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SOCIEDADE INTERNACIONAL DE PSICANÁLISE DE SÃO PAULO

DOUTORADO EM PSICANÁLISE

JULYAN LENNON DOS SANTOS

FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO DA DEPRESSÃO E QUAIS


TERAPIAS PODEM SER DESENVOLVIDAS A PARTIR DO DIAGNÓSTICO

SÃO PAULO
2021
JULYAN LENNON DOS SANTOS

FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO DA DEPRESSÃO E QUAIS


TERAPIAS PODEM SER DESENVOLVIDAS A PARTIR DO DIAGNÓSTICO

Orientação: Jandira Castor de Souza

SÃO PAULO
2021
RESUMO

Este trabalho tem por tema a depressão e as psicoterapias que podem ser aplicadas neste caso, tendo
por questão problema perceber quais os fatores que influenciam para o desenvolvimento da
depressão e quais terapias podem ser desenvolvidas a partir do diagnóstico. Dessa forma nosso
objetivo geral aponta para perceber os fatores que influenciam o desenvolvimento da depressão e
quais terapias podem ser desenvolvidas a partir do diagnóstico, e para dar conta desse geral, os
objetivos específicos se voltam para entender os fatores que influenciam o desenvolvimento da
depressão, como também, evidenciar quais terapias podem ser desenvolvidas a partir do
diagnóstico. A justificativa desse trabalho se volta para a importância acadêmica e social que essa
patologia apresenta para a nossa sociedade, tendo em vista que acadêmica no sentido de atualizar a
literatura acerca do fenômeno, bem como, compreender de forma profunda os fatores que envolvem
a depressão sob a perspectiva da psicologia. E social, devido a importância enquanto profissionais
precisamos estar sempre alinhados as necessidades da sociedade, identificando os impasses, em
busca de melhorias. O tipo de pesquisa metodológica foi o tipo de pesquisa bibliográfica de
forma a nos dar suporte para o desenvolvimento e aprofundamento das teorias. Neste sentido
conseguimos visualizar que existem diferentes abordagens nas psicoterapias que envolvem a
depressão, o mais importante é visualizar qual a melhor se adapte ao paciente, de forma que possa
contribuir para o progresso e bem-estar do paciente.

PALAVRAS-CHAVE: Psicologia. Depressão. Psicoterapias.


