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COORDENAÇÃO DE MEDICINA
DEPRESSÃO
MANAUS-AM
Maio/2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO
COORDENAÇÃO DE MEDICINA
LAURA SOUZA
DEPRESSÃO
MANAUS-AM
Maio/2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO
COORDENAÇÃO DE MEDICINA
Sumário
1) Introdução e definição
2) Estratégia e tratamento
3) Diagnostico da depressão
i) Humor negativo ou reabaixado
ii) Redução de energia disposição e atividade
iii) Fadiga intensa
iv) Redução na capacidade de concentração
v) Problemas como sono e redução no apetite
vi) Diminuição da autoestima e da autoconfiança
vii) Lentidão psicomotora
viii) Perda da libido
ix) Perda de memória
x) Escala Hamilton de depressão (HAM-D)
4) Nosologia
5) Tratamento farmacológico da depressão
i) Definição
6) Classes dos antidepressivos
i) Inibidores seletivos da recaptação de serotonina
ii) Antidepressivos tricíclicos
iii) Moduladores dos receptores 5ht2
iv) Antidepressivos tetracíclicos e uni cíclicos
v) Inibidores da moniaminoxidase
vi) Antidepressivo melatonérgico
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1.1. Introdução e definição
Ao longo da história o conceito de depressão foi alterado e redefinido por diversas divisões de
estudo, onde cada nicho intelectual moldava-o conforme a suas percepções. Ao longo da história fica
claro a falta de informação que rodeava qualquer pessoa que apresentava sintomas de loucura e
melancolia extrema que no presente conhecemos como depressão, o famoso mal do século.
Foi e ainda é muito discutido o real “quê” do que se diz respeito ao surgimento da doença,
dependendo do ponto de vista pode ser químico ou apenas espiritual? independente da pergunta e suas
respostas diversas devemos saber de suas verdades, em todos os âmbitos de estudo. Do ponto de vista
espiritual, a depressão tem a ver com a incapacidade de trabalhar boas emoções. Ressalta-se
especialmente orgulho, raiva, ódio e vingança. Entende - se que é algo muito mais social, algo com uma
intensidade melancólica maior onde a arma de defesa é o cérebro e seu poder de cura como a fé e a
filosofia como ferramentas.
De um ponto de vista científico, tem que primeiro diferenciar as emoções e sabe-las organizá-
las para que não haja conflito de emoções não tão profundas com as verdadeiras geradas pela doença.
Quando uma pessoa está deprimida, é porque o cérebro está sofrendo alterações químicas que
desencadeiam todos esses sentimentos negativos, e ele vai precisar de ajuda para voltar ao seu
funcionamento normal.
As principais características clínicas indicadoras da depressão são: a perda do prazer, sensação
de inutilidade, fadiga, perda ou ganho de peso, dificuldade de concentração, insônia ou hipersonia,
sendo considerado pelos psiquiatras o quadro depressivo quando há pelo menos quatro das
manifestações citadas as causas da depressão envolvem vários fatores, entre eles estão: alterações
genéticas, deficiência alimentar do aminoácido triptofano, fatores epigenéticos, entre outros.
O tratamento clínico é feito com medicações específicas que agem diretamente nos
neurotransmissores e hormônios relacionados à felicidade e sobrevivência.
De modo geral, o ponto de vista mais eficaz e sábio para entender e trabalhar com a depressão
é levar em conta não apenas um ponto de vista, mas sim todos eles. Analisar suas principais definições e
contribuições para que possamos oferecer um tratamento mais completo para o paciente. Para que não
tratemos apenas com terapia farmacológica, mas também com qualidade de vida, com psicologia pura e
acentuada no que se diz respeito a vida e as suas dificuldades, valores morais e éticos e um direcional
para se seguir.
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2. Estratégia e tratamento
O tratamento antidepressivo deve ser entendido de uma forma globalizada levando em
consideração o ser humano como um todo incluindo dimensões biológicas, psicológicas e sociais.
