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Períodos Clínicos do Parto

Profª Mestre Cilene Delgado Crizóstomo


Enfermeira Obstetra
Períodos clínicos parto

Dilatação
Expulsão
Dequitação
Greemberg
Períodos clínicos parto

Pródromos de trabalho de parto


Fase latente (Dilatação)
Fase ativa do trabalho de parto
(Dilatação)
Fase de transição (Dilatação)
Período expulsivo
Dequitação da placenta
Pródromos Trabalho de Parto
▪ Presença de contrações irregulares do útero.
▪Desconforto que vai e vem, às vezes pára, depois vem
mais forte, depois pára de novo por um tempo, etc.
▪Podem durar bastante tempo, até dias ou semanas,
antes de realmente entrar em TP.
▪Saída do tampão mucoso, Queda do ventre
▪Adaptação apresentação fetal no estreito superior
Fase Latente Trabalho de Parto

Quando a gestante começa a sentir contrações ritmadas,


de 20 em 20 minutos, de 15 em 15, etc. ela pode
considerar que entrou realmente em trabalho de parto.
As contrações são responsáveis por empurrar a cabeça
do bebê sobre o colo do útero, produzindo a dilatação, e
também por enviar um sinal para o bebê de que é hora de
se preparar para nascer, e ajudá-lo a se posicionar para
sai.
Fase Latente Trabalho de Parto

Momento muito interessante, pois é muito cedo para ir


para a maternidade, as dores são suportáveis, e o casal
está em casa, sabendo da chegada iminente do bebê
É um momento em que muitos casais aproveitam para
se reconectar, se abraçam, se emocionam. As interações
amorosas, carinhos, chamegos, beijos apaixonados, e até
mesmo uma relação sexual (se a bolsa amniótica ainda
não tiver rompido), são muito bem-vindas, pois iniciam o
trabalho de liberação de ocitocina, o hormônio do prazer,
que é tão importante durante o TP.
Fase Ativa Trabalho de Parto

Marcado pela presença de contrações regulares, de 5


em 5 minutos em Média, que vão ficando cada vez mais
próximas e intensas.
Nessa hora, o papel dos hormônios é essencial. A
mulher em trabalho de parto libera um coquetel de
hormônios, cujo ingrediente principal é a ocitocina
endógena (produzida pela própria mulher, na hora do
orgasmo e do parto)
É nessa fase que a mulher passa a sentir mais dor
Trabalho de parto verdadeiro ( FASE ATIVA)


Contrações uterinas;
Apagamento da cérvice ou esvaecimento
(incorporação do colo à cavidade uterina –grosso,
médio ou fino);
Dilatação do colo uterino (aumento do diâmetro de
mm p/ até 10 cm);
Formação da bolsa das águas.
Período de DILATAÇÃO


Início: 2 contrações 10 min (franco


trabalho parto)
Término: dilatação cervical
completa (10 cm)
Esvaecimento:incorporação canal
cervical à cavidade uterina.
Cervicodilatação:ampliação orifício
colo (formação canal parto e
passagem feto).
Período dilatação

IG colo uterino apaga e


depois dilata.
Multíparas apagamento
(esvaecimento) e
dilatação ocorrem juntos.
Início: 0,8-1,0 cm/h
Fase rápida: 1,6-2 cm/h
Período de dilatação
Finalidade formar o canal de parto, através
do esvaecimento e da dilatação cervical
Duração média primíparas 12 h e
multíparas 8 h
Contrações uterinas início 2/10 min, fraca
intensidade e duração 15 /30 seg
Contrações uterinas final 4 a 5/10 min,
fortes e com duração 40/ 50 seg.
Período de dilatação

Formação bolsa das águas → Serve de


proteção da cabeça do feto e ajuda dilatação,
é o represamento do líquido amniótico entre
a apresentação fetal e as membranas.

Amniorrexis → rompimento membranas e


pode ser espontânea ou Artificial
Sinais final período de dilatação

Aumento perda sanguínea (muco e sangue)


Sudorese peri-labial e boca seca
Vontade evacuar
Náuseas e vômitos
Ânus proeminente
Abaulamento períneo
Vulva entreaberto
Final período dilatação
Período expulsivo

Início: dilatação completa


colo do útero;
Término: saída concepto;
Duração média 5 a 30 min;
Contrações uterinas 5 a
6/10 min, fortes, duração
60/70seg;
Período expulsivo

Presença esforços
expulsivos associados à
prensa abdominal (ação
conjugada contração
musculatura parede
anterolateral abdome e
diafragma)

Ocorre distensão perineal,


abaulamento, coroamento e
desprendimento cefálico.
Período de Dequitação
Início com expulsão fetal;
Compreende desprendimento,
descida e termina com expulsão
placentária e membranas;
Duração 10-30 min (+ 30min
retenção);
Contrações uterinas indolores,
4 a 5/10 min;
Ocorre descolamento, descida
e expulsão placentária.
Mecanismos de descolamento
Central ou Baudelocque Schultze Marginal ou Duncan

