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Faculdade Católica de Rondônia.

FCR

Curso de Psicologia – Período 8º

Docente: Helen Cristina

Discente: Angélica Cruz de Carvalho e Lacerda

Disciplina:

A Depressão “Referencial Teórico”

A depressão é uma patologia caracterizada por sintomas como pessimismo tristeza


profunda, perda de interesse pela vida e sentimento de mal estar continuo e
incapacidade generalizada, de fato estes são os sintomas mais aparentes da depressão,
porém os sintomas variam de acordo com a situação em que a pessoa se encontra.

Tanto geneticamente pode se surgir a depressão como também algum acontecimento no


decorrer da vida, estes acontecimento não são apenas acontecimentos negativos como
também positivos, como por exemplo, pessoas mesmo com a vida de sucesso não
sobreviveriam sem suas medicações antidepressivas, isto não faz pensar então o porquê
as pessoas depressivas são solitárias e chegam até o suicídio. Embora não tenha uma
natureza exata o resultado desta patologia, existem fatores que levam até o diagnóstico
clinico.

Pessoas depressivas acabam se sentindo vulneráreis e incapazes, isso resulta no possível


sentimento de desamparo e desvalor. O treino de habilidades sociais se torna uma
técnica de tratamento pra depressão pelo fato de que alguns autores consideram que
estas poderiam ser tanto antecedentes como consequentes de um quadro depressivo.
Pessoas face à eventos estressantes tendem a ficar mais vulneráveis aos conflitos por
não apresentarem recursos básicos para lidar com tais situações, assim, as habilidades
sociais influem tanto para o início como para a manutenção de um transtorno depressivo
(FERNANDES; FALCONE; SARDINHA, 2012).

Alguns estudos tendem a mostrar que além dos acontecimentos cotidiano existe a reação
que nos leva a lidar com elas como exemplificamos no pensar, sentir e agir. Como
vimos nas etapas e nesta a depressão está ligada também diretamente à disfunção na
quantidade de neurotransmissores produzidos ligados também diretamente à depressão
então não surge apenas por situações, e sim como reagimos de acordo com cada uma
delas.

Esta disfunção esta ligada diretamente na desmotivação e a neurodrenalina que interfere


fisicamente no individua diagnosticada com a patologia.

Pesquisas feitas pela OMS mostram que a depressão tem surgimento de forma tão
devastadora que quando chegamos à 2030 será uma patologia comum entre nós.

Ao contrario do que apresenta o senso comum, as causas da depressão podem ser de


várias ordens, existem pessoas que se tornam depressivas devido a doenças físicas ou
alterações hormonas, outras tem a genética contribuindo para o desenvolvimento do
quadro depressivo, mas existem também e é uma das mais frequentes causas do
surgimento por fatores sociais, problemas familiares e outros fatores de cunho social.

Dentre a população mundial, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas vivem com
depressão, sendo perceptível um crescimento de mais de 18% entre 2005 e 2015. Para
muitas pessoas o transtorno pode ser crônico e recorrente, sendo prevalente como causa
de incapacitação. Dessa forma, as pesquisas relacionadas aos transtornos depressivos
atualmente se voltam ao Psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento publicado em
18.11.2019 Hiago Veras Gomes 3 facebook.com/psicologia.pt entendimento da
efetividade tanto das abordagens psicoterápicas, quanto do tratamento medicamentoso
(CIZIL; BELUCO, 2019; POWELL et al., 2008).

Estudiosos acreditam hoje que muitas pessoas atingidas com o sintoma da depressão
podem não estar acompanhando o ritmo social em que vive, dando assim a tese de que o
cérebro não desenvolveu tamanhas responsabilidades e habilidades como a sociedade e
as evoluções sócias tecnológicas desenvolverão.

A depressão em alguns casos pode ser vista como um fator positivo para algumas
pessoas pensará então na questão de melhoria de qualidade de vida, pessoas não
depressivas não se questionam muito em mudanças comportamentais e emocionais,
talvez nem pense nessa possibilidade, diferente das pessoas que sofrem com depressão
elas buscam respostas e ações que não buscariam e nem saberiam se não sofressem com
a doença.

De acordo com a Organização Mundial de saúde a depressão é uma das patologias de


maiores custos financeiros, como para o tratamento e como a ajuda de fármacos.

Dentre tantos tratamentos para depressão, existe o tratamento com terapia cognitivo
comportamental que tem grande eficácia no tratamento de pessoas que estão sendo
afetadas por acontecimentos relacionados à experiência de vida e pela sua própria
personalidade. Este tipo de depressão e chamado depressão reactiva, que está
relacionada a reação do indivíduo à acontecimentos perturbadores, e o apoio psicológico
é essencial para o auxiliar o individuo tanto na forma como lidar com a situação como
também na forma de se expressar, expor o problema com a certeza de que não será
julgado e sim ouvido.

Na contemporaneidade o tratamento dos transtornos depressivos é feito por duas vias: a


psicoterapia e o tratamento com medicamentos. A sociedade atual ainda comporta
muitos paradigmas em relação ao uso de medicamentos psicotrópicos, devido
principalmente aos seus efeitos colaterais, entretanto, estudos apontam a eficácia dos
dois métodos de tratamento isolados. No entanto, o tratamento combinado entre
medicamentos e a Terapia Cognitivo-Comportamental demonstra efeitos mais positivos
no prognóstico da depressão do que apenas um dos meios. A TCC, por meio da
demonstração e desenvolvimento de estratégias, ajuda o paciente em suas mudanças
comportamentais e cognitivas, baseando-se em evidências, em um trabalho focal,
diretivo e, paralelamente, pautado em uma colaboração genuína entre cliente e terapeuta
(GUIMARÃES, WERPP; SANTOS, 2017).

Nos últimos vinte anos têm sido realizados estudos que visão identificar a grande
eficácia das terapias cognitivos comportamental, confirmando sua eficácia no
tratamento da depressão, ainda hoje os medicamentos são conhecidos como principais
formas de tratamento da depressão e mais eficazes também, fato que não tem uma
comprovação geral no que se refere aos estudos.

O papel do psicólogo vem como uma intervenção no pensamento, nas crenças na forma
como o paciente observa que está vivenciando, quando se obtém sucesso na mudança
dos pensamentos depressivos, consequentemente consegue uma mudança significativa
nas atitudes, no humor do paciente.

A terapia cognitiva se distingue das outras por exigir uma postura mais ativa do
psicólogo e do paciente. Nela são estabelecidos objetivos e formas para que sejam
atingidos ao contrário aos dos demais tipos de terapia que exigem mais a participação
narrativa do paciente, somente falando dos problemas e sendo ouvido.

Os principais critérios sintomatológicos examinados em uma pessoa com o transtorno


depressivo é a presença de humor triste, vazio ou irritável, associadamente a mudanças
somáticas e/ou cognitivas que influem diretamente no funcionamento pleno de um
sujeito. O transtorno depressivo maior é considerado a condição clássica do transtorno
depressivo, com episódios com duração de pelo menos duas semanas, envolvendo
alterações significativas, afetivas e cognitivas, como também em funções
neurovegetativas, possuindo na maioria das vezes remissões episódicas. Já a forma mais
crônica da depressão se apresenta no transtorno depressivo persistente (distimia), este
diagnóstico é dado quando a alteração do humor é contínua e persiste por pelo menos
dois anos (DSM, 2013).

Como é conhecida por todos nós a depressão é uma patologia que atinge pessoas
independentemente de sexo, raça, posição social e idade.

Além dos adultos idosos, estudos realizados mostram que cerca de 5% dos adolescentes
são diagnosticados com depressão devido à mudança de personalidade. A depressão
também durante algumas pesquisas mostrou a patologias mais comuns entre as
mulheres devido à produção de serotonina mais lenta, entre este fator também está a
dedicação dos filhos. Os homens hoje podem não está dentro do quadro do sexo mais
atingidos mas está com os de tendência ao suicídio mais que as mulheres devido à
natureza orgulhosa e não pedido de ajuda.

Erros cognitivos são equívocos característicos na forma de pensamentos


automáticos e outras cognições. Desse modo, a presença destes em modelos
patológicos, como a depressão, são encontrados corriqueiramente. Beck estipulou em
suas obras diversos tipos de erros cognitivos, todavia, os mais presentes nos transtornos
depressivos, que precisam de uma maior atenção por parte do terapeuta, são a inferência
arbitrária (conclusão de algo de forma rápida e sem evidências), abstração seletiva (foco
em evidências de desempenho negativo), supergeneralização (generalizar a ocorrência
de eventos negativos) e a personalização (atribuir caráter negativo à si próprio). Tais
erros são advindos de crenças centrais e intermediárias que são formuladas ao longo do
desenvolvimento da vida do indivíduo (BECK, 2014; CARNEIRO; DOBSON, 2017).

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