direta –só pode ser utilizada em
As medidas tratamentos de toma única ou se a pessoa se
encontrar internada.
diretas • Avaliação das concentrações séricas –doseamento
de marcadores bioquímicos que é realizado
através da recolha de fluídos corporais
[Daniel Carvalho] 14
Fatores que influenciam
a adesão à terapêutica
[Daniel Carvalho] 15
Fatores que influenciam
a adesão à terapêutica
[Daniel Carvalho] 16
Causas da não adesão
em saúde mental
Relutância em reconhecer a necessidade de tratamento, fraco insight, défices cognitivos
Descrença na eficácia dos medicamentos e deficiente controlo dos sintomas
Preocupação com os efeitos secundários, incluindo a possibilidade de ficar dependente
Efeitos vários intoleráveis
Estigma
Esquecimento
Falta de motivação
Preço
Características da própria doença
Fraco apoio social
Abuso de substância
Posologias inconvenientes e complexas
Harrison, Geddes & Sharpe, 2006; Cabral e Silva, 2010;
[Daniel Carvalho] 17
Melhorar a adesão
[Daniel Carvalho] 18
Intervenções de Enfermagem
(OMS, 2004)
[Daniel Carvalho] 19
Intervenções de Enfermagem
Construtiva
Atuação
sobre as
causas
Apoiante
Postura do
profissional
Investigação
Não Orientação
culpabilizar/
criticar
(OMS, 2004)
[Daniel Carvalho] 20
Intervenções de Enfermagem
Harrison, Geddes & Sharpe, 2006; Ordem dos enfermeiros, 2009
Avaliar o risco de não adesão
[Daniel Carvalho] 22
Intervenções de Enfermagem
[Daniel Carvalho] 23
Intervenções de Enfermagem
Promoção da adesão ao regime terapêutico
• Lembretes
• Reforço do comportamento de adesão do
Estratégias doente
comportamentais • Conhecer as preferências dos doentes
• Simplificar regimes de dosagens e redução
do número de medicamentos
[Daniel Carvalho] 24
Intervenções de Enfermagem
Promoção da adesão ao regime terapêutico
Aumento da qualidade da
comunicação e da relação terapêutica
[Daniel Carvalho] 25
Estratégias
Promoção da adesão ao regime terapêutico
Camarneiro (2009)
[Daniel Carvalho] 27
Estratégias
Promoção da adesão ao regime terapêutico
[Daniel Carvalho] 28
Intervenções de Enfermagem
Informação ao doente
Doença
Motivo e objetivos da toma
Quando e como tomar
Efeitos secundários e reações adversas
Quem contactar e quando o fazer
(Townsend, 2011)
[Daniel Carvalho] 29
Instrumentos de avaliação
[Daniel Carvalho] 30
Exemplos de Intervenções de
Enfermagem
[Daniel Carvalho] 31
Intervenções de Enfermagem
[Daniel Carvalho] 32
Referências Bibliográficas
Cabral, M; Silva, P. (2010). A adesão à terapêutica em Portugal: Atitudes e comportamentos da população portuguesa perante as prescrições médicas.
Lisboa : ICS. Imprensa de Ciências Sociais.
Harrison, P, Geddes, J, Sharpe, M (2006). Guia Prático Climepsi de Psiquiatria. 1.ª edição. (trad. José Nunes de Almeida). Lisboa: Climepsi Editores
Kaplan, H, Sadock, B (1997). Compêndio de Psiquiatria: ciências do comportamento e psiquiatria clínica. 7ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas.
Kaplan, H, Sadock, B (2012). Manual de farmacologia psiquiátrica. 5ª edição. Porto Alegre: Artmed.
Ordem dos Enfermeiros (2009). Estabelecer parcerias com os indivíduos e as famílias para promover a adesão ao tratamento – Catálogo da
Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CPE®). (Trad. Hermínia Castro). Lisboa: Ordem dos Enfermeiros.
Townsend, M. (2011). Enfermagem em Saúde Mental e Psiquiátrica: Conceitos de Cuidado na Prática Baseada na Evidência. 6.ª edição. (trad. Sílvia
Costa Rodrigues). Loures: Lusociência.
World Health Organization. (2003). Adherence to long term therapies: evidence for action. Geneva, Switzerland: Author.
Petronilho, F. (2009) Produção de indicadores de qualidade. A Enfermagem que queremos evidenciar. Revista Sinais Vitais. Nº 82, 35-43.
Cabral, M. & Silva, P. (2010) A adesão à terapêutica em Portugal: atitudes e comportamentos da população portuguesa perante as prescrições médicas.
Centro Cultural de Belém.
Machado, M.. (2009) Adesão ao regime terapêutico. Representações das pessoas com IRC sobre o contributo dos enfermeiros. Tese de Mestrado em
Educação. Especialidade de Educação para a Saúde. Universidade do Minho. Instituto de Educação e Psicologia.
Falvo, D. (2011) Effective Patient Education: A Guide to Increased Adherence. 4ª ed. Sudbury: Jones and Barlett Publishers.
Camarneiro, A. (2002). Em torno da adesão aos protocolos terapêuticos. Revista Referência. Nº 9, 25-30.
Organização Mundial de Saúde (2004) Adesão aos tratamentos de longa duração. Evidência para a acção. Washington: Organização Panamericana da
Saúde.
Monterroso, L., Pierdevara, L. & Joaquim, N. (2012). Avaliação da adesão regime terapêutico dos utentes seguidos na consulta externa de Psiquiatria do
Centro Hospitalar Barlavento Algarvio. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental, 7, 39-45.
[Daniel Carvalho] 33
COMPORTAMENTO ALIMENTAR
• Pica
• Mericismo
• Perturbação de ingestão alimentar evitante/restritiva
• Anorexia nervosa
• Bulimia nervosa
• Perturbação de ingestão alimentar compulsiva
• Perturbação da alimentação e da ingestão com outra especificação
• Perturbação da alimentação e da ingestão não especificada
4
PICA
5
MERICISMO
6
PERTURBAÇÃO DE INGESTÃO ALIMENTAR
EVITANTE/RESTRITIVA
7
PERTURBAÇÃO DE INGESTÃO ALIMENTAR
EVITANTE/RESTRITIVA
• Ocorre:
• Perda de peso significativa ou incapacidade de atingir o ganho de peso esperado ou crescimento
alternante na criança
• Deficiência nutricional significativa (ou impacto na saúde)
• Dependência de alimentação entérica ou de suplementos nutricionais orais
• Interferência marcada com o funcionamento psicossocial (incapacidade para comer acompanhado,
…)
8
PERTURBAÇÃO DA INGESTÃO ALIMENTAR COMPULSIVA
10
ANOREXIA NERVOSA (AN)
BULIMIA NERVOSA (BN)
11
Fatores risco /
vulnerabilidade
AN
BN
Fatores
precipitantes
12
FATORES PREDISPONENTES / RISCO / VULNERABILIDADE
Influências culturais
Pressão sociocultural
para a magreza
Influências Biológicas
Genética
Anomalias neuroendócrinas
Influências neuroquímicas
14
FATORES PREDISPONENTES / RISCO / VULNERABILIDADE
Influências psicodinâmicas
Interações mãe-filho
15
FATORES PREDISPONENTES / RISCO / VULNERABILIDADE
Influências familiares
Evitação de conflitos
Influências individuais
Influências individuais
Distorção da imagem corporal
Baixa autoestima
Caraterísticas da personalidade
Obesidade
Estilo cognitivo
Doença clínica crónica
17
FATORES PRECIPITANTES
20
PREVALÊNCIA E INCIDÊNCIA
AN AN
0,4 a 1 % ?? %
Mais prevalente em sociedades
industrializadas
BN BN
4% ?? %
10 : 1
Extraordinária
autodisciplina
Perda peso Aumento Falhanço
peso inaceitável de
autocontrolo
23
AN - CARATERÍSTICAS ASSOCIADAS
Ingestão
Restritivo
compulsiva/purgativo
Ligeira
17 < IMC < … (18,5)
Moderada
16 < IMC < 16,99
Grave
15 < IMC < 15,99
Extrema
… < IMC < 15
26
AN – FASES DE EVOLUÇÃO
35
BULIMIA NERVOSA
Ligeira
1 < Episódios compensatórios < 3
Moderada
4 < Episódios compensatórios < 7
Grave
8 < Episódios compensatórios < 13
Extrema
… < Episódios compensatórios < 14
38
BN - CONSEQUÊNCIAS
• A ingestão compulsiva pode nalguns casos provocar dilatação aguda do estômago e sua ruptura
• A indução do vómito pode provocar:
• Calosidades e lesões nas mãos
• Destruição esmalte dentário
• Infeções bucais
• Inflamações esofágicas
• Hemorragias gastrintestinais
• Hipertrofia das glândulas parótidas
• Agravamento da obstipação, lesões da mucosa intestinal, desconforto abdominal, perdas de potássio
• Desidratação e litíase renal, com alterações do equilíbrio hídrico e electrolítico graves
• Hipotensão e arritmias cardíacas
39
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM
40
PREVENÇÃO
42
OBJECTIVOS DO TRATAMENTO
• Aumento de peso
• Aceitação e valorização do próprio corpo com o seu peso normal
• Aprender a gostar de si própria: desenvolver uma identidade mais auto-confiante
• Trocar a infância pela condição de mulher
• Aprender a assumir riscos
• Tomar decisões e aceitar responsabilidades
• Aprender a confiar
• Aprender a ser mais positiva
• Repensar os relacionamentos familiares
• Viver no presente, sem amarras ao passado e medo do futuro
43
TRATAMENTO
44
TRATAMENTO
• Psicoterapia
• Psicoterapia individual
• Por forma a conseguir melhorar / eliminar os erros
perceptivos (em relação a si própria e aos outros)
• Melhorar auto-imagem e auto-percepção
• Terapia comportamental
• Com o objectivo de inverter os seus objectivos
• Psicoterapia cognitivo-comportamental
• Psicoterapia interpessoal
• Terapia de grupo
46
TRATAMENTO
• Modificação do comportamento
• Controlo do tratamento
• Autonomia do doente
• Aumento de peso
• Terapia familiar
• Gestão da dinâmica familiar
• Psicofarmacologia
• Ansiolíticos e antidepressivos
• Outros…
47
