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MARIA NEUZA PORTO ROMUALDO DA SILVA

TERAPIA DE CASAL E ESTRATÉGIAS DE RESOLUÇÃO DE


CONFLITO

Cidade
Ano

Teixeira de Freitas-BA
2022
MARIA NEUZA PORTO ROMUALDO DA SILVA

TERAPIA DE CASAL E ESTRATÉGIAS DE RESOLUÇÃO DE


CONFLITO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


Anhanguera Educacional como requisito parcial para
a obtenção do título de graduado em Psicologia.

Orientadora: Maria Sanches

Teixeira de Freitas- BA
2022
MARIA NEUZA PORTO ROMUALDO DA SILVA

TERAPIA DE CASAL E ESTRATÉGIAS DE RESOLUÇÃO DE


CONFLITO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


à Faculdade Anhanguera – Unidade Teixeira
De Freitascomo requisito parcial para a
obtenção do título de graduado em Psicologia.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a).Maria Sanches

Prof. Dr. José Gustavo Padrão Tavares

Prof(a). Esp. Rose Marie Mendes de Lima

Teixeira de Freitas, 27 de novembro de 2022.


À minha família, por sua capacidade de
acreditar em mim em especial a minha filha
Mábillyn Porto. Mãe, seu cuidado e
dedicação foi que deram, esperança para
seguir, confiança para continuar. Pai, sua
presença significou segurança e certeza de
que não estou sozinho nessa caminhada.
AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, qυе fez com que meus objetivos fossem alcançados,
durante todos os meus anos de estudos, pоrtеr permitido que eu tivesse saúde е
determinação para não desanimar durante a realização dos meus estudos, pela
minha vida, e por me permitir ultrapassar todos os obstáculos encontrados ao longo
da realização deste.
A minha filha, que me incentivou nos momentos difíceis e compreendeu a
minha ausência enquanto eu me dedicava à realização aos meus estudos. Que
sempre estive ao meu lado, demonstrado amor e companheirismo ao longo de todo
o período de tempo em que me dediquei a este trabalho.
Aos professores, pelas correções e ensinamentos que me permitiram
apresentar um melhor desempenho no meu processo de formação profissional ao
longo do curso. Por todos os conselhos, pela ajuda e pela paciência com a qual
guiaram o meu aprendizado.
A todos aqueles que contribuíram, de alguma forma, para a realização deste
trabalho. A todos que participaram, direta ou indiretamente do desenvolvimento
deste trabalho de pesquisa, enriquecendo o meu processo de aprendizado. Às
pessoas cоm quem convivi aо longo desses anos de curso, que me incentivaram e
que certamente tiveram impacto na minha formação acadêmica.
Aos meus colegas de curso, cоm quem convivi intensamente durante os
últimos anos, pelo companheirismo e pela troca de experiências que me permitiram
crescer não só como pessoa, mas também como formando.
Aos meus colegas de turma, por compartilharem comigo tantos momentos de
descobertas e aprendizado e por todo o companheirismo ao longo deste percurso.
A todos os alunos da minha turma, pelo ambiente amistoso no qual
convivemos e solidificamos os nossos conhecimentos, o que foi fundamental na
elaboração deste trabalho de conclusão de curso.
Ler não comporta imperativo, assim como amar e
sonhar. (Daniel Pennac)
PORTO ROMUALDO DA SILVA, MARIA NEUZA.TERAPIA DE CASAL E
ESTRATÉGIAS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITO, 2022.Pág. 27. Trabalho De
Conclusão De Curso (Graduação em Psicologia) –Faculdade Anhanguera –
Unidade Teixeira De Freitas, 2022.

RESUMO

O presente trabalho refere-se a um estudo bibliográfico sobre o casamento


contemporâneo e a terapia de casal a partir do enfoque sistêmico. O objetivo desta
pesquisa é identificar a contribuição sistêmica para a compreensão e o tratamento
de casais. Para sustentar este estudo, considerou-se fundamental identificar que
fatores influenciam na escolha do parceiro; verificar qual a importância do contrato
de casamento; apresentar como se dá a formação do vínculo entre o casal e
identificar as características da terapia de casal. Trata-se de uma pesquisa
exploratória de natureza bibliográfica, e as fontes de informações utilizadas foram
livros, periódicos e monografias.

Palavras-chave: Casamento; Terapia de Casal; Psicologia; Casamento


PORTO ROMUALDO DA SILVA, MARIA NEUZA. COUPLE THERAPY AND
CONFLICT RESOLUTION STRATEGIES. 2022. Page 27. Course Completion Work
(Graduate in Psychology) – Faculdade Anhanguera – Teixeira De Freitas Unit, 2022.