Mais freqüente (75% Menos freqüente (25%


casos) casos)
Placenta inserida fundo Placenta inserida
uterino lateralmente
Não existe sangramento Sangramento externo
contínuo
externo
Aparece primeiro face
Sangramento retro- materna
placentário (guarda-chuva
invertido)
Aparece primeiro face fetal
Sinais de descolamento placentário
Sinal placenta (refere sensação peso reto)
Alteração forma e posição uterina (desvio lateral)
Sangramento vaginal (Duncan)
Sinal pescador de Fabre (tração x resistência)
Sinal progressão cordão de Ahlfelde (peso pinça
no cordão se afasta da vulva, descendo)
Sinal Kustiner (colocar mão sínfise púbica e
elevar útero, se cordão não mover houve
descolamento, se mover está aderida).
Manobra de Jacobs
Rotação placenta
para total retirada das
membranas fetais.
obs:verificar forma
placentária, inserção e
comprimento do
cordão umbilical e n°
vasos.
Período de Greenberg


Chamado de período das grandes


hemorragias e puerpério imediato;
Compreende a 1ª hora após dequitação;
Hemostasia uterina → contrações indolores
realizam oclusão vasos.
Globo de segurança de Pinard (retração
uterina)
AU esperada 16 a 18 cm
Involução diária 1-2 cm (12 d intra pélvico)
Período de Greenberg
Mecanismos hemostasia:
1. Contração fixa: útero firmemente contraído
2. Indiferença uterina: alterna fases contração e
relaxamento
3. Miotamponamento: musculatura uterina contrai
e ↓ órgão obliterando vasos(ligaduras de
Pinard)
4. Trombotamponamento: trombos obliteram gdes
vasos uteroplacentários
Assistência Enfermagem admissão


anamnese (gestações, abortos, DUM, DPP e


queixas)
exame físico geral (sinais vitais)
exame físico obstétrico (palpação abdominal,
AU)
ausculta BCF
dinâmica uterina
toque vaginal
cuidados de higiene
orientar familiares e acompanhantes
Assistência Enfermagem dilatação


deambulação
alimentação e hidratação
Bola Suíça
Cavalinho
respiração e relaxamento
Banho quente / morno
Controle contrações (DU), BCF
Controle dilatação (toque vaginal)
Amniotomia
massagem sacro-lombar (conforto)
Orientar DLE.
Hipotensão supina
Decúbito lateral esq
diminui compressão veia
cava inferior e aorta
abdominal
!
torna contrações mais
coordenadas e intensas
!
diminui compressão
pulmonar
Assistência Enfermagem expulsivo


Posições NÃO Litotomica


Respiração do expulsivo
Controle BCF
Medidas de conforto
Antissepsia vulvo perineal (monte Vênus, face int
coxa, gdes lábios, pequenos, intróito vaginal e
ânus)
Colocação dos campos (nádegas, pernas
lateralmente e em cima de abdomen)
Assistência enfermagem expulsivo

Anestesia
locorregional: nervos
pudendos originam-
se raízes nervosas
sacrais inferiores
(S2-S4) e inervam
vagina, períneo, reto
e porções bexiga.
Assistência enfermagem expulsivo
10ml lidocaína a 1%
ou bupivacaína (0,25 a
0,5%) aplicar 5 ml
plano profundo
(pudendo) em direção
espinha ciática e
restante em leque.
ASPIRAR P/ EVITAR
ADMINISTRAÇAO EV.
Assistência enfermagem expulsivo

Episiotomia (Indicações )
NÃO realizar rotina
Incisão pele, mucosa
vaginal, aponeurose
superficial períneo, fibras
bulbocavernoso e
transverso superficial
períneo.
Iniciar pele bisturi e
completar tesoura reta.
Tipos: lateral (não usada),
médio-lateral (mais usada)
e mediana ou
perineotomia.
Assistência enfermagem expulsivo

Proteção períneo (controle


desprendimento cefálico);
Desprendimento cefálico, rotação
externa e desprendimento córmico;
Pinçamento do cordão umbilical;
Parabenizar a mãe
Assistência Enfermagem dequitação

Observar perda sanguínea
vaginal e incisional;
Controlar sinais vitais;
Verificar o tipo do
descolamento;
Conferir placenta e
membranas;
Proceder episiorrafia
(quando realizada
episiotomia).
Assistência Enfermagem Greenberg


Retirar da posição ginecológica;


Massagem na panturrilha (área
compressão);
Observar e controlar perda vaginal (tônus
útero)
Controlar sinais vitais (perda de 500ml
sangue);
Observar episiorrafia (edema,
hematomas);
Assistência Enfermagem Greenberg

Proporcionar higiene,
conforto e repouso;
Respeitar período
sono;
Oferecer dieta leve e
líquidos após parto;
Estimular e iniciar
aleitamento materno.

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