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM E ATITUDE TERAPÊUTICA
• Objetivos
• Atingir e manter pelo menos 85% do peso corporal esperado
• Os sinais vitais e estudos séricos estão dentro dos limites normais
• Verbaliza a importância da nutrição adequada
• Verbalizar conhecimento acerca das consequências da perda de líquidos causada pelo vómito
autoinduzido e uso de laxantes e diuréticos e importância da ingestão adequada de líquidos
• Verbaliza acontecimentos que precipitam ansiedade e demonstra técnicas para a sua redução
• Expressa interesse pelo bem-estar dos outros e menor preocupação com a própria aparência
48
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM E ATITUDE TERAPÊUTICA
- NUTRIÇÃO DESEQUILIBRADA -
• Se necessário, administrar dieta líquida via SNG
• Determinar com o nutricionista o número adequado de calorias necessárias para uma nutrição
adequada e um aumento de peso realista
• Negociar programa de modificação de comportamento (alimentação, exercício, avaliação,
recompensas, …)
• Explicar ao utente e família o programa de modificação de comportamento
• Não focar a conversa na comida e na ingestão em específico, mas sim nos assuntos emocionais que
precipitam estes comportamentos
• Não discutir alimentos ou ingestão de alimentos depois de estabelecido o protocolo. Oferecer apoio
e reforço positivo para melhorias óbvias nos comportamentos de ingestão
• Manter um registo rigoroso da ingestão e eliminação
• Pesar o utente diariamente, imediatamente ao despertar e após a primeira micção, com a mesma
balança
49
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM E ATITUDE TERAPÊUTICA
- NUTRIÇÃO DESEQUILIBRADA -
50
INTERVENÇÃO DE ENFERMAGEM E ATITUDE TERAPÊUTICA
- NEGAÇÃO INEFICAZ -
52
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Alucinações
Incapacidade para desempenhar
as tarefas e papéis habituais
Confusão
Comprometimento da memória
Alucinações Delírios
Prof. Catarina Tomás 5
Perturbações Psicóticas
(DSM-V)
Esquizofrenia
Perturbação Esquizofreniforme
Perturbação Esquizoafectiva
Perturbação Delirante
Perturbação Psicótica Breve
Perturbação Esquizotípica da Personalidade
Catatonia associada a outra perturbação mental
Perturbação catatónica devida a outra condição médica
Catatonia não especificada
Perturbação Psicótica Secundária a um Estado Físico Geral
Perturbação Psicótica Induzida por Substâncias
Perturbação do espectro da esquizofrenia com outra especificação e
outras perturbações psicóticas
Perturbação do espectro da esquizofrenia não especificada e outras
perturbações psicóticas
Prof. Catarina Tomás 6
Prof. Catarina Tomás 7
Esquizofrenia
Schizein
(fenda ou cisão)
Esquizofrenia
Phrenós
(Pensamento)
Fatores
psicológicos
Fatores Fatores
biológicos ambientais
Percepção
Positivos
Negativos
• Temáticas diversas
• Predominam os temas: perseguição ou
Delírios ameaça; místicos; roubo e divulgação do
pensamento; controlo
• Perceção delirante
Alterações • Alucinações – predominam as auditivo-verbais
da perceção críticas e ameaçadoras ou imperativas
(comando)
• Agressividade
• Isolamento
• Bizarrias: coprolália, risos
Alterações do imotivados, contato visual (evitado
ou fixo e vazio)
comportamento
• Anomalias motoras: Flexibilidade
cérea, Negativismo, Ecopraxia,
Estereotipias, Estupor catatónico,
Excitação catatónica
Prof. Catarina Tomás 21
Sintomatologia
- Sintomas negativos -
Acompanham a evolução da
doença e reflectem um estado
deficitário ao nível:
Da motivação
Das emoções
Do discurso
Do pensamento
Das relações interpessoais (diminuição ou perda de funções
normais)
Por vezes torna-se difícil distinguir se estamos perante os
sintomas negativos ou um estado depressivo
Os sintomas depressivos podem ocorrer em simultâneo
com a própria doença
Prof. Catarina Tomás 22
Sintomatologia
- Sintomas negativos -
Quadro amotivacional
Abulia
Anedonia
Apatia
Isolamento social
Embotamento afetivo
Pobreza de discurso
Prof. Catarina Tomás 23
Sintomatologia
- Quadro depressivo -
Os sintomas depressivos acompanham a evolução da
doença em cerca de 25% dos casos
Os sintomas depressivos encontram-se nas várias
fases da doença, nomeadamente fase pré-psicótica,
surto psicótico e na fase de recuperação
Existe dificuldade em diferenciar um quadro depressivo,
devido à medicação neuroléptica e aos próprios
sintomas negativos da patologia
Cerca de 10% dos utentes acabam por cometer o
suicídio
• Vídeo 1
• Video 2
Farmacológico
Neurolépticos ou antipsicóticos
Eletroconvulsivoterapia (ECT)
Psicoterapia
Individual
Grupo
Terapia cognitivo-comportamental
Treino de competências sociais
Tratamento social
Milieu theraphy
Terapia familiar
Desenvolvimento de défices
cognitivos múltiplos
Atenção complexa
Funções executivas
Aprendizagem e memória
Linguagem
Capacidade percetivomotora
Cognição social
Diminuição no funcionamento ocupacional ou
social
Declínio em relação a um nível prévio de
funcionamento
Prof. Catarina Tomás 53
Perturbação neurocognitiva major ou ligeira
Demência primária
Principal sinal de uma
doença orgânica
cerebral não relacionada
diretamente a outra
doença orgânica
Demência secundária
Causada ou relacionada
com outra doença ou
condição
Alterações neurológicas
Degeneração cerebral
○ Atrofia
○ Sulcos corticais ampliados
○ Ventrículos cerebrais aumentados
Emaranhados neurofibrilares
Placas senis
○ Hipocampo
○ Córtex cerebral
○ https://www.youtube.com/watch?v=yJXTXN4xrI8
PN Frontotemporal ML
PNML com Corpos de Lewy
PN Vascular major ou ligeira
PNML devido a lesão cerebral traumática
PNML induzida por substâncias/medicamentos
PNML devido a infeção por VIH
PNML devido a doença de priões
PNML devido a doença de Parkinson
PNML devido a doença de Huntington
PNML devido a outra condição médica
PNML devido a múltiplas etiologias
PN não especificada Prof. Catarina Tomás 63
Intervenção de enfermagem e atitude terapêutica
- Objetivos -
Não experienciar lesões físicas
Não causar danos a si mesmo ou aos outros
Manter a orientação quanto à realidade
Ser capaz de comunicar com afeto com o
prestador de cuidados
Executar as AVD’s com auxílio
…
EMOÇÕES
ENFERMAGEM DE SAÚDE
MENTAL E PSIQUIÁTRICA
Prof. Catarina Tomás 1
SUMÁRIO
Ansiedade
▪ Etiologia
▪ Sintomas
▪ Perturbações da ansiedade
▪ Epidemiologia
▪ Perturbações: Fobias e outras
▪ Perturbações obsessivo-compulsivas e perturbações relacionadas
▪ Epidemiologia
▪ Perturbações: Perturbação obsessivo-compulsiva e outras
▪ Consequências
▪ Tratamento
▪ Intervenção de enfermagem
Humor
▪ Perturbações do humor
▪ Epidemiologia
▪ Etiologia
▪ Episódios de alteração do humor
▪ Perturbações do humor
▪ Tratamento
▪ Psicoterapia
▪ Intervenção de enfermagem
▪ Referências bibliográficas Prof. Catarina Tomás 2
ANSIEDADE
Prof. Catarina Tomás 3
ANSIEDADE
Ansiedade patológica:
▪ Preocupações irrealistas ou
excessivas sobre circunstâncias da
vida e uma série de sintomas físicos
que persistem durante algumas
semanas e estão presentes na
maior parte dos dias
▪ Medo penetrante generalizado
associado à apreensão e
preocupação e à antecipação de
situações assustadoras
Ansiedade
Medo
Stresse
Sensação resultante da interação
Processo
entre:
Força exercida cognitivo
- elementos ambientais stressantes
sobre o ocorrendo a
- predisposições biológicas internas
indivíduo por avaliação
- estado de alerta psicológico
elementos intelectual de
ambientais um estímulo
Resposta emocional subjetiva ao
ameaçador
stressor
“traço”
“estado”
Predisposição subjacente
Função variável que
ao nível da ansiedade que
depende de fatores
o indivíduo tem
externos
inicialmente
Componentes
da ansiedade
Genética
Biológica
▪ Alterações a nível neurológico
(estruturas do tronco cerebral,
sistema límbico e córtex frontal)
▪ Alterações de
neurotransmissores
(noradrenalina, serotonina)
Psicossociais
▪ Comportamentos aprendidos
▪ Defesa mal sucedida contra
impulsos ansiogénicos
Prof. Catarina Tomás 9
ANSIEDADE
- SINTOMAS -
Hiperatividade
Tensão motora Vigília e alerta
autonómica
• Tremores, contrações • Falta de ar ou sensação • Sentir-se tenso ou
espasmódicas ou de asfixia enervado
sensação de fraqueza • Palpitações ou • Reação de alarme
• Tensão muscular, dores taquicardia exagerada
ou sensibilidade • Sudação ou mãos frias e • Dificuldade de
• Inquietação húmidas concentração ou perda
• Fadiga fácil • Boca seca de memória devido à
• Tonturas ou esvaimento ansiedade
• Náuseas, diarreia ou • Insónia inicial,
outro mal estar intermédia ou tardia
abdominal • Irritabilidade
• Rubores ou suores frios
• Micção frequente
• Dificuldade em engolir
ou sensação de “nó na
garganta”
Prof. Catarina Tomás 10
Perturbações da ansiedade
ANSIEDADE
Subtipos
▪ Tipo animal
▪ Animais ou insetos.
