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Revisão integrativa-analítica acerca da distimia:

impactos na qualidade de vida e obstáculos para o


diagnóstico.

Murilo Fialho Batalha¹, Letícia Assis Rodrigues Freitas¹, Mariana Lobato Barbosa¹, Marina Loureiro Gomes Marçoni¹,
Adriana Loureiro Gomes²

¹ Acadêmicos do 3º período de medicina da FCM-MG


² Orientadora
"E pouco a pouco se esvaece a
bruma, tudo se alegra à luz do
céu risonho e ao flóreo bafo que
o sertão perfuma. Porém
minh’alma triste e sem um
sonho, murmura olhando o
prado, o rio, a espuma: Como
isto é pobre, insípido,
enfadonho!"

Fagundes Varela


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Objetivo
Analisar referências bibliográficas acerca da distimia e seu
diagnóstico.

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Metodologia
Revisão integrativa-analítica via bases PubMed, SciELO e
MEDLINE, priorizando artigos de maior impacto para a temática
escolhida e aqueles publicados nos últimos 2 anos.

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INTRODUÇÃO

O QUE É?
Transtorno de humor, classificada como um tipo de síndrome depressiva,
com sintomatologia mais leve e cronicidade.

O termo “distimia” é originário da Grécia Antiga e significa “mau-humor”.

É denominado Transtorno Distímico a partir do DSM-III.


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Principais características da
DISTIMIA

Crônica, com
sintomas
Curso
Início insidioso brandos
intermitente e
e precoce
persistente
por pelo menos
2 anos

baixa auto-estima, anedonia, fadiga, irritabilidade e baixa concentração


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Epidemiologia

Acomete 3-6% da população.


Prevalência é duas vezes maior em mulheres (52% estão na faixa etária
de 30 a 50 anos e 43% acima de 50 anos).
Estudos epidemiológicos como o ECA mostraram que a comorbidade
também é elevada: mais de 2/3 dos pacientes apresentam também
depressão maior, abuso de substância ou algum transtorno de ansiedade.

LIMA, Maurício Silva de. Tratamento farmacológico da distimia: avaliação crítica da evidência científica. Rev. Bras. Psiquiatr., São
Paulo, v. 21, n. 2, p. 128-130, June 1999.
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Obstáculos para diagnóstico

Características comuns dos pacientes com distimia: sarcásticos, niilistas,


rabugentos e exigentes.
- Eles podem ser tensos, rígidos e resistentes às intervenções
terapêuticas.
- Procura de ajuda tardia, normalmente com consultas a clínicos com
queixas mal definidas como: mal estar, letargia e fadiga.
Sintomatologia branda: sintomas mais cognitivos e emocionais do que
vegetativos e psicomotores.
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Impactos na qualidade de vida

◉ Prejuízos às atividades sociais e laborais;


◉ Falta de energia - dificuldade na prática de atividades
físicas;
◉ Relacionamentos íntimos conflituosos;
◉ Apatia, desânimo;
◉ Redução de produtividade.

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Tratamento

Farmacoterapia + Psicoterapia
◉ É atualmente, o tratamento considerado mais eficaz;
◉ 50-60% dos pacientes respondem bem a antidepressivos;
○ Antidepressivos tricíclicos, IMAOs e ISRSs

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Referências bibliográficas

BECH, P.; KESSING, L. V.; BUKH, J. D. The validity of dysthymia to predict clinical depressive symptoms as measured by the
Hamilton Depression Scale at the 5-year follow-up of patients with first episode depression. Nordic Journal Of Psychiatry, [s. l.], v.
70, n. 8, p. 563–566, 2016.

HÄRTER, M. et al. Psychotherapy of depressive disorders: Evidence in chronic depression and comorbidities. Der Nervenarzt, [s. l.],
v. 89, n. 3, p. 252–262, 2018.

LIMA, Maurício Silva de. Tratamento farmacológico da distimia: avaliação crítica da evidência científica. Rev. Bras. Psiquiatr., São
Paulo, v. 21, n. 2, p. 128-130, June 1999.

MÜLLER, V. I. et al. Altered Brain Activity in Unipolar Depression Revisited: Meta-analyses of Neuroimaging Studies. JAMA
Psychiatry, [s. l.], v. 74, n. 1, p. 47–55, 2017.

SPANEMBERG, Lucas; JURUENA, Mário Francisco. Distimia: características históricas e nosológicas e sua relação com transtorno
depressivo maior. 2004.

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