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ESCOLA DE DESENVOLVIMENTO DE

SERVIDORES | EDS

FORMAÇÃO DE
FORMADORES!
ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO
PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE
F O R M A D O R E S : s u b s íd io s p e d a g ó g ic o s
aos autores

MARIA ADÉLIA DA COSTA


2019
Diretor Geral
Prof. Flávio Antônio dos Santos

Vice Diretora
Profª Maria Celeste Monteiro de Souza Costa

Chefe de Gabinete
Profª Carla Simone Chamon

Diretora de Educação Profissional e Tecnológica


Prof. Sérgio Roberto Gomide Filho

Diretor de Graduação
Profª Danielle Marra de Freitas Silva Azevedo

Diretor de Pesquisa e Pós-graduação


Prof. Conrado de Souza Rodrigues

Diretor de Planejamento e Gestão


Prof. Moacir Felizardo de França Filho

Diretora de Extensão e Desenvolvimento Comunitário


Prof. Flávio Luis Cardeal Pádua

Secretaria de Gestão de Pessoas (SEGEP)


Wesley Ruas Silva

Departamento de Educação (DEDU)


Profª Maria Adélia da Costa

Comitê Executivo da Escola de Desenvolvimento de Servidores


FICHA TÉCNICA
COSTA, Maria Adélia da. Elaboração de material didático para programas de
formação de formadores: subsídios pedagógicos aos autores. CEFET-MG: Belo
Horizonte, 2019.
ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS

DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: subsídios pedagógicos aos

autores

Organização do Material Didático


Profª Drª Maria Adélia da Costa

Planejamento do Curso

Profª Drª Maria Adélia da Costa

Revisora
Ana Paula Corrêa

Este material é de domínio e uso do CEFET-MG e de sua autora. Fica proibida a


reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, assim como a
inclusão em qualquer sistema de processamento de dados, sem a prévia
autorização dos proprietários/autores.

Às demais escolas judiciais é concedido o direito de uso, sem fins lucrativos, nos
cursos de formação de formadores. São proibidas alterações dos conteúdos
sem a prévia autorização do autor. A violação do direito autoral é crime punido
com prisão e multa (art. 184 do Código Penal), sem prejuízo da busca e
apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis (arts. de
101 a 110 da Lei n. 9.610/1998 – Lei dos Direitos Autorais).
"Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino
porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago.
Pesquiso para para constatar, contatando intervenho, intervindo
educo e me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não
conheço e comunicar ou anunciar a novidade".
Paulo Freire
APRESENTAÇÃO

Conhecer não é um ato isolado, individual. Conhecer envolve


intercomunicação, intersubjetividade. É por meio dessa intercomunicação
mediada pelos objetos a serem conhecidos que os homens mutuamente se
educam, intermediados pelo mundo real.
Paulo Freire

Confesso a vocês que os desafios me movem. E nesse movimento, me vejo aqui, diante do
computador, rodeada de livros, artigos, apostilas, e-books, envolta a sentimentos como satisfação,
desejo, alegria, expectativa, ansiedade e um frio na barriga que não cessa.

Dito isto, o que sobressai é a satisfação de pensar esse e-book de "elaboração de material didático
para o programa de formação de formadores" da EDS, do CEFET-MG. Compartilhar saberes é um
dos objetivos pessoais a que me proponho nesse processo o qual, nós servidores(as) do CEFET-MG,
teremos a oportunidade de apresentar ao outro, nossos conhecimentos profissionais, sejam eles
adquiridos em cursos de formação escolarizada ou no exercício da própria profissão, atividade
profissional.

Consta nesse e-book, algumas diretrizes que nortearão cada um de vocês na seleção do material
didático necessário para o curso a que se propõem ofertar na EDS. Vale destacar que ao pensar
essas diretrizes, considerou-se a educação na modalidade presencial e a distância.

Tem-se a consciência de que esse material não encerra todas as possibilidades de criação de um
material de formação em desenvolvimento, portanto, cabe a você estabelecer os limites de sua
utilização.

Deixo aqui, meu respeito e admiração a cada servidor(a) que se dispõe a colaborar com a circulação
dos saberes dentro do CEFET-MG.

Por fim, trago a memória o querido Drummond para dizer que "não nos afastemos muito, vamos
de mãos dadas..."

Profª Maria Adélia da Costa


Organizadora da Formação de Formadores | CEFET-MG
Belo Horizonte
Dezembro/2019
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
ESCOLA DE DESENVOLVIMENTO DE SERVIDORES | EDS
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO | DEDU

Plano de Ensino

Toda atividade formativa precede um planejamento, denominado de Plano de Ensino.

Para elaborá-lo é necessário ter bem definido a ementa, os objetivos de aprendizagem, os conteúdos
ou unidades de ensino a serem ensinados e as referências bibliográficas a serem consultadas.

Este planejamento requer reflexões sobre “o quê“ e “para quê“ ensinar.

Ementa: é o resumo/sinopse de todo o conteúdo as ser trabalhado na disciplina do curso.

Objetivos de aprendizagem ou instrucionais: são traduzidos em ações, externalizados por meio de


um verbo, no infinitivo. Devem indicar propósitos de aprendizagem.
Dica: os verbos devem ser claros e específicos. Isto é, aqueles que podem ser observados, verificado se
foi realizado. Se de fato proporcionou a aprendizagem do conteúdo. São exemplos de verbos indicados
para essa finalidade: explicar, calcular, justificar, projetar, determinar, descrever e desenvolver (consulte
a Taxonomia de Bloom). Evite verbos como: saber, aprender, compreender.

Conteúdos ou Unidades de ensino: pode-se dizer que se refere a matéria a ser ensinada. São
conceitos que expressam sentido as disciplinas e área científico-acadêmica.

Referências bibliográficas: referem-se as obras, referencial teórico, que dialogará com os conteúdos.
Podem ser classificadas como básicas e complementares.

As básicas são de uso aplicado no curso e as complementares se destinam a possibilitar os aprendizes


um acervo com mais informações que as limitadas pelo tempo da formação.

[...] planejamento é processo de busca de equilíbrio entre meios


e fins, entre recursos e objetivos, visando ao melhor
funcionamento de empresas, instituições, setores de
trabalho, organizações grupais e outras atividades
humanas. O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de
tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de
necessidades (...) visando à concretização de objetivos,
em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos
resultados das avaliações (PADILHA, 2001 apud BAFFI, 2002, p.
30).

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CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS
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Plano de Ensino

Curso: FORMAÇÃO DE FORMADORES


Disciplina: ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES:
subsídios pedagógicos aos autores   
Carga horária: 20 horas
Responsável: Profª Drª Maria Adélia da Costa

EMENTA
Concepções de Educação. Teoria das Inteligências Múltiplas. Estilo de Aprendizagem. Aprendizagem
significativa. Metodologia de ensino. Técnicas de ensino. Concepções e especificidades de Educação a
Distância (EaD). Elaboração de material didático para ensino presencial e a distância.

OBJETIVO DO CURSO
Capacitar os formadores para a definição e elaboração de proposta de produção de material didático-
pedagógico digital para os cursos de formação em desenvolvimento da EDS, CEFET-MG.

OBJETIVOS de APRENDIZAGEM ou INSTRUCIONAIS| Ao final do curso o formador/professor


deverá ser capaz de:
descrever os fundamentos da educação formal;
distinguir objetivos de aprendizagem de objetivos de ensino;
construir plano de ensino e plano didático;
reconhecer os tipos de inteligência, segundo a Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner;
identificar o seu estilo de aprendizagem;
explicar aprendizagem significativa segundo Ausubel;
aplicar métodos e técnicas de ensino diversificadas;
selecionar o material didático-pedagógico para os cursos de formação em desenvolvimento na
modalidade presencial e a distância (vídeos, seleção de textos, etc.);
elaborar a apostila/e-book referente a disciplina/conteúdo a ser trabalho na Escola de
Desenvolvimento de Servidores do CEFET-MG.

UNIDADES DE ENSINO | ETAPAS DE FORMAÇÃO

Unidade 1 | Introdução ao Curso Unidade 2 | Princípios pedagógicos da


1.1. Concepções de educação. aprendizagem
1.2. Diretrizes para a elaboração do plano de ensino 2.1. Teoria das Inteligências Múltiplas.
e plano didático. 2.2. Estilo de aprendizagem.
2.3. Aprendizagem Significativa.

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Unidade 3 | Metodologia de Ensino
3.1. Métodos e técnicas de ensino
3.2. Material didático-pedagógico
201
9
Unidade 4 | Diretrizes para a elaboração do E-book EDS
4.1 Seleção de material para o curso.
4.2. Aspectos técnicos-didáticos na elaboração de
recursos didáticos.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

AMARILLA FILHO, P. Educação a distância: uma abordagem metodológica e didática a partir dos
ambientes virtuais. Educação em Revista, Belo Horizonte, v. 27, n. 2, p. 41-72, 2011.

BELLONI, Maria Luiza. Educação a distância. Campinas: Autores Associados, 2001.

CHARLOT, Bernard. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: ARTMED,
2007.