▪ Tipo ambiente natural
▪ Situações de ambiente natural,
como tempestades, alturas ou água.
▪ Tipo sangue-injeções, ferimentos
▪ Visão de sangue, ferimentos, levar injeções ou outros
procedimentos invasivos.
▪ Tipo situacional
▪ Situações específicas como transportes públicos, túneis, pontes,
elevadores, voar, conduzir ou espaços fechados.
▪ Outro tipo
▪ Medo de asfixia, vómito ou contrair doenças, fobia do “espaço” e
medos de crianças devido a sons altos e figuras mascaradas.
Prof. Catarina Tomás 19
FOBIA SOCIAL
Presença de obsessões e
compulsões recorrentes
Pensamentos ou impulsos
persistentes que são
reconhecidos pelo doente como
sendo irracionais, mas que, não
obstante a sua resistência,
continuam a ocorrer
As compulsões são claramente
excessivas ou não se relacionam
de modo realista com o que
pretendem neutralizar ou
prevenir
Prof. Catarina Tomás 28
PERTURBAÇÃO OBSESSIVO-COMPULSIVA
Obsessão
Preocupação com um
defeito, imaginado ou
exagerado, na aparência
física
A preocupação pode causar
sofrimento significativo ou
incapacidade social,
ocupacional ou noutras
áreas importantes do
funcionamento
Dificuldade persistente em
descartar ou separar-se dos seus
bens, independentemente do seu
valor real
Forte necessidade de guardar os
objetos e mal-estar aquando da
separação
Pode associar-se a compras
excessivas da perturbação de
acumulação
▪ Recolha excessiva, compra ou furto de
objetos não necessários e para os
quais não há espaço disponível
Prof. Catarina Tomás 36
TRICOTILMANIA
Escoriação recorrente da
própria pele, resultando:
▪ Lesões da pele
▪ Tentativas recorrentes de
parar ou diminuir o
comportamento
Zonas mais comuns:
face, braços e mãos
▪ Pele saudável
▪ Pele com pequenas
irregularidades
Depressão
Perturbações de sono
Consumo de substâncias
Problemas físicos
▪ Bruxismo
▪ Cefaleias crónicas
▪ Úlceras gastrintestinais
▪ Síndrome do cólon irritável
▪ Dores musculares
Psicoterapia individual
▪ Psicoeducação
▪ Psicoterapia orientada para o
▪ conhecimento
Terapia cognitiva
▪ Questionar as evidências
▪ Exame de alternativas
▪ Descatastrofização
▪ Reenquadramento
Terapia comportamental
▪ Dessensibilização sistemática com inibição recíproca
▪ Terapia de implosão/aversiva
▪ Relaxamento
Inclui:
▪ Alegria e tristeza
▪ Optimismo e pessimismo
▪ Satisfação e insatisfação
▪ Sensação de fadiga e robustez
MONDIMORE (2003) compara o humor a uma
“Temperatura emocional”, um conjunto de
sentimentos que exprime a própria sensação de
conforto ou desconforto emocional
Hipomania
Humor normal
Perturbações
Depressão ligeira Bipolares
Perturbações
Depressão moderada Depressivas
Depressão grave
Depressão Psicótica
Prof. Catarina Tomás 54
PERT. RELACIONADAS COM O HUMOR
- EPIDEMIOLOGIA -
São perturbações comuns, e actualmente constituem
a 4.ª causa de incapacidade a nível mundial
A prevalência de Perturbação Depressiva Major na
população geral é de:
▪ 15 a 20% para as mulheres
▪ 5 a 10% para os homens
A prevalência ao longo da vida da Perturbação
depressiva persistente (distimia) é de cerca de 6%
Cerca de 2% da população sofre de algum tipo de
Perturbação Bipolar
Episódios de
alterações do • Estado atual de humor do indivíduo
humor
Perturbações
• Diagnóstico subjacente, determinado
bipolares e Pert. pelo padrão dos episódios de humor
relacionadas
Consequências:
▪ Problemas conjugais
▪ Problemas profissionais
e académicos
▪ Abuso de substâncias
▪ Utilização mais
frequente dos serviços
de saúde
▪ Suicídio
Autoconfiança Humor de
Bem-estar e
Euforia e zanga e
confiança
grandiosidade irritação
Prof. Catarina Tomás 63
EPISÓDIO MANÍACO
•Irritabilidade •Perturbações
persistente depressivas
•Episódios unipolares
frequentes de •Perturbações de
descontrolo ansiedade
extremo do
comportamento
Pode apresentar-se:
▪ Crónico
▪ Com início no período pós-parto
▪ Com padrão sazonal
Prof. Catarina Tomás 72
PERTURBAÇÃO DEPRESSIVA MAJOR
- CLASSIFICAÇÃO -
De acordo com o número de episódios:
▪ De episódio único
▪ Recorrente
De acordo com a etiologia:
▪ Endógena
▪ Exógena ou reativa
De acordo com a intensidade (o número de sintomas,
intensidade dos mesmos e grau de mal-estar ou
limitação funcional):
▪ Ligeira
▪ Moderada
▪ Grave sem características psicóticas
▪ Grave com características psicóticas
Presença de:
▪ Um ou mais episódios maníacos ou mistos
▪ Pode existir um ou mais episódio Depressivo Major ou
hipomaníaco
Existe mudança de polaridade
▪ Vídeo
Ocorrência de:
▪ Um ou mais Episódios Depressivos Major
▪ Pelo menos um Episódio Hipomaníaco
Nunca ocorreu nenhum episódio Maníaco ou Misto
Promover o envolvimento da
família no processo de
tratamento
Realizar ensinos acerca da
doença, tratamentos, evolução,
terapêutica, intervenção ….
7.5. Autocuidado;
Comportamento agressivo: auto e hetero;
Atividade psicomotora;
Segurança
1
28/11/2023
A Sra. volta…
• 2 horas depois, no final do seu turno, a VMER liga com a informação
que traz uma Sra. com uma ferida por bala no abdómen auto infligida.
Ela chega ao serviço sem sinais vitais. Após manobras de SAV, a Sra.,
com quem tinha conversado por um curto período de tempo 2 horas
antes, é agora declarada morta.
2
28/11/2023
Apresentações típicas em SU
• Depressivos;
• Ansiosos / agitados;
• Não colaborantes;
• Tendências suicidas / homicidas
• Abuso de substâncias.
3
28/11/2023
4
28/11/2023
10
5
28/11/2023
• Avaliação do risco
Delirium / psicose / Suicídio
• Gestão do ambiente
11
Abordagem inicial
• Estável vs instável
• Violento vs não violento
12
6
28/11/2023
13
14
7
28/11/2023
A pessoa violenta
• Diagnósticos tipicamente associados
Abuso de substâncias / síndrome de privação
Esquizofrenia / distúrbios paranóides
Distúrbio bipolar
Distúrbios de personalidade
Depressão
• A segurança é a primeira prioridade (próprio e terceiros)
• Todos as pessoas admitidas em SU por causa psiquiátrica devem ser despidos
• Procurar “armas”/ desarmá-los
15
A pessoa violenta
• Manter distância de segurança
• Não provoque
• Mantenha uma saída acessível
• Avalie rapidamente risco para restantes utentes e pessoal do SU
• Contenção SOS
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28/11/2023
Na agressão verbal
• Responda a todas as questões de forma calma, simples e honesta
• Seja empático
• Mantenha sempre as suas mãos visíveis
• Mantenha sempre a porta aberta
• Posicione-se pelo menos a um braço de distância da pessoa cuidada
• Posicione-se lateralmente á pessoa cuidada
• Não utilize linguagem corporal ameaçadora
• Use afirmações reflexivas e nunca faça juízos de valor
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Na agressão física
• Peça ajuda, se possível accione o equipamento de aviso para acesso a resposta
rápida
• Proteja-se de um pontapé com as pernas
• Proteja-se de um soco com as mãos
• Se necessário, fuja
• Aborde sempre a pessoa lateralmente
• Se o morderem não afaste a parte mordida, antes empurre-a contra a boca e
nariz do agressor para lhe bloquear a respiração
• Se lhe puxarem o cabelo, use as suas mãos para controlar as mãos do agressor
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28/11/2023
Uso de contenção
• Indicação: potencial risco de agressão a si próprio ou a terceiros
• É uma medida preventiva e não punitiva
• O objetivo é prevenir riscos para o pessoal do SU e utentes (incluindo o próprio) baseado no risco potencial
identificado
Lei n.º 35/2023 de 21 de julho - Lei da Saúde Mental; Artigo 11.º Medidas coercivas
1 - Na prestação de cuidados de saúde mental, as medidas coercivas, incluindo isolamento e meios de contenção físicos ou
químicos, só podem ser usadas na medida do estritamente necessário para prevenir ofensa grave e iminente ao corpo ou à
saúde da pessoa carecida desses cuidados ou de terceiro.
2 - As medidas coercivas só podem ser utilizadas como último recurso e por um período limitado à sua estrita necessidade.
3 - O recurso a medidas coercivas deve ser específico e expressamente prescrito por um médico ou levado imediatamente ao
seu conhecimento para apreciação e aprovação, em caso de urgência ou de perigo na demora.
4 - É imediata e obrigatoriamente inscrita no processo clínico a informação sobre a natureza das medidas coercivas utilizadas,
os fundamentos da sua utilização e a duração das mesmas.
5 - As medidas coercivas são aplicadas por quem esteja treinado para o efeito e implicam uma monitorização clínica contínua,
registada no processo clínico com intervalos regulares, de modo a salvaguardar a segurança da pessoa.