ABSTRACT

The present work refers to a bibliographic study on contemporary marriage and


couple therapy from a systemic approach. The objective of this research is to identify
the systemic contribution to the understanding and treatment of couples. To support
this study, it was considered essential to identify which factors influence the choice of
partner; verify the importance of the marriage contract; to present how the bond
between the couple is formed and to identify the characteristics of couple therapy.
This is exploratory research of a bibliographic nature, and the sources of information
used were books, periodicals and monographs.

Keywords: Marriage; Couple Therapy; Psychology; Wedding


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................7
2. CONVIVÊNCIA DO MATRIMÔNIO E O EXCESSO DE INTIMIDADE
PODERIAM SER A CAUSA DA FALÊNCIA SEXUAL NO CASAMENTO.................9
3. A VIDA SEXUAL DO CASAL COM O TEMPO SOFRE GRANDES
TRANSFORMAÇÕES, VERIFICAR A COMPREENSÃO DO PSICÓLOGO SOBRE
SEGREDOS FAMILIARES EM TERAPIAS...............................................................14
3.1 A VIDA SEXUAL DO CASAL..............................................................................15
4. COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO QUE TANGE O MANEJO CLÍNICO
PARA AS DEMANDAS RELACIONADAS A SEXUALIDADE EM CASAIS..........177
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................23
6. REFERÊNCIAS...................................................................................................23
7

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho de conclusão de curso visa apresentar sobre terapia de


casal e estratégias de resolução de conflito. Assim como nos casos individuais,
a terapia de casal tem o objetivo de oferecer suporte às situações difíceis que
as pessoas venham passando. Dessa forma, existem diversos momentos em
que ela é indicada, mas é comum que os cônjuges procurem essa ajuda
quando a situação já está bastante grave.
Porque as pessoas que estão casadas, perdem o desejo ou interesse
sexual no casamento? Desta forma, o método a pesquisa qualitativa e
interpretativa embasada nas teorias de benefícios da TCC na terapia de casal é
oferecer estratégias que os dois possam utilizar na sua rotina fora da clínica.
Esse é o objetivo da técnica de resolução de problemas. Ela funciona como um
passo a passo ensinado pelo psicólogo.
Teve-se como objetivo geral a abordagem comportamental grande
influência no desenvolvimento de técnicas utilizadas no tratamento de casais
em desalinho. Inicialmente, as técnicas comportamentais foram empregadas,
principalmente, no desenvolvimento do intercâmbio social simples e do contrato
marital.
Já os objetivos específicos foram: A) Verificar a longa convivência do
matrimônio e o excesso de intimidade poderiam ser a causa da falência sexual
no casamento? B) Identificar porque a vida sexual do casal com o tempo sofre
grandes transformações? Verificar a compreensão do psicólogo sobre
segredos familiares em terapias familiares; C) Descrever como Cognitivo-
Comportamental no que tange o manejo clínico para as demandas
relacionadas a sexualidade em casais?
Este trabalho está organizado nas seguintes formas: na primeira
são apresentado o problema de pesquisa, tema, objetivos gerais e
específicos; na segunda a fundamentação, metodologia, cronograma e
referências utilizada; na terceira os elementos pré-textuais, textuais e
pós-textuais do tema. Paracompreensãodoconteúdodestetrabalho, Diversos
autores (BAUCOM; EPSTEIN; BAUCOM; RANGÉ; DATTILIO, 2001) têm
apresentado sugestões acerca de como a terapia cognitivo-comportamental
pode ser aplicada no tratamento de casais. A seguir, são discutidos alguns dos
8

principais objetivos e etapas do tratamento de casais nessa abordagem. Dada


a natureza deste artigo, não será possível fazer uma descrição mais detalhada
de todos os procedimentos. Contudo, literatura disponível em português para
os interessados é indicada (DATTILIO; PADESKY; PEÇANHA, 2005).
Pode-se afirmar que os principais objetivos da terapia cognitivo-
comportamental, no tratamento de casais em conflito, são a reestruturação de
cognições inadequadas, o manejo das emoções, a modificação de padrões de
comunicação disfuncionais e o desenvolvimento de estratégias para solução de
problemas cotidianos mais eficazes (BECK, 1995). Outros procedimentos
utilizados são as alterações de comportamentos que formam padrões
negativamente específicos (DATTILIO, 2004).
A avaliação é normalmente a etapa inicial e fundamental do tratamento
de problemas de qualquer natureza dentro da abordagem cognitivo-
comportamental São utilizados diferentes tipos de entrevistas, inventários e
escalas. Um instrumento de avaliação muito utilizado nos Estados Unidos é
o Relationship Belief Inventory - RBI (Eidelson; Epstein, 1982). Outra escala
bastante empregada é a Dyadic Adjustment Scale – DAS (SPAINER; SPANIER
& THOMPSON, 1982). Alguns instrumentos foram validados para a população
brasileira, como o Inventário de Satisfação Conjugal (DELA COLETA, 1989) e a
Medida da Satisfação em Relacionamento de Casal (WACHELKE, ANDRADE,
CRUZ, FAGGIANI & NATIVIDADE, 2004).
9