POSSARI, Lucia Helena Vendrúsculo; NEDER, Maria Lucia Cavalli. Material didático para EaD: processo
de produção. Cuiabá: EdUFMT, 2009.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

BOSER, Ulrich. Learning Is a Learned Behavior. Here’s How to Get Better at It. Harvard Business Review.
May, 02, 2018. Disponível em: https://hbr.org/2018/05/learning-is-a-learned-behavior-heres-how-to-
get-better-at-it. Acesso em: 02 dez. 2019.
 
PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político pedagógico da escola. São
Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.

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Plano Didático

Este planejamento requer reflexões sobre “como” e “com o quê” ensinar, bem como os resultados a
serem alcançados.

TÉCNICAS UTILIZADAS

Aula Estudo de
Expositiva Gamificação Caso
Dialogada

AVALIAÇÃO

ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Avaliação Trabalho em Atividades não computadas na carga horária,
Oral Equipes que contribuam com a melhoria do processo
ensino-aprendizagem
Seminário

CRONOGRAMA DOS ENCONTROS

Não
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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Observar e se atentar para as questões pedagógicas na


elaboração do material didático é de fundamental
importância para que esse recurso seja útil na
aprendizagem dos estudantes.

Portanto, existem algumas diretrizes a serem


observadas. Neste e-book, apontar-se-á os aspectos
referentes aos objetivos de aprendizagem e as
atividades de aprendizagem.

Um dos instrumentos para a definição dos objetivos que podem contribuir com a aprendizagem é a
taxonomia proposta por Bloom et al. (1956).

Estruturação da Taxonomia de Bloom no domínio cognitivo

1.Conhecimento - Habilidade de lembrar informações e conteúdos


previamente abordados como fatos, datas, palavras, teorias, métodos,
classificações, lugares, regras, critérios, procedimentos etc. A habilidade
pode envolver lembrar uma significativa quantidade de informação ou
fatos específicos. O objetivo principal desta categoria nível é trazer à
consciência esses conhecimentos.

Subcategorias: 1.1 Conhecimento específico: Conhecimento de


terminologia; Conhecimento de tendências e sequências; 1.2
Conhecimento de formas e significados relacionados às especificidades
do conteúdo: Conhecimento de convenção; Conhecimento de tendência
e sequência; Conhecimento de classificação e categoria; Conhecimento
de critério; Conhecimento de metodologia; e Conhecimento universal e
abstração relacionado a um determinado campo de conhecimento:
Conhecimento de princípios e generalizações; Conhecimento de teorias
e estruturas.

Verbos: enumerar, definir, descrever, identificar, denominar, listar,


nomear, combinar, realçar, apontar, relembrar, recordar, relacionar,
reproduzir, solucionar, declarar, distinguir, rotular, memorizar, ordenar e
reconhecer.
Fonte: Ferraz e Belhot (2010, p. 426).
Para
Saber
Mais!
http://www.eduteka.org/pdfdir/TaxonomiaBloomCuadro.pdf
http://www.eduteka.org/TaxonomiaBloomCuadro.php
http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/ixenpec/atas/resumos/R0453-1.pdf
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2. Compreensão - Habilidade de compreender e dar
significado ao conteúdo. Essa habilidade pode ser demonstrada
por meio da tradução do conteúdo compreendido para uma
nova forma (oral, escrita, diagramas etc.) ou contexto. Nessa
categoria, encontra-se a capacidade de entender a informação
ou fato, de captar seu significado e de utilizá-la em contextos
diferentes.

Subcategorias: 2.1 Translação; 2.2 Interpretação e 2.3


Extrapolação.

Verbos: alterar, construir, converter, decodificar, defender,


definir, descrever, distinguir, discriminar, estimar, explicar,
generalizar, dar exemplos, ilustrar, inferir, reformular, prever,
reescrever, resolver, resumir, classificar, discutir, identificar,
interpretar, reconhecer, redefinir, selecionar, situar e traduzir.
Fonte: Ferraz e Belhot (2010, p. 426).

3. Aplicação - Habilidade de usar informações, métodos e conteúdos


aprendidos em novas situações concretas. Isso pode incluir aplicações de
regras, métodos, modelos, conceitos, princípios, leis e teorias.

Verbos: aplicar, alterar, programar, demonstrar, desenvolver, descobrir,


dramatizar, empregar, ilustrar, interpretar, manipular, modificar,
operacionalizar, organizar, prever, preparar, produzir, relatar, resolver,
transferir, usar, construir, esboçar, escolher, escrever, operar e praticar.

4. Análise - Habilidade de subdividir o conteúdo em partes menores com a


finalidade de entender a estrutura final. Essa habilidade pode incluir a
identificação das partes, análise de relacionamento entre as partes e
reconhecimento dos princípios organizacionais envolvidos. Identificar partes e
suas inter-relações. Nesse ponto é necessário não apenas ter compreendido o
conteúdo, mas também a estrutura do objeto de estudo.

Subcategorias: Análise de elementos; Análise de relacionamentos; e Análise


de princípios organizacionais.

Verbos: analisar, reduzir, classificar, comparar, contrastar, determinar, deduzir,


diagramar, distinguir, diferenciar, identificar, ilustrar, apontar, inferir, relacionar,
selecionar, separar, subdividir, calcular, discriminar, examinar, experimentar,
testar, esquematizar e questionar.
Fonte: Ferraz e Belhot (2010, p. 426).

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5. Síntese - Habilidade de agregar e juntar partes com a finalidade de
criar um novo todo. Essa habilidade envolve a produção de uma
comunicação única (tema ou discurso), um plano de operações
(propostas de pesquisas) ou um conjunto de relações abstratas
(esquema para classificar informações). Combinar partes não
organizadas para formar um “todo”.
Subcategorias: 5.1 Produção de uma comunicação original; 5.2
Produção de um plano ou propostas de um conjunto de operações; e 5.3
Derivação de um conjunto de relacionamentos abstratos.
Verbos: categorizar, combinar, compilar, compor, conceber, construir,
criar, desenhar, elaborar, estabelecer, explicar, formular, generalizar,
inventar, modificar, organizar, originar, planejar, propor, reorganizar,
relacionar, revisar, reescrever, resumir, sistematizar, escrever,
desenvolver, estruturar, montar e projetar. Os verbos são

fundamentais
6. Avaliação - Habilidade de julgar o valor do material (proposta,
pesquisa, projeto) para um propósito específico. O julgamento é baseado para que o
em critérios bem definidos que podem ser externos (relevância) ou
objetivo seja bem
internos (organização) e podem ser fornecidos ou conjuntamente
identificados. Julgar o valor do conhecimento. delineado,
Subcategorias: 6.1 Avaliação em termos de evidências internas; e 6.2
coerente com a
Julgamento em termos de critérios externos.
Verbos: Avaliar, averiguar, escolher, comparar, concluir, contrastar, aprendizagem
criticar, decidir, defender, discriminar, explicar, interpretar, justificar,
requerida
relatar, resolver, resumir, apoiar, validar, escrever um review sobre,
detectar, estimar, julgar e selecionar.
Fonte: Ferraz e Belhot (2010, p. 426).

Taxonomia de Bloom | Revisada

Fonte: sistemacortex.com/wp-content/uploads/2019/06/taxonomia-de-bloom.jpg
14   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Estrutura do processo cognitivo na taxonomia de Bloom | revisada

1. Lembrar: Relacionado a reconhecer e reproduzir ideias e conteúdos. Reconhecer requer


distinguir e selecionar uma determinada informação e reproduzir ou recordar está mais
relacionado à busca por uma informação relevante memorizada. Representado pelos seguintes
verbos no gerúndio: Reconhecendo e Reproduzindo.

2. Entender: Relacionado a estabelecer uma conexão entre o novo e o conhecimento previamente


adquirido. A informação é entendida quando o aprendiz consegue reproduzi-la com suas “próprias
palavras”. Representado pelos seguintes verbos no gerúndio: Interpretando, Exemplificando,
Classificando, Resumindo, Inferindo, Comparando e Explicando.

3. Aplicar: Relacionado a executar ou usar um procedimento numa situação específica e pode


também abordar a aplicação de um conhecimento numa situação nova. Representado pelos
seguintes verbos no gerúndio: Executando e Implementando.

4. Analisar: Relacionado a dividir a informação em partes relevantes e irrelevantes, importantes e


menos importantes e entender a inter-relação existente entre as partes. Representado pelos
seguintes verbos no gerúndio: Diferenciando, Organizando, Atribuindo e Concluindo.

5. Avaliar: Relacionado a realizar julgamentos baseados em critérios e padrões qualitativos e


quantitativos ou de eficiência e eficácia. Representado pelos seguintes verbos no gerúndio:
Checando e Criticando.

6. Criar: Significa colocar elementos junto com o objetivo de criar uma nova visão, uma nova
solução, estrutura ou modelo utilizando conhecimentos e habilidades previamente adquiridos.
Envolve o desenvolvimento de ideias novas e originais, produtos e métodos por meio da
percepção da interdisciplinaridade e da interdependência de conceitos. Representado pelos
seguintes verbos no gerúndio: Generalizando, Planejando e Produzindo.
Fonte: Ferraz e Belhot (2010, p. 429).