José Carlos Gomes, 2023
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Níveis de contenção
• Passiva
Verbal
Não verbal
Demonstração de força
• Activa
Química
Física
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28/11/2023
Não verbal
• Sala calma
• Privacidade em relação ao serviço “caótico” (não é a mesma coisa que
isolamento)
• Respeita os direitos da pessoa
Verbal
• Definição clara e inequívoca de limites em relação ao comportamento esperado
• Demonstração de força
• Necessita de pessoal adequado (seguranças, …)
• O objetivo é evitar a necessidade de futura contenção
• Pode piorar a situação
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(esta abordagem deve ser executada por profissionais com as necessárias competências. No caso de não possuir as competências, orientar para profissional adequado)
Química
• Explicar a necessidade de contenção
• Minimizar risco de picada acidental (para o enfermeiro e restante
pessoal)
• Haloperidol – 5 a 10 mg IM/IV (15 a 20’)
• Neurolépticos sedativos (cloropromazina (100 mg), ziprasidona (10 a
20 mg) (15 a 20’)
• Associação com hidroxizina…
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28/11/2023
Física (mecânica)
• Explicar a necessidade
• Fazê-lo com o pessoal adequado
• Se for uma mulher a ser contida, é necessária a presença de uma profissional de
género feminino
• Imobilização em 4/5 pontos (membros e tronco (com material adequado)
• Decúbito dorsal
• Contenção pelo menor tempo possível
• Vigilância de enfermagem intensiva
• Registo adequado das causas e condições da contenção
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Gestão do risco
• Identificar risco de agressão para o próprio ou para terceiros
• Exame mental
• Apresentação
• Consciência e orientação
• Pensamento
• Perceção
• Risco de suicídio
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28/11/2023
Avaliação
• Antecedentes psiquiátricos
• História da doença psiquiátrica actual
• História social
• Abuso de substâncias
• Situação social
• Fontes terciárias
• Família / amigos
• Bombeiros, polícia, pároco, …
• Exame mental
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P • Perceção do “eu”
A • (Auto)Crítica
L • Linguagem
P • Pensamento
A • Agressividade (Suicídio/homicídio)
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28/11/2023
Exame mental
• Mini exame do status mental
Atenção
Memória
Orientação
Cálculo
• Particularmente útil com guidelines previamente definidas (desafio para
os enfermeiros psiquiatras)
• O objectivo principal é ganhar melhor compreensão da situação de
doença actual
José Carlos Gomes, 2023
27
Suicídio
• (oficialmente) 1170 mortes / ano (DGS, 2003) o que significa uma
morte por suicídio a cada 8 horas em Portugal.
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28/11/2023
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Toxicologia psiquiátrica
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28/11/2023
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28/11/2023
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Síndrome da Serotonina
• Frequência crescente secundária a prescrição de novos ISRS’s
(Fluoxetina, Sertralina, Paroxitina, Fluvoxamina, …)
• Pode ocorrer com qualquer droga que aumente os níveis de
serotonina no SNC (IMAO’s - inibidores da monoamina oxidase, ou
antidepressivos tricíclicos)
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28/11/2023
Síndrome da Serotonina
• Ocorre quando existem elevados níveis de serotonina a nível do SNC
• Surge por diversas razões:
Aumento da dosagem da droga
Overdose
Interacção com outras drogas que potenciam a actividade dos ISRS’s
(analgésicos opiáceos, cimetidina, …)
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Síndrome da Serotonina
• Constelação de sintomas
Status mental alterado
Alterações do comportamento
Anormalidades neuromusculares / Tónus muscular alterado
(Membros inferiores>membros superiores)
Hiperpirexia
Diarreia
“Dentes de coelho”
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28/11/2023
Síndrome da Serotonina
Tratamento
• A chave do sucesso é a identificação (diferenciar do SNM)
• Cuidados de suporte
• Sintomas duram entre 6 a 24 horas
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Em suma…
• Pessoas com patologia psiquiátrica precisam de um trabalho de
acompanhamento bem estruturado e reflectido:
• Considerar sempre possibilidade de causa não psiquiátrica (trauma,
outras patologias)
• Realizar um bom exame mental
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28/11/2023
Em suma…
• Procurar envolver precocemente serviços de apoio (outras áreas de
intervenção intra hospitalar, comunidade)
• Admitir sempre a possibilidade de:
Risco de auto agressão (suicídio, distúrbios psicóticos)
Risco de hetero agressão (homicídio, distúrbios psicóticos)
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28/11/2023
Bandeira vermelha
• Sinais vitais anormais
• Exame físico anormal
• Sem antecedentes psiquiátricos
• História ou evidência de possível trauma
• História de uso/abuso de substâncias (prescritas ou ilegais)
• Agravamento agudo de doença preexistente
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Sentiram a maçã
cair?
José Carlos Gomes, 2023
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28/11/2023
1
28/11/2023
Um testemunho…
Quando a conheci, tinha 16 anos.
Ela, eu não sei.
Fomos apresentados numa festa
Por um tipo que se dizia meu amigo.
Foi amor à primeira vista.
Ela me enlouquecia!
Nosso amor chegou a um ponto
Em que já não conseguia mais viver sem ela.
Mas era um amor proibido.
Meus pais não aceitaram...
Fui repreendido na escola
E passamos até a nos encontrar escondidos
Mas ai não deu mais.
Fiquei louco.
Um testemunho…
Eu a queria, mas não a tinha.
Eu não podia permitir que me afastassem dela.
Eu a AMAVA!
Bati com o carro.
Quebrei tudo dentro de casa
E quase matei minha irmã.
Estava louco.
Precisava dela.
Hoje tenho 39 anos.
Estou abandonado pelos meus pais, amigos e por ela...
Seu nome?
COCAINA.
Devo tudo a ELA!
Meu amor...
Minha vida...
Minha destruição...
Minha MORTE!
2
28/11/2023
… de Freddy Mercury!
https://www.youtube.com/watch?v=fJ9rUzIMcZQ
“Para que uma intervenção seja eficiente, é preciso que se saiba fazer a distinção entre a ação da
droga e a ação do homem. E, para isso, é importante perceber como as drogas agem.”
Nowlis, (1990)
Em resumo, existem sempre três fatores presentes:
indivíduo, substância e meio.
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28/11/2023
Indivíduo
Meio Droga
Escalada Quantitativa
Quantidade
de droga
Tempo
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28/11/2023
Escalada Qualitativa
Tipo de
droga
Tempo
Tempo
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28/11/2023
TIPOS DE DROGAS
Depressoras
Hipnóticos Álcool
Heroína Barbitúricos
Tranquilizantes
Opiáceos e derivados
Marijuana
Cocaína
Anfetaminas Cafeína
Estimulantes
José Carlos Gomes (2023)
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“Para que uma intervenção seja eficiente, é preciso que se saiba fazer a distinção entre a ação da
droga e a ação do homem. E, para isso, é importante perceber como as drogas agem.”
Nowlis, (1990)
“Drogas” são substâncias que ao serem introduzidas
no organismo modificam as sensações do humor
e/ou da perceção. Procura-se com elas…
› Aliviar a dor;
› Reduzir uma atividade ou sensação desagradável;
› Aumentar o nível de atividade e a sensação de energia
e/ou reduzir a sensação de cansaço;
› Obter modificações da perceção habitual que o indivíduo
tem do seu meio físico e social;
› Uma exploração interior, separação entre o espírito e o
corpo, aumento da intensidade das experiências
sensoriais;
› Atingir diversos graus de "atordoamento", de euforia.
José Carlos Gomes (2023)
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28/11/2023
Substâncias psicoléticas
depressoras do S.N.C.
De todas estas substâncias, a mais utilizada, a
“rainha” em Portugal, é a heroína.
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Substâncias psicoléticas
depressoras do S.N.C.
a) Opiáceos e fármacos tipo opiáceo
Ópio; Derivados do ópio - morfina, heroina, etc;
Opiáceos sintéticos - petidina, metadona, LAAM,
Buprenorfina.
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28/11/2023
Substâncias psicoléticas
depressoras do S.N.C.
a) Opiáceos e fármacos tipo opiáceo (2)
Ópio; Derivados do ópio - morfina, heroina, etc;
Opiáceos sintéticos - petidina, metadona, LAAM,
Buprenorfina.
15
Substâncias psicoléticas
depressoras do S.N.C.
b) Benzodiazepinas
Utilizadas frequentemente como “droga” de abuso, em
sobredose e associadas a bebidas alcoólicas para potenciar o
seu efeito (drunfos).
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28/11/2023
Substâncias psicoléticas
depressoras do S.N.C.
c) Barbitúricos e outros tranquilizantes/hipnóticos
Actualmente em desuso. São fármacos derivados do ácido barbitúrico.
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• a) Derivados da coca
• b) Estimulantes sintéticos
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28/11/2023
Substâncias psicoanaléticas
estimulantes do S.N.C.
a) Derivados da coca
Cocaína; free base (crack); pasta de coca, etc.
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Substâncias psicoanaléticas
estimulantes do S.N.C.
a) Derivados da coca
Cocaína; free base (crack); pasta de coca, etc.
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28/11/2023
Substâncias psicoanaléticas
estimulantes do S.N.C.
b) Estimulantes sintéticos - anfetaminas e anorexígenos
• Denominações vulgares – anfes, speeds, dinintéis, pesexes, prelos, etc.
• Indicação não terapêutica - psico-estimulantes
• utilizadas pelos toxicodependentes como droga de abuso em sobredose
• Via de administração terapêutica - oral
• Via de administração não terapêutica – oral e IV, normalmente em sobredose.
• Dependência física - não é referida em uso terapêutico; em sobredose é de instalação
rápida.
• Dependência psíquica – existe e é bastante intensa
• Intoxicação aguda – caracterizada pela exacerbação dos efeitos estimulantes centrais
• Atitude do doente - eufórico ou agitado; logorreico ou com labilidade emocional; ansioso ou
em pânico;com delírio persecutório;eventualmente agressivo.
• Síndrome de abstinência – Existe. O quadro é dominado por graves manifestações psíquicas
que surgem após um período de excitação psicomotora com perturbações de carácter.