INTRODUÇÃO

Vivemos em uma sociedade caótica, em que as doenças psíquicas sempre existiram, mas
eram silenciadas, pois temiam o desconhecido. É comum ver em filmes e séries mulheres
apresentando quadros de histerias e serem diagnosticadas como possessão demoníaca, ou coisas
deste tipo. Ainda com todo o avanço das pesquisas em psicologia e em saúde mental, ainda assim,
uma boa parte da população ainda não compreende os fatores que influenciam e os tratamentos
indicados, quando a depressão é diagnosticada.
É notável perceber a crescente apresentação de sintomas e o autodiagnostico, mas, em nossa
realidade atual, algumas pessoas depararam com si mesmas, enclausuradas, em um ambiente hostil,
afastadas dos trabalhos ou escolas, tendo suas rotinas pausadas, e agora com tempo de sobra para
refletir sobre si e sobre a vida. Algumas pessoas não gostaram do que perceberam, algumas pessoas
conseguiram identificar reajuste, algumas até se reinventaram, mas, infelizmente, outras se
fecharam em si, o que dificulta qualquer processo de tratamento para a melhora.
Além da meditação íntima, sobre si, as relações parentais também foram “afetadas”, não
dizendo que os problemas surgiram a partir do momento de distanciamento social, pelo contrário,
essas questões apenas emergiram, e trouxeram a tona impasses que estavam sendo silenciados por
rotinas exaustivas e de pouco contato com os próprios parentes, relações pais e filhos, esposas e
maridos foram elevadas ao limite, revelando problemas que estavam “gritando no silêncio” dos não
diálogos.
Refletir sobre qual o impulsionar desse adoecimento coletivo nos aponta para diversas
direções, mas uma delas, que destacamos é sem dúvida a imersão dos seres humanos nas redes
sociais, acesso a informações rápidas, a competição silenciosa, a apresentação de vidas perfeitas,
impulsionaram a sociedade a querer estar sempre se espelhando de uma forma negativa no outro.
Ao notarmos alguns desses fatores sociais internos e externos entrando em uma discussão
mais técnica acerca da depressão, sabemos que os indivíduos estão repletos de emoções,
naturalmente tristeza, felicidade fazem parte de nosso cotidiano, ainda que a tristeza e o
desapontamento possa surgir por diferentes motivos, é algo natural do ser humano, a questão são os
desequilíbrios e excessos.
Dentro dos quadros psíquicos, as doenças emocionais têm ganhado espaço na sociedade,
uma vez que alguns tabus são deixados de lado, e as pessoas passaram a identificar o para além da
normalidade e buscar ajuda profissional e tratamentos, ainda que esse movimento seja tímido, ele já
existe. Alguns desses distúrbios tem sua gênese ainda na primeira infância, onde a fase de
desenvolvimento sofre diversas influências sociais e familiares, e alguns traumas podem surgir,
alguns deles podem crescer, ou serem silenciados e eclodirem em fases posteriores da vida desses
indivíduos.
A depressão pode surgir de duas formas: genética e ambientais, isto é, pessoas que tem
parentes de primeiro grau deprimidos tem mais chances de desenvolver o quadro psíquico do que
pessoas que não tem, mas, isto não é o único fator. O ambiental fazendo parte das relações sociais
familiares e externas da família, ou até mesmo a ausência dessas relações pode contribuir para o
desenvolvimento da doença.
Ainda em se tratando dos fatores que podem ocasionar a depressão, o adoecimento de outras
patologias e em meio ao tratamento ou a não aceitação da doença fazem com que os pacientes
desenvolvam a depressão, doenças como: neurodegenerativas, derrames, esclerose, câncer, dentre
outras fazem parte do grupo de pessoas que chegam a desenvolver quadros depressivos a partir da
não aceitação da doença.
Um dos principais pontos/sintomas da depressão é a insatisfação demonstradas pelos
pacientes em relação a sua vida. É natural pensar que diante de algumas situações podemos estar
descontentamento diante de uma situação, o quadro psíquico da depressão se instala quando as
pessoas passam a não ter mais certo controle emocional diante desse desprazer e incomodo em
relação a algo de sua vida.
Ainda que as discussões e popularmente conhecidos na sociedade, a fase adulta é uma das
principais acometidas pela depressão, mas não é a única. Outras faixas etárias também podem
apresentar quadros depressivos diante as situações supracitadas, ou devido as exigências ou ritmo
de vida que levam. No caso infantil por exemplo, algumas crianças e adolescentes podem
desenvolver depressão a partir de queixas somáticas, alucinações e sintomas de ansiedade. Já na
faixa etária dos idosos também podem acontecer.
Algumas pesquisas apontam que uma interrupção de fatores neurotransmissores do sistema
nervoso central podem contribuir para os distúrbios de conexão e transmissão de componentes
fundamentais para o corpo, como: serotonina e dopamina, hormônios responsáveis revirando as
emoções dos sujeitos.
Em termos gerais a depressão é mundialmente conhecida como um estado deprimido diário,
isto é, durando um período mínimo de duas semanas. Fortemente caracterizada por sentimentos de
tristeza, indiferença diante a vida, certa apatia e irritabilidade, também traz consigo inconstâncias no
apetite e sono, estimulando fadiga e agitação, podendo estar atrelada a alterações de peso,
apresentando também dificuldades de concentração mental e física.
Um dos fatores também apresentados em quadros depressivos é a perca do prazer em
atividades que antes as pessoas gostavam, por exemplo, antes uma pessoa que gostava muito de ler
passa a não ter mais o mesmo deleite na realização da atividade gerando certo estranhamento e
possíveis cobranças em realizar atividades de forma a querer estabelecer um padrão de vida que
levava antes.
O estado disfórico em que as pessoas depressivas se encontram podem partir de tristezas que
não passam, lutos que não são amenizados, um vazio persistente que muda hábitos e gestos de vida
de pessoas que apresentam a depressão.
As drogas farmacêuticas são geralmente as primeiras opções de tratamento, porém, ainda
que haja certa eficácia deve ser acompanhada de maneira assertiva, de forma que a não resposta
positiva deve ser repensado o tratamento, inclusive a troca de medicações para melhor contribuir
com o progresso do tratamento dos indivíduos depressivos.
As terapias combinadas fazem com que uma qualidade de vida seja alcançada ao longo do
processo. Seria toda a manutenção até chegar a um ambiente estável para que as pessoas possam
tentar retomar suas vidas e hábitos, fortalecendo seu desenvolvimento pessoal. Todavia só quem
sofre de depressão não são apenas as pessoas que possuem atestados clínicos, mas toda as pessoas
que possuem os sintomas, alguns deles supracitados como desânimo, apatia, desconforto, disforia.
Entretanto, ainda que alguns casos sejam perceptíveis “iguais” os tratamentos devem ser
únicos, cada pessoa precisa estar recebendo um tratamento específico para seu caso, viabilizando o
melhor caminho que possa gerar uma qualidade de vida em meio ao tratamento, contribuindo para
sua subjetividade.
Para um melhor tratamento da saúde mental, uma abordagem substancialmente importante é
o suporte familiar. Tal base familiar confronta qualquer ambiente de exclusão social, introspecção e
isolamento que os pacientes deprimidos se encontram. Todavia, esse acompanhamento familiar
também precisa ser bem acompanhado pela equipe de saúde, de forma a potencializar o tratamento
e não atrapalhá-lo.
Os tratamentos antidepressivos devem ser compreendidos de forma globalizante, isto é,
levando em conta o indivíduo como um ser completo, isto é, abrangendo suas dimensões
psicológicas, sociais e biológicas, a terapia precisa então se preocupar com cada um desses eixos, a
psicoterapia, a inclusão de fármacos, tudo deve ser pensado nessas três dimensões de forma
subjetiva de forma a estimular a normalização dos mecanismos naturais.
Apesar de todo esse avanço em tratamentos, pesquisas e reflexões acerca da depressão, os
primeiros relatos dela como tratamento se deram em 1960 ao ser designada, a depressão, como um
estado de desânimo e perda de interesse pela vida. O desenvolvimento de tal conceito se deu com o
declínio do pensamento coletivo em que ela era ocasionada por ideologias mágicas e de superstição,
fazendo com que cada vez mais fossem compreendidos os distúrbios mentais.
Todavia, se engana quem pensa que depressão é algo recente, desde a antiguidade ela está
presente em alguns relatos, como o rei Saul encontrado na bíblia em que os relatos apontam para
um quadro deprimido, como também na história relatada no Ilíada registrado o suicídio de Ajax.
Os sintomas cognitivos dessa patologia apontam potencialmente para pensamentos
negativos, sentimentos de baixa autoestima, como também, o sentimento de culpa e fracasso. As
pessoas deprimidas duvidam constantemente de sua capacidade em mudar o quadro em que vivem e
alcançar o desenvolvimento significativo e positivo de suas vidas.
Percebemos desta forma que diversos fatores influenciam os seres humanos ao
desenvolvimento de quadros depressivos, fazendo com que de forma interna e externamente, corpo
e mente vão adoecendo, gerando o desequilíbrio que necessitará de um acompanhamento especifico
e pontual para a melhora.
Neste sentido a questão problema que direciona esse trabalho para perceber quais os
fatores que influenciam para o desenvolvimento da depressão e quais terapias podem ser
desenvolvidas a partir do diagnóstico. Dessa forma nosso objetivo geral aponta para perceber os
fatores que influenciam o desenvolvimento da depressão e quais terapias podem ser desenvolvidas a
partir do diagnóstico, e para dar conta desse geral, os objetivos específicos se voltam para entender
os fatores que influenciam o desenvolvimento da depressão, como também, evidenciar quais
terapias podem ser desenvolvidas a partir do diagnóstico.
A justificativa desse trabalho se volta para a importância acadêmica e social que essa
patologia apresenta para a nossa sociedade, tendo em vista que acadêmica no sentido de atualizar a
literatura acerca do fenômeno, bem como, compreender de forma profunda os fatores que envolvem
a depressão sob a perspectiva da psicologia. E social, devido a importância enquanto profissionais
precisamos estar sempre alinhados as necessidades da sociedade, identificando os impasses, em
busca de melhorias.
A hipótese desse trabalho se volta a encontrar de forma bibliográfica fatores científicos que
influenciam o desenvolvimento de quadros depressivos, como tanto, revisar artigos que tratem
sobre os tratamentos que podem ser desenvolvidos a partir dos diagnósticos.
Esse trabalho está organizado em seis partes: a primeira se detendo ao resumo em que de
forma geral iremos resumir o trabalho como um todo, favorecendo a futuras pesquisas parceiras. O
resumo tratando de forma geral a apresentação do tema, em que estão presentes alguns dados de
forma tímida como tanto a organização metodológica do trabalho, apresentando questão problema,
objetivos geral e específicos, justificativa e hipótese. Na Fundamentação teórica iremos dividir em
dois blocos explorando de forma direcionada os objetivos específicos que foram evidenciados. Na
metodologia iremos abordar o tipo de pesquisa na qual utilizamos e fundamentação de forma
teórica. Nas considerações finais trazemos uma volta aos objetivos e de concluindo o pensamento
em torno do trabalho.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No sentido de melhor contribuir para o desenvolvimento deste trabalho, iremos partir de