15   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Competência e habilidade

Vamos procurar explicar estes conceitos por meio de um exemplo muito conhecido e utilizado.
Certamente, você sabe dirigir um carro ou andar de bicicleta. Lembra como aprendeu? E agora,
como você dirige?

Quando começou aprender a dirigir um carro, parecia-lhe impossível segurar o volante, pisar na
embreagem, no freio, no acelerador, olhar o retrovisor, mudar de marcha, etc.. Quantos
movimentos ao mesmo tempo; mão esquerda, mão direita, pé esquerdo, pé direito! Nem conseguia
olhar bem a paisagem e, menos ainda, conversar com o instrutor ou com quem estivesse a seu lado
lhe ensinando a dirigir.

Com o treinamento, após certo tempo, passou a controlar todos estes movimentos, observar a
paisagem, ouvir música, conversar com as pessoas no carro, etc. (menos falar no celular, ou fumar
dirigindo), tudo de maneira natural e tranquila. Por quê? O que aconteceu? Adquiriu esquemas que
lhe permitem, até hoje, dirigir automaticamente, sem pensar no que está fazendo: diminui a
velocidade, freia, pisa na embreagem, etc.

Você desenvolveu habilidades!

Porém, cotidianamente, o trânsito lhe apresenta situações novas. Você lida com elas com
tranquilidade: freia de repente diante de um obstáculo, ultrapassa.... Às vezes sua vida pode
depender de sua maneira de responder a estas novas situações, de solucionar o inesperado.

Você desenvolveu competências!

Mobilizou conhecimentos e esquemas para dar respostas novas, criativas, eficazes (PRETI, 2011, p.
34).

Competências e

Habilidades

16   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Objetivos Gerais
ais
r
e
G s São formulados no início da disciplina, na apresentação,
s
o i co para expressar as intenções do professor-autor, sem
v f
ti cí especificações precisas do que será realizado. São
je e
b sp amplos, descritivos e integrais. Não são de alcance
O E
e imediato, mas de um processo mais ou menos longo,
derivados do perfil profissional. Sua formulação pode
parecer algo abstrato, vago, porém sempre centrada no
aprendiz (PRETI, 2011, p. 35).

Objetivos Específicos
São formulados no início de cada
unidade e se expressam como
manifestações observáveis, mais fáceis
de ser verificados, “mensurados”,
avaliados se foram alcançados ou não
(PRETI, 2011, p. 35). O objetivo deve ser bem-formulado para que possa
Informar a quem lê a exata intenção de quem
elaborou;
Ser identificado por todos da mesma forma;
Primar pela clareza e precisão;
Ser atraente e motivante;
Estar em sintonia com os requisitos da avaliação;
Estar disposto numa sequência de desenvolvimento
progressivo;
Dar ao estudante feedback acerca do que se espera
que ele aprenda e faça (PRETI, 2011, p. 35).

O Objetivo de

Aprendizagem (OA)

deve sempre ter a

finalidade de atingir o

resultado que se

espera do aprendizado

do conteúdo a ser

ensinado

17   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Atividades de Aprendizagem

Processo de elaboração de atividades de aprendizagem

Fonte: Preti (2011, p. 42)

Preti (2011), sublinha a necessidade de que as


atividades de aprendizagem sejam formativas,
processuais e possibilitadoras de provocar, no
estudante, reflexão sobre sua prática na perspectiva
que isso leve a mudanças. Mudanças de
comportamento, de valores, de atitudes.

Indica-se que as atividades, ao serem elaboradas pelos professores/formadores, devem sempre


estar em interação com os objetivos e conteúdo proposto no Plano e Ensino e Plano Didático. Uma
sugestão de Preti (2011, p. 50-51 ) é que se observe as seguintes “qualidades” ou características:

estão relacionadas com os objetivos propostos;


estão desenvolvidas a partir de temas ou questões relevantes, e não sobre aspectos secundários
ou demasiadamente específicos;
apresentam questões a partir de situações e fatos que propiciem pensamento reflexivo;
estão estruturadas de tal forma que vão além das habilidades que o estudante detém;
estimulam o estudante a ir além do senso comum, do óbvio, do conhecido;
promovem transferência do aprendido no movimento dialético: teoriarealidade-teoria e realidade-
teoria-realidade;
estimulam a criatividade e o senso crítico;
propõem problemas da realidade com várias soluções possíveis e aceitáveis, estimulando a
produção de soluções alternativas;
favorecem a organização e a hierarquização do conteúdo estudado;
orientam para o estudante aprender a lidar com diversidade de fontes bibliográficas e de dados.

18   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Mas isso não é suficiente. Para que as atividades cumpram sua
finalidade, e o estudante consiga compreendê-las, você deve ter alguns
cuidados em sua elaboração:

redigidas com clareza, para evitar equívocos por parte do estudante;


elaboradas para avaliar diferentes níveis de competência;
claras (indicando ao estudante o que deve fazer para chegar à
resposta, como e onde registrá-la);
breves para não desestimular o estudante;
adequadas ao tempo que o estudante dispõe para o estudo daquela
unidade;
despertadoras de interesse para levá-lo a realizá-las (a partir de uma
necessidade, de um problema concreto do estudante ou que tenham
vinculação com sua vida) (PRETI, 2011, p. 51).

Ao elaborar as

atividades de O objetivo maior do ensino é a construção do conhecimento


contando com o envolvimento do aluno. O resultado do ensino é
aprendizagem o
dar resposta a outra necessidade: a do aluno que procura aprender.
professor/formador
O professor é o ator responsável pelo ensino; ele orienta,
deverá sempre se coordena, estabelece uma relação mediada, pelo conhecimento. [...]
atentar para o fato de
A aprendizagem é compreendida como resultante da interação
entre os processos externos e internos da estrutura da cognição. Na
que, o objetivo de
efetivação da cognição, o estudante opera diante de um fato, um
aprendizagem, deverá objeto, uma circunstância, um conhecimento/conteúdo (VEIGA,
necessariamente, ser 2018, p. 2).

alcançado pelo

estudante

Fonte: Veiga (2004, p. 13)


19   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
DECEMBER 2016 Informações Preliminares
IMPRINTMAGAZ INE.COM TRENDS

Sempre que aparecer um destes ícones você deverá atentar para o comando de cada um.

Para Para Avaliação


Refletir! Saber Atividades!
Mais!

Importan Filme
te! Lembrete! Vídeo!

Por que é indicada a utilização de ícones na elaboração de material didático?

Poderíamos dissertar sobre inúmeras contribuições da aplicação de ícones nos materiais didático-
pedagógico. Contudo, atentar-se-á para a finalidade de se possibilitar a interação do estudante com o
formador/professor.

A perspectiva de uma formação ativa que compreende os sujeitos aprendizes como gestores do processo
educacional, carece de induzir formas de participação e inclusão desse público. Assim, a função do
formador/professor é compartilhada com os estudantes implicando que os mesmos se assumam como
protagonistas nesse ato de aprender.

Obviamente que apenas a utilização de ícones nos materiais didáticos não garante a integração e o
engajamento dos atores educacionais de forma crítica, reflexiva, ativa e colaborativa no processo de
formação.

20   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
INTRODUÇÃO
Este E-book tem o objetivo de orientar, os formadores da Escola de Desenvolvimento de Servidores
(EDS) do CEFET-MG, na elaboração e desenvolvimento do material didático-pedagógico para os cursos
presenciais e a distância. Essas diretrizes visam a uniformidade da política pedagógica e da filosofia
educacional adotada pelo EDS.
Toda ação formativa é um processo que requer
uma reflexão das finalidades e metas que se
pretende atingir em determinado tempo. Além
disso, pressupõe a organização e planejamento
do conteúdo, visando a garantir que os objetivos
de aprendizagem destinados aos sujeitos
participantes desse processo,sejam alcançados.

Importa destacar que toda atividade profissional desenvolvida em uma instituição de ensino, como é o
caso do CEFET-MG, deve ser considerada de forma integrada a educação. Isto é, a materialização da
função exercida pelos servidores, técnicos e professores, não é um ato isolado do processo educacional.
Sendo assim, planejar um curso de formação em desenvolvimento, "no" trabalho, no interior de uma
instituição de educação, requer uma reflexão dos fundamentos de educação formal.

Nesse sentido, apresenta-se sob a perspectiva de Charlot (2007), a concepção de educação em sua
relação tridimensional: humanização, socialização e singularização.

Educação é o processo por meio do qual um membro da espécie humana,


Filme inacabado, desprovido dos instintos e das capacidades que lhe permitiriam
Vídeo! sobreviver rapidamente se apropria, graças à mediação dos adultos, de um
O Enigma patrimônio humano de saberes, práticas, formas subjetivas, obras. Essa
apropriação lhe permite tornar-se, ao mesmo tempo e no mesmo movimento,
de kaspar
um ser humano – membro de uma sociedade e de uma comunidade –, e um
Hauser indivíduo singular – absolutamente original. A educação é, assim, um triplo
processo de humanização, de socialização e de singularização. Esse triplo
processo é possível apenas mediante a apropriação de um patrimônio humano.
Isso quer dizer que educação é cultura, em três sentidos que não podem ser
dissocidos (CHARLOT, 2007. p. 37).