• Transtorno delirante – quadro dominado por:delírio persecutório;alucinações visuais,
auditivas e tácteis;grande agitação psicomotora;angústia intensa.
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• Derivados da cannabis;
• Voláteis e inalantes;
• Alucinogéneos.
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28/11/2023
Substâncias psicodisléticas
perturbadoras do S.N.C.
a) – Derivados da Cannabis
Via de administração – via inalatória – fumada em mortalha ou cachimbo
Dependência física - irrelevante
Dependência psíquica – pode aparecer em função das características individuais e
culturais do consumidor.
Tolerância – pode aparecer tolerância quando cruzada com álcool ou opiáceos
Intoxicação aguda – manifestada por crise de ansiedade que diminui ao fim de
algumas horas
Atitude do doente - logorreico, com labilidade emocional, ansioso ou em pânico,
com desprezo pelo perigo, alternando períodos de sonolência com outros de atitude
vigil; quadro semelhante a uma embriaguês etílica.
Síndrome de abstinência - não há um síndrome característico a todos os
consumidores;
frequentemente referida – ansiedade, irritabilidade, insónia e anorexia.
Disponibilidade – erva, marijuana, haxixe, seruma, óleo de haxixe, etc.
Denominação dos derivados da cannabis: folhas das plantas secas, enroladas e
fumadas em mortalhas de papel: erva, seruma, boi, marijuana, grifa, etc. Da resina
da planta obtém-se o haxixe: haxe, chamon, chocolate, merda, etc.- misturado com
tabaco – charro; óleo de haxixe – destilado de cannabis - utiliza-se em gotas sobre
tabaco.
José Carlos Gomes (2023)
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Abstinência de Álcool
A. Cessação (ou redução) do uso pesado e prolongado de álcool.
B. Dois (ou mais) dos seguintes sintomas, desenvolvidos no período de algumas horas a alguns dias após a cessação (ou redução) do uso de
álcool descrita no Critério A:
1. Hiperatividade autonômica (p. ex., sudorese ou frequência cardíaca maior que 100 bpm).
2. Tremor aumentado nas mãos.
3. Insônia.
4. Náusea ou vômitos.
5. Alucinações ou ilusões visuais, táteis ou auditivas transitórias.
6. Agitação psicomotora.
7. Ansiedade.
8. Convulsões tônico-clônicas generalizadas.
C. Os sinais ou sintomas do Critério B causam sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional ou em
outras áreas importantes da vida do indivíduo.
D. Os sinais ou sintomas não são atribuíveis a outra condição médica nem são mais bem explicados por outro transtorno mental, incluindo
intoxicação por ou abstinência de outra substância
34
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28/11/2023
35
Transtorno do Jogo
5. Frequentemente joga quando se sente angustiado (p. ex., sentimentos de impotência, culpa,
ansiedade, depressão).
6. Após perder dinheiro no jogo, frequentemente volta outro dia para ficar quite (“recuperar o
prejuízo”).
7. Mente para esconder a extensão de seu envolvimento com o jogo.
8. Prejudicou ou perdeu um relacionamento significativo, o emprego ou uma oportunidade
educacional ou profissional em razão do jogo.
9. Depende de outras pessoas para obter dinheiro a fim de saldar situações financeiras
desesperadoras causadas pelo jogo.
B. O comportamento de jogo não é mais bem explicado por um episódio maníaco.
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28/11/2023
Adolescência:
Crise de
adaptação á
realidade:
As variáveis
37
Personalidade
e
Toxicodependência
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28/11/2023
Que psicopatologia
escondida?
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Idade
Personalidade
Curiosidade
Prazer
O consumo de droga
A dimensão da relação com as drogas
Os desejos
Capacidade de auto-observação e autocrítica
O porquê de fazer agora o tratamento
O benefício real ou imaginário de “sair” da droga
A relação com o mundo das drogas
A relação com o ambiente familiar e social
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28/11/2023
ESTABELECER
LIMITES
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42
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28/11/2023
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44
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28/11/2023
Diagnósticos de Enfermagem
(categorias diagnósticas da NANDA)
• Nutrição alterada: menos do que o organismo exige
• Possibilidade de infecções
• Possibilidade de alteração da temperatura corporal
• Obstipação
• Diarreia
• Alteração dos padrões de eliminação vesical
• Padrão respiratório ineficiente
• Potencial para ferimentos
• Potencial para intoxicação
• Potencial para traumatismos
José Carlos Gomes (2023)
45
Diagnósticos de Enfermagem
(categorias diagnósticas da NANDA)
• Potencial para aspiração
• Prejuízo na integridade dos tecidos
• Potencial para prejuízo na integridade cutânea
• Interacção social prejudicada
• Isolamento social
• Desempenho de papel social alterado
• Disfunção sexual
• Processos familiares alterados
• Conflito sobre o papel parental
• Ansiedade
• Alteração do desempenho individual
• Desempenho familiar desadequado
José Carlos Gomes (2023)
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23
28/11/2023
Diagnósticos de Enfermagem
(categorias diagnósticas da NANDA)
• Potencial para a intolerância á actividade
• Perturbação do padrão do sono
• Alteração (diminuição) da actividade recreacional
• Prejuízo na manutenção da saúde
• Falta de cuidados com o banho/higiene
• Falta de cuidados com o vestir/pentear-se
• Perturbação na autoestima
• Alteração da percepção (especificar)
• Processo de pensamento alterado (especificar)
• Potencial para a violência: dirigida a si mesmo e aos outros
• Medo
José Carlos Gomes (2023)
47
Sentiram a maçã
cair?
José Carlos Gomes (2023)
48
24
Enfermagem de Saúde Mental e psiquiátrica
Ano letivo 2023/2024
Curso de Licenciatura em Enfermagem 37
OMS (2010)
José Carlos Gomes, 2023
Introdução
OMS (2010)
José Carlos Gomes, 2023
Introdução
Ocorre maioritariamente a sul do Tejo
(Grande Lisboa, Alentejo e Algarve).
O suicida em Portugal é, principalmente,
homem, com idade superior a 55 anos, com
história de isolamento e, na maior parte das
situações, com doença mental diagnosticada
(principalmente depressão).
Ordem dos Enfermeiros (2010)
(Towsend, 2000)
José Carlos Gomes, 2023
Factores de Risco de Suicídio
• IDADE
• Correlação positiva, com 2 picos 15-35 anos e
acima de 75 anos.
• MULHERES – frequência razoavelmente estável toda a
vida
• HOMENS – Aumento gradual na adolescência, pico
máximo aos 30-35 anos e estabiliza-se até aos 65,
voltando a elevar-se posteriormente sobretudo a partir
dos 75.
• A frequência de suicídio nos adolescentes triplicou nos
últimos 30 anos.
(Towsend, 2000)
José Carlos Gomes, 2023
Factores de Risco de Suicídio
• RELIGIÃO
• Os protestantes têm uma frequência de suicídio
significativamente maior que os católicos e judeus.
• SITUAÇÃO SÓCIO-ECONÓMICA
• Os indivíduos nas classes mais altas e mais baixas
têm frequências de suicídio maiores que aqueles
de classe média.
• Profissionais de saúde, da justiça, da autoridade,
da música e do ramo das seguradoras têm uma
frequência maior de suicídio.
Pensamento polarizado
José Carlos Gomes, 2023
Dia Mundial da Prevenção do Suicídio
10 de Setembro
(NCVS), 2004.)
Sentiram a maçã
cair?
José Carlos Gomes, 2023
11/12/2023
O que é o Sono?
1
11/12/2023
Sono
Funções
• Restaurar processos químicos e físicos deteriorados
durante a vigília
• Conservação de energia
• Estimular o crescimento cerebral e renovação
neuronal
• Apagar memorias indesejáveis
• Consolidar a memoria
José Carlos Gomes, 2023 • Envolvida nos processos de aprendizagem
Sono
2
11/12/2023
Movimentos reduzidos
Fisiologia do sono
Fase 1
(4-16% T. Sono)
Sono Não-
REM Fase 2
(45-55% T. )
Diminuição do
Tónus muscular
(4-6% T. Sono)
Fase 4
Fenómenos vegetativos e atividade onírica (sonhos)
(4-6% T. Sono)
José Carlos Gomes, 2023
3
11/12/2023
Fisiologia do sono
4
11/12/2023
Tempo que a
Padrão de sono Horas de sono Qualidade de sono pessoa leva a
adormecer
Capacidade de
Períodos de Sentimento de acordar a
interrupção do rejuvenescimento determinadas Cansaço físico
sono após o sono
horas
Fatores que
possam interferir
com o sono
(…) (Sequeira, 2006)
José Carlos Gomes, 2023
Perturbações do sono
Perturbações do sono
• Insónia •
Parassónias
• Perturbações da respiração relacionadas com o
• Despertares confusionais
sono
• Sonambulismo
• Apneia obstrutiva do sono
• Terrores noturnos
• Hipersónias • Perturbação do comportamento no sono REM
• Paralisia isolada do sono
• Narcolepsia
• Pesadelos
• Hipersónia idiopática
• Hipersónias periódicas • Perturbações dos movimentos relacionados com o sono
• Síndrome das pernas inquietas
• Perturbações do ritmo circadiano do sono
• Perturbações dos movimentos periódicos dos membros
• Síndrome de atraso de fase do sono
• Síndrome de avanço de fase do sono
• Jet-lag
José Carlos Gomes, 2023
10
5
11/12/2023
Insónia
(CIPE, 2011)
Dificuldade
iniciar ou manter Ocorre apesar de
o sono, despertar oportunidade e Causa impacto
precoce ou sono circunstâncias diurno
cronicamente adequadas
não restaurador
José Carlos Gomes, 2023
11
Insónia
Caracterização
• Inicial: dificuldade em iniciar o sono
• Intermedia: acordar repetidamente durante a noite
• Terminal: acordar demasiado cedo e não conseguir
voltar a adormecer
12
6
11/12/2023
Insónia
13
Insónia
• Causa muito sofrimento e é um fator de
risco de morte prematura.
