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INTRODUÇÃO
Mais de metade de todos os óbitos maternos ocorre nas primeiras 24 horas após
o parto, em grande parte devido ao sangramento excessivo.
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HPP Constitui as primeiras causas de morte materna:
Epidemiologia
Cesariana à 1000ml;
Definição de HPP
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Classificação
HPP imediata
HPP tardia
Útero
Atonia uterina;
Inversão uterina;
Rotura uterina;
Restos placentares.
Canal de parto
Lacerações;
Hematomas.
Extrauterina
Coagulopatia de consumo.
Etiologia
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Clínica
1. Hemorragia leve
2. Schock hemorrágico
3. Hipotensão
5. Complicações sistémicas e
6. Morte
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Outras causas:
Diagnóstico :
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ATONIA
Factores de risco:
Super distensão
Multiparidade
Corioaminionite
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Administrar oxitocina 40 unidades num frasco de soro em
perfusão rápida.
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Restos placentários
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Tardia (1-2d)= amolecimento do tecido placentario necrotico
Diagnóstico:
Conduta:
Aspiração
Inversão uterina
Incidência:
Classificação:
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Causas:
Aplicação de força excessiva pelo assistente ao parto durante a
dequitadura por:
Pressão no fundo do útero;
Tracção do cordão umbilical.
Tracção excessiva no fundo uterino
Cordão umbilical curto e
Placenta acreta.
Rotura uterina
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Sinais de eminência de rotura uterina
• contracções excessivamente dolorosas, taqui e hiperssistolia.
• -palidez, sudorese e agitação,
• -distensão segmentar sinal de Bandl- anel fibromuscular
transversal no segmento inferior-( utero em oito) - e
• sinal de Frommel- ligamentos redondos retesados,
hipercontraidos e desviados para frente).
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Lacerações do períneo
Segunda maior causa de hemorragia puerperal precoce;
Deve-se suspeitar sempre que o sangramento for persistente que
não cessa com as contrações uterinas;
Os locais mais susceptíveis são: vagina, períneo e colo do útero
Classificação
No períneo as lacerações classificam em 4 graus:
1°grau = envolve a furcula, pele, mucosa vaginal.
2°grau = pele, mucosa e estende-se até musculos
perineais
3°grau = estende-se até esfíncter anal
4°grau = atinge a mucosa rectal
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Na vagina podem ser altas (2/3 superiores) ou baixas (1/3 inferior).
No colo podem ser extensas ou menores.
Causas:
Parto precipitado
Episiotomia extensa;
Feto Macrossômico;
Manobras de Kristeller intempestiva e/ou inadequada;
Parto pélvico operatório (fórcipes).
Extracção por ventosa ou fórcepes particularmente quando
o colo não está dilatado completamente;
Dilatação manual do colo
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Diagnóstico: Manobra Kristeller
Hemorragia com útero bem contraído e duro, hemorragia do tracto
genital.
Conduta:
Revisão sistemática do canal de parto, hemostasia
imediata e correção das lacerações;
Encerrar as lacerações vaginais e cervicais (de cima para
baixo) com fio crómico.
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Sutura do colo uterino
Hematomas puerperais
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Asoluções de continuidade produzidas pela passagem do feto, sem
protecção do períneo.
AEm algumas situações o sangue pode não exteriorizar - hematomas;
Tipos de Hematoma
Vaginais;
Vulvar;
Vulvovaginais;
Retroperitoniais
Diagnóstico:
Clínico;
Tumoração de crescimento rápido, não redutível, de coloração
azul ou violácea, dolorosa;
Dor, rubor, edema e sangramento ou colecção de sangue.
Se houver infecção = febre.
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Tratamento:
Pouco volumoso: conduta expectante;
Volumosos: abertura seguido da hemostasia do vaso sangrento,
colocação de dreno e curativo compressivo;
Grandes Hematomas Intracavitários: laparotomia e laqueação dos
vasos.
Coagulopatia de Consumo
Também pode se chamar de coagulopatia de consumo,
Coagulacao intravascular disseminada, Hipofibrinogemia,
Sindrome de desfibrinacao.
É a diminuição da capacidade de coagulação sanguínea.
Há Consumo de plaquetas e factores de coagulação
Causas:
Descolamento precoce da placenta;
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Morte fetal (retencao prolongada)
Pré-eclâmpsia/eclâmpsia
Infecções intra-uterinas
Embolia de líquido amniótico.
Transfusões massivas
Aborto induzido por meios salinos
Tto anticoagulante.