Educação como prática social e o homem como sujeito cultural

Este material apresentará a você, formador, Para


algumas informações didático-pedagógicas Refletir!
importantes para a organização do Curso de
Formação em Desenvolvimento, da EDS. Como integrar as dimensões da educação:
humanização, socialização e singularização, em um
Está organizado de forma dialogada, teoria e
curso de formação em desenvolvimento?
prática, para a aplicação no ensino presencial
quanto na educação a distância (EaD).
O que significa trabalhar, como docente ou técnico, em
uma instituição de Educação Profissional e
Tecnológica?
21   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
REFLETINDO...
EDUCAÇÃO | EDUCAÇÃO A
DISTÂNCIA
A educação forma sujeitos preparados para
sobreviver nesta sociedade e, para isso, precisam da Educação a distância é o aprendizado
ciência, da cultura, da arte, precisam saber coisas, planejado que ocorre normalmente em um
saber resolver dilemas, ter autonomia e lugar diferente do local de ensino, exigindo
responsabilidade, saber dos seus direitos e deveres, técnicas especiais de criação do curso, e de
construir sua dignidade humana, ter uma comunicação por meio de várias
autoimagem positiva, desenvolver capacidades tecnologias e disposições organizacionais e
cognitivas para apropriar-se criticamente dos administrativas especiais (MOORE E
benefícios da ciência e da tecnologia em favor do seu KEARSLEY, 2008, p. 02).
trabalho, da sua vida cotidiana, do seu crescimento
pessoal (LIBÂNEO, 2005, p. 29).

O material que compõe este e-book pode ser utilizado tanto na educação presencial quanto na educação
a distância. Contudo, essas modalidades necessitam de arranjos pedagógicos que visam a atender as
suas especificidades.

A finalidade da educação, seja presencial ou a distância, de acordo com Libâneo (2005), é de formar seres
sociais ativos, críticos, autônomos, capazes de por meio do exercício de sua cidadania promover
transformações societárias. Não obstante, deverão desenvolver habilidades cognitivas utilizando-se da
ciência e da tecnologia para melhorar sua qualidade de vida profissional e social.

Partindo desse entendimento, a educação exige,


tanto na modalidade presencial quanto a
distância, a elaboração, por parte dos formadores,
de textos-base ou guias didáticos.

Todavia, Possari (2009), destaca que os textos-


base não são suficientes como material didático
de um curso de EAD, tampouco de um curso
presencial.

Considerando essa perspectiva, a autora


apresenta a rede de relações entres possíveis
textos de apoio ao texto-base.

Observa-se que há uma diversidade de recursos


didático-pedagógico para a aplicação dos
Fonte: POSSARI; NEDER, 2009, p. 21 conteúdos. Dentre eles, destaca-se: filmes,
seminários, artigos científicos (texto de pesquisa).

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DECEMBER 2016 IMPRINTMAGAZINE.COM

MATERIAL DIDÁTICO

O que é? Como organizar? Qual a finalidade?

O material didático não é artigo


científico, tese ou dissertação; a base da
aprendizagem precisa ser construtivista
(PRETI, 2009).

O material didático configura-se como um conjunto de mídias (impresso,


audiovisual e informáticos), no qual os conteúdos apresentam-se de forma
dialógica e contextualizada, favorecendo uma aprendizagem significativa. O
projeto político-pedagógico dos cursos, dentre outros aspectos, deve orientar as
escolhas quanto aos recursos didáticos necessários para o alcance dos objetivos
educacionais propostos. Quanto mais diversificado o material, mais nos
aproximamos das diferentes realidades dos educandos e possibilitamos
diferentes formas de interagir com o conteúdo (FLEMING, 2004, p. 23 apud
POSSOLI et al. 2009, p. 3452).

Assim, considera-se que o material didático é uma das Importan


fontes de informações, pré-selecionada pelo docente, te!
instrutor ou formador, com a finalidade de subsidiar,
referendar os conteúdos a serem trabalhados com os Chamamos de material didático todo e
aprendizes. qualquer recurso de apoio às interações
pedagógicas no contexto de uma relação
Destaca-se, portanto, que momento da organização do educativa, tendo sido ou não desenvolvido
material didático é fundamental para o sucesso da com fins educacionais. Desse modo, um filme
comercial, que o professor seleciona para
aprendizagem. Desse modo, sugere-se que ao
apoiar suas intervenções, torna-se material
organizar essas fontes, o formador tenha em mente
didático tanto quanto o é um manual
alguns critérios balizares para seleção dos materiais.
escolar especialmente desenvolvido para esse
fim. São exemplos de material didático os
Dentre esses critérios, é fundamental que se tenha diferentes recursos impressos e audiovisuais
clareza dos objetivos da formação. Para esse aspecto, utilizáveis [...], tais como um livro técnico,
responda sempre a questão: ao final desse encontro, os uma televisão, um termômetro, um site, uma
aprendizes deverão ser capaz de? teleconferência, um modelo científico, um
animal de laboratório, um software
Toda atividade tem um objetivo de aprendizagem. Esse educativo, um jogo, uma planta [...], um
aquário, uma maquete, um museu, uma
é o mais relevante nos cursos de formação. Para tanto,
biblioteca etc. (SANTOS, 2011, p. 17).
antes de selecionar o material didático, descreva quais
são os objetivos de aprendizagem para cada
conteúdo/item. O material didático, necessariamente,
terá de dialogar com os objetivos de aprendizagem.

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VOCÊ SABIA
DECEMBER 2016 Desse modo, deverá ser claro, objetivo,
autoexplicativo, motivador...

Que o material didático Além disso, o material didático deverá ser


deve favorecer a diversificado visando proporcionar a interação
dos estudantes, bem como os diferentes estilos
aprendizagem?
de aprendizagem.

Teoria das Múltiplas Inteligências de Gardner


A teoria das múltiplas inteligências
foi estudada pelo psicólogo
Howard Gardner.

Questionador do paradigma da
inteligência única, desenvolveu
pesquisas para sustentar a sua
tese de que a vida humana requer
o desenvolvimento de vários tipos
de inteligência.

Gardner definiu 08 tipos de


inteligência utilizada pelos seres
sociais.

A saber: Inteligência linguística;


lógico-matemática; Espacial;
Musical; corporal e sinestésica;
intrapessoal; Interpessoal; e
naturalista.

Fonte: https://psiconlinews

Estilos de Aprendizagem Qual é o seu estilo de aprendizagem?


Os estilos de aprendizagem podem https://drive.google.com/file/d/0BwJ97KbFo2I-
ser classificados como VISUAL, eDV6bHNZY09nS3c/view
AUDITIVO e CINESTÉSICO (VAC).
Teste Estilos de Aprendizagem
Nesta postagem disponibilizo um teste que aplico aos estudantes na primeira
aula de cada disciplina. Com este teste é possível conhecer qual o principal
Para r? /
estilo de aprendizagem de cada aluno (ou sistema
Saber ário lho rio representacional): Visual, Auditivo ou Cinestésico. Considero essencial ainda
n e a
Mais! tio m ion que @ professor(a) também o faça para entender qual seu principal canal de
ues ndo est
Q pre qu comunicação, aquele que normalmente é usado em suas aulas.
a /
o om
m c
Co rn. Fonte: Blog da professora Karla | CEFET-MG | CURVELO:
a
k -le http://profakarladesouza.blogspot.com/2012/03/teste-estilos-de-
r
va aprendizagem.html

2 4   |   E D S ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
DECEMBER 2016
O Cérebro e a Aprendizagem
William Glasser (1925-2013), um psiquiatra americano, relacionou os seus estudos psiquiátricos com
os princípios de aprendizagem dos seres sociais. Assim, aplicou a teoria da escolha na educação e
afirmou que o aluno aprende melhor caso o professor se proponha a ser um guia e não um chefe
(GLASSER, 2001).

Fonte: COSTA, 2018.

Segundo esse autor, a boa educação é aquela em


que o professor induz o aluno a se tornar o
protagonista no processo de aprender,
favorecendo a reflexão e o diálogo para promover
a compreensão e o crescimento dos estudantes
(GLASSER, 2001). Nessa perspectiva, entende-se
que: quanto mais ativa for a participação do aluno
no processo educacional maior será a
posssibilidade de se alcançar uma aprendizagem
significativa. Fonte: CEAD, 2019.

Na especificidade da memória, os estudos do psicólogo


alemão Hermann Ebbinghaus, no século 19, ajudam a
Para que q qprendizagem
assimilar os motivos que contribuem para que os alunos
seja efetiva é fundamental
que os professores tenham não se lembrem dos conteúdos ensinados pelos
o hábito de realizar revisões docentes. Embora esses estudam datem do século 19,
conteudísticas espaçadas no eles continuam válidos porque outros cientistas fizeram
tempo. novos testes e chegaram a resultados bem próximos aos
de Ebbinghaus.
EDS |   38

25   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Fonte: https://www.revistaeducacao.com.br/o-cerebro-na-sala-de-aula/

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Neurociências e o Cérebro do Aprendiz

“A mente que se abre a uma A alegria não chega apenas no


nova ideia, jamais voltará ao seu encontro do achado,
tamanho original” Albert Einstein. mas faz parte do processo da
busca.
E ensinar e aprender não pode
dar-se fora da procura,
fora da boniteza e da alegria.
Paulo Freire

Fonte: https://br.pinterest.com

Teoria do Cérebro Trino

1. O Cérebro Reptiliano: Essa área do seu cérebro Cada área tem um impacto em sua atividade
está localizada próxima a base superior do seu como estudante. Por exemplo, se você estiver
pescoço. É responsável pelos instintos, possui esse com fome dificilmente conseguirá se
nome por ser semelhante ao cérebro dos répteis. Sabe concentrar nos estudos. A todo o momento
quando uma pessoa finge jogar um objeto em você e sua área reptiliana estará sinalizando para
sua primeira reação é se virar e se proteger? Então, você ir se alimentar, prejudicando seu
esse reflexo é efeito da área reptiliana. Além disso, essa aprendizado.
área controla algumas funções do seu corpo, como a
respiração. Se você acaba de sofrer algum tipo de estresse
2. Cérebro Límbico: Localizado no centro do seu emocional, essa informação ficará
cérebro, essa área é semelhante a de alguns “martelando” em sua cabeça. Pois a área do
mamíferos. Responsável principalmente pelas emoções cérebro límbico o lembra do quanto essa
e sexualidade, essa área tem uma grande influência emoção é importante e por isso você deve se
sobre sua memória. Sua área límbica é responsável manter alerta. Estudar quando está com algum
pela alegria que você está sentindo agora de ler esse tipo de problema emocional é a pior coisa,
artigo 😉 . pois você não conseguirá aprender de fato.
3. O Cérebro Racional : Essa é a área mais alta do seu
cérebro. De acordo com teorias evolucionistas é a área Seu cérebro Racional trabalha melhor com
mais nova na escala da evolução e está em constante concentração e foco. Caso você tenha alguma
transformação. Controla as atividades que realizamos coisa que te tire a atenção você com certeza
nos dias atuais como falar, pensar, ver, ouvir e criar. não estará aprendendo de fato. Se estiver com
Enquanto você está lendo esse artigo seu córtex está algum problema emocional, primeiro descanse
trabalhando nesse exato momento, sobre as e deixe passar, estude quando estiver
informações aprendidas. tranquilo.
Fonte: https://estudareaprender.com/como-seu- Fonte: https://estudareaprender.com/como-
cerebro-aprende/ seu-cerebro-aprende/

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m
age
z
di va
n ati
e
p
r ic A aprendizagem significativa é uma aprendizagem relacional. Está
A if
n
ig relacionada com os conhecimentos prévios e experiências vividas.
S
Supõe uma modificação ou uma maneira de complementar nossos
esquemas ou representações da realidade, conseguindo desta forma
uma aprendizagem profunda. Não são simplesmente dados
memorizados, mas sim um marco conceitual sobre como vemos e
interpretamos a realidade que nos rodeia. Fonte:
https://amenteemaravilhosa.com.br/aprendizagem-significativa/

Aprendizagem Significativa (AS) requer: A essência do processo de aprendizagem


significativa é que as ideias expressas
simbolicamente são relacionadas às
informações previamente adquiridas pelo
Motivação o aluno através de uma relação não
Valorização
ã

arbitrária e substantiva (não literal).


dos Conh.
gr

Fonte: David Ausubel, Joseph D. Novak e


te

Prévios
In

Helen Hanesian no livro Psicologia


Educacional

Aplicação AS Inovação

Mobilização
Assimilação Expansão

liação
Metodologia e Técnica de Ensino
Avadades!
i
A metodologia de ensino é também conhecida como o
caminho escolhido para alcançar os objetivos de
Ativ
aprendizagem. O que você entende por
metodologia de ensino?
A técnica é o instrumento utilizado para percorrer esse E técnica de ensino?
caminho, com a finalidade de ser bem sucedido no alcance
Cite exemplos de técnicas de
dos objetivos preestabelecidos no plano de ensino. ensino.

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DECEMBER 2016

Metodologia de Ensino Podemos considerar como metodologia do ensino, tudo o


que o professor utiliza como meio para facilitar o conteúdo
para os alunos. O termo método vem do grego Méthodos =
caminho para chegar a um fim e se refere a um caminho para
atingir um fim, um objetivo. Portanto, o método de ensino é
um procedimento didático caracterizado por certas fases e
operações para alcançar um objetivo previsto.
Fonte: https://www.portaleducacao.com.br

Belloni (2001, p. 25), afirma que na perspectiva do processo


Método de
educacional, é preciso conceber metodologias de ensino e
Ensino
estratégias de utilização de materiais de
ensino/aprendizagem que potencializem ao máximo as
possibilidades de aprendizagem autônoma. Isso inclui desde a
Métodos individualizados de ensino –
seleção e elaboração de conteúdos, a criação de metodologias
valorizam o atendimento às diferenças individuais
de ensino e de estudo, centradas no aprendente, voltadas para a
(fichas, estudo dirigido, ensino programado). A
formação da autonomia, a seleção dos meios mais adequados e
aprendizagem é sempre uma atividade pessoal,
a produção de materiais, até a criação de estratégias de
embora muitas vezes se realize em situação social;
utilização de materiais e de acompanhamento do estudante de
modo a assegurar a interação do estudante com o sistema de
Métodos socializados de ensino – valorizam a
ensino.
interação social (trabalho em grupo, dramatização,
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/8232/o-bom-livro-
estudo de caso);
didatico-e-aquele-usado-por-um-bom-professor
Métodos socioindividualizados – combinam a
individualizada e a socializada (método de
Metodologia problemas, unidades de trabalho, unidades
didáticas, unidades de experiência) (HAYDT, 2006,
STHEM p.147).

Vivemos um contexto em que somente dominar técnicas e desenvolver


competências de resolução de problemas não basta se a visão não for
sistêmica. Por isso, as abordagens interdisciplinares passam a ser tão
importantes quanto a estrutura metodológica. Neste sentido a abordagem
STHEM tem ganhado força e reconhecimento no processo de formação de
pessoas capazes de resolver problemas e impactar positivamente no
mundo.

STHEM é a sigla em inglês para Science, Technology, Humanity,


Engineering e Mathematics. Uma metodologia ativa, quando considera
esta abordagem, busca analisar situações e propor solução que são
essencialmente interdisciplinares!
Fonte: https://www.b-lab.us/metodologias-ativas-e-sthem/

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DECEMBER 2016
Metodologias Ativas de Aprendizagem

(MAA)
Teóricos como Dewey (1950), Freire (2009), Rogers (1973),
Novack (1999), entre outros, enfatizam, há muito tempo, a
importância de superar a educação bancária, tradicional e focar
a aprendizagem no aluno, envolvendo-o, motivando-o e dialogando
com ele.

Nas metodologias ativas de aprendizagem,o aprendizado se dá


a partir de problemas e situações reais;os mesmos que os
alunos vivenciarão depois na vida profissional, de forma
antecipada, durante o curso.

O ambiente físico das salas de aula e da escola como um


todo também precisa ser redesenhado dentro dessa nova
concepção mais ativa, mais centrada no aluno. As salas de aula
podem ser mais multifuncionais, que combinem facilmente
atividades de grupo, de plenário e individuais (MORAN, 2015,
p. 19).

As metodologias ativas de aprendizagem são formas


diversificadas que possibilitam o ensinar de modo a
desafiar o aprendente a ser o protagonista do processo de
aprender. Implica em planejamento estratégico de
colaboração entre os sujeitos envolvidos nesse movimento
- ensino/aprendizagem.

Mapa Mental

Fonte: Elaborado pela autora, 2019.

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Metodologia Ativa é qualquer situação de
As metodologias
aprendizagem que o professor permite acontecer
ativas mostram
para envolver os alunos: pedindo que eles façam
que o ensino
ou respondam a perguntas, individualmente ou
em pequenos grupos em sala de aula; que eles
presencial pode
façam tarefas e projetos dentro e fora da sala de
utilizar os
aula; que eles realizem experimentos de recursos da EaD
laboratório (RICHARD FELD)
Sem a curiosidade que me move, que me inquieta,
que me insere na busca, não aprendo nem ensino
Mesmo que o professor estabeleça ótimos objetivos, selecione (FREIRE, 1996)
conteúdos significativos e empregue uma variedade de métodos e
técnicas, se não conseguir suscitar no aluno o desejo de aprender,
nada disso funcionará. O aluno se empenha quando percebe a
necessidade e importância do estudo, quando sente que está
progredindo, quando as tarefas escolares lhe dão satisfação
(LIBÂNEO, 1994, p. 108).

A principal finalidade das metodologias ativas é conceder


ao aprendente o papel de protagonista no processo de
aprender. Embora muito utilizada na contemporaneidade No Brasil, os precursores da Escola Nova
e entendida como a "modinha" da educação, as foram os pedagogos Anísio Teixeira,
Metodologias Ativas datam do século XX . Considera-se Lourenço Filho e Fernando de Azevedo.
que Jonhn Dewey foi um des seus precursores, com o Eles deram origem ao manifesto dos
movimento conhecido como Escola Nova. pioneiros da educação em 1932.

Para Saber +

Manifesto dos pioneiros da Educação Nova:


http://www.histedbr.fe.unicamp.br/revista/edicoe
s/22e/doc1_22e

Fonte: https://pedagotecufs.blogspot.com/p/analise.htmlo Vídeo sobre o Manifesto:


https://youtu.be/zAV1T1H1WCw

Faça a sua interpretação crítica sobre a


cena retratda na tirinha apresentada.

Diz-me e eu esqueço;
Ensina-me e eu recordo;
Envolve-me e eu aprendo.
Benjamin Franklin

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Benefícios de trabalhar com as metodologias ativas

São muitos os benefícios ao trazer as metodologias ativas para dentro da sala de aula. Entre os que
pontuo a seguir, o principal é a transformação na forma de conceber o aprendizado, ao proporcionar
que o aluno pense de maneira diferente (já ouviu falar em fora da caixa?) e resolver problemas
conectando ideias que, em princípio, parecem desconectadas.
Fonte:https://novaescola.org.br/conteudo/11897/como-as-metodologias-ativas-favorecem-o-aprendizado

Fonte: https://porvir.org/

A organização do espaço físico, nesse caso a sala de aula, é de extrema


importância para a aprendizagem. É fundamental que os
professores/formadores compreendam que esse modelo enfileirado é
herdado de uma formação vinda do século 19. Os seres sociais do século
21 exigem novas formas de se desenvolver a educação formal, dentre elas,
cita-se o arranjo do espaço de aprendizagem.

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Formas e modos de se reorganizar a sala de aula

Para a educadora Sandra Caldeira, repensar as dinâmicas da sala de aula e dos espaços
educativos é uma forma de romper com um importante paradigma educacional. “A vida é
movimento e o que fazemos é colocar esses estudantes sentados desde muito cedo,
“segregando” a cabeça do corpo, privado de movimento. Precisamos produzir referências
mais integrais, que trabalhem a razão em sintonia com a emoção desses alunos”, coloca,
mencionando um dos principais desafios das escolas.
Fonte: https://porvir.org/organizacao-da-sala-de-aula-deve-mudar-conforme-intencao-
pedagogica/
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DECEMBER 2016
TÉCNICAS DE ENSINO

As técnicas de ensino são formas, meios,


instrumentos que se usa para atingir os
objetivos. Essas técnicas podem variar de
acordo com o método escolhido para o ensino.

Aula expositiva e dialogada: o professor explica seu


conteúdo de modo a garantir a participação ativa dos
alunos. Nessa estratégia, os alunos são questionados e
estimulados a discutir a respeito do tema da aula, citando,
por exemplo, casos que tenham vivenciado.

Estudo de caso: o professor e os alunos analisam


criteriosamente uma situação real ou não e tentam
encontrar a solução para o problema apresentado.

Aulas práticas: permitem que os alunos visualizem


estruturas e fenômenos conhecidos, muitas vezes, somente
na teoria. Essas aulas funcionam, portanto, como uma
Grupo de verbalização e de observação: a sala é dividida em
forma de vivenciar um conhecimento teórico.
dois grupos: o de verbalização e o de observação. O grupo de
verbalização é responsável por expor suas ideias e discutir o tema,
Aulas lúdicas: consiste na utilização de jogos,
enquanto o de observação analisa e registra o que está sendo dito.
gamificação, para fixar o conteúdo. Nessas aulas,
No final, o grupo de observação pode fazer suas contribuições a
observam-se momentos de descontração, os quais aliviam
respeito do tema.
a tensão e favorecem o aprendizado.
Técnica de Phillips 66: consiste em dividir a sala em grupos de
Seminários: os alunos são divididos em grupos, que
seis alunos, os quais irão discutir, durante 6 minutos, sobre um
deverão apresentar trabalhos sobre um determinado
determinado tema. No final desse período, os alunos devem ter
tema. O professor, nesse contexto, atua na orientação de
produzido uma síntese do assunto ou ter chegado a uma solução
como a pesquisa poderá ser realizada e na organização
para o problema.
do ambiente
escolar para a apresentação dos seminários.
Tempestade cerebral: o professor lança uma palavra ou um
problema relacionado ao conteúdo e pede para que os alunos
Júri simulado: simulação de uma espécie de julgamento,
expressem uma palavra ou ideia sobre aquilo que foi proposto. O
no qual teremos alunos atuando na defesa e na
professor pode, então, anotar no quadro essas palavras e,
acusação de um determinado caso. O professor deverá
posteriormente, relacioná-las com o conteúdo.
selecionar um
aluno para ser juiz, outro para atuar como escrivão e
Fonte:https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-
aqueles que serão os jurados.
ensino/

34   |  EDS
ENSINO A DISTÂNCIA: o que
preciso saber?
Educação a distância é a modalidade educacional na qual alunos e
professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso, MATERIAL
faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação
DIDÁTICO E
e comunicação.
APRENDIZAGEM
Essa modalidade é regulada por uma legislação específica e
pode ser implantada na educação básica (EJA, EPT) e na educação
superior (BRASIL, s/a).

As TICs são apenas


A Educação a Distância requer a compreensão de que é um processo de
instrumentos de ensino-aprendizagem apontado para uma só dimensão: a proximidade do
aprendizagem que aluno, não no sentido espaço-temporal, mas no sentido do exercício da
deverão conduzir o autonomia, da participação e da colaboração no processo ensino-
aluno a uma aprendizagem. É o aluno motivado e “próximo” o foco principal de tal
conscientização crítica
processo, a partir do conhecimento de suas características socioculturais, suas
experiências e demandas (AMARILLA FILHO, 2011, p. 48).
do saber

Na concepção de Moran, Educação a distância pode ser As inovações


definida como [...] processo de ensino-aprendizagem, tecnológicas e o
mediado por tecnologias, onde professores e alunos estão
mundo globalizado
separados espacial e/ou temporalmente. É
ensino/aprendizagem onde professores e alunos não estão favoreceram a
normalmente juntos, fisicamente, mas podem estar expansão da EaD no
conectados, interligados por tecnologias, principalmente as Brasil
telemáticas, como a Internet. Mas também podem ser
utilizados o correio, o rádio, a televisão, o vídeo, o CD-ROM,
o telefone, o fax e tecnologias semelhantes.
Uma forma de utilização importante das tecnologias
digitais é para inverter a forma de ensinar. Os
materiais importantes (vídeos, textos, apresentações)
A história da EaD tem sua gênese em material de
são postados numa plataforma digital para que os
correspondência impresso. A partir da revolução estudantes os acessem da sua casa, posam revê-los com
industrial e com o avanço dos aparatos atenção, levantem suas principais dúvidas, respondam a
tecnológicos, os meios de comunicação vão se algum questionário ou quiz. O professor recebe as
redesenhando e reconfigurando as possibilidades dúvidas, vê o resultado das avaliações e elabora as
de oferta educacional na modalidade a distância. atividades específicas para os momentos presenciais. A
informação básica fica disponível online e a
avançada é construída em aula, presencialmente, em
MAIA, M. de C.; MEIRELLES, F. de S. grupos, com a orientação do professor (MORAN, 2015, p.
Educação a distância: o caso Open 2).
University. RAE-eletrônica, São
Paulo, v. 1, n. 1, p. 1-15, 2002. EDS |   38

35   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
MATERIAL DIDÁTICO | PRESENCIAL E EAD

Ao elaborar o material didático para um curso,


sugere-se que o professor/formador organize o
curso em módulos, blocos temáticos e unidades
de ensino. Essa indicação visa a facilitar a seleção
de materiais (textos, vídeos, jogos. etc.) para o
desenvolvimento do curso.

É a partir do objetivo de aprendizagem, definido


no plano de ensino, que todo o material será
delineado. Portanto, é de extrema importância
que eles sejam diversificados, sobretudo, na
perspectiva de que a seleção dos conteúdos a
Fonte: Lima; Santos, 2017. serem ensinados tomam como ponto de partida
os objetivos definidos para a aprendizagem.
Na modalidade a distância, os materiais
didáticos são os principais meios de
socialização do conhecimento e de
orientação do processo de
aprendizagem, articulados com outras
mídias: vídeo, videoconferência, telefone,
CDs, DVDs, fax e ambiente virtual (BRASIL,
2007, p. 6).

Destaca-se que na educação, uma tecnologia


requer interação com outras tecnologias. Um Nenhuma tecnologia isoladamente tem possibilidade
aspecto relevante a ser considerado sobre o uso de atender a todos os requisitos de ensino aprendizado
das TIC é que, mesmo o ensino presencial não se de todo um curso ou programa completo, satisfazer as
desvincula das tecnologias digitais. Desse modo, necessidades dos diferentes alunos ou atender às
utilizam-se de grupos de WhatsApp, de recursos variações em seus ambientes de aprendizado (MOORE;
estilo moodle para comunicação com os KEARSLEY, 2007, p.101).
estudantes, bem como para envio de atividades,
textos, vídeos, dentre outros (Ex. CEFET-MG utiliza
o SIGAA).

A elaboração do material didático a ser utilizado em um curso de


formação em desenvolvimento, como o proposto pela EDS do
CEFET-MG, necessita ser pensado a partir de critérios como:
objetividade; clareza de ideias; projeto gráfico, bem apresentável. A
estética é muito importante no processo de aprendizagem. Os
textos, base ou de apoio, deverão se pautar pela qualidade científica.
Em cursos de formação não se deve aplicar conhecimentos de
senso comum, portanto, é imprescindível o diálogo com os
referenciais teóricos da área disciplinar.

36   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
A linguagem do texto para a EaD deve
apresentar: a) estilo coloquial; b) relação dialógica;
c) personalização; d) presença do narrador; e)
clareza e simplicidade (Gutierrez e Prieto, 1994)

As ilustrações devem ser pensadas em três


sentidos (LIMA, 2010): 1) como conteúdo em
si mesmas ou complementares a um
conteúdo trabalhado; 2) como mobilizadoras
cognitivas de uma ideia apresentada no
texto, mas que não têm a intenção de
funcionarem como conteúdo; 3) como
indicadoras dos caminhos que o aluno
precisa percorrer no material (ícones,
indicadores de seções, sinais etc.).

Fonte: Landry (1985, apud GARCIA ARETIO, 1994).

Veja agora um exemplo prático de como reconstruir um texto por meio da linguagem dialógica.

- Texto original
No Capítulo 2, discorreu-se a respeito de aspectos gerais sobre o surgimento, regulamentação e disseminação da
modalidade de educação a distância no mundo e no Brasil, enfatizando as práticas e metodologias didático-
pedagógicas que sustentam o processo de ensino e aprendizagem. Neste capítulo, são apresentadas e discutidas
as principais Teorias de Aprendizagem como elementos norteadores da prática pedagógica.

- Proposta dialógica
Olá! No capítulo anterior você estudou sobre os aspectos gerais da EaD. Pôde conhecer sobre o surgimento, a
regulamentação e a popularização da EaD no mundo e no Brasil, além de conhecer práticas e metodologias didático-
pedagógicas utilizadas no processo de ensino e aprendizagem, nessa modalidade de ensino. Neste capítulo, irei
te apresentar as principais Teorias de Aprendizagem, e você estudará sobre os principais autores e abordagens
dessas teorias nas práticas pedagógicas. Está preparado? Vamos começar? (SILVA; MALUSÁ; SANTOS, 2017, p. 73).

(...) é preciso que a educação esteja - em seu conteúdo, em seus


programas e em seus métodos - adaptada ao fim que se persegue:
permitir ao homem chegar a ser sujeito, construir-se como pessoa,
transformar o mundo, estabelecer com os outros homens relações de
reciprocidade, fazer a cultura e a história [...] uma educação que liberte,
que não adapte, domestique ou subjugue (FREIRE, 2006, p. 45) .

37   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Não basta apenas transmitir e socializar conhecimento. É
mister saber reconstruí-lo com mão própria. Em grande
parte, temos aí o diferencial mais concreto entre países
ditos desenvolvidos e outros subdesenvolvidos ou em O professor/formador
desenvolvimento: os primeiros alimentam condição
deverá ser capaz de
inequívoca de manejo próprio de conhecimento e, por
conta disso, definem as universidades como centros de pesquisar e produzir
pesquisa fundamentalmente, enquanto os segundos
importam conhecimento alheio, a ele se subordinam, e conhecimento
fazem de suas universidades instâncias onde se ensina a
copiar. Assim, enquanto o Primeiro Mundo pesquisa
freneticamente, o Terceiro dá aula despreocupadamente
(DEMO, 2001, p. 02). .
Não se trata de construir conhecimento
Lembrete! absolutamente original como alternativa única,
porque isto é algo raro. Trata-se, na verdade, da
O planejamento é tese mais modesta e realista de reconstruir
uma possibilidade conhecimento, partindo do já existente, como
de sucesso. Não manda tradicionalmente a hermenêutica (DEMO,
abra mão dele. 2000)

Importa destacar as considerações de Demo (2000; 2001) porque esse professor evidencia a
urgência das instituições de ensino, especificamente as universidades, fomentarem a produção do
conhecimento.

Nesse sentido, o autor destaca que os professores deverão ser capazes de reconstruir saberes, o
que implica na capacidade de, inclusive, serem aptos a organizarem e elaborarem seus materiais
didáticos.

Contudo, a prática de elaboração de material didático-pedagógico, por vezes, fica condicionada a


modalidade de ensino a Distância.

Portanto, considera-se que as universidades, sobretudo as públicas, necessitam investir em cursos


de formação em desenvolvimento visando a preparação dos formadores/professores em diversos
campos do saber, inclusive na preparação de matrial didático para cursos formais e não formais.

Trabalho
Etapas Elaboração Material Didático
Multidisciplinar

Fonte: Lima; Santos, 2012.


38   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
ELEMENTOS ESSENCIAIS NO MATERIAL DIDÁTICO:

QUATRO GRANDES DIMENSÕES

1. Estrutura: mapear o perfil dos possíveis


participantes dos cursos de formação em
desenvolvimento; 2. planejar a introdução do
conteúdo; 3. apresentar e refletir sobre os

eúdo
objetivos de aprendizagem.

Estrutura
2. Conteúdo: os conteúdos a serem
agem

Cont
apresentados foram definidos no Plano de gu
Ensino. Deverão ser organizados por Lin
Unidades de Ensino, visando a atender toda
a ementa do curso.
3. Linguagem: utilizar linguagem clara e
objetiva. Na EaD, deve-se redigir de forma
mais informal e livre.
4. Atividade: indica-se que sejam elaboradas Atividade
atividades que possibilitem a integração do
aluno com problemas reais de sua prática
profissional.

Na organização do material didático, recomenda-se:

redação clara,
objetiva, direta, com
moderada densidade
de informação;
apresentação clara dos

simples e científica, ao
objetivos; linguagem

mesmo tempo;

sugestões explícitas ao

e,
é

convite à crítica, à
sugestão de leituras,
importante e relevant
longo do texto (o que

reflexão, a expandir
as leituras e os
atividades);

conhecimentos além
do que está proposto
no texto didático;

texto estruturado
propiciando coerência
interna e localização fácil
da informação (por meio
de destaques, ícones
etc.);

Fonte: Adaptado de PRETI (2010. p.73)


39   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Preti (2010), apresenta cinco critérios a serem
considerados na elaboração e organização do material
didático. Observa-se que a objetividade é o eixo condutor
que proporcionará a criticidade do sujeito aprendiz em
sua relação com o conteúdo a ser (re)significado. Ou seja,
na perspectiva da apropriação do conhecimento de
modo crítico e reflexivo.

Ler significa em primeiro lugar, O fato, porém, de que ensinar ensina o ensinante a ensinar um certo
ler criticamente, o que quer conteúdo não deve significar, de modo algum, que o ensinante se
dizer perder a ingenuidade aventure a ensinar sem competência para fazê-lo. Não o autoriza
diante do texto dos outros, a ensinar o que não sabe. A responsabilidade ética, política e profissional
percebendo que atrás de cada do ensinante lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se
texto há um sujeito, com uma formar antes mesmo de iniciar sua atividade docente. Esta
prática histórica, uma visão de atividade exige que sua preparação, sua capacitação, sua formação se
mundo (um universo de tornem processos permanentes. Sua experiência docente, se bem
valores), uma intenção percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer uma formação
(KUENZER, 2002, p.101). permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de
sua prática. Partamos da experiência de aprender, de conhecer, por
parte de quem se prepara para a tarefa docente, que envolve
necessariamente estudar (FREIRE, 1997, p. 19).

Exemplos de Material Didático

Fonte: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/20978/20978_6.PDF

4 0   |   E D S ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Itens
DECEMBER 2016 para a Configuração
I M P R I N T M A G A Z I N E . Cdo
OM Material Didático TRENDS

Capa
CEFET-MG Unidades contendo: Introdução
-- objetivos de aprendizagem; Apresentação
-- atividades integradas;
Folha de Rosto -- avaliação de aprendizagem Projeto
e critérios avaliativos Instrucional | SPM
Sumário
Palavras do Formador Ícones e legendas
Ficha
Catalográfica
Bibliotecária Referências
Apêndices e
Bibliográficas
Anexos

Na elaboração do material didático, você deverá considerar que:

O texto continua subsistindo, mas a página furtou-se. A página, isto é, o pagus latino, esse
campo, esse território cercado pelo branco das margens, lavrado de linhas e semeado de Na modalidade
letras e de caracteres pelo autor, a página ainda carregada da argila mesopotâmica, aderindo EaD
sempre à terra do neolítico, essa página muito antiga se apaga lentamente sob a inundação
informacional, seus signos soltos vão juntar-se à torrente digital, Lévy (2007, p. 48):
modalidades

A revolução tecnológica criou uma linguagem


Em ambas

própria, repleta de termos típicos, ou seja, todo


usuário, de uma maneira ou de outra, acaba
compreendendo o conjunto da rede e os termos que
determinam seu conteúdo e funcionamento (GALLI,
2004, p. 4).

O que caracteriza a atual revolução tecnológica não é a centralidade de conhecimentos e informação, mas a aplicação
desses conhecimentos e dessa informação para a geração de conhecimentos e de dispositivos de
processamento/comunicação da informação, em um ciclo de realimentação cumulativo entre a inovação e seu uso. […]
Usuários tornaram-se criadores, reinventando e redefinindo novas tecnologia, transformando a mente humana em
uma força direta da produção (CASTELLS, 2005, p. 69).

Sublinha-se o que Lévy (2007), chama a atenção no excerto citado. Isto é, cada vez mais o texto
impresso vem sendo substituído pelo texto digital. na contemporaneidade os livros digitais (e-books),
estão sendo incorporados a vida social e profissional dos atores sociais. A exemplo dissso, pode-se
indagar: quem tem ou conhece alguém quem tenha um leitor digital Kindle?

Nessa direção. tem-se que os aparatos tecnológicos, possibilitam a interação e a aquisição de


informações em tempo real. além disso, tende a desenvolver uma linguagem de signos própria desses
interlocutores.

41   |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Preparação de material audiovisual para a formação em

desenvolvimento

As produções em vídeo precisam seguir um planejamento. Etapas de produção:

Pré-produção
projeto de vídeo (ideia, objetivos, público-alvo, orçamentos etc.);
levantamento e pesquisa sobre o tema;
roteiro, storyboard ou guia de registro.

Produção
registro das imagens, de acordo com a linguagem audiovisual;
revisão do material audiovisual.

Pós-produção
revisão do material audiovisual;
roteiro de edição;
edição do material audiovisual (uso de programa de edição);
sonorização;
créditos, títulos e grafismo;
gravação de cópias e acabamento (capa e selo).

O uso do vídeo deve ser previsto com antecedência pelo professor de acordo com as seguintes
etapas:

1. Revisão: o material audiovisual (vídeo) deverá ser assistido antecipadamente à sua programação
em sala de aula para evitar maiores problemas, por exemplo, com o tipo de conteúdo, adequação à
faixa etária, temática de acordo com o currículo, condições de exibição (imagem, som etc.) etc.
2. Preparação da apresentação: será necessário preparar uma ficha técnica e uma sinopse.
Recomenda-se decidir como apresentar uma introdução e como estabelecer atividades relacionadas
ao material audiovisual, se necessário, discutir a linguagem e definir etapas adequadas à produção de
protótipos audiovisuais (storyboard, roteiros etc.). As condições do equipamento, da tela, da sala, da
iluminação e outras condições deverão ser analisadas com antecedência.
3. Participação do público: solicite aos alunos que participem de atividades relacionadas à
apreciação do material audiovisual de acordo com o planejamento, identifique os objetivos e
relacione com o conteúdo do material, especifique as atividades e estabeleça metas, avalie, veja o
planejamento etc.

Caso seja de interesse, o professor pode incentivar a produção de material audiovisual com temas
semelhantes, documentários, reportagens seguindo as etapas de produção.

Texto extraído do livro: Materiais Didáticos / Denise Bandeira. – Curitiba, PR: IESDE, 2009, .p. 207.

4 2   |   E D S ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
RESUMINDO ...
IMPRINTMAGAZINE.COM

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Dicas para a
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Filme
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elaboração de
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vídeos Vídeo!
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um bom
roteiro;
https://blog.hotmart.
um bom com/pt-br/como-
enquadramento;
gravar-videos/

Estratégias de ensino-aprendizagem para trabalho em grupo ou

videoconferência

Discussão
dirigida/painel de
Questionamento: técnica controle: feita pelos
para clarificar ou expandir estudantes sobre
um determinado um tópico específico;
tópico em estudo;
Brainstorming: resolução Painel de reações: os
de problemas. O estudante estudantes fazem
deve apresentar qualquer perguntas, interrompem ou
ideia que lhe venha à sugerem caminhos
cabeça para solucioná-lo; alternativos durante uma
Estudo de apresentação.
caso: descrição
de uma
situação real ou
simulação;
Fonte: Molin, [et al.], 2008.

4 3   |   E D S ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
DECEMBER 2016 TRENDS
MAPAS MENTAIS

Mapa mental é uma técnica de estudo criada


no final da década de 1960 por Tony Buzan.
Ajuda na explicação de conteúdos de forma
resumida, utilizando-se de simbolos, setas,
https://www.goconqr.com
figuras, cores, com a finalidade de tornar o
conteúdo mais fácil de ser compreendido
pelo estudante.

Fonte: Amanda Dreher, 2019.

4 4   |   E D S ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
DECEMBER 2016
Podcast

Os podcasts são arquivos de áudio transmitidos pela internet, que


funcionam basicamente como um rádio digital.

Ao contrário de outros formatos de conteúdos, que usam textos,


imagens e vídeos, os podcasts são feitos apenas para serem ouvidos, o
que faz com que eles sejam uma ótima opção para quem quer
consumir conteúdo enquanto realiza outra atividade (SANTOS, 2018).

Como Criar um 2. Defina os participantes do podcast

Podcast?
Para deixar seu podcast mais dinâmico e interessante,
você pode convidar outras pessoas para participarem.
1. Escolha um tema para seu podcast
Nesse caso, você pode elaborar podcasts no formato de
O primeiro passo deve ser a escolha do assunto que você entrevista, debate ou apenas didático, para que o
abordará no podcast. convidado dê uma aula sobre o tema selecionado.

Por mais que você tenha conhecimento de vários assuntos


e queira compartilhar tudo o que sabe, é interessante 3. Planeje o conteúdo que será abordado
focar em um determinado tema para conseguir
destrinchá-lo e entregar um conteúdo que realmente Antes de começar a gravar, recomendamos que você
agregue valor para o público. elabore um roteiro simples do que vai falar.

Escolher muitos temas para falar em um único podcast Seu roteiro pode conter apenas os tópicos principais e
pode deixá-lo confuso e cansativo para os ouvintes. Nesse algumas anotações com dados estatísticos difíceis de
caso, é melhor elaborar mais de um arquivo e separá-los serem memorizados e informações que não podem ser
por categoria. esquecidas, como nomes de livros, autores ou
instituições que serão mencionados.

4. Prepare-se vocalmente 6. Edite seu podcast

Relembramos que o podcast é um arquivo digital apenas de Após gravar o podcast, é necessário editá-lo, para que
áudio, o que torna essencial que os usuários consigam ele chegue ao público com o aspecto mais profissional
compreender claramente o que está sendo dito. possível.

5. Separe o equipamento para gravar O podcast deve ser objetivo, para que o público não
ache o conteúdo cansativo e desista de ouvir até o final.
Criar um podcast requer um bom microfone, para que o Na edição, você pode incluir também alguma trilha
áudio seja captado adequadamente e transmita sua sonora, vinhetas ou vírgulas sonoras.
mensagem com qualidade para os ouvintes. É possível usar
microfones USB, de lapela ou até mesmo o de seu 7. Publique seu podcast
smartphone.
Depois da edição, seu podcast está pronto para ser
O ambiente precisa ser silencioso, sem ruídos externos ou publicado. Para isso, basta escolher a plataforma ideal!
outras interferências. Evite lugares abertos, que apresentam
muitos barulhos, pois dependendo da intensidade dos ruídos, A SoundCloud é uma destas plataformas.
não será possível editar sem prejudicar seu material.
Fonte: https://blog.hotmart.com/pt-br/como-criar-um-podcast/
4 5   |   E D S ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
DECEMBER 2016 IMPRINTMAGAZINE.COM TRENDS
Aspectos Técnicos para Elaboração de Slides

Pessoal, vamos fazer uma Para


apresentação Saber
em power point? Mais!

Quais as diretrizes?

https://slidesgo.com

"O PowerPoint, software de criação, edição e apresentação de


slides, surgiu em setembro de 1987 (versão 1.0). Desde então, vem
melhorando seus recursos e permitindo inserir multimídias
(vídeos, animações e áudios). É talvez o software mais popular do
mundo sendo usado nas apresentações de empresários, políticos,
economistas, publicitários, cientistas, mestrandos, doutorandos,
estudantes do ensino básico e… professores. Mas a popularidade
do PowerPoint não é igual aos seus resultados, isto é, nem toda
apresentação consegue transmitir informações claras e manter a
atenção da plateia. Dormir durante a apresentação de PowerPoint
é tão comum que já existem empresas de consultoria
especializadas em apresentações corporativas. Elas constroem
apresentações criativas e convincