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CONCEITO
Hemorragias da Hemorragia obstétrica pode ser definida como qualquer perda de sangue visível
pela vagina durante a gravidez ou perda excessiva após o parto (Baker, 2006).
gravidez
É a maior causa de morte materna nos países subdesenvolvidos.
Durante a gestação a ocorrência de perdas hemáticas pode ser escassa sem
significado clínico ou abundante, pondo em risco a vida do feto e da mãe.
https://www.youtube.com/watch?v=3IQuPYqiafs
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HEMORRAGIAS DA GRAVIDEZ
Uma das complicações mais frequentes na gravidez, e uma das principais causas de
Hemorragias
morbilidade e mortalidade perinatais, é a hemorragia.
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ABORTAMENTO ESPONTÂNEO
Tipo de aborto Queixas álgicas Hemorragia Expulsão do produto Dilatação cervical e risco de infeção Tamanho do útero
de conceção
Ameaça de aborto Ligeiras Ligeira a moderada Não se verifica Não se verifica Condizente com a IG
(verificar pensos Não há risco infecioso
Ameaça de aborto, quando à confirmação da gravidez e surge uma perda Aborto inevitável Moderadas Moderada a
abundante (verificar
Não se verifica Colo uterino aberto, com protusão das membranas
amnióticas ou produto da conceção.
Condizente com a IG
Aborto retido, quando há confirmação da gravidez, mas ecograficamente não Aborto incompleto Intensas Abundante e Tecido embrionário ou Colo uterino aberto, com presença de produto de Menor do que expetável para a IG
se visualiza atividade cardíaca (pode não haver metrorragia) contínua fetal e placenta conceção no canal cervical ou vagina.
Há risco de infeção
Aborto em evolução, quando tem episódio de metrorragias, algias pélvicas e
expulsão de estruturas ovulares Aborto completo Sem queixas Mínima Embrião ou feto e
placenta completos
Colo uterino fechado, sem produto de conceção no Menor do que o expetável para a IG
canal cervical.
Aborto incompleto, quando se visualiza ecograficamente restos ovulares Aborto retido Sem queixas Perda escassa de Não há expulsão:
Há risco de infeção.
Colo uterino fechado. Menor do que o expetável para a IG
Aborto completo, quando a cavidade uterina não tem restos ovulares sangue escuro retenção completa do Há risco de infeção
produto de conceção
Aborto de repetição, quando ocorrem dois ou três abortos consecutivos Aborto recorrente ------ -------- ------- --------------- ----------
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DILATAÇÃO E CURETAGEM
TRATAMENTO MÉDICO OU ASPIRAÇÃO
Implica a utilização de meios
Se não houver hemorragia abundante ou infeção: medicamentosos ou mecânicos para
dilatar o colo uterino, se este se encontrar
- Prostaglandinas (misoprostol – sub-lingual ou oral) – Resolução em 7 dias fechado, e posteriormente proceder à
curetagem uterina, ou aspiração do
- Medicação analgésica e antiemética produto de conceção. https://www.tuasaude.com/dilatacao-e-curetagem/
AbortoAspiração
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https://blausen.com/pt/search/?text=gravidez%20ect%C3%B3pica
https://www.youtube.com/watch?v=rkzvdEsCrBk (Matos, 2016)
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https://www.youtube.com/watch?v=6y1Blxq6ANs
- Idade > 35 anos
https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/174
Gravidez ectópica Gravidez ectópica rota (Malheiro, Falcão & Costa, 2020)
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GRAVIDEZ ECTÓPICA
Tratamento
RECOMENDAÇÕES:
cirúrgico
- Salpingostomia linear - Evitar bebidas alcoólicas, medicamentos com ácido fólico ou exposição solar
- Resseção segmentar tubária durante 15 dias
- Salpingectomia total - Limitação da atividade física durante 15 dias
- Não recomeçar a atividade sexual antes de β-hCG negativar, mas pode iniciar
(Matos, 2016)
logo contraceção
- Adiar uma futura gravidez pelo menos 3 meses após o tratamento
(Matos, 2016)
https://docplayer.com.br/10842055
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CID
ETIOLOGIA CID
Sintomatologia
- Hemorragias fora do comum, nomeadamente em locais de punção
Patologia que pode ser secundária:
- Petéquias
- a placenta abrupta
- Hematomas
- pré-eclâmpsia e eclâmpsia
- Sangue oculto nas fezes
- aborto incompleto
- Hematúria
- aborto sético - Hemorragia vaginal
- retenção de feto morto - Outros sinais hemorrágicos
Em situação aguda dá origem a hipotensão, choque, sinais e sintomas de insuficiência
renal aguda (oligúria, anúria), náuseas, vómitos, acidose metabólica ou sinais focais
(Miranda, Miranda & Vermelho, 2016)
neurológicos.
(Miranda, Miranda & Vermelho, 2016)
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CID
Tratamento:
- Tratamento das causas subjacentes Hemorragias
- Sangue fresco, plasma fresco congelado, plaquetas (crioprecipitados, não possuem
fatores V, XI e XII)
- Heparina – administrada essencialmente em casos de feto morto, por ser um
antitrombótico que não atravessa a barreira placentária e não causa hemorragias
fetais.
2º e 3º TRIMESTRE
(Miranda, Miranda & Vermelho, 2016)
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Diagnóstico
Efetuado após a 24ª semana de gestação pela sintomatologia apresentada pela
grávida
(Fadigas & Clode, 2016)
(Miranda, Miranda & Vermelho, 2016)
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Acretismo
placentário
Classificação do acretismo placentário
Uma das maiores complicações da
placenta prévia é o acretismo
placentário. Acretismo placentar Caraterização
(Areia , 2017)
Placenta acreta Quando penetra mais profundamente na decídua,
atingindo o miométrio apenas superficialmente
https://www.scopegineco.com.br
Placenta percreta Quando ultrapassa o miométrio e atinge a serosa
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Complicações:
- Hemorragia puerperal grave
- Coagulopatia e necessidade de suporte transfusional
- Necessidade de histerectomia
- Risco de lesão da bexiga, ureteres ou outras vísceras
- Necessidade de suporte avançado materno
https://es.slideshare.net/LizCaifaGuares/placenta-2014
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VASA PRÉVIA
É a rotura dos vasos do lado fetal da placenta, Como sinais verifica-se a taquicardia fetal seguida de desacelerações profundas
habitualmente ocorrendo nas situações de inserção dos batimentos cardiofetais.
velamentosa do cordão, tem início com rotura de
membranas. A sintomatologia pode estar ausente ou apresentar-se com desacelerações
acentuadas dos batimentos cardiofetais, no caso de compressão do cordão devido a
A hemorragia observável pode ser ligeira, embora prolapso ou nós verdadeiros que comprometem a circulação fetal.
possa levar à saída de todo o sangue fetal (Miranda, Miranda & Vermelho, 2016)
(exsanguinação – hemorragia de Benkiser) e
originar a morte.
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- Ecografia.
https://blausen.com/pt/video/descolamen
to-da-placenta/
(Miranda, Miranda & Vermelho, 2016)
https://www.hospitaldecruzilia.com.br/
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ETIOLOGIA SINTOMATOLOGIA
O DPPNI pode ocorrer devido:
Vasoconstrição seguida de vasodilatação dos vasos uterinos
Trauma causado por versão uterina externa ou outro Geralmente os primeiros sintomas ocorrem depois da 20ª semana de gravidez:
Aumento inexplicado de alfa fetoproteína no soro materno Hipertonicidade uterina
Brusca descompressão de polidrâmnios Sensibilidade uterina
Anemia
Dor uterina súbita, intensa e localizada
Placenta abrupta anterior
Ventre em tábua
Pré-eclâmpsia
Presença de hemorragia
Tração por cordão curto
Insuficiência Placentária Ausência de hemorragia (oculta)
Deficiência de ácido ascórbico ou ácido fólico Útero de Couvelair
(Miranda, Miranda & Vermelho, 2016)
http://www.rmmg.org/artigo/detalhes/1786
(Miranda, Miranda & Vermelho, 2016)
Útero Couvelair
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Instalação insidiosa
Descolamento da placenta prévia
Instalação tempestuosa
Pode ser necessário efetuar uma cesariana de emergência. Inesperadamente, surge hemorragia Hemorragia interna inicialmente, depois externa e de sangue escuro
Se a grávida tiver o tipo Rh negativo existe o risco de isoimunização Rh devido à Útero Contorno uterino preservado Útero aumentado, contorno modificado e hemorragia ativa
possível hemorragia fetomaterna . Apresentação Não insinuada, a placenta obstrui a insinuação A altura da apresentação não tem significado no quadro clínico
(Miranda, Miranda & Vermelho, 2016) Tratamento Cesariana (com feto vivo ou morto) Cesariana - feto vivo
Parto vaginal – feto morto
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São situações emergentes em que a perfusão dos órgãos foi comprometida, - A taquicardia vai aumentando gradualmente e a tensão diminuindo, o pulso fica
podendo ocorrer graves danos ou morte. filiforme;
- Respiração rápida e profunda, depois superficial e irregular;
Como resposta fisiológica as glândulas supra-renais libertam catecolaminas que - Débito urinário, no início, sem alterações, depois oligúria e anúria.
provocam vasoconstrição, privilegiando a irrigação cerebral e cardíaca em
detrimento de todos os outros órgãos (incluindo o útero). - Nível de consciência: alerta, orientada, alguma ansiedade que vai aumentando,
assim como a confusão mental seguida de letargia e inconsciência.
- Pressão venosa central, no início, normal (10 a 6/7 cm H20), diminuindo até 0-3 cm
Se não for resolvido rapidamente, pode surgir acidose com consequente diminuição de H2O.
da perfusão e acidose tecidular, formação de edema, estase venosa, acentuando a
anoxia, provocando a morte tecidular.
(Miranda, Miranda & Vermelho, 2016)
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A sobrecarga de líquidos pode levar à respiração espumosa com estridor e dispneia, A rotura uterina é um acidente excecional (Miranda, Miranda & Vermelho, 2016)
choque pulmonar com taquipneia, dispneia, ansiedade, aumento da tensão arterial,
cianose e respiração ruidosa. Podendo estar relacionada com vários fatores:
- cicatriz uterina prévia
- TP prolongado
Deve-se ter em atenção a administração de oxigénio, pois em excesso provoca - apresentação fetal anómala
toxicidade e, consequentemente, mioclonias da face e convulsões. - desproporção feto-pélvica, macrossomia fetal
- grande multiparidade
- acretismo placentário
(Miranda, Miranda & Vermelho, 2016) - manipulação uterina (versão fetal por manobras internas ou externas)
- malformações uterinas
- parto instrumentado
https://www.scielo.cl/scielo.php?pid=S0717-
75262017000600649&script=sci_arttext
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Manifesta-se por dor abdominal intensa, choque e hemorragia irregular, geralmente Conduta clínica:
mínima.
1. Realizar cesariana emergente
A palpação abdominal evidencia a presença de defesa e, em certos casos, palpa-se
diretamente o feto sobre a parede abdominal. 2. Proceder à reparação da lesão com histerorrafia dupla, se possível, após
extração fetal e dequitadura
Resulta frequentemente na morte fetal.
3. Proceder a histerectomia se não for possível reparar a lesão
4. Avaliação e reparação de eventuais lesões de órgão associadas (ex. rotura
(Miranda, Miranda & Vermelho, 2016)
vesical)
https://www.youtube.com/watch?v=JT_jmOvAJNc
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BIBLIOGRAFIA
Afonso, M & Osório, F. (2016). Gravidez ectópica. In Clode, N., Jorge, C.C. & Graça, L. M. (Eds.). Normas de Actuação na
Urgência de Obstetrícia e Ginecologia Hospital de Santa Maria (3ª edição) (pp. 77-84). Hospital de Santa Maria.
Areia, A. L. (2017). Hemorragias do segundo e terceiro trimestres. In Graça, L. Medicina Materno Fetal. (pp. 315- 325). Lidel.
Fadigas, C. & Clode, N. (2016). Hemorragias do 2º e 3º trimestres. In Clode, N., Jorge, C.C. & Graça, L. M. (Eds.). Normas de
Actuação na Urgência de Obstetrícia e Ginecologia Hospital de Santa Maria (3ª edição) (pp. 77-84). Hospital de Santa
Maria.
Malheiro, F., Falcão, V & Costa, A. R. (2020). Hemorragias da gravidez. In J. Neves (Coord.). Obstetrícia Fundamental (pp.
103-116). Lidel.
Matos, R. (2016). Gravidez ectópica. . In M. Nené, R. Marques & M. A. Batista (Coord.) Enfermagem de Saúde Materna e
Obstétrica (pp. 276-280). Lidel.
Miranda, A. M. R. C. , Miranda, L. & Vermelho, M. A. (2016). Hemorragias da gravidez. In M. Nené, R. Marques & M. A.
Batista (Coord.) Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica (pp. 216-225). Lidel.
Sotto-Mayor, L. (2016). Aborto espontâneo. In M. Nené, R. Marques & M. A. Batista (Coord.) Enfermagem de Saúde Materna e
Obstétrica (pp. 267-275). Lidel.
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