14
7
11/12/2023
Insónia
Queixas
• Dificuldade em adormecer;
• Vários despertares durante a noite;
• Sono muito leve;
• Acordar muito cedo e não
conseguir voltar a dormir;
• Dormir a noite toda, mas quando se
acorda de manhã sente-se como se
não tivesse dormido.
José Carlos Gomes, 2023
15
Insónia
Preocupação
acentuada Incapacidade
Hábitos de sono desadequados que com o mal- para dormir
estar
contribuem para a insónia provocado
16
8
11/12/2023
17
18
9
11/12/2023
Prevalência
• 2% nas mulheres e 4% nos homens entre os 40-60 anos
Fatores de risco
• Obesidade (sobretudo obesidade tronco e pescoço largo)
• Sexo masculino
• Anomalias craniofaciais
• Hábitos tabágicos e alcoólicos
• Toma de sedativos ou hipnóticos
• Adenoides/amigdalas hipertrofiadas
• DPOC e AVC José Carlos Gomes, 2023
19
Consequências
Impacto funcional na vida da pessoa
Complicações cardiovasculares,
pulmonares, metabólicas e
neuropsiquiátricas Diminuição do desempenho laboral
Interações sociais e familiares
Condução de veículos
Desempenho de outras atividades
que exigem maior concentração
20
10
11/12/2023
Tratamento
• Redução de peso
• Desobstrução nasal ao deitar
• Evitar bebidas alcoólicas e BZD/hipnóticos
• Tratamento de doenças respiratórias ou alérgicas
• Cessação tabágica
• Correção cirúrgica
• Continuous Positive Airway Pressure - CPAP: fluxo continuo de ar que impede
colapso da via aérea durante o sono José Carlos Gomes, 2023
21
Hipersónias
22
11
11/12/2023
Hipersónias - NARCOLEPSIA
23
Queixas
• Necessidade de dormir mais horas do que o
Excessiva sonolência durante o habitual para se sentir descansado;
dia ou permanecer durante um • Sono muito profundo, dificuldade no despertar
longo período no limiar entre o matinal
sono e a vigília.
• Cansaço excessivo e sonolência diurnos;
• Adormecer em situações inapropriadas;
• As sestas não são sentidas como reparadoras
José Carlos Gomes, 2023
24
12
11/12/2023
Consequências
da eficiência, da
concentração e da Prejuízo dos
Pode constituir um
memória durante relacionamentos perigo
as atividades sociais Tratamento
diurnas
• Higiene do sono
(planeamento de sestas)
• Farmacológico
(estimulantes do SNC)
José Carlos Gomes, 2023
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26
13
11/12/2023
Jet Lag
Desfasamento entre o ritmo circadiano interno e o ambiente externo relacionado
com viagens para locais com grandes diferenças horárias
Sintomas
• Fadiga
• Sonolência diurna
• Dificuldades em conciliar o sono ao horário local
• Alterações gastrointestinais
• Transitório
• Adaptação circadiana requer uma exposição apropriada à luz do dia e à
escuridão da noite do novo local
José Carlos Gomes, 2023
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28
14
11/12/2023
• Evitar privação do
Tratamento • do
Medidas de higiene sono
• Evitar consumo
sono álcool ou
José Carlos Gomes, 2023
sedativos
29
Parassónias - SONAMBULISMO
30
15
11/12/2023
31
Parassónias - PERTURBAÇÃO DO
COMPORTAMENTO NO SONO REM
Tratamento
Garantir a Farmacológico
Psicoeducação proteção da (clonazepam,
carbamazepina, Melatonina
cama e ADT)
José Carlos Gomes, 2023
32
16
11/12/2023
Tratamento
Medidas de
higiene do Farmacológico
(ADT)
José Carlos Gomes, 2023
sono
33
Parassónias - PESADELOS
34
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11/12/2023
35
Transtorno de Insônia
A. Queixas de insatisfação predominantes com a quantidade ou a qualidade do sono associadas a um (ou
mais) dos seguintes sintomas:
1. Dificuldade para iniciar o sono (em crianças, pode se manifestar como dificuldade para iniciar o sono sem
intervenção de cuidadores).
2. Dificuldade para manter o sono, que se caracteriza por despertares frequentes ou por problemas para
retornar ao sono depois de cada despertar (em crianças, pode se manifestar como dificuldade para retornar
ao sono sem intervenção de cuidadores).
3. Despertar antes do horário habitual com incapacidade de retornar ao sono.
B. A perturbação do sono causa sofrimento clinicamente significativo e prejuízo no funcionamento social,
profissional, educacional, acadêmico, comportamental ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
C. As dificuldades relacionadas ao sono ocorrem pelo menos três noites por semana.
D. As dificuldades relacionadas ao sono permanecem durante pelo menos três meses.
E. As dificuldades relacionadas ao sono ocorrem a despeito de oportunidades adequadas para dormir.
F. A insônia não é mais bem explicada ou não ocorre exclusivamente durante o curso de outro transtorno do
sono-vigília (p. ex., narcolepsia, transtorno do sono relacionado à respiração, transtorno do sono-vigília do
ritmo circadiano, parassonia).
G. A insônia não é atribuída aos efeitos fisiológicos de alguma substância (p. ex., abuso de drogas ilícitas,
medicamentos).
H. A coexistência de transtornos mentais e de condições médicas não explica adequadamente a queixa
predominante de insônia.
José Carlos Gomes, 2023
36
18
11/12/2023
37
Narcolepsia
A. Períodos recorrentes de necessidade irresistível de dormir, cair no sono ou cochilar em um
mesmo dia. Esses períodos devem estar ocorrendo pelo menos três vezes por semana nos últimos
três meses.
B. Presença de pelo menos um entre os seguintes sintomas:
1. Episódio de cataplexia, definido como (a) ou (b), que ocorre pelo menos algumas vezes por mês:
a. Em indivíduos com doença de longa duração, episódios breves (variando de segundos a minutos)
de perda bilateral de tônus muscular, com manutenção da consciência, precipitados por risadas ou
brincadeiras.
b. Em crianças ou em indivíduos dentro de seis meses a partir do início, episódios espontâneos de
caretas ou abertura da mandíbula com projeção da língua ou hipotonia global, sem nenhum
desencadeante emocional óbvio.
2. Deficiência de hipocretina, medida usando os valores de imunorreatividade da hipocretina-1 no
líquido cerebrospinal (LCS) (inferior ou igual a um terço dos valores obtidos em testes feitos em
indivíduos saudáveis usando o mesmo teste ou inferior ou igual a 110 pg/ mL). Níveis baixos de
hipocretina-1 no LCS não devem ser observados no contexto de inflamação, infeção ou lesão
cerebral aguda.
3. Polissonografia do sono noturno demonstrando latência do sono REM inferior ou igual a 15
minutos ou teste de latência múltipla do sono demonstrando média de latência do sono inferior ou
igual a 8 minutos e dois ou mais períodos de REM no início do sono.
José Carlos Gomes, 2023
38
19
11/12/2023
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11/12/2023
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11/12/2023
1. Dormir o quanto for necessário. Restringir o tempo na cama parece consolidar o sono.
2. Manter o quarto às escuras durante o sono.
3. Levantar à mesma hora todos os dias, sete dias por semana, independentemente de se
ter deitado tarde.
4. Fazer exercícios regularmente pode aprofundar o sono (ocupação), mas este deverá
ocorrer preferencialmente antes das 18h.
43
7. A fome pode perturbar o sono. Uma refeição leve antes de ir para a cama pode
facilitar o sono.
8. Evite refeições pesadas ao jantar.
9. Evitar beber líquidos em excesso à noite.
10.Pode beber um copo de leite morno ou chá sem teína ou tomar um banho morno
para relaxar.
11.Evite o álcool à noite, a cafeína e os cigarros.
12.Vá para a cama assim que tiver sono, evitando adormecer no sofá
13.Não adormeça na cama com a televisão ligada
José Carlos Gomes, 2023
44
22
11/12/2023
Sentiram a maçã
cair?
José Carlos Gomes, 2023
45
23
7.9. O prestador de cuidados em Saúde
Mental e Psiquiatria - Literacia em Saúde
mental;
8.7. Estratégias de ensino em contexto de
psiquiatria
1
[Daniel Carvalho]
Sumário
[Daniel Carvalho] 2
LS - Conceito
(Loureiro, 2014)
(Loureiro, 2014)
(Loureiro, 2014)
(Loureiro, 2014)
1
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 0
Programa Nacional de Educação para a
Saúde Literacia e Autocuiddo
1
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 1
Programa Nacional de Educação para a
Saúde Literacia e Autocuiddo
Literacia ao longo do ciclo de vida
1
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 2
Programa Nacional de Educação para a
Saúde Literacia e Autocuiddo
Intervenção e objetivos estratégicos
1
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 3
Programa Nacional de Educação para a
Saúde Literacia e Autocuiddo
1
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 4
Programa Nacional de Educação para a
Saúde Literacia e Autocuiddo
1
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 5
LSMental - Conceito
“Conhecimento e crenças sobre doença mental que auxiliam seu
reconhecimento, gestão ou prevenção”
(Jorm et al.,1997)
(The National Academies Press, 2012; WHO, 2013; Kutcher et al., 2015, Jorm, 2012)
1
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 7
LSMental - Objetivos
Fornecer informação clara e fidedigna sobre diferentes aspetos relacionados com a Saúde Mental
Esclarecer sinais e sintomas da doença mental, facilitar o seu reconhecimento e a procura atempada de cuidados adequados
1
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 8
LSMental – Consequências
baixo nível LSMental
Reduzido ou falso Menor capacidade
Custos acrescidos
conhecimento sobre Menor competências para cuidar de
nos cuidados de Erros de medicação
as doenças e de autogestão pessoas em
saúde
tratamentos condições crónicas
Reconhecimento
Incapacidade para Dificuldade em
atempado dos
lidar com sucesso Atraso na procura de comunicar com os Baixa compreensão
sintomas, tanto no
com o sistema de ajuda. profissionais de de conceitos básicos
próprio como nos
cuidados de saúde saúde
outros,
Baixa auto-eficácia
na prevenção e
gestão de problemas
de saúde,
1
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 9
LSMental – Escalas de Avaliação
2
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 0
LSMental – Primeira Ajuda
em Saúde Mental
“conjunto de ações realizadas em prol de uma pessoa que está a desenvolver um problema
de saúde mental ou então numa crise relacionada com a saúde mental. Esta ajuda é prestada
até ser recebida ajuda profissional apropriada ou até a crise se resolver/ultrapassar. “
Objetivos
• Preservar a vida quando a pessoa representa perigo para si e/ou para os outros
• Providenciar ajuda, de forma a prevenir que os problemas de saúde mental se agrave
• Promover a recuperação da boa saúde mental
• Providenciar conforto a uma pessoa com um problema de saúde mental
(Loureiro, 2014)
2
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 1
LSMental – Exemplo de
Intervenções
• https://www.beyondblue.org.au/
Campanhas comunitárias • http://www.eaad.net/
• https://www.tips-info.com/
Felizmente
Intervenções escolares
• www.livingworks.net
Cursos
2
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 2
LSMental – Novos Desafios
E-Health
2
[Daniel Carvalho] [Literacia em Saúde Mental 3
Para terminar…
Quando falamos em saúde ou doença mental, existe muita confusão e mal-entendidos!