Quadro clinico - Anamnese
Hemorragia
Vaginal
Importante- atonia, rotura, laceração alta do canal.
Ligeira – atonia, miomas.
Contínua (antes,durante e pós) – rotura
(choque rápido+dor intensa constante hipogastro #TP)
Tardia – 1-2d =necrose de restos;
1-2smns = pólipo placentar.
Generalizada – coagulopatia (útero, ferida cirúrgica)
Transabdominal
Hemoperitoneu = Blumberg+ - rotura uterina.
Quadro clinico - exame objectivo
Abdomen
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Mole indolor depressível- causas extra
genitais(coagulopatias), laceração do canal
Tenso, doloroso - rotura (punção/lavagem peritoneal +)
Útero
Grande, mole, sem tónus – Atonia
Subinvoluído – Restos placentários
Contraído/ duro- Rotura (sinal de bandl),
lacerações,coagulopatia
Irregular (a palpação)- miomas
Ausente – 3º grau de inversão uterina.
Quadro clínico - pós-parto
Canal de Parto
Marquesa com perneiras= posição ginecológica
1 assistente = pressão no fundo do colo
Exame da placenta
Ausência de cotiledones, membranas rasgadas = restos+
Revisão uterina
Manual – hemorragia,rotura,restos/placenta acreta
Cureta – restos, irregularidades(miomas)
Diagnóstico:
Clínico
• Teste de coágulo
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• Estudo dos factores de coagulação.
Conduta:èRestabelecimento da volémia com cristalóides
è Transfusão imediata de sangue fresco
è A intervenção cirúrgica está contra-indicada
è Administrar vitamina K para aumentar a produção dos factores de
coagulação
Complicações do choque
Cerebral
S. Sheehan = necrose lobo anterior da hipófise
Morte cerebral
Renal
Insuficiência renal aguda (diurese<30ml/min)=NTA
Cardiovascular
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Hipotensão severa
Paragem cardíaca
Coagulopatia dilucional
MORTE
Bases de tratamento
Parar o sangramento ( Identificar a tratar e causa ):
Útero
Qualquer outro sítio doTracto genital
Coagulopatias
Reposição do volume sanguíneo
Conduta
Avaliar sinais vitais, mucosas, consciência, tonus uterino
Estimar as perdas/ Posição de Trenderlemburg
DOENTE EM SHOCK
A – Manter vias aéreas permeáveis
B - O2 – 4-6l/min
C - - Cateterizar veia: Colher sangue para Hemograma/ Bioq./ Test
de compatibilidade/ Grupo sanguíneo
Uma veia para: L.Ringer 1000ml + Oxitocina 40U 40gotas/min
Outra veia: Expansor plasmático >> Hemacel, Dextrano 40,
Plasmacel, Sangue
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Esvaziar a bexiga ( algaliar )/ Aquecer e sossegar o doente
DOENTE ESTÁVEL:
1. Palpação abdominal ( Útero tónico e atónico )
2. Exame do Canal de Parto
3. Revisão Uterina
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Prevenção
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História Clínica Pregressa ( HPP anterior, gravidez gemelar, grupo
sanguíneo)
Tratar a anemia durante a gravidez
MATEP ( Manejo Activo do Terceiro Estadio do Parto )
Uterotónicos
Oxitocina ( Infusao continua )
Misoprostol ( Cytotec )
Carboprost U ( Asma/ Coracao/ Rim/ Figado )
Metergine U ( Hipertensao arterial, Doença Cardíaca )
Gestão da HPP
Trata-se de uma complicação que comporta risco de vida - que
deve ser gerida pronta e eficazmente.
Deve-se obter toda a ajuda que se puder.
A prevenção é a melhor gestão.
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Manejo Activo do Terceiro Período do Trabalho de Parto (MATPTP)
Provou-se que o MATPTP reduz a incidência da hemorragia pós-
parto, reduz a quantidade de perda de sangue e reduz o uso da
transfusão
Deve-se oferecer o MATPTP a todas as mulheres que estejam a
ter o parto
Todo o/a assistente de parto deve possuir os conhecimentos e
habilidades para realizar o MATPTP
Prevenção: Deve-se Estar Preparado
TODAS as mulheres correm risco de HPP!
As mulheres que têm mais predisposição para ter HPP são aquelas que
apresentam:
Útero sobre-distendido (gémeos, bebé grande,
polihidrâmnios)
Trabalho de parto prolongado
Pre-eclâmpsia grave/eclâmpsia
Morte Fetal intra-uterina
Hiperestimulação uterina
Anemia (enfraquece)
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