nossos objetivos específicos que foram o de entender os fatores que influenciam o desenvolvimento
da depressão, como também, evidenciar quais terapias podem ser desenvolvidas a partir do
diagnóstico e a partir dele elaboraremos duas categorias teóricas destinadas a condensar as
discussões que envolvem ambos os fenômenos, não tendo em vista a divisão do trabalho, mas a
multiplicação teórica que levará para um entendimento comum. Dividiremos então em “Fatores que
influenciam o desenvolvimento da depressão”, como também, “Terapias que podem ser
desenvolvidas a partir do diagnóstico”.

FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO DA DEPRESSÃO

Diante do contexto atual percebemos um grande aumento do quadro depressivo nas pessoas
em geral, crianças, adolescentes e adultos apresentam sintomas, alguns até já buscam ajuda, mas
não é raro vermos vídeos de crianças chorando devido ao distanciamento social, idosos tristes e
isolados, adolescentes preocupados com vestibular e ingressos em faculdade e adultos
desempregados sem recursos para sustentar a família, dentre outros casos. Situações como essa
terminam por expor as pessoas ao extremo e gerar um desequilíbrio emocional que pode gerar a
depressão.
Todavia toda essa pressão social atual não é a única a impulsionar quadros depressivos, pelo
contrário, diversos são os fatores que podem gerar o desenvolvimento da patologia e esses fatores
podem vir de diferentes locais e de variadas formas, como Tavares (2005) trata em sua pesquisa:

[...] envolve três pressupostos conceituais: a tríade cognitiva, os esquemas e modos


depressogênicos, e os pensamentos automáticos e processamento falho das informações.
Com a tríade cognitiva, podemos observar que o paciente deprimido tem uma visão
negativa de si mesmo, do mundo à sua volta e do seu futuro. Com os esquemas e modos
depressogênicos, vemos que as conceituações sobre as situações do deprimido são
distorcidas para conformarem-se aos esquemas disfuncionais predominantes, que por sua
vez, seguem um padrão de modo negativo, gerando assim pensamentos negativistas,
perseverativos e ruminativos (TAVARES, 2005, p.19).

