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MATERNO INFANTIL

INTERCORRÊNCIAS OBSTÉTRICAS E TRABALHO DE PARTO


PROFESSORA: JACIQUELY ANDRADE
Assistência de Enfermagem
• Encaminhar para atendimento
médico de urgência.
Internação:
• Realizar punção venosa,
Intercorrência • verificar e registrar sinais vitais,
Obstétricas • avaliar as perdas vaginais,
• providenciar exames solicitados,
• administrar medicação prescrita,
• observar sinais de choque
hipovolêmico,
• oferecer apoio emocional e
orientar cuidados pós-aborto.
Intercorrência
Obstétricas
◦ Hiperêmese Gravídica:

◦ É caracterizada por vômitos contínuos e intensos


que pode provocar desidratação, oligúria, perda
de peso, e transtornos metabólicos.

◦ As causas podem estar associadas a aspectos


emocionais, adaptações hormonais, gestação
múltipla, pré-eclâmpsia e diabetes.

◦ Nos casos graves pode levar a insuficiência


hepática, renal e neurológica.
◦ Hiperêmese Gravídica:

◦ maneira de evitar os
casos mais complicados
consiste em oferecer
apoio psicológico e Intercorrência
ações educativas,
reorientação alimentar,
Obstétricas
prescrição de
medicamentos
antieméticos e
hidratação.
Intercorrência
Obstétricas
◦ Diabetes Gestacional:

◦ O diabetes mellitus é uma


síndrome causada pela falta
de insulina ou incapacidade
da insulina de exercer
adequadamente seus efeitos.
Intercorrência ◦ Diabetes Gestacional:
Obstétricas
◦É caracterizada por
hiperglicemia;

◦ pode estar acompanhada de


hipertensão arterial e
dislipidemia.

◦ Ela pode causar, em longo


prazo, alterações vasculares
que podem levar a disfunção,
danos ou falência de vários
órgãos.

◦ É classificado em: diabetes


tipo1, tipo 2 e diabetes
gestacional.
◦ Diabetes Gestacional:

◦ é a hiperglicemia
diagnosticada na gravidez que
geralmente desaparece no
período pós-parto
Intercorrência
◦ podendo retornar mais tarde. Obstétricas
◦ É responsável por elevados
índices de morbimortalidade
perinatal, principalmente
macrossomia fetal e
malformações congênitas.
◦ Os principais fatores de risco para o
Intercorrência diabetes gestacional são:
Obstétricas
◦ História previa de diabetes
gestacional;
◦ História familiar de diabetes (1º grau);
◦ Obesidade;
◦ Grande aumento de peso durante a
gestação;
◦ Hipertensão ou pré-eclâmpsia na
gravidez atual;
◦ Algumas patologias;
◦ Antecedentes obstétricos de morte
fetal ou neonatal.
◦ Diabetes Gestacional:
Intercorrência
Obstétricas ◦ Os sintomas mais comuns na
diabetes são:

◦ poliúria, polidipsia, polidisfagia


◦ Perda/ganho involuntária de peso.
◦ Sintomas como fraqueza, fadiga,
prurido na pele e na vulva,
◦ infecções de repetição podem
estar presentes.

◦ O diagnóstico pode ser no final do


segundo ou início do terceiro
trimestre de gestação,

◦ Na primeira consulta de pré-natal


principalmente em mulheres que
apresentam fatores de risco para o
diabetes.
◦ Diabetes Gestacional:

➢ É fundamental o rastreamento
precoce dos níveis elevados de
glicose no sangue na gestação.

➢ Os testes mais utilizados para


confirmar e para controle
glicêmico são: Intercorrência
Obstétricas
• Glicemia de jejum: realizada
após um jejum de 8 a 12 horas;
• Teste oral de tolerância à
glicose (TOTG);
• Glicemia casual: realizada a
qualquer hora do dia.
◦ Diabetes Gestacional:

◦ As ações de enfermagem devem


ser direcionadas para:

◦ educação sobre a doença,


◦ apoio psicológico,
◦ orientação para autoaplicação da Intercorrência
insulina e ensinar o autocuidado, Obstétricas
◦ controle da glicemia,
◦ reconhecimento de sinais e
sintomas de hipoglicemia,
◦ reforçar as recomendações
terapêuticas e fornecer orientação
sobre a evolução da gravidez.
◦ Doença Hipertensiva na
Gravidez

◦ É classificada como pré-


eclâmpsia e eclampsia,
Intercorrência
◦ hipertensão crônica com Obstétricas
pré-eclâmpsia associada,

◦ hipertensão gestacional e
hipertensão transitória.
Pré-eclâmpsia:

É a doença hipertensiva específica da gravidez

geralmente se manifesta após a 20ª semanas de


gestação associada à proteinúria (eliminação de
Intercorrência proteína na urina).

Obstétricas Apresenta-se quando o nível da pressão arterial for


maior ou igual a 140/90 mmHg.

Geralmente a hipertensão e a proteinúria surgem


acompanhadas de edema patológico.

Os fatores de risco são: mulheres com hipertensão


arterial por mais de quatro anos e história familiar de
pré-eclâmpsia e de doença renal.
◦ Eclampsia:
Intercorrência
Obstétricas ◦ é a ocorrência de convulsões em
gestantes com pré-eclâmpsia.

◦ Pode ocorrer na gravidez, parto e


puerpério imediato.

◦ Hipertensão crônica com pré-


eclâmpsia associada: é a pré-
eclâmpsia em mulheres com
hipertensão crônica ou doença
renal.
INTERCORRÊNCIA
OBSTÉTRICAS
Hipertensão
gestacional:

◦ é a hipertensão sem proteinúria


que ocorre após 20ª semanas de
gestação podendo evoluir pra
pré-eclâmpsia e levar a
prematuridade e retardo do
crescimento fetal.
◦ Hipertensão transitória: INTERCORRÊNCIA
OBSTÉTRICAS
◦ é o aumento da pressão arterial
que ocorre após a 20ª semana
de gestação frequentemente
perto da época do parto ou
puerpério imediato.

◦ Geralmente é leve e volta ao


normal por volta de 12 semanas
após o parto.
Pré-eclâmpsia:

A conduta a ser tomada depende da gravidade


do quadro clínico. As pacientes com sinais de pré-
Intercorrência eclâmpsia deve ser hospitalizada para
acompanhamento em unidade de gestação de
Obstétricas alto risco. O tratamento tem como objetivo reduzir
o risco materno e a escolha do medicamento deve
ser dirigido para a segurança do feto.

No caso de eclampsia deve ser considerada como


emergência e a paciente deve ser transferida para
um hospital de referência o mais rápido possível.
Aminiorexe
Prematura

◦ É a ruptura da bolsa amniótica


antes do início do trabalho de
parto,

◦ independentemente da idade
gestacional.

◦ Constitui-se como principal


causa de partos prematuros
contribuindo pra o aumento da
morbidade perinatal.
Os fatores predisponentes para a ruptura das
membranas são:

Incontinência istmo cervical;


Inserção baixa da placenta;
Macrossomia;
Aumento do volume do líquido amniótico;

Aminiorexe Trabalho de parto prematuro; Infecções.

Prematura
O quadro clínico é caracterizado pela história
da paciente e visualização da saída do líquido
amniótico.
Essa perda de líquido pode ser rápida e intensa
e pode ocasionar diminuição do abdome
materno.
Nos casos de infecção local pode ocorrer
febre, aumento da frequência cardíaca, dor
no baixo ventre e saída de secreção purulenta.
O diagnóstico é baseado na
história clínica da gestante e
exame físico e obstétrico.

A confirmação diagnóstica pode


ser verificada pela:

Aminiorexe Presença do líquido em fundo de


Prematura saco vaginal;
Paredes vaginais limpas;
Visualização de saída de líquido
amniótico, espontaneamente ou
após esforço materno, pelo orifício
do colo;
Ultrassonografia.
◦ Observação - não deve ser realizado o
exame do toque vaginal, nos casos
suspeitos nem nos casos confirmados,
porque aumenta o risco de infecção
amniótica, perinatais e puerperais.

◦ Diante deste caso, o profissional deve:


Aminiorexe
◦ determinar a IG,
◦ avaliar se a paciente está em trabalho de Prematura
parto,
◦ verificar se há sofrimento fetal através da
ausculta dos batimentos cardiofetais.
◦ De acordo com o Ministério da Saúde, nas
gestações de termo deve encaminhar a
gestante para o hospital ou maternidade
escolhida para o parto.
◦ Nas gestações pré-termo encaminhar a
gestante para hospital de referência em
gestação de alto risco.
◦ É a separação abrupta da placenta do
sitio normal, total ou parcialmente, após a
20ª semana de gestação, antes do
nascimento do feto.

◦ Pode ser causado por traumas, aumento


do líquido amniótico, cordão umbilical
curto, pré-eclâmpsia, idade materna
maior que 35 anos, tabagismo, uso de
drogas ilícitas.
Descolamento
◦ O quadro clínico é caracterizado por:
Prematuro de
◦ dor abdominal intensa e súbita,
◦ sangramento de cor vermelho escura em
Placenta
pequena quantidade,
◦ início das contrações uterinas,
◦ aumento dos movimentos fetais,
◦ alterações ou ausência dos batimentos
cardiofetais,
◦ sinais de choque incompatível com
volume de perdas sanguíneas.

