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QUESTÃO 01

HCPMERJ (2018) A anormalidade exposta na imagem a seguir é 12/12


passível de identificação durante o pré-natal e está associada a
algumas complicações ocorridas na gestação. Entre essas
complicações, é correto citar: *

Restrição intrauterina de crescimento

Exsanguinação fetal

Atonia uterina

Descolamento prematuro de placenta

Feedback

A inserção velamentosa do cordão umbilical ocorre quando alguns dos vasos sanguíneos umbilicais estão entre
as membranas, desprotegidos da geléia de Wharton. Possui incidência de 0,2 a 1,8%.

A inserção velamentosa pode estar associada com a vasa prévia, (passagem dos vasos desprotegidos entre o
segmento inferior do útero e a região de apresentação fetal, expondo grandes vasos fetais aos riscos de
compressão e ruptura, especialmente durante o trabalho de parto).

Dessa forma, existe o risco dos vasos se romperem quando a bolsa estourar. A alta mortalidade fetal é atribuída à
rápida exsanguinação fetal.

/
QUESTÃO 02

UFPB (2019) Sobre o descolamento prematuro da placenta, é correto 12/12


afirmar, EXCETO: *

O descolamento prematuro de placenta é uma complicação obstétrica com grande


potencial de morbidade e mortalidade, e sua frequência vem aumentando nos
últimos anos.

O diagnóstico de descolamento prematuro de placenta é basicamente


ultrassonográfico.

O descolamento prematuro de placenta crônico pode estar presente em 20% dos


casos e, quando ocorrer no segundo trimestre e associar-se a oligoâmnio, o
prognóstico é ruim.

Nos casos de feto vivo e viável, a interrupção deve ser imediata, pela via mais
rápida.

Feedback

O diagnóstico de DPP é fundamentalmente clínico. Classicamente, caracteriza-se por dor localizada geralmente
no fundo do útero, repentina e intensa, seguida da perda sangüínea em 80% dos casos. Pode haver sinais de
estado hipovolêmico e a pressão arterial pode até mostrar-se em níveis normais, e não elevados, em função
dessas alterações.

O exame obstétrico freqüentemente detecta a hipertonia uterina e o foco comumente ausente. O exame genital
pode detectar a hemorragia e bolsa das águas tensas.

QUESTÃO 03

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UFG (2018) Gestante tercigesta, de 32 semanas, com quadro de 12/12
sangramento transvaginal moderado, indolor, de início abrupto, sem
relação com trauma, e antecedentes de duas cesarianas, tem como
principal hipótese diagnóstica: *

Descolamento prematuro de placenta

Placenta prévia

Rotura uterina

Rotura de vasa prévia

Feedback

Deve-se suspeitar de placenta prévia em toda paciente que tem sangramentos intermitentes e indolores na
segunda metade da gestação (após 20 semanas de gravidez). O exame para confirmar o diagnóstico é a
ultrassonografia TRANSVAGINAL (e não abdominal, como geralmente é realizada durante o exame obstétrico). O
exame deve ser realizado pela via transvaginal pois o colo uterino é difícil avaliação pela via abdominal, na
segunda metade da gestação; e algumas placentas, em especial as que se inserem na parede uterina posterior,
são mais difíceis de serem visualizadas.

Os principais fatores de risco conhecidos para placenta prévia são: história de placenta prévia em gestação
anterior, história de cesárea anterior, história de procedimento uterino prévio, fumo, uso de cocaína, etc.

QUESTÃO 04

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HCPMERJ (2018) A condição mostrada na imagem a seguir tem se 0/12
tornado um dos mais graves problemas de obstetrícia, com taxas de
prevalência cada vez maiores. O principal fator de risco para essa
situação é: *

Pré-eclâmpsia

Rotura prematura de membranas amnióticas

Miomatose uterina

Cesariana prévia

Resposta correta

Cesariana prévia

Feedback

O acretismo placentário é uma condição caracterizada pela invasão anormal do tecido placentário além da
camada superficial interna do útero, chamada decídua. Esta condição está fortemente associada ao antecedente
de cesáreas prévias e à inserção baixa da placenta, chamada placenta prévia.

QUESTÃO 05

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(UNIFESP) Quartigesta tercípara, 34 anos de idade, 30 semanas de 12/12
gestação, procura pronto atendimento com queixa de sangramento
vaginal, em moderada intensidade, de início súbito, nega dor ou
cólicas. Relata que teve sangramento semelhante há 15 dias, em
pequena intensidade, por dois dias, que cessou espontaneamente com
repouso. Ao exame físico: bom estado geral, corada, hidratada, afebril,
PA: 120 x 80 mmHg; FC: 84 bpm; altura uterina:30 cm; FCF: 144 bpm;
dinâmica uterina ausente, exame especular com sangramento pelo
colo uterino e sangue em fundo de saco vaginal. Cardiotocografia
categoria I. O diagnóstico provável e a conduta adequada são: *

Placenta prévia, realizar ultrassonografia e cesárea imediata

Descolamento prematuro de placenta, realizar ultrassonografia

Descolamento prematuro de placenta, realizar cesárea de emergência

Placenta prévia, sulfato de magnésio e realizar cesárea em 12h

Placenta prévia, corticoterapia para maturação pulmonar fetal

Feedback

O quadro clínico típico da placenta prévia cursa com sangramento vermelho vivo, rutilante e indolor, com tônus
uterino normal e sem sofrimento fetal, o que o diferencia do descolamento prematuro de placenta, outra
importante causa de hemorragia na segunda metade da gestação.

O sangramento genital é o sintoma marcante da placenta prévia e, em geral, manifesta-se na segunda metade da
gestação, com mais frequência no terceiro trimestre. Apresenta início e cessar súbitos, é repetitivo e, em geral,
progressivo. Um terço das pacientes relata o primeiro episódio de sangramento antes da 30.a semana, um terço
entre 30 e 36 semanas e o restante somente após a 36.a semana. Em aproximadamente 10% dos casos, a
gestante não apresentará nenhum tipo de sangramento até a hora do parto.

No nosso caso clínico, a paciente está estável hemodinamicamente e o feto não apresenta nenhum sinal de
sofrimento agudo. Não temos indicação de resolução da gestação. Porém podemos indicar a realização de
corticoterapia antenatal (para acelaração da maturidade pulmonar) devido idade gestacional menor que 34
semanas

QUESTÃO 06

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(INSTITUTO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA AO SERVIDOR PÚBLICO 12/12
ESTADUAL-SP) A chamada síndrome de Bandl-Frommel é
característica de: *

Ameaça de descolamento prematuro de placenta

Placenta sucenturiada

Placenta acreta

Ameaça de rotura uterina

Placenta prévia

QUESTÃO 07

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(UNIVERSIDADE DE RIBEIRÃO PRETO-SP) Gestante de 32 semanas 14/14
IV G III P (3 cesáreas anteriores) apresenta, na ultrassonografia,
placenta de inserção anterior na região do segmento inferior. Qual é a
complicação mais preocupante nesse caso? *

Trabalho de parto prematuro

Descolamento prematuro da placenta

Rotura pré-termo das membranas

Apresentação anômala

Acretismo placentário

Feedback

Uma das complicações mais sérias da placenta prévia ou da placenta de inserção baixa é o acretismo
placentário. Nesta condição, a placenta adere de forma anormal ao útero em virtude de uma invasão mais
pronunciada do trofoblasto.

A placenta prévia é um dos principais fatores de risco para o acretismo placentário, com a incidência passando de
1 em 20.000 (0,005%) nas mulheres sem placenta prévia e chegando a quase 1 em 10 (9,3%) quando há
placenta de implantação baixa, com um risco relativo superior a 2000.

A coexistência de cesariana anterior e placenta prévia é particularmente perigosa, sendo associada a maior risco
de acretismo, principalmente se a placenta estiver situada sobre a cicatriz da cesariana. Em um estudo de Clark
et al (1985), 10% das pacientes com cesárea anterior e placenta prévia apresentavam algum grau de acretismo
placentário, com o número chegando a impressionantes 67% se a paciente apresentasse quatro ou mais
cesarianas anteriores.

QUESTÃO 08

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(SUS-SP) Primigesta de 33 anos, 35 2/7 semanas, procura pronto 14/14
atendimento por quadro de sangramento genital importante e intensa
dor abdominal. Refere, ainda, diminuição da movimentação fetal. Ao
exame físico: bom estado geral, descorada 2+/4+; PA: 150 x 90
mmHg;FC: 100 bpm. Abdome gravídico, BCF: 108 bpm, tônus uterino
aumentado, dinâmica uterina presente com 4 contrações fortes em 10
minutos. OGE: sangramento escuro com coágulos em moderada
quantidade exteriorizado pelo canal vaginal. Esta patologia obstétrica: *

Deve-se manter paciente em observação com monitorização fetal com


cardiotocografia contínua

Tem grande associação com picos hipertensivos. Deve-se interromper a


gestação imediatamente pela via de parto mais rápida

Deve ter diagnóstico confirmado com um exame ultrassonográfico. O toque vaginal


é contraindicado

Tem diagnóstico clínico. Deve-se realizar cesárea imediatamente

Faz necessário estabilização hemodinâmica da paciente e estabelecer manobras


de reanimação fetal intraútero. Somente considerar parto se não houver resposta
às manobras

Feedback

O quadro clínico do DPP é extremamente variável, desde casos totalmente assintomáticos até aqueles nos quais
há morte fetal e grave morbidade materna. Os sintomas clássicos do DPP são o sangramento vaginal e a dor
abdominal. A quantidade de hemorragia vaginal guarda pouca correlação com o grau do DPP. Por outro lado, a
extensão do descolamento está associada ao óbito fetal: separação > 50% frequentemente leva à
natimortalidade.

O diagnóstico do DPP é eminentemente clínico.

A via de parto é aquela mais rápida (seja vaginal ou seja cesariana).

QUESTÃO 09

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UNIRIO (2016) Primigesta de 16 anos e na 36ª semana de gestação procura
a maternidade com queixa de dor abdominal, de início agudo e sangramento
transvaginal de pequena intensidade, há, aproximadamente, 3 horas. Ao
exame físico, apresenta-se hipocorada (3+/4+), hidratada, pressão arterial
de 90 x 40 mmHg, fundo uterino de 34 cm com tônus aumentado, frequência
cardíaca fetal de 90 bpm.O diagnóstico mais provável é: *

Descolamento prematuro de placenta - DPP

Resposta correta

Descolamento prematuro de placenta

QUESTÃO 10

UNIRIO (2016) Qual conduta deve ser adotada no caso apresentado


acima? *

Deve-se garantir acesso venoso calibroso e iniciar reposição volêmica, passar sonda vesical e solicitar
exames laboratoriais (hemograma, gasometria, coagulograma, plaquetas, ureia, creatinina), além de
esclarecer o quadro para a paciente. Além das medidas gerais, deve-se ter como foco a interrupção da
gravidez da forma mais rápida, a fim de tirar a placenta e cessar sangramento. Se paciente já estiver em
período expulsivo, parto deve ser por via vaginal, senão deve ocorrer por cesárea.

Resposta correta

Resolução da gestação pela via mais rápida e estabilização clínica da paciente

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