Percebemos então que os pacientes que apresentam esse quadro depressivo eles ficam como
se girando em círculos, sempre de forma negativa, sem conseguir sair da situação, sem forças para
encarar o problema, e em muitos casos, sem nem entender quais fatores o levaram a chegar no
estágio em que estão.
Tavares (2005) ainda aponta em sua pesquisa que os pacientes deprimidos geralmente
desenvolvem algumas distorções cognitivas, dentre elas: [...] pensamento dicotômico absolutista,
abstração seletiva, inferência arbitrária, hipergeneralização, desqualificação do positivo, erro ocular,
raciocínio emocional, rotulação, tirania dos “deveria” [...] (TAVARES, 2005, p. 19).
Essas distorções surgem a partir de diferentes fatores, como Tavares ainda pontua: “[...] os
esquemas disfuncionais, formados em momento anterior, tornam-se ativados quando a depressão é
precipitada, seja por estresse psicológico, desequilíbrio bioquímico, estimulação hipotalâmica, ou outro
agente (TAVARES, 2005, p. 20).
Para quem trabalha com o modelo de desamparo aprendido, Tavares (2005) pontua que essa
se dá tanto de forma congênita, como principalmente a história de vida da pessoa que desenvolve a
depressão a partir de um processo de seleção analisando de forma funcional.

Analisando o repertório comportamental da pessoa deprimida, podemos observar que este


apresenta uma baixa freqüência de respostas, principalmente daquelas que gerariam
reforçadores. Por acontecerem mudanças no ambiente, a pessoa pode não receber mais
reforçamento para respostas que antes produziam tais reforçamentos (TAVARES, 2005, p.
20).

Advinda de pesquisas em animais, essa abordagem se deu não na busca de identificação da


depressão, mas a partir dela, pode-se perceber que os animais que se encontravam em desamparo
não realizavam atividades, como uma forma de acomodação, fazendo refletir que o comportamento
se dava devido a inércia pois a ativação não faria diferença, isto é “O indivíduo aprende que seus
comportamentos não levam a nada, e portanto não os emite. Ele se encontra em desamparo”
(TAVARES, 2005, p.20).

[...] surgiu a idéia de este modelo poder servir para explicar a depressão. Por fim,
descobriu-se que a depressão não é derivada simplesmente pela falta de reforçadores,
mas sim, pela falta de controlabilidade e previsibilidade sobre esses reforçadores
(TAVARES, 2005, p. 21).

Neste sentido, acreditamos que seja a perca da controlabilidade do ser humano diante as
ações do seu dia-a-dia que o levam a indiferença diante as tomadas de decisões que são
direcionadas ao longo de sua trajetória, o deixando inerte e vivendo de forma em que o sentimento é
de extremo sofrimento.

A depressão tem sido tema frequente na área da saúde nas últimas décadas. A Organização
Mundial de Saúde (OMS) estima que 9,5% das mulheres e 5,8% dos homens passarão por
um episódio depressivo num período de 12 meses, mostrando uma tendência ascendente
nos próximos vinte anos (SOARES; CAPONI, 2011, p. 438).

Percebemos que as estimativas não são boas, e na época em que o trabalho foi desenvolvido,
acreditamos que dificilmente estariam colocando um problema pandêmico de escala mundial,
contribuindo ainda mais para a aparição e aumento dos casos depressivos em toda a população.
Todavia em sua pesquisa Soares e Caponi (2011) apontam para o sentido de tal crescente se
ela realmente está atrelada ao crescimento dos índices de pessoas com depressão, ou se são
advindas da medicalização que estão sendo apresentadas ao longo dos tempos, bem como, a
apresentação delas em pesquisas científicas e sociais, a segunda socializadas em mídias (revistas,
jornais).

[...] a lógica buscada no modelo explicativo causal da depressão pretende assemelhar-se à


explicação etiológica construída para uma doença infecciosa. No caso de uma
sintomatologia indicativa de uma infecção, tenta-se detectar a existência de um marcador
biológico, um microorganismo patogênico, por exemplo. Procede-se, então, com estudos
microbiológicos e anatomopatológicos, isolamento e cultivo do microorganismo, e estudos
se seguem até determinarem uma terapia eficaz (SOARES; CAPONI, 2011, p. 441).

Neste sentido estaríamos reduzindo a depressão a uma patologia, contribuindo para que mais
pessoas se identifiquem com os sintomas, sem necessariamente apresentar um quadro clínico
completo, podendo até chegar ao ponto de automedicação, se encontrar dopado e pseudocurado de
uma doença que não existiu.
É de extrema importância que sejam socializadas as informações acerca da depressão de
forma a naturalizá-la, mas não banalizar de forma que todo diagnóstico seja concluído por um
profissional formado e habilitado para tal função, de forma que, independentemente do tipo de
terapia que o paciente optar possa ser direcionado por estes profissionais.