É frequente ouvirmos ideias preconcebidas sobre como são as pessoas que sofrem de perturbações
mentais, sobre os tratamentos e sobre o impacto que estas situações clinicas tem na vida das pessoas.
Esta opinião geral negativa sobre as perturbações mentais deve-se, fundamentalmente, à pouca
informação disponível sobre estes temas.
2
[Daniel Carvalho] 5
Estratégias de Ensino ao doente e
família
2
[Daniel Carvalho] 6
Estratégias de Ensino ao doente e família
Determinantes para aprendizagem da pessoa doente
(Whitman, 1998)
2
[Daniel Carvalho] 7
Estratégias de Ensino ao doente e família
Determinantes para aprendizagem da pessoa doente
✓ Motivação
✓ Estado emocional
✓ Estado físico
✓ Capacidade individual
(Whitman, 1998)
2
[Daniel Carvalho] 8
Estratégias de Ensino ao doente e
família – Perfil Enfermeiro Educador
Mensagem clara – adaptar e tornar compreensível os termos técnicos
Escolher o modelo de aprendizagem – decidir como e que atividades/estratégias o
enfermeiro vai usar, que devem ser ajustadas e adaptadas às necessidades do
doente
Escolher o ambiente – favorável à aprendizagem que incluiu três domínios físico
(disposição espaço, posicionamento do educador, relação com educandos),
interpessoal (dinâmica das interações, motivação, interesse, relação de ajuda9 e
organizacional (data, hora, local materiais de apoio)
2
[Daniel Carvalho] 9
Estratégias de Ensino ao doente e
família – Perfil Enfermeiro Educador
Experiências de aprendizagem – boa organização, conteúdos apresentados de forma lógica e
articulada, espaço para momento de interação e o ritmo da discussão/reflexão ter em conta as
características/capacidades dos educandos
Avaliação e feedback – essencial para que o educando fique esclarecido e o educador possa corrigir
algo que não tenha ficado claro. Recurso jogos de perguntas e respostas, testes de observação, tarefas
de grupo ou individuais. Feedback/avaliação pode levar *a necessidade de reformular/planear nova
sessão
3
[Daniel Carvalho] 0
Estratégias de Ensino ao doente e
família – Métodos pedagógicos
3
[Daniel Carvalho] 1
Estratégias de Ensino ao doente e
família – Métodos pedagógicos
3
[Daniel Carvalho] 2
Estratégias de Ensino ao doente e
família – Métodos pedagógicos
3
[Daniel Carvalho] 3
Estratégias de Ensino ao doente e
família – Métodos pedagógicos
3
[Daniel Carvalho] 4
Estratégias de Ensino ao doente e
família – Métodos pedagógicos
3
[Daniel Carvalho] 5
Estratégias de Ensino ao doente e
família – Métodos pedagógicos
3
[Daniel Carvalho] 6
Estratégias de Ensino ao doente e
família – Métodos pedagógicos
3
[Daniel Carvalho] 7
Estratégias de Ensino ao doente e
família – Métodos pedagógicos
3
[Daniel Carvalho] 8
Estratégias de Ensino ao doente e família –
Seleção do método pedagógico
3
[Daniel Carvalho] 9
Estratégias de Ensino ao doente e família –
Seleção do método pedagógico
4
[Daniel Carvalho] 0
Estratégias de Ensino ao doente e família –
Utilização de intervenções em grupo
✓ ajuda a promover comportamentos saudáveis
✓ oferece recursos de enfrentamento e apoio emocional
✓ oportunidade de interagir com outras pessoas em uma situação
semelhante
✓ possibilidade de um feedback que pode servir como um guia para
identificar sintomas e poder agir
(Cabezas, 2005)
4
[Daniel Carvalho] 1
Estratégias de Ensino ao doente e família
(Cordeiro, 2010)
4
[Daniel Carvalho] 2
Para terminar…
4
[Daniel Carvalho] 3
Bibliografia
✓ Direção Geral da Saúde (2018). Plano de Ação para a Literacia em Saúde 2019-2021–Portugal.
Ministério da Saúde: Lisboa.
✓ Harrison, P, Geddes, J, Sharpe, M (2006). Guia Prático Climepside Psiquiatria. 1.ªedição.
(trad.JoséNunesdeAlmeida). Lisboa: ClimepsiEditores.
✓ Loureiro, L.[coord.] (2014). Literacia em saúde mental. Capacitar as pessoas e as comunidades a
agir. ESEnfC: Coimbra.
✓ Townsend, M. (2011). Enfermagemem Saúde Mental e Psiquiátrica: Conceitos de Cuidado na
Prática Baseada na Evidência. 6.ª edição. (trad. Sílvia Costa Rodrigues).Loures: Lusociência.
4
[Daniel Carvalho] 4
Perturbações do
Neurodesenvolvimento
CP7.1. Perturbações globais específicas do desenvolvimento
➢ Perturbações da aprendizagem
➢ Perturbações do neurodesenvolvimento motor
➢ Perturbações da comunicação
➢ Perturbações do espectro do autismo
➢ Perturbações da hiperatividade com défice de
atenção
Perturbações da Aprendizagem
➢Com défice na leitura
➢ Perturbações de tiques
Perturbações da Comunicação
Perturbações da linguagem
• Na reciprocidade social-emocional
• Alterações neurológicas
Risco de lesão
➢ Desorganização
➢ Hiperatividade-impulsividade
• Comportamento impulsivo
Risco de lesão • Incapacidade de perceber danos sobre si próprio
(Deficiência Mental)
Definido pelo Quociente de Inteligência (QI) que é obtido por um ou mais testes de
inteligência aplicados individualmente
➢ Funcionamento adaptativo
Refere-se ao modo como os sujeitos lidam com as situações da vida quotidiana e como
cumprem as normas de independência pessoal, esperadas de alguém do seu grupo de
idade, origem sociocultural e inserção comunitária
Funcionamento adaptativo
• Fatores emocionais
• Alterações de atividades nervosas superiores como alterações da linguagem (dislexia, por exemplo)
• Baixo nível socioeconómico ou cultural
• Educação
• Motivação
• Caraterísticas de personalidade
• Oportunidades vocacionais e sociais
• Perturbações mentais e estados físicos gerais
Funcionamento adaptativo
• Fatores emocionais
• Alterações de atividades nervosas superiores como alterações da linguagem (dislexia, por exemplo)
• Baixo nível socioeconómico ou cultural
• Educação
• Motivação
• Caraterísticas de personalidade
• Oportunidades vocacionais e sociais
• Perturbações mentais e estados físicos gerais
➢ Hipoxemia
➢ Traumatismos
➢ Hipóxia ou anóxia
➢ Outros síndromes:
• Síndrome de Down
• Síndrome do X frágil
• Esclerose tuberosa
• …
Com deficiências mínimas nas áreas sensoriomotoras, não se distinguindo muitas vezes das
crianças normais até idades posteriores
Na vida adulta adquirem competências sociais e vocacionais adequadas a uma autonomia mínima
Familiarizam-se com o alfabeto, aprendem a contar e podem adquirir competências para “ler”
algumas palavras através de imagens
Requer reavaliação
Idade Mental
7-12 anos 2-7 anos 0-2 anos
correspondente
Sem capacidade,
Capacidade para trabalhar Semiapto Tarefas básicas supervisionadas
supervisão
➢ Capacidade familiar
• Saúde materna
Sinais de alerta
➢ Aos 3 meses:
• Não fixar nem seguir com o olhar um objeto a um palmo
• Sobressaltar-se ao menor ruído
• Não sorrir ou chorar e tremer quando se lhe toca
• Não manifestar interesse em ser pegado ao colo
• Ausência de comportamento de ligação
• Choro persistente ou ausência de choro
➢ Aos 6 meses:
• Não olhar nem agarrar os objetos
• Não reagir a sons
• Desinteresse pelo ambiente
• Não manifestar desejo de ser pegado ao colo
• Apatia
• Ausência de comportamento de ligação
• Olhar fugidio e evitamento do olhar
• Não responder aos sorrisos
• Não manifestar medo de estranhos
[Daniel Carvalho] CP7.1. Perturbações globais específicas do desenvolvimento] 36
Incapacidade Intelectual
Fatores de risco – Prevenção Secundária
Sinais de alerta
➢ Aos 9 meses:
• Manter-se sentado e imóvel sem mudar de posição
• Não levar os objetos à boca
• Não reagir a sons
• Vocalizar de forma monótona ou não vocalizar
• Não imitar
• Apatia
• Parecer muito satisfeito se deixado só e mantendo o ambiente inalterado
➢ Aos12 meses:
• Não se por nem se manter de pé
• Não se deslocar
• Não pegar nos brinquedos ou fazê-lo só com uma mão
• Não responder a sons
• Desinteresse pelo ambiente
• Vocalizações pobres ou inexistentes
• Movimentos estereotipados (balanceio do corpo, abanar a cabeça, posições bizarras não usuais
noutras crianças)
• Não responder ao sorriso dos outros
Sinais de alerta
➢ Aos 18 meses:
• Não se por de pé
• Levar tudo à boca ou atirar tudo ao chão
• Não responder quando chamado
• Não vocalizar espontaneamente
• Não se interessar pelo ambiente
• Isolamento
• Ausência de jogos de imitação
• Ausência de jogos do faz de conta
• Ausência de atenção partilhada
• Ausência de apontar proto declarativo
➢ Aos 2 anos:
• Não andar
• Deitar os objetos fora
• Parecer não compreender o que se lhe diz
• Não se interessar pelo que o rodeia
• Não imitar
[Daniel Carvalho] CP7.1. Perturbações globais específicas do desenvolvimento] 38
Incapacidade Intelectual
Papel do Enfermeiro
• Alterações da mobilidade
Risco de lesão • Comportamento agressivo
Comunicação • Alterações do
desenvolvimento
verbal alterada
• Alterações fala
Interação social • Dificuldade em conformar-se com
comprometida comportamento social convencional
• Hospitalização
Ansiedade • Ambiente familiar
• Dificuldade lidar frustração
1
19/12/2023
Pressupostos Básicos
A atividade cognitiva influência o comportamento
Pressupostos Básicos
As crenças e atribuições desempenham um papel importante tanto
no comportamento como nas emoções, interferindo nas
interpretações que o individuo faz da realidade;
2
19/12/2023
TCC É APLICADA:
– depressão
– fobia social
– fobias específicas
– transtorno de pânico
– transtorno de stresse pós-traumático
– transtorno obsessivo-compulsivo
– dependência de substâncias psicoativas
– disfunções sexuais
– transtornos alimentares
– transtornos de ansiedade na infância e na adolescência
– Outras
José Carlos Gomes (2023)
2. Postura de respeito,
3
19/12/2023
OBJETIVOS
4
19/12/2023
1
José Carlos Gomes (2023) 1
10
5
19/12/2023
11
12
6
19/12/2023
Terapias Cognitivas
13
Terapias Cognitivas
14
7
19/12/2023
Terapias Cognitivas
15
16
8
19/12/2023
Terapias Cognitivas
17
Terapias CC - Exemplo
Por exemplo: um menino, aos 4 anos, foi ao cinema e quando chegou a casa, soube que o pai
tinha morrido. Aos 6 anos, volta do cinema, e a sua mãe também tinha morrido.