◦ O diagnóstico é realizado através da


história clínica, exame físico e obstétrico e
ultrassonografia.
Descolamento
de Placenta

◦ O descolamento prematuro
da placenta deve ser
considerado como urgência
obstétrica.

◦ O tratamento vai depender


do feto:

◦ se o feto estiver morto, a


mãe estável e o trabalho de
parto avançado pode
esperar o parto normal;

◦ se o feto estiver vivo ou a


mãe em risco deverá ser
feito a cesárea urgente.
◦ Assistência de Enfermagem:

◦ Identificar sinais e sintomas e


providenciar encaminhamento
para atendimento de urgência;
◦ Oferecer apoio psicológico;
◦ Preparar a gestante para exames
e procedimento escolhido; Descolamento
◦ Observar aspecto do de Placenta
sangramento;
◦ Avaliar BCF e dinâmica uterina;
◦ Realizar punção venosa;
◦ Verificar sinais vitais;
◦ Observar sinais de choque;
◦ Administra medicação prescrita.
Parto
Prematuro

◦ É o parto pré-termo em
que a gestação termina
entre a 22ª e 37ª semana,

◦ sendo considerado como


principal causa de morte
neonatal precoce,

◦ elevada incidência de
Síndrome do Desconforto
Respiratório do Recém-
nascido,

◦ aumento da mortalidade
no primeiro ano de vida.
◦ Os fatores de riscos associados ao
parto prematuro são:

◦ Gestação gemelar;
◦ Ruptura prematura de
membrana;
◦ Malformação uterina;
Malformação fetal; Parto
◦ Aumento do líquido amniótico;
◦ Infecções urinárias e vaginais;
Prematuro
◦ Prematuridade anterior;
◦ Sangramento uterino;
◦ Abortamento prévio
◦ Idade materna > 35 anos;
◦ Tabagismo.
◦ Para o diagnóstico do trabalho de
parto prematuro devemos considerar
a presença de contrações uterinas e
modificações cervicais.

◦ As modificações cervicais podem ser


diagnosticadas pelo exame vaginal
e USG.

◦ Define-se o trabalho de parto pela


presença de duas a três contrações
uterinas com ritmo e frequência
Parto
regular, a cada dez minutos Prematuro
◦ e as modificações cervicais são
caracterizadas pela dilatação maior
ou igual a 4 cm.

◦ Se ocorrer a presença de contrações


uterinas, rítmica e regular sem
modificação cervical indica que está
acontecendo um falso trabalho de
parto prematuro.
Parto
Prematuro

◦ Se as contrações
persistirem deve
encaminhar a mulher
para hospital de
referência.

◦ Na presença de
trabalho de parto
prematuro com
modificação no colo
uterino deve
encaminhar a mulher
para hospital de
referência.
◦ No caso de internação hospitalar
devem ser observados alguns
critérios:

◦ As pacientes que apresentarem


menos de dois centímetros de
dilatação com apagamento cervical
menor que 80% podem ainda não
estar em trabalho de parto.

◦ Tais pacientes deveram ficar em Parto


observação para avaliar a vitalidade
fetal, Prematuro

◦ em repouso para verificar se está
com contrações uterinas e proceder
a uma avaliação laboratorial para
afastar infecção materna.

◦ Se a contração uterina parar, elas


devem ser encaminhadas para o
controle ambulatorial.
◦ As pacientes que apresentarem seis
centímetros ou mais de dilatação
deverão ser encaminhadas para o
hospital de referência em recém-
nascidos pré-termos.

◦ Assistência de Enfermagem:
◦ Parto


Oferecer apoio psicológico;
Monitorar BCF;
Prematuro
◦ Verificar sinais vitais;
◦ Administrar medicação prescrita.
Assistência de
Enfermagem no
Trabalho de
Parto

◦ O parto é um momento de
grande complexidade em
que ocorrem intensas
mudanças orgânicas,
corporais e emocionais que
gera ansiedade e
insegurança.

◦ Cada parto e cada


nascimento são episódios
únicos na vida da mulher, da
criança e da família
constituindo como
experiência de estrema
importância.
Assistência de
Enfermagem no
Trabalho de
Parto

◦ A assistência ao parto
consiste em adoção de
conjunto de ações e
procedimentos direcionados
para a prevenção,
diagnóstico, tratamento e
controle das distocias
específicas do período de
trabalho de parto, em que
a mulher se encontra em
anormalidades sistêmicas.
Assistência de
Enfermagem no
Trabalho de
Parto

◦ É importante que o
profissional de saúde
perceba que a mulher nesse
período busca por ajuda,
pois está com muitas
expectativas, perspectivas,
esperanças, preocupações,
medo, ansiedade, e
angustias.
Assistência de
Enfermagem no
Trabalho de
Parto

◦ O parto normal é
aquele que tem início
espontâneo, de baixo
risco em todo o
trabalho de parto.