[...] encontramos várias citações de celebridades e pessoas comuns que descrevem suas
experiências como depressivas. Depois da exposição de vários episódios de insatisfação,
perdas ou limitações, o título de depressão está presente, assim como relatos de como as
pessoas a superaram ou não (SOARES; CAPONI, 2011, p. 442).

Corroborando ao supracitado Soares e Caponi (2011) apontam para o perigo do


autodiagnostico e de como eles podem influenciar na vida de outras pessoas, retirando o contexto de
celebridade e trazendo para pessoas comum, ainda nesse caso alguém que apresente determinados
sintomas parecidos a alguém que já foi diagnosticado, não pode fechar seu diagnóstico, pelo
contrário, deve também procurar um profissional responsável para compreender melhor de si e dos
tratamentos que podem ser oferecidos.
Concordamos com os fatos que Rufino et al (2018) apresentam ao tratar sobre a depressão
de forma geral, quando afirmam que:

A depressão é uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, um problema complexo cujas


características principais são, por um lado, um estado de ânimo irritável e, por outro, falta
de motivação e diminuição do comportamento instrumental adaptativo. É marcada também,
por alterações do apetite, do sono, da atividade motora, cansaço, especialmente matutino,
baixo conceito de si mesmo, baixa autoestima, sentimentos de culpa, dificuldades para
pensar ou se concentrar, indecisão, ideias de morte e/ou de suicídio e tentativas de suicídio
(RUFINO et al, 2018, p. 839).

Rufino et al (2018) trazem algumas informações que são de conhecimento geral, mas que
em alguns casos podem passar desapercebidos pelas pessoas que possuem depressão justamente
pelo fato de estarem alheias a estes sentimentos, uma vez que, estão desanimadas, inertes a qualquer
situação, e em alguns casos também indiferentes a qualquer ajuda que possam vir a receber.

A depressão pode afetar as pessoas em qualquer fase da vida e, embora a incidência seja
mais alta nas idades médias, vem crescendo também durante a adolescência e no início da
vida adulta. Os transtornos variam em gravidade, de branda até muito grave, ocorrendo
muitas vezes esporadicamente, mas podendo ser recorrente ou crônica e sendo mulheres as
mais vulneráveis aos estados depressivos em virtude da oscilação hormonal a que estão
expostas (RUFINO et al, 2018, p.840).
Os autores tratam dessa forma que independente da raça, etnia, gênero, orientação sexual,
idade, as pessoas estão expostas a desenvolverem depressão devido a fatores internos e externos, e
também fala sobre a potencialidade em que pode ser desenvolvida, fazendo-nos refletir sobre a
importância do cuidado com a saúde mental independente da pessoa, pois todos estão suscetíveis a
apresentar quadros depressivos.

Embora a depressão se caracterize como um transtorno de humor, existem quatro conjuntos


de sintomas comuns. Além dos sintomas emocionais (tristeza, perda de prazer) existem
sintomas cognitivos (visão negativa de si mesmo, desesperança, enfraquecimento da
concentração e memória), motivacionais (passividade, falta de iniciativa e de persistência) e
físicos (mudança do apetite e sono, fadiga, aumento de dores e mal-estar nas atividades)
(RUFINO et al, 2018, p.840).

Neste extrato de texto podemos chegar a um ponto crucial de quais fatores estão
influenciando para o desenvolvimento da depressão não sendo apenas sintomas separados, eles
podem estar correlacionando-se entre si, como também, podem ser potencializados por cada um
desses conjuntos, isto é, um influenciando o outro.

Tristeza e abatimento são os sintomas emocionais mais comuns em casos de depressão. O


indivíduo se sente desesperançado, triste, frequentemente tem crises de choro e pode até
pensar em suicídio. É frequente ainda a insatisfação com a vida. Gestos que antes
proporcionavam satisfação parecem tristes e insignificantes (RUFINO et al, 2018, p.840).

É muito importante perceber que o indivíduo que desenvolve depressão passa não somente a
sentir desconforto e irritabilidade dentre outros sintomas que são apresentados, mas também o
prazer pela vida é perdido quando passa a não mais ser sensível a práticas que antes lhe
proporcionavam deleite, fazendo com que rebaixe ainda mais as emoções dele.
Rufino et al (2018) dividem então os sintomas em dois blocos os cognitivos e os físicos, o
primeiro voltado a pensamentos constantemente negativos, autoestima baixa, com sentimentos de
culpa e fracassos, o segundo alterações no sono, alimentação e fadiga “O indivíduo se concentra no
interior e não nos eventos externos, pode exagerar pequenas dores e mal-estares e se preocupar com
a saúde (RUFINO et al, 2018, p. 840).
Os mesmos autores ainda falam da extrema importância em fechar um diagnóstico
depressivo pois outras doenças podem estar apresentando sintomas semelhantes a patologia, como
por exemplo, doenças hormonais em mulheres que podem causar aumento de peso, fadiga e
indisposição como é o caso da síndrome dos ovários policísticos, uma doença que ataca o sistema
reprodutor feminino.
TERAPIAS QUE PODEM SER DESENVOLVIDAS A PARTIR DO DIAGNÓSTICO

Uma vez que o diagnóstico seja finalizado, partimos para a etapa da psicoterapia que pode
ser aplicada a partir dos estudos desenvolvidos na área e que podem favorecer para a melhora do
quadro clínico da pessoa com depressão, fazendo com que o bem-estar possa ser instaurado na vida
dos indivíduos.