Portanto, a terapia deve abranger todos esses pontos e utilizar a psicoterapia, mudanças no estilo de
vida e a terapia farmacológica. Não se deve considerar depressão de forma abstrata, mas sim pacientes
deprimidos, contextualizados em seus meios sociais e culturais e compreendidos nas suas dimensões
biológicas e psicológicas. As intervenções psicoterápicas podem ser de diferentes formatos, como
psicoterapia de apoio, psicodinâmica breve, terapia interpessoal, comportamental, cognitiva
comportamental, de grupo, de casais e de família. Fatores que influenciam no sucesso psicoterápico
incluem: motivação, depressão leve ou moderada, ambiente estável e capacidade para insight
(compreensão ou solução de um problema pela súbita captação mental dos elementos e relações
adequados). Mudanças no estilo de vida deverão ser debatidas com cada paciente, objetivando uma
melhor qualidade de vida. Os antidepressivos produzem, em média, uma melhora dos sintomas
depressivos de 60% a 70%, no prazo de um mês, enquanto a taxa de placebo é em torno de 30%. Esta
taxa de melhora dificilmente é encontrada em outras abordagens terapêuticas de depressão, a não ser.
Em termos de eficácia, em ensaios clínicos, parece não haver diferenças significativas entre as várias
drogas, o que não significa dizer que cada paciente responderá a diferentes antidepressivos da mesma
maneira.
3. Diagnóstico da depressão
Os sintomas da Depressão podem aparecer em qualquer época da vida. Pelo menos 60% das
pessoas já diagnosticadas com Depressão poderão voltar a apresentar os sintomas no futuro. A
probabilidade de um terceiro episódio sobe para 70% e episódios subsequentes são 90% mais provável.
Atualmente não existem exames clínicos que possam detectar a doença. Seu diagnóstico é feito através
da identificação de comportamentos (públicos e privados) descritos no CID 10 - Código Internacional de
Doenças, organizado pela OMS, ou no DSM IV - Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos
Mentais, organizado pela APA. Esses comportamentos são chamados “sintomas” na psiquiatria
tradicional e nas demais abordagens da Psicologia.
3.1.1. Humor negativo ou rebaixado
O sintoma é caracterizado por sentimentos de tristeza e mal-estar generalizado. Muitos
pacientes o descrevem com o “me sinto triste o tempo todo”, “quero chorar a toda hora”, “sinto um
vazio no peito”, “parece que ‘to’ abandonado(a)”.
4. Nosologia
Transtornos Depressivos O capítulo dos Transtornos Depressivos ganhou novos diagnósticos no
DSM-5, levantando discussões sobre a ‘patologização’ de reações normais e a superestimativa do
número de casos de depressão.
O Transtorno Disruptivo de Desregulação do Humor é um novo diagnóstico caracterizado por
um temperamento explosivo com graves e recorrentes manifestações verbais ou físicas de agressividade
desproporcionais, em intensidade ou duração, à situação ou provocação.
Os sintomas devem se manifestar ao menos três vezes por semana, em dois ou mais
ambientes, persistir por no mínimo um ano e o transtorno deve ser primeiramente identificado entre os
seis e os dezoito anos de idade. O detalhamento desse quadro clínico busca ser suficiente para impedir
que o diagnóstico seja aplicado a crianças saudáveis com comportamento de birra. Após uma série de
estudos, o DSM-5 incluiu o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual como um diagnóstico validado e, os
diagnósticos de depressão crônica e distimia foram modificados passando a formar o Transtorno
Depressivo Persistente. Os sintomas centrais do Transtorno Depressivo Importante (Maior) foram
mantidos, aceitando agora especificadores como “com Características Mistas” e “com Ansiedade”. A
presença de características mistas deve alertar o clínico para um possível quadro do espectro bipolar.
Um dos pontos de maior polêmica, no que diz respeito à depressão, foi a retirada do luto como critério
de exclusão do Transtorno Depressivo Maior. No DSM-5 é possível aplicar esse diagnóstico mesmo
àqueles que passaram pela perda de um ente querido há menos de dois anos. Apesar da preocupação
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com a possível abordagem médica de estados não patológicos, é importante atentar para a gravidade
que estes quadros podem alcançar. O luto é um forte fator estressor e, como tal, pode desencadear
trans tornos mentais graves, portanto não se pode assumir que, por tratar-se de reação comum, não
possa ser experimentado de forma patológica. Desta forma, o objetivo desta mudança é permitir que
indivíduos que estejam passando por um sofrimento psíquico grave recebam atenção adequada,
incluindo a farmacoterapia quando está se fizer necessária.