– O esquema mental -"Cada vez que vou ao cinema, acontece uma tragédia na minha vida."
– Pensamento automático: "Ir ao cinema é muito perigoso, mata as pessoas que amo”.
– Sentimento -Mais tarde, ao pensar em ir ao cinema, a pessoa pode ser invadida por uma
grande ansiedade.
18
9
19/12/2023
Terapias Cognitivas
Distorções cognitivas
Processos cognitivos que podem conduzir a emoções, comportamentos e
consequências motivacionais negativas
Erros cognitivos
Erros sistemáticos na lógica que levam a visões negativas erróneas e
exageradas da própria pessoa e de experiências
2
José Carlos Gomes (2023) 0
19
Pensamento tudo ou nada -ver tudo como branco ou preto (e.g., “se não tiver todo
o controlo, perco o controlo de tudo”
20
10
19/12/2023
21
22
11
19/12/2023
Pensamento catastrófico – pensar sempre que vai acontecer o pior sem considerar
a possibilidade de prováveis resultados positivos
23
24
12
19/12/2023
25
QUESTIONAR A EVIDÊNCIA
Objetivo é examinar com o utente a evidência usada par apoiar determinada convicção, bem como
a sua origem
Os utentes devem questionar a equipa, família e membros da rede de apoio social para esclarecer
erros de informação com vista a interpretações mais realistas e apropriadas das evidências,
esclarecendo erros de informação
26
13
19/12/2023
EXAMINAR ALTERNATIVAS
27
DESCATASTROFIZAÇÃO
28
14
19/12/2023
REENQUADRAMENTO
Objetivo é alterar a perceção de uma situação ou um comportamento, bem como o seu significado
Envolve um foco em outros aspetos do problema ou o incentivo para ver a questão de uma perspetiva
diferente
29
CESSAÇÃO DO PENSAMENTO
30
15
19/12/2023
TÉCNICA DE REATRIBUIÇÃO
O objetivo não é retirar toda a sua responsabilidade no problema, mas sim identificar outros fatores que
estejam implicados
Em vez de atribuir todos os fracassos a uma causa, o doente explora e considera outras possíveis causas
31
32
16
19/12/2023
33
Os objetivos são:
34
17
19/12/2023
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
1. Identificação e definição do problema:
– identificar o problema da forma o mais detalhada possível
– ser específico sobre o comportamento, situação, tempo, circunstâncias que criam o problema
3. Avalie as soluções
– ver as soluções e eliminar as menos desejadas ou que não fazem sentido
– ordenar as soluções por preferência
– avaliar as restantes soluções em termos de vantagens e desvantagens
35
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS
4. Escolha a solução
– Especificar quem irá tomar a acção
– Especificar como a solução irá ser implementada
– Especificar quando a solução irá ser implementada
5. Implementar a solução
– Implementar a solução como planeado
6. Avaliação do resultado
– Avaliar a eficácia da solução escolhida
– Decidir se este plano precisa de ser revisto ou se precisa de um plano melhor para o problema
–Se a solução escolhida não foi satisfatória, retornatrao passo nº 2 e seleccionar uma nova solução ou
rever as existentes e repitir os passos a seguir
36
18
19/12/2023
Técnicas Cognitivas
Exemplos
37
Técnicas Cognitivas
Exemplos
4
José Carlos Gomes (2023) 0
38
19
19/12/2023
39
– Orientação e demonstração
– Prática
– Feedback
40
20
19/12/2023
41
42
21
19/12/2023
MODELAGEM
O objetivo é a aprendizagem de novos comportamentos através da imitação do
comportamento de outras pessoas (com qualidades ou capacidades que a pessoa
admira e quer imitar)
43
TERAPIA AVERSIVA
44
22
19/12/2023
CONTRATAÇÃO CONTIGENTE
45
PSICOEDUCAÇÃO
PLANEAMENTO DE ATIVIDADES
José Carlos
Gomes (2023)
46
23
19/12/2023
RELAXAMENTO
TÉCNICAS DE DISTRAÇÃO
O objetivo é reduzir a ansiedade com o recurso a atividade física, contatos sociais,
trabalhos, jogos ou imaginação visual
José Carlos
Gomes (2023)
47
RELAXAMENTO
TÉCNICAS DE DISTRAÇÃO
O objetivo é reduzir a ansiedade com o recurso a atividade física, contatos sociais,
trabalhos, jogos ou imaginação visual
5
José Carlos Gomes (2023) 0
48
24
19/12/2023
EXPOSIÇÃO AO VIVO
5
José Carlos
1
Gomes (2023)
49
DESSENSIBILIZAÇÃO SISTEMÁTICA
50
25
19/12/2023
Incidentes críticos
(Por exemplo: “quebra de relação afetiva”)
Desencadear de suposições
(Por exemplo: “Sou um fracasso”...”não sei fazer nada de jeito”... “ninguém gosta de mim”)
Sintomas (exemplos)
Comportamentais Motivação Emocional Cognitivo Somático
Evitar os outros Sem esperança de arranjar nova relação Tristeza Dificuldades de concentração Cefaleias, insónias, perda de apetite
51
52
26
19/12/2023
53
54
27
19/12/2023
Intervenção terapêutica
Tem como objetivo a remissão da sintomatologia e reestruturação do sistema de crenças
disfuncionais do doente.
Técnicas cognitivas Técnicas comportamentais
objetivo identificar e testar as crenças mal adaptativas do mais utilizadas com doentes mais gravemente
indivíduo – teste da realidade. São: deprimidos. Têm por objetivo testar
Racionais; pensamentos disfuncionais e praticar/treinar
Ensinam a identificar e registar os PAN (Pensamentos Automáticos novos comportamentos.
Negativos) num registo de Auto monitorização;
Ensinam a debatê-los e a substitui-los por pensamentos
alternativos mais adaptativos.
Questionar a evidência; Planeamento de atividades;
Reatribuição; Classificação do grau de mestria e prazer;
Examinar opções e alternativas; Treino de aptidões sociais;
Descatastrofizar; Prescrição de tarefas graduadas;
Pesar as vantagens e as desvantagens; Ensaio comportamental e role-play;
Transformar a adversidade em vantagem; Exposição ao vivo;
Descoberta guiada; Relaxamento.
Paragem de pensamento.
José Carlos Gomes (2023)
55
Terapias CC 3ª geração
Psicoterapia Analítico-funcional
56
28
19/12/2023
Sentiram a maçã
cair?
José Carlos Gomes (2023)
57
Bibliografia
58
29
Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiátrica
Componentes
diretivos Componentes
não diretivos
Ação Preparação
Escutar o utente
Fortalecer o utente
Expressar empatia
Desenvolver discrepância
Evitar discussões
Estimular a autoeficácia
Prof. Catarina Tomás 13
Quais as coisas boas em
relação a…?
Reconhecer as desvantagens de
ficar na mesma situação
Escuta reflexiva
Deslocalizar a atenção de um
assunto problemático
Resumir
Estimular o utente à apresentação
de argumentos para a mudança
Provocação de mudança de discurso
Prof. Catarina Tomás 16
• Oferecer orientação
• Identificar o problema ou área de risco
Aconselhar • Explicar porque a mudança é necessária
• Recomendar uma mudança específica
Enfatizar
Concordar, mas Paradoxo
escolha e Reinterpretar
com mudança terapêutico
controle pessoal