◦ O parto é dividido em
quatro períodos
clínicos:

◦ dilatação,
◦ expulsivo,
◦ dequitação,
◦ Greenberg.
Assistência de
Enfermagem no
Trabalho de Parto
◦ Período de
dilatação:

◦ é o primeiro período
clínico do parto e
vai do início da
dilatação cervical
até atingir seus 10
cm.

◦ Tem o objetivo
permitir aumento
do canal cervical
para a passagem
do feto.
Assistência de
Enfermagem no
Trabalho de Parto

◦ Período
expulsivo:

◦ é o segundo
período clínico
do parto e se
inicia quando a
dilatação está
completa e
termina com a
expulsão do
feto.
◦ https://www.youtube.com/watch
?v=jAtqgV9Ovjc
Assistência de
Enfermagem no
Trabalho de Parto
◦ Período de
dequitação ou
secundamento:

◦ é o terceiro período
clínico do parto que
se inicia após a
expulsão fetal.

◦ É caracterizado
pelo descolamento,
desprendimento e
descida da
placenta e das
membranas.
Assistência de
Enfermagem no
Trabalho de Parto

◦ Período de
Greenberg:

◦é o quarto
período clínico
do parto e
corresponde a
primeira hora
após a descida
da placenta.
Assistência de ◦ Assistência no Período de
Dilatação:
Enfermagem no
Trabalho de
Parto ◦ Realizar a admissão com
histórico de enfermagem e
preparo da parturiente;
◦ Fornecer orientação sobre
o trabalho de parto;
◦ Fornecer suporte
emocional;
◦ Verificar sinais vitais (SSVV);
◦ Monitorar o trabalho de
parto e contrações uterinas;
◦ Toque vaginal;
◦ Monitoração do BCF;
◦ Ficar atento às queixas e
outras manifestações.
Assistência de
Enfermagem no ◦ Assistência no Período
Trabalho de Expulsivo:
Parto
◦ Realizar toque vaginal;
◦ Encaminhar a parturiente
para a sala de parto;
◦ Ficar atenta ao BCF e
estado geral da
parturiente;
◦ Orientar aos esforços
expulsivos, respiração e
posicionamento;
◦ Realizar controle dos SSVV;
Assistência de
Enfermagem no
Trabalho de Parto
◦ Assistência no Período de
Dequitação:

◦ Verificar pressão arterial;


◦ Monitorar e avaliar
sangramento;
◦ Realizar higiene;
◦ Encaminhar a mulher para
a sala de recuperação
pós-parto;
◦ Registrar os dados
relativos ao período
expulsivo, a dequitação e
as condições maternas.
Assistência de
Enfermagem no ◦ Assistência no Período de
Trabalho de Greenberg:
Parto
◦ Verificar SSVV;
◦ Observar a involução
uterina e sangramento
vaginal;
◦ Avaliar coloração e
hidratação das mucosas;
◦ Avaliar o estado das
mamas;
◦ Observar as condições do
períneo;
◦ Estimular a micção e a
deambulação após o
período de descanso;
◦ Fornecer o máximo
conforto para a mulher.
Distocia no Trabalho de Parto:

Assistência de
Enfermagem
no
Trabalho de
Parto Pode ser definida como qualquer alteração,
que durante o trabalho, criam dificuldades a
evolução do trabalho de parto e
contratilidade uterina. Pode ser causada por:

Anormalidades da As distocias podem


Anormalidades apresentação, ser divididas em
Anormalidades da
das forças posição ou
pelve materna.
distocias do trajeto
expulsivas; desenvolvimento e desproporção
do feto; cefalopelvica.
◦ A atenção adequada à mulher no
Ações do momento do parto representa um
Técnico de passo indispensável para garantir
Enfermagem que ela possa exercer a
na Sala de Parto maternidade com segurança e
bem- estar.

◦ Este é um direito fundamental de


toda mulher.

◦ A equipe de saúde deve estar


preparada para:

◦ acolher a grávida, seu


companheiro e família,
◦ respeitando todos os significados
desse momento.
◦ Isso deve facilitar a criação de um
vínculo mais profundo com a
gestante, transmitindo-lhe
confiança e tranquilidade.
Ações do Técnico de Enfermagem
na Sala de Parto

◦ As ações do técnico de enfermagem na sala de parto são:

◦ Atuar como circulante na sala de parto empregando


técnica asséptica;
◦ Auxiliar no trabalho de parto;
◦ Realizar a higiene;
◦ Verificar os sinais vitais;
◦ Preparo e administração de medicamentos;
◦ Após o parto, deixar o ambiente organizado;
◦ Auxiliar nos primeiros cuidados do recém-nascido.

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