Assume-se que a depressão e os reforços sejam fenômenos relacionados, e que os déficits


nas habilidades sociais contribuam para a incapacidade do paciente de obter os reforços
positivos disponíveis no ambiente social e/ou de lidar com as adversidades do cotidiano
(SCHESTATSKY;FLECK, 1999, p. 42)

Schestatsky e Fleck (1999) apontam para que a partir de vivências sociais e a inércia em se
apercebê-la nela, podemos levar a diferentes direcionamentos, isto é, buscar outros caminhos para
que essa indisposição social seja amenizada, e que o desconforto externo possa ser combatido
enquanto o interno está em tratamento.

Há quatro elementos básicos nesta terapia: análise funcional do contexto dos sintomas,
monitoração e planejamento de atividades com o paciente, manejo de experiências
aversivas e desenvolvimento de habilidades sociais (SCHESTATSKY;FLECK, 1999, p.
42).

Neste sentido entendemos que os tratamentos são observações específicas do contexto no


qual o sujeito necessita de cuidados efetivos, realizando um movimento de estar em constante
diálogo com o paciente e a atualidade, verificando as questões enquanto elas ainda estão
acontecendo e tentar extrair a partir das experiências.

Os sintomas agudos da depressão são enfrentados com o uso de técnicas comportamentais e


verbais (identificação, enfrentamento e desafio das cognições negativas). Mais adiante, as
intervenções têm como alvo desafiar as crenças disfuncionais mais arraigadas e assim,
tentar diminuir a vulnerabilidade do paciente a episódios futuros
(SCHESTATSKY;FLECK, 1999, p. 42).
No tratamento evidenciado por Beck o confronto com a realidade é ponto crucial na terapia,
não gerando um desconforto sem objetivo, mas um fortalecimento pessoal e uma releitura acerca do
que é vivenciado de forma a garantir uma base forte para futuros conflitos internos e externos que o
paciente venha a apresentar.
Realizando uma analogia sobre como essa psicoterapia de Beck funciona podemos pensar
em um atleta com um condicionamento físico baixo, que precisa estar em treinamento constante,
respeitando seu momento e limites, afim de que quando chegue em uma competição possa estar
apto a desenvolver seu exercício, garantindo um crescimento para uma performance saudável.
Além disso tal psicoterapia está atrelado ao movimento cognitivo individual, em que muitas
das vezes é o eixo mais afetado do ser humano. Desta forma seria como reescrever na mente as
forças de pensar, sentir e agir, reconhecendo as emoções e verificando certo controle sobre elas.
Nas psicoterapias psicodinâmicas breves tradicionais o alvo é o momento, sem um foco nos
sintomas ou releitura do momento atual, pelo contrário:

Ao invés de se dirigirem aos sintomas depressivos em si mesmos, elas têm como objetivo
usar a relação terapêutica para investigar e esclarecer esses conflitos precoces,
principalmente os relacionados com problemas de privação, proximidade e intimidade
afetivas (SCHESTATSKY;FLECK, 1999, p. 42).

Elas apontam como um alvo, isto é, identificam o problema e extraem toda a vivência
possível dele, a partir dos conflitos buscando evidenciar e refletir sobre a causa dele voltada as
manifestações relacionamentais da pessoa com depressão. Essa psicoterapia é indicada para pessoas
que estão em luto e que sofreram alguma separação, no sentido de exercer o tratamento na
pontualidade do fenômeno.
Na psicoterapia suportiva expressiva os autores apontam como sendo uma terapia avessa a
tradicional, sendo uma das mais breve, neste tipo o terapeuta se apresenta de forma mais ativa, onde
o foco transferencial acontece de forma limitada focando numa espécie de investigação de temáticas
transferências que acontecem na vida relacionamental dos pacientes fora da consulta.
A psicoterapia interpessoal também é bem curta quanto a terapia supracitada, porém seu
foco é na fase mais aguda da depressão, em que também é utilizado o tratamento com fármacos
específicos, bebendo das ideias de Sullivan, Freud e Bowlby, esta terapia tem com ponte de partida
sua própria conceituação da depressão, como sendo dentro de um ambiente social e interpessoal
visando estabelecer de forma significações tais relações interpessoais do paciente com depressão.
Utiliza a conexão entre os fenômenos interpessoais atuais e os sintomas depressivos como
um foco de tratamento, e lida, de um modo geral, com relações interpessoais mais atuais e
não tanto das passadas, auxiliando o paciente a manejar de forma mais adequada os
problemas interpessoais que estejam associados ao início ou manutenção do episódio
depressivo, seja qual for sua duração ou natureza (SCHESTATSKY;FLECK, 1999, p. 42).

Desta forma buscando identificar quais as trocas sociais aconteceram e quais foram
impulsionadoras de quadros depressivos e quais poderiam estar potencializando tal adoecimento em
meio ao tratamento. Pensemos nas relações de mãe-filha como um exemplo de relações sociais que
possam vir a gerar depressão, essa psicoterapia iria atuar desde a gestação até a atualidade,
buscando evidenciar os desequilíbrios presentes nas relações que podem ter gerado o quadro
depressivo.
Em sua pesquisa Baptista et al (2007) verificam de forma bibliográfica alguns trabalhos em
que foram realizados de forma prática com paciente, apontando diferentes teorias e métodos nos
quais poderiam ser desenvolvidas as psicoterapias com tais paciente, por fim, os autores afirmam
que:

Os estudos avaliados mostraram, em sua maioria, que os procedimentos psicoterapêuticos


podem ser eficazes, independente de linha teórica, idade e gênero dos pacientes, apesar das
divergências na literatura a esse respeito (BAPTISTA et al, 2007, p. 86).

Neste sentido entendemos a importância das terapias, pois independente do caso e do


método aplicado podem haver melhoras significativas, e isto é o mais importante, levando em
consideração o compromisso com a manutenção e o bem-estar dos pacientes.

No entanto, a maioria das pesquisas ainda aponta para a importância da aplicação de


processos psicoterápicos na diminuição de sintomas, bem como na melhora indireta, como
por exemplo, aumento de pontuação de instrumentos de qualidade de vida ou de
relacionamentos sociais, o que parece mostrar a importância e eficácia das intervenções
(BAPTISTA et al, 2007, p. 86).

Desta forma corroborando ao extrato e comentário anterior, entendemos que não importa o
método e que não se deve ter comparações entre eles, pois todos cumprem com o seu propósito de
acordo com as necessidades dos pacientes com depressão, e trazer qualquer desses métodos,
alinhados de forma efetiva é o mais importante para todos.

As psicoterapias comportamentais vêm apresentando resultados eficientes na modificação


do comportamento de pessoas com depressão. Resultados como redução dos sintomas,
aumento no repertório social e alteração na quantidade e qualidade das atividades e das
interações sociais têm sido frequentemente associados a essas intervenções (CARDOSO,
2011, p.480).

Reafirmando as palavras de Baptista et al (2007), Cardoso (2011) trata em sua pesquisa,


ainda em palavras introdutórias, logo após da caracterização da depressão a importância das
psicoterapias levando em consideração a melhora que pode ser estabelecida a partir do tratamento e
como é importante realizar essas intervenções em prol do bem-estar das pessoas com depressão.
Na psicoterapia comportamental ou analítico comportamental, Cardoso (2011) aponta para o
comportamento do terapeuta em identificar as relações do indivíduo e o seu comportamento,
visualizando a partir da redução das atividades prazerosas constantemente associadas a relações de
fuga e reclusão, como diz: “Esses comportamentos estariam relacionados à depressão em razão da
dificuldade do indivíduo em acessar os reforçadores disponíveis em seu ambiente (CARDOSO,
2011, p.481). Também é presente nesse tipo de abordagem o cuidado e a preservação do indivíduo a
situações hostis.
Na terapia de aceitação e do compromisso atua no combate de comportamentos de fuga que
geralmente os pacientes com depressão apresentam como um sintoma social, quando falam que:

Formulada a partir da proposta do distanciamento compreensivo, busca enfraquecer as


esquivas emocionais e aumentar as respostas relacionadas à capacidade para mudança do
comportamento, bem como “resgatar” reforçadores que atualmente não fazem parte do
repertório do sujeito (CARDOSO, 2011, p.482).

Desta forma, atuaria como um processo revertido em que as situações confortáveis são
implacáveis e contra a prática de esquiva, fazendo com que o sujeito possa não confrontar mas
reformular sua prática de vida. Assim, como Cardoso (2011) afirma:

Durante as sessões o terapeuta pode utilizar metáforas, paradoxos e exercícios experienciais


a fim de ensinar o cliente a vivenciar os sentimentos, pensamentos, recordações e
sensações. O uso dessas ferramentas tem por objetivo ensinar o cliente a contextualizar os
eventos privados, clarificar o que almejam para suas vidas, identificar seus valores e
prioridade e desenvolver um compromisso com as mudanças necessárias para modificar sua
vida (CARDOSO, 2011, p.482).

Na psicoterapia analítica funcional atua no momento da consulta e as relações que são


geradas a partir do paciente-terapeuta tendo como base a mutação de comportamentos clínicos de
forma relevante, sendo divididos em três fases.

Os comportamentos clinicamente relevantes (CRB) são analisados por meio de três tipos.
Os CRB1, que são os comportamentos relacionados ao problema que ocorrem durante a
sessão e que devem ser modificados; e os CRB2, que são os comportamentos considerados
adequados para obtenção da melhora do cliente que ocorrem durante a sessão. Vale
ressaltar que os CRB2 só aparecem quando os CRB1 foram alterados. Há também os
CRB3, que representam as crenças e interpretações do cliente acerca do seu problema
(CARDOSO, 2011, p.482).

Neste sentido ainda que ocorra de forma concomitantemente esses comportamentos


clinicamente relevantes são fundamentais para este tipo de tratamento e o próprio desenvolvimento
deste buscando explorar o quadro do paciente, bem como, o seu progresso.

Parece que a perda de reforçadores positivos e aumento da presença de estímulos aversivos,


bem como dificuldade em lidar com situações-problema favoreceriam o desenvolvimento
da depressão. Um olhar global sobre o fenômeno permite que o terapeuta identifique os
déficits comportamentais que o indivíduo apresenta (CARDOSO, 2011, p.486).

Diante esta afirmação de forma geral compreendemos que não apenas o diagnóstico é o
ponto importante para o tratamento de pessoas com depressão, mas também qual abordagem o
terapeuta irá desenvolver seu trabalho, evidenciando as subjetividades da pessoa com depressão e
quais desses métodos ele poderá realizar um trabalho necessário e pontual com o paciente.
METODOLOGIA

Esta pesquisa se insere no tipo de pesquisa bibliográfica, que de acordo com Severino
(2007) pode ser considerada como a parte antecedente de toda a pesquisa, fazendo com que se haja
um debruçamento literário acerca do fenômeno, de forma que ao detectar na bibliografia, pode estar
desenvolvendo o pensamento, bem como, favorecendo para que ela possa estar sendo atualizada
conforme o passar dos anos e das pesquisas que são alimentadas a partir dela.
Neste sentido buscamos em sites acadêmicos, repositórios de teses e dissertações trabalhos
voltados ao fenômeno da depressão, buscando identificar as teorias e os conceitos que envolvem tal
tema, de forma a construir este trabalho sob uma base científica sólida, como também, buscamos
trazer um apanhado de psicoterapias que podem ser aplicadas a partir do diagnóstico.
Neste sentido nossos recursos metodológicos foram as pesquisas na área, ao buscar por
palavras chaves como depressão e terapias, nos deparamos com alguns trabalhos que se
aproximavam ao nosso tema de pesquisa, ao localizar os arquivos nos detivemos a ler resumos,
introdução e considerações finais, as pesquisas que mais se assemelharam nos direcionamos a ler os
trabalhos completos.
Desta forma buscamos em trabalhos clássicos de 1999 até a atualidade que tratassem sobre a
depressão de forma conceitual, como também, extraímos de pesquisas bibliográficas e atuantes as
terapias que podem ser desenvolvidas ao longo do tratamento e as potencialidades que elas podem
gerar na vida das pessoas que precisem de tratamento psicoterápico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao retornarmos ao nosso objetivo geral que apontou para perceber os fatores que
influenciam o desenvolvimento da depressão e quais terapias podem ser desenvolvidas a partir do
diagnóstico, vimos de forma bibliográfica que diferentes são as causas e que todos podem estar
sujeitos a sofrer desse mal em alguma fase de sua vida.
Partindo do primeiro objetivo específico gerando nossa primeira categoria teórica que se
voltaram para entender os fatores que influenciam o desenvolvimento da depressão vimos que
fatores antigos e recentes podem ocasionar o quadro clínico, seja por perdas, separações, conflitos
internos, relações parentais, tudo pode ser um start para a depressão.
O segundo objetivo específico que buscou evidenciar quais terapias podem ser
desenvolvidas a partir do diagnóstico percebemos que diferentes são as áreas, divergentes são os
modos e as linhas de pesquisa que envolvem os tratamentos psicoterápicos para pessoas com
depressão. O mais importante de nos aprofundarmos acerca deles foi de que todos trabalham de
maneira específicas com o paciente, tendo objetivos pontuais e que devem ser parte importante do
tratamento de pessoas deprimidas, uma vez que, a partir deles poderá alcançar um bem-estar para o
paciente.
Podemos concluir que nossa hipótese foi efetivada enquanto de forma bibliográfica
identificamos os fatores científicos que influenciam no desenvolvimento de quadros depressivos,
como também percebemos nos trabalhos pesquisados que os tratamentos psicoterápicos são amplos
e cada um tem sua função específica.
REFERÊNCIAS

BAPTISTA, M. N. et al. Eficácia de intervenções psicoterápicas no tratamento de depressão.


PSIC – Revista de Psicologia da Vetor Editora, v. 8, n. 1, 2007.

CARDOSO, Luciana Roberta Donola. Psicoterapias comportamentais no tratamento da


depressão. Psicol. Argum, Curitiba, v. 29, n. 67, 2011.

RUFINO, Sueli et al. Aspectos gerais, sintomas e diagnóstico da depressão. Revista Saúde em
Foco – Edição n. 10, 2018.

SCHESTATSKY, Sidnei; FLECK, Marcelo. Psicoterapia da depressões. Depressão, vo. 1. 1999.

SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do trabalho científico. 23 ed. rev. e atual, Cortez,
São Paulo, 2007.

SOARES, G.B.; CAPONI, S. Depression in focus: a study of the media discourse in the process
of medicalization of life. Interface - Comunic., Saude, Educ., v.15, n.37, p.437-46, abr./jun. 2011.

TAVARES, Lorine. Abordagem cognitivo - comportamental no atendimento de pacientes com


história de depressão e déficit em habilidades sociais. Santa Catarina, 2005.

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