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1.3.

Etiologia
De acordo com Dias (2015), a HPP é uma complicação multifatorial. Dentre as suas
causas existentes, reconhece-se com maior frequência a síndrome de 4ts, que inclui:
 Tônus: atonia uterina (70% ) das causas;
 Tecidos: retenção placentária, acretismo placentário (20%) das causas;
 Trauma: inversão uterina, ruptura uterina, lacerações no canal de parto
hematomas e episiotomia (9%) das causas;
 Trombina: coagulopátia ( 1%) das causas.
Atonia Uterina: a atonia uterina é considerda como uma das principais causas de
HPP ate 75% de HPP. Esta complicação ocorre, após 3 etapas do trabalho de parto,
podendo ser imediata ou tardia. Resulta da incapacidade do miométro se encontrar
após a expulsão da placenta, permitindo assim que as perdas sanguíneas aumentem.
Retenção do Tecido placentário não Aderente: a retenção da placenta poder
resultar de uma separação parcial da placenta normal, dificuldade da placenta
separada, parcial ou total devido a um anel de constrição do útero , incorrecta gestão
do terceiro estágio do trabalho de parto ou aderência anormal de toda parte da placenta
na parede uterina. A separação da placenta do seu local de inserção ocorre,
usualmente; alguns minutos após o parto pensando-se resultar da força mecânica das
contracções uterinas e da redução da área de inserção devido a brusca diminuição do
volume uterino após a expulsão do feto.
Placentação Anómala: a inserção placentária anormal constitui uma das causas
principais de hemorragia obstrética. A placenta anómala pode ser conceitualizada
como acrestismo e descreve como sendo uma ” aderência anormal da plancenta a
parede uterina, o que se produz quando a decídua basal penetra dentro e através do
miométro, a mesma pode dividir-se em acreta, increta, e precreta.
Traumatismo do Trato Genital: o traumatismo do trato genital constitui a
segunda principal causa de hemorragia pós-parto. Este, é responsável por 5 á
10% dos casos de hemorragias. Essas lesões influem: leceração do
períneo,vulva, área Peri ureteral, vaginal colo do útero; hematomas da vulva,
paravaginais, dos ligamentos largos e do espaço retroperitonel. Sendo que as
lesões acontecem em áreas diferentes de acordo a anatomia e fisiologia da
vagina. O s sinais e sintomas são caracterizados pela

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relato da mulher, de dor perineal ou retal persistente, ou de uma sensação de
pressão na vagina.
Inversão Uterina: a inersão uterina é pouco frequente, mas que implica riscos de
vida, porque o fundo do útero fica voltado para dentro da cavidade edometrial
dificultando assim a contracção do útero, e nesta prespectiva. Esta condição, resulta
quase sempre da tração exagerada exercida no cordão umbilical ligado a uma placenta
inserida no fundo do uterino, podendo esta ou ficar ligada ao útero.
Alteração da Coagulação: a hemorragia pós-parto pode ocorrer por alteração do
coagulação, ocorre, ainda embora menos frequente, em casos de pacientes portadoras
de púrpura trombocitopenia( PTI) mais conhecida por. Deve-se ainda relembra que a
maioria das patologias de coagulação é uma preocupação muito comum no período
pós parto imediato chamando assim a atenção dos profissionais de saúde, porque o
seu conhecimento pode contribuir para diminuir os problemas hemorrágicos, nesta
linha de pensamento.

1.4. Classificação
Carvalho (2016) classifica a hemorragia pós parto (HPP) em:
 Hemorragia pós parto primária: é a perda sanguínea cumulativa de 1.000 ml ou
mais de sangue, acompanhado por sinais e sintomas de hipovolemía, dentro de 24
horas após o nascimento, que ocorre as primeiras 24 horas logo após parto.
 Hemorragia pós parto secundária: pressupõe a perda de sangue acompanhada ou
não de sinais hipovolemía, que ocorre após 24 horas do período pós parto, porém até
6 semanas do pós parto.
A quantidades de sangue acima citadas podem variar, e em caso que a hemorragia
ultrapasse 2000 ml, independentemente da via de parto, ou quando a parturiente
necessita de hemotrasfusão mínima de 1200 ml (4 unidades) de concentradas de
hemácias ou sangramento resulta na queda de hemoglobina ≤ 4 g/dl ou em caso de
distúrbio de coagulação é chamado de hemorragia pós parto
maciça(CARVALHO ,2016)

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1.5. Factores de Risco
De acordo com Gabrielloni et al (2014), a redução de mortalidade materno infantil por HPP,
deve fundamentar-se na identificação dos factores de risco (FR) durante do processo de
cuidado e a intervenção precoce é de extrema importância. Os mesmos, devem ser
investigados desde o pré natal até o período pós parto, através de uma boa anamnese.
Para os mesmo autores, os factores de risco de HPP, compreendem dois momentos
fundamentais que são:
 Factores de risco no período anteparto:
 História progressiva HPP;
 Distensão uterina (gemelar, polidramnio, macrossomia);
 Distúrbio de coagulação congénitos ou adquiridos;
 Uso de anticoagulantes;
 Cesariana prévia com placenta anterior ( risco acretismo);
 Placentação anormal confirmada (prévia ou acrestismo);
 Grande multipar (≥ 4 partos vaginais ou≥3 cessarianas);
 Anemia de gestação;
 Pré eclâmpsia, hipertensão gestacional, hipertensão crónica ;
 Primeiro filho após 40 anos.
 Factores de risco do período intra-parto:
 Trabalho de parto prolongado ;
 Trabalho de parto taquitócito;
 Laceração vaginal de 3º a 4º graus;
 Prolongamento de episiotomia;
 Placentação anormal ( acreta, prévia);
 Deslocamento prematuro da placenta (DPP);
 Parto induzido;
 Coroioamnionite;
 Parada do progressão do polo cefático;
 Parto instrumentado (fórceps, vácuo).

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