2. CONVIVÊNCIA DO MATRIMÔNIO E O EXCESSO DE INTIMIDADE


PODERIAM SER A CAUSA DA FALÊNCIA SEXUAL NO CASAMENTO

Já nesta fase inicial do relacionamento sexual percebemos alguns


problemas e disfunções que podem permear a vida do novo casal. Para as
mulheres, segundo Dr. José Bento (2007, pág. 77) “a ansiedade demasiada em
chegar lá (o orgasmo), o desconhecimento do próprio corpo, a insatisfação com
a aparência física, o parceiro inadequado, que não investe em preliminares ou
ejacula rapidamente, tudo isso dificulta o alcance do clímax.” Acrescenta ainda
em seu livro Sexualidade e autoconhecimento de vida, Dr. José Bento (2007,
pag. 77): Muitas mulheres atribuem ao parceiro a falta de orgasmo, mas isso
traduz somente um lado da história, pois cada um também deve ser
responsável por seu próprio prazer, deve se conhecer intimamente e expor ao
parceiro suas preferências, responder aos estímulos, ajudá-lo a lhe dar prazer.
Vários problemas permeiam a sexualidade feminina, os quais passaremos a
descrever abaixo.
O primeiro que abordaremos é a falta de conhecimento do próprio corpo.
Para obter-se e dar prazer à mulher há uma necessidade imperiosa de que
esta mulher conheça minuciosamente todo o seu corpo. Este
autoconhecimento e busca de zonas erógenas, como dito acima, favorece a
indicação ao parceiro dos pontos que devem ser explorados durante o ato
sexual. A falta de estimulação de tais zonas erógenas dificulta a excitação e o
despertar do desejo feminino para o início da relação sexual. Outro fator que
dificulta o prazer feminino é a ansiedade na obtenção do orgasmo (ditadura do
orgasmo).
Esta ansiedade pode prejudicar o devido relaxamento e desfrute dos
momentos vivenciados a dois, prejudicando uma boa lubrificação para a
penetração do parceiro. Hoje temos um padrão físico instituído pela indústria
da moda e as mulheres “reais” têm dificuldade em alcançar este patamar
almejado. Esta cobrança gera para a mulher uma inibição em se despir para
seu parceiro, bem como transcender a toda esta imposição social. Segundo
Leila Ferreira (2011, pag. 128):
10

“Existem três bilhões de mulheres no mundo. Só oito são top models”,


lembrava um anúncio famoso da Body Shop, cadeia de cosméticos
inglesa. Por que nós, mulheres normais que somamos quase três
bilhões, temos que nos pareceres com esta oito modelos? A
pergunta que não quer calar está longe de ser respondida.... Uma em
cada dez mulheres jovens nos Estados Unidos está passando fome
para emagrecer, alerta Naomi Wolf em seu livro O mito da beleza....
Hoje podemos transar, mas não podemos comer.... Numa cultura que
associa beleza e magreza como se fossem sinônimas, e sugere vinte
e quatro horas por dia que as mulheres magras têm muito mais
chance de ser felizes, não é difícil entender por que aquelas que não
se esforçam para emagrecer se sentem nadando contra a corrente. A
pressão pela forma perfeita é tão intensa que muitas mulheres têm
trocado o corpo saudável que têm por um corpo doente.... Quando se
acredita que para conquistar a admiração, o amor ou o desejo do
outro temos que ser magras, rijas, com seios perfeitos, dedos dos pés
delicados, pernas que se encostam, nenhuma ruga e nenhum pelo no
rosto, viver, que sempre foi um exercício complicado, vira uma
batalha que não termina, uma guerra sem vencedores.

O medo da gravidez é outro fantasma que permeia o imaginário feminino


durante uma relação sexual. Por estar vivendo uma relação extra matrimonial,
não estando ainda preparada para assumir uma relação dita “estável”
socialmente, o medo de uma gravidez precoce dificulta uma entrega total da
mulher, que em havendo sua incidência sofrerá de maneira mais direta.
Quando duas almas em um gesto de amor resolvem que a partir de um
determinado momento em sua vida não mais conseguem viver apartados
inicia-se o casamento e a união estável.
O casamento é uma instituição secular previsto em nossa legislação
pátria da seguinte forma: “Art. 1.511. do CC/02 - O casamento estabelece
comunhão plena de vida, com base na igualdade de direitos e deveres dos
cônjuges.” Hoje o casamento devidamente reconhecido é o civil. Há mais de
um século, por ausência de registros civis confiáveis, os registros de
casamento válidos eram os pertencentes às igrejas. Com a profissionalização e
precisão que foram adquirindo os notários, hoje o casamento configura-se após
o devido processo prescrito em nossa legislação nos cartórios civis de nosso
país.
11

Art. 1.514. O casamento se realiza no momento em que o homem e


a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer
vínculo conjugal, e o juiz os declara casados.
Art. 1.515. O casamento religioso, que atender às exigências da lei
para a validade do casamento civil, equipara-se a este, desde que
registrado no registro próprio, produzindo efeitos a partir da data de
sua celebração.
Os usos e costumes são o alicerce das leis. Desta forma, torna-se legal
e efetiva a união entre duas pessoas que desejam formar uma família. Esta
comunhão, não formalizada em cartórios, mas sim perante toda a sociedade
recebe o nome em nossa cultura de União Estável. Esta instituição assegura
aos companheiros todas as garantias e direitos de quem devidamente transpôs
as formalidades notariais citadas em epígrafe. Nosso CC declara que:

“Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável


entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública,
contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição
de família.”

Mas o que o início destas instituições muda ou altera na vida sexual dos
indivíduos? No início desta nova vida há um enaltecer das relações sexuais,
que passam a ser vividas de forma intensa e quase que diariamente. Há um
tempo para a descoberta, de cumplicidade e um inebriar entre os casais.
Entretanto estas sensações iniciais correm o risco de se perderem com a
convivência prolongada e os problemas diários.
Segundo Carla Zeglio em seu livro “Amor e Sexualidade - como sexo e
casamento se encontram” (2007, pág. 123):

Fazer sexo é bom, que relacionar-se com alguém em quem


confiamos é muito gostoso e que o humano precisa disso para ser
feliz. Casamento nada mais é do que estarmos com alguém que
gostamos muito e que podemos, se quisermos, constituir uma família
dos nossos desejos.

Com o início da coabitação as relações sexuais que eram esporádicas


no período anterior à formalização da união passam a ser habituais e
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socialmente aceitas pelos mais conservadores. Algumas pessoas, como dito


anteriormente, iniciam sua vida sexual neste momento, passando à descoberta
do outro e do caminho ao prazer. Nesta busca todos os sentidos são
disponibilizados para a obtenção da intimidade e orgasmo nos indivíduos. O
homem tem a visão como um dos seus sentidos mais aguçados. Já na mulher
o sentido tátil é o mais apurado no que se refere às questões sexuais. Segundo
Carla Zeglio em seu livro “Amor e Sexualidade - como sexo e casamento se
encontram” (2007, pag. 47), esta é uma das razões para o homem valorizar
muito mais o aspecto visual, e em especial as roupas sensuais e sexuais:
lingeries – desde as comuns do cotidiano às de funções unicamente sexuais.
Encontramos também os problemas ligados ao desejo feminino. Se uma
mulher não apresenta desejo em manter relações sexuais com seu parceiro ou
este desejo é exacerbado, por exemplo, causando problemas à união, esta
alteração deve ser investigada. Para Carla Zeglio (2007, pag. 71), chama-se de
“desejo sexual a motivação subjetiva da mulher em procurar e se dispor a
contatos e comportamentos de cunho sexual.” Para Carla Zeglio pode esta
ausência de desejo pode ser dividida em cinco tipos (2007, pag. 71):
A. Desejo sexual hipoativo – motivação para o comportamento
sexual diminuído, falta de motivação renovada para o contato
sexual;
B. Ausência do Desejo Sexual – falta da motivação para o contato
sexual;
C. Inadequação sexual do casal – diferenças de expressão da
motivação coital, geralmente demonstrada pela diferença de
quantidade ou de formas do desejo sexual; - Parafilias – embora
de pouca expressão pra o contexto do gênero feminino pode
aparecer de modo distinto;
D. Hiperorosia ou comportamento sexual compulsivo – manifesto na
busca exagerada de contatos sexuais, trata-se de sintoma de
característica psicopatológicas específicas;
A dispareunia é a dor genital durante o coito. Esta pode ter origem
orgânica ou psicológica. Várias são as causas orgânicas que podem dar
origem à dor (ausência de lubrificação, endometriose, pólipos, infecções locais,
doenças sexualmente transmissíveis, diabetes, cicatrizes vaginais, útero
13

invertido. As causas psicológicas podem ter várias origens: educação sexual


repressiva, religiosidade, culpa, traumas, inibição, falta de informação sexual
adequada, estresse, esgotamento, ansiedade.
Os problemas nos relacionamentos afetam diretamente a sexualidade do
casal. Quando há brigas constantes e desentendimentos habituais a
sexualidade fica prejudicada. Os indivíduos apresentam, de forma geral,
dificuldade em dialogar com seu parceiro sobre seus problemas sexuais que
neste momento são agravados. Esta dificuldade acaba agregando a outros
fatores vivenciados afastando ainda mais o casal. Podemos citar aqui: rotina da
vida íntima, conflitos de poder, novo papel da mulher, diminuição da atração
física do parceiro, hostilidade manifesta ou encoberta, casamentos mantidos
por razões social, etc. Para Carla Zeglio (2007, pag. 81):
Quando não conseguem falar do que sentem, frustram-se com facilidade
frente ao problema sexual, e a mesma dificuldade em expressar-se faz com
que sintam mais e mais emoções negativas, raiva e angústia. Lidar com as
ansiedades neste momento é necessário, pois a reconstrução do
comportamento sexual exige do terapeuta e do cliente: tempo, paciência,
atenção, concentração e continência para as questões de afeto e emoção.
Caso contrário as dificuldades emocionais serão um grande empecilho, mesmo
que o casal possa experienciar, já no começo da terapia, a certeza de que
podem chegar aos objetivos. Ambos no casal precisam desenvolver esta
atitude positiva e vencer as emoções negativas.
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3. A VIDA SEXUAL DO CASAL COM O TEMPO SOFRE GRANDES


TRANSFORMAÇÕES, VERIFICAR A COMPREENSÃO DO PSICÓLOGO
SOBRE SEGREDOS FAMILIARES EM TERAPIAS

Oséc.XXItemsidopalcodeinúmerastransformaçõesdetodaíndole,incluindo
entreelasastransformaçõessociaisondesedestacaacrisenocasamento, não no
sentido de ser uma instituição falida, mas de estar sofrendomudanças tão
profundas que tem causado preocupação aos pesquisadores da áreadevido a
que casamento e a família sempre foram vistos como instituições
quealicerçamavida individuale social(PERLIN,2006).
Segundo o autor supracitado, estas mudanças parecem estar
relacionadas àentrada da mulher no mercado de trabalho, pois em questões de
trabalho e defamília, se houver alterações numa ou na outra área, irão
repercutir em todas asestruturas sociais. Na família tradicional cabia ao homem
o papel de único
provedoreeraelequeestabeleciaasligaçõescomomundoexterno,jáamulheradmini
strava a casa, os filhos e a vida afetiva do lar, portanto, sua saída teve
umimpactoprofundosobreasrelaçõesconjugaisefamiliares.
Para Abreu (2005), estudos acadêmicos sobre estas mudanças também
têmcontribuído para mostrar que os espaços atribuídos ao homem e a mulher,
situandoum no espaço público e o outro no espaço privado do lar,
respectivamente, tem
suaorigemapenasemfenômenosculturaisehistóricosrelacionadosàdivisãodotrab
alho. O movimento feminista, um dos fatores relevantes na queda da
tradicionaldivisãodepapéisentreosdoissexos,desencadeadonoBrasilnoiníciodos
anos80, exerceu pressões nas mudanças da posição social da mulher e
contribuiu naredefinição do próprio papel masculino. A demanda de igualdade
entre os sexos sesupõe, seja a causa da maior participação do homem nas
tarefas domésticas,
e,paraWendling(2007)ohomemmodernotemmaisparticipaçãonosafazeresdomés
ticos mesmo não considerando isto como divisão de responsabilidades
senãocomoajuda ou concessão.
15

O casamento tem sido afetado também, ao longo do tempo, por uma


série defatores sociais e econômicos. A mãe, cada vez mais, parece ser a
figura maisimportante do lar já que além de conservar suas responsabilidades
domésticas, elatornou-
setambémumaprovedoradeumaparteexpressivadarendafamiliar(ABREU, 2005).
Aparticipaçãodamulhernomercadodetrabalhonasúltimasdécadasinfluenci
ou também a nova estrutura das relações familiares, colocando a mulhercomo
provedora tanto quanto seu marido, o que lhe permite ter o controle
damanutenção da casa e da situação doméstica e sentir-se dona realmente
dos seusbens e de sua própria vida, apesar de ainda ser a responsável pela
organização dacasae acriação dos filhos(NADER, 2002).
Tendo em vista essas mudanças no papel e função da mulher, podem-
seobservar mudanças no que diz respeito ao significado do casamento. Na
sociedadepatriarcal o homem dominava sobre a mulher e esta lhe era
submissa. Agora,
amaiorpartedasmulheressóaceitacontinuarumarelaçãomatrimonialseforpor
amor, explicando porque são cada vez mais elas que tomam a iniciativa para
odivórcio que lhes possibilita encontrar uma outra pessoa para amar e talvez
secasaremnovamente (WENDLING,2007).
Até os anos 60, a sexualidade feminina era vivenciada de forma culpada
eoculta, após os quais começa a ser vista sob um novo prisma em que a
mulhertambéméconsideradacomotendonecessidadessexuaisquedevemsersatis
feitas. E com a chegada da pílula, então, ela se libera totalmente vivendo
suasexualidadesemsepreocuparcomumagravidezindesejada(ABREU,2005).

3.1 A VIDA SEXUAL DO CASAL

O desejo sexual na espécie humana não pode apenas ser explicado


comouma necessidade fisiológica vinculado à continuidade da espécie, pois
envolve
nãosóaspectosdeordembiológicos,mastambémpsicológicosesocioculturais,jáqu
eoinstintosexualéinfluenciadoporcontingênciasemocionais,ambientaiseorgânica
16

s, sendo um fator importante para a escolha do parceiro através do


desejosexualde um pelo outro(MARUM,2006).
Arelaçãoconjugalsesustentanatríade:laçosafetivos,queenvolvemsentime
ntos tais como: - paixão (amor a si próprio evidenciado no outro),
devoção(amoraooutrocomrenúnciadesipróprio),amizade,desejodecompanhia,co
mpartilhamento de afinidades, círculo de relações, etc., emoções que em
conjuntomotivam a relação; - o desejo de ter filhos, baseado nos mesmos laços
afetivos ou“laços do bem-querer”; - e na sexualidade, que é benéfica para
alcançar uma
melhorqualidadedevidaeummeiosatisfatórioecriativoparaconseguir,atravésda
relaçãoamorosaeíntimacomoutroserhumano,afelicidademútua(OSÓRIO,2002).
Cloninger(2003)confirmaestaideiaaocomentarateoriadeAdler,paraquem a
tarefa do amor refere-se às relações sexuais e conjugais entre homens
emulheresincluindoadecisãodeterfilhos,equeoamorplenamenterealizadoafirmao
valor deambos os parceiros.
Para ter uma mostram como os casais da nossa pesquisa enfrentaram
osdesafios da vida sexual visão mais acurada, está categoria foi dividida em
trêssubcategorias que através do ciclo vital e como se relacionam atualmente,
o queseráanalisado em seguimento.
17

4. COGNITIVO-COMPORTAMENTAL NO QUE TANGE O MANEJO CLÍNICO


PARA AS DEMANDAS RELACIONADAS A SEXUALIDADE EM CASAIS

O movimento da terapia cognitivo-comportamental se desenvolveu em


três ondas. A primeira delas foram predominantemente comportamentalista.
Inicialmente, envolveu o modelo clássico pautado na teoria pavloviana, através
do qual técnicas de exposição dominam o tratamento (Eysenck, 1994). Ivan
Pavlov (1849-1936) desenvolveu o modelo que trata do papel do
condicionamento na psicologia comportamental (reflexo condicionado) na
década de 1920, ao estudar a produção de saliva em cães expostos a diversos
tipos de estímulos palatares.
O cientista percebeu que, com o tempo, a salivação passava a ocorrer
diante de situações e estímulos que anteriormente não causavam tal
comportamento (por exemplo, o som dos passos de seu assistente). Através de
experimentos em situações controladas de laboratório, e, com base nessas
observações, teorizou e enunciou o mecanismo do condicionamento clássico.
Este seria uma aprendizagem gerada pela associação de estímulos na qual um
incondicionado seria pareado com um neutro, gerando uma resposta
condicionada (PAVLOV, 1903; Skinner, 1930).
A segunda onda da terapia cognitivo-comportamental (na verdade,
eminentemente, cognitiva) sofre influências de Karl Popper (1902-1994),
filósofo do século XX, defensor do falsificacionismo como um critério da
demarcação entre a ciência e a não-ciência. O pensador ataca a visão
tradicional de objetividade da observação científica (presente na primeira onda
da terapia cognitivo comportamental) e ratifica a observação como não
objetiva, já que é diretamente impulsionada por uma teoria.
Para Popper, a observação científica será sempre impelida por
hipóteses e teorias, o que gera um viés: o fenômeno observado dependerá do
que se quer ver. Segundo ele, as teorias se baseiam em generalizações e, por
isso mesmo, não se justificam do ponto de vista lógico como verdades. Traz a
falsificação como uma ferramenta para diminuir o viés das hipóteses e teorias,
ou seja, propõe que as verdades podem ser “verificadas” ou “confirmadas” por
um fluxo incessante de provas observacionais. Afirma que a boa ciência
18

envolve tanto a confirmação quanto a falsificação e que é esse elemento


dinâmico e dialético que não permite a sua estagnação, a sua morte
(NEUFELD e outros, 2011).
Atuada em uma abordagem empírica e com enfoque principal, a terceira
onda da terapia cognitivo-comportamental é sensível ao contexto e as funções
do fenômeno psicológico, visando enfatizar estratégias de mudanças
experienciais e contextuais (HAYES, 2004).
Percebe-se, assim, que a terceira onda da terapia cognitivo-
comportamental sofre influência da teoria da complexidade, que é um ramo da
filosofia da ciência inaugurado no início dos anos 1970 por Edgar Morin (1921),
Isabelle Stengers (1949) e Ilya Prigogine (1917-2003). A proposta central deste
movimento é promover o diálogo entre as ciências e a busca das relações
entre os conhecimentos.
Defende que tudo se entrelaça para formar a unidade da complexidade,
então, é preciso encontrar o caminho de um pensamento multidimensional que
integre as diversas áreas do conhecimento (“categorias disciplinares”). Isto
porque são diferentes faces de uma mesma realidade, mas que não devem ser
vistos de forma isolada, como elementos não comunicantes (MORIN,
1990/2005). O homem é visto como homo complexus, capaz de se auto-
organizar e de estabelecer relações com o outro, em um processo de auto-eco-
organização. Então, o conhecimento deve dar conta deste indivíduo, que está
sempre em movimento.
A complexidade se opõe ao pensamento linear e reducionista, pois a
incerteza e as contradições são parte da condição humana. Há o apelo por um
pensamento dialógico, ou seja, o conhecimento é visto como abertura e não
fechamento ao diálogo entre as disciplinas (MORIN, 1990/2005). A terceira
onda da terapia cognitivo-comportamental, portanto, constrói continuamente
uma linha de pensamento complexa, flexível, em movimento, influenciada por
múltiplas correntes filosóficas e psicológicas.
Existem várias abordagens possíveis para as Disfunções Sexuais
Masculinas e Femininas que poderão ser usadas no ambiente terapêutico, de
acordo com a experiência do terapeuta sexual. As dificuldades relacionadas ao
exercício da sexualidade estão, muito frequentemente, associadas a conflitos
19

psíquicos, a pressões sociais e familiares, a preconceitos e concepções


excessivamente rígidas que cercam o campo da sexualidade humana. Ao
terapeuta sexual cabe, portanto, considerar as condições de vida que cercam,
sustentam ou favorecem a instalação da disfunção.
Deverá ele ter, ainda, a clareza e o conhecimento necessário para
identificar aqueles casos que poderão ter remissão em menor número de
sessões, estabelecendo qual a melhor abordagem do caso, em benefício do
paciente, e quais aqueles outros que demandam outra modalidade
de tratamento, como a psicoterapia convencional, seja ela individual, familiar ou
de casal.
Uma das técnicas terapêuticas usadas na terapia sexual é a Terapia
Cognitivo-Comportamental (TCC) que centraliza sua atenção nos problemas
que estão sendo apresentados pelo paciente no momento em que este procura
a terapia, sendo que seu objetivo é ajudá-lo a aprender novas estratégias para
ativar no ambiente de forma a promover mudanças necessárias.
Na metodologia utilizada encontramos como dado fundamental  a
construção da cooperação entre o terapeuta e o paciente que planejam as
estratégias do tratamento. Define-se claramente os objetivos da terapia.
O ponto de partida do tratamento concentra-se na fonte de sofrimento do
paciente a partir das distorções que estão ocorrendo na forma do sujeito avaliar
a si mesmo e ao mundo. As disfunções sexuais, nessa visão, estariam
relacionadas a problemas decorrentes da aprendizagem percepções
equivocadas sobre a sexualidade. O trabalho deve envolver a reestruturação
cognitiva e a orientação sobre sexualidade. A TCC dá ênfase aos pensamentos
do cliente e a forma como este interpreta o mundo.
Os objetivos da Terapia Cognitivo-Comportamental estão relacionados a
correção de distorções cognitivas que geram problemas ao indivíduo e propor
que o indivíduo desenvolva meios eficazes para enfrentá-los.
Busca os pensamentos automáticos, testar esses pensamentos e substituir as
distorções cognitivas, as técnicas comportamentais são empregadas para
modificar condutas inadequadas relacionadas com o transtorno em questão.
O planejamentos do processo de trabalho visa:
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1. A reestruturação cognitiva das crenças irracionais – exemplo: toda


relação sexual é dolorosa / meu marido está mentindo – que podem
estar prejudicando o desempeno sexual.
2. A prescrição de técnicas comportamentais – exercícios sexuais como
tocar-se para conhecer o próprio corpo.
3. O comportamento sexual é considerado como decorrente de interações
complexas que incluem aspectos do casal, individuais, familiares e
socioculturais a serem ponderadas no processo terapêutico.

A TCC privilegia os seguintes procedimentos:

1. Proporciona informações básicas sobre sexualidade para melhorar o


conhecimento dos pacientes.Ajuda os pacientes a reformarem os seus
objetivos – em geral fantasiosos – e criarem novos.
2. Explora as cognições desadaptativas que costumam acompanhar
disfunções específicas para torná-las cada vez menos invasivas na vida da
pessoa.Promove melhora no repertório sexual do paciente com o emprego
de materiais audiovisuais eróticos.
3. Propõe o treinamento em habilidades comportamentais, que inclui a
realização individual e de casal de técnicas sexuais.Ocupa-se do
treinamento em comunicação e de atualização de roteiros sexuais que
possibilitem negociar as preferências sexuais na vida dos dois.
Na 2ª metade do séc. XX propõem-se o MODELO SAUDÁVEL DO
FUNCIONAMENTO SEXUAL => DESEJO, EXCITAÇÃO E ORGASMO
(RESPOSTA SEXUAL).
A “disfunção sexual” passa a ser uma deterioração/perturbação de uma
dessas 3 fases da resposta sexual e experiência de dor em qualquer momento
da atividade sexual. A etiologia das disfunções sexuais estria relacionada a
combinação dos aspectos psicossociais, cognitivos-comportamentais,
relacionais, culturais e orgânicos.
Conforme a abordagem COGNITIVA, as emoções e os comportamentos
são influenciados pela percepção que as pessoas têm dos acontecimentos. A
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forma com que a pessoa avalia um acontecimento depende de suas crenças e


esquemas que regulam o conteúdo do afeto e do comportamento.
Na Terapia Cognitiva os indivíduos atribuem significados aos
acontecimentos de sua vida. Na Terapia Comportamental trabalha-se uma
associação estímulo-resposta – condicionamento, que pode ser
condicionamento respondente ou operante (reforço – punição). Exemplo: Uma
mulher tem seu comportamento sexual elogiado pelo parceiro (reforço positivo)
– ela tende a responder se sentindo segura e sendo espontânea em sua
sexualidade.
Uma segunda mulher que, ao contar para mãe que deseja iniciar uma
vida sexual com o namorado, recebe uma bronca (punição), pode não mais se
abrir com a mãe ou mesmo começar a apresentar problemas na sexualidade
que passa a ser entendido como algo errado.
Uma outra mulher que passe por uma situação de estupro como primeira
vivência sexual, ou mesmo, após já ter iniciado uma vida sexual, pode associar
sexo a dor e a sofrimento, e, posteriormente, no momento da relação sexual,
ainda que consentida e com alguém que ame, pode contrair involuntariamente
a musculatura vaginal, o que causa a dor e o sofrimento. Nas próximas
relações, diante da ansiedade, não ocorre lubrificação vaginal adequada, que
somada ao quadro gera a dor.
Esse ciclo se repete e se retroalimenta. Para a Terapia Cognitivo-
Comportamental muitos sintomas estão relacionados a crenças irracionais (a
problemas decorrentes da aprendizagem – são percepções equivocadas sobre
a sexualidade).
Então, deve envolver a reestruturação cognitiva sobre sexualidade. As
mudanças advêm das alterações dos modos disfuncionais de pensamento.“No
entanto a avaliação cognitiva que o sujeito faz destes acontecimentos é o que
determina o tipo de resposta que será dada na forma de sentimentos e
comportamentos. Desta forma, a TCC dá uma grande ênfase aos pensamentos
do cliente e a forma como este interpreta o mundo.” (BAHLS, PAG. 52,2004).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante da leitura realizada para o desenvolvimento desta pesquisa,


percebeu-se a grande contribuição da teoria sistêmica para a compreensão do
casamento, bem como para o tratamento de casais por meio da terapia
conjugal.
A contribuição da psicologia sistêmica pôde ser observada desde a
escolha do parceiro, uma vez que foi possível identificar diversas variáveis que
influenciam nesta escolha, como, por exemplo, as influências transgeracionais
da família, projeções, experiências vividas desde a infância com figuras
significativas, momento do ciclo de vida, histórico de outras relações afetivas-
sexuais.
Sendo assim, pode-se afirmar que a escolha do parceiro se ancora em
raízes profundas da vida do indivíduo. Ou seja, a escolha não se dá ao acaso,
ela é direcionada para satisfazer demandas pessoais, tanto conscientes como
inconscientes, para confirmar suas crenças sobre o mundo e sobre si mesmo,
além de reeditar vivências do passado, seja para resolver ou para manter o
conflito.
Viu-se que é natural que, em um determinado momento do ciclo de vida,
o ser humano busque um relacionamento amoroso estável e satisfatório. No
casamento, cada um dos parceiros traz uma bagagem com a história pessoal,
com valores, crenças, sonhos, medos, projetos de vida.
Sendo assim, ao optarem por uma vida em comum, é preciso criar um
espaço em comum. Neste espaço, é necessário que possam existir diálogos
abertos e sinceros, respeitando sempre as individualidades. Para que, sem
perder autonomia, possam carregar uma terceira bagagem: a do casal. Assim,
juntos poderão escrever essa história, mesmo com seus medos, sonhos,
projetos.
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6. REFERÊNCIAS

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realizada no dia 03/09/2022 às 10:30 am.

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Peçanha, R. F. (2005). Desenvolvimento de um protocolo piloto de


tratamento cognitivo-comportamental para casais. Dissertação de Mestrado
Não-Publicada, Curso de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal
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