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Maria Paula – T57

Aula 04 – Placenta Prévia

 Placenta que se implanta total ou parcialmente no segmento inferior do útero.


 Classificação:
o Baixa ou lateral: próximo ao colo uterino sem atingi-lo.
o Marginal: atinge o orifício interno do colo uterino, mas sem recobri-lo.
o Centro-parcial: recobre parcialmente o orifício interno do colo uterino.
o Completa ou centro-total: recobre totalmente o orifício interno do colo uterino.

Incidência:
 1/200 gestações a termo
 Frequente achado ultrassonográfico entre 16 e 20 semanas
 90% dos casos  teoria da migração placentária: crescimento placentário em direção ao fundo uterino
mais vascularizado; degeneração das vilosidades periféricas com menor suprimento sanguíneo;
implantação placentária adequada.
 DIAGNÓSTICO de certeza: após 28 semanas.

Fatores de risco:
 Cicatriz uterina anterior: cesárea previa
 Intervenções uterinas anteriores: miomectomia, curetagem
 Multiparidade/ intervalo interpartal curto
 Idade materna avançada
 Tabagismo
 Gemelaridade
o Uma cesárea anterior: 4,5 vezes maior o risco
o Duas cesáreas anteriores: 7,4 vezes maior o risco
o Três cesáreas anteriores: 6,5 vezes maior o risco
o Quatro ou mais: 45 vezes maior o risco
 Implantação anormal: maior a probabilidade de aderência anormal ao útero:
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Diagnóstico clínico:
 Sangramento indolor de quantidade e gravidade progressivas
 Autolimitado, geralmente sem repercussão materna reincidente.
 Final do segundo e terceiro trimestre
 Sangramento sentinela: entre 26 e 28 semanas, abundante, intermitente, vermelho vivo -> mais
comum na placenta previa centro total ->internação
 Contrações sem aumento do tônus uterino
 Na presença de acretismo é comum não ter sangramento.

Exame obstétrico:
 Exame especular observando saída de sangue vermelho rutilante através do colo uterino
 Batimento cárdio fetal presente e normal
 Não realizar toque vaginal

Exames de imagens:
 Ultrassonografia pélvica: mostra a localização placentária exata e sua posição em relação ao orifício
interno do colo uterino.
 Complementação transvaginal cuidadosa na dúvida.
 Ecodoppler: avalia acretismo, incretismo ou percretismo com invasão dos órgãos pélvicos.
 Ecodoppler com suspeita de anomalia de aderência placentária: complementação com ressonância
magnética nuclear.
Exames laboratoriais:
 Hemograma
 ABO RH
 Coagulograma, porém rara alteração.

CONDUTA: quantidade de sangramento, condição hemodinâmica materna e idade gestacional.

GESTAÇÃO PRÉ-TERMO COM SAGRAMENTO DISCRETO:


 Controle ambulatorial
 Proibição de relação sexual
 Corticoterapia para acelerar maturação pulmonar fetal (28 a 34 semanas)
 Suplementação com ferro
 Monitorização Hb/Ht
 Gestantes Rh negativa: imunoglobulina anti D 300mcg quando apresentar sangramento
 Uso de tocoliticos???? Progesterona micronizada (Utrogestam, Evocanil), sulfato de terbutalina
(Bricanyl), Isoxisuprina (Inibina).

GESTAÇÃO PRÉ-TERMO COM SANGRMENTO GRAVE:


 Resolução imediata do parto por cesárea.

GESTAÇÃO A TERMO OU PRÓXIMA A ELE COM SANGRAMENTO:


 Placenta prévia marginal de menor grau, com borda fina e apresentação cefálica encaixada
pressionando a borda placentária: parto vaginal permitido.
 Demais casos: resolução imediata do parto por cesárea
 Placenta prévia centro total: cesárea eletiva obrigatória no termo.

Cesárea:
 Bloqueio anestésico locorregional
 Incisão segmentar transversa
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 Incisão corporal se apresentação anômala


 Reserva de sangue
 Acretismo placentário: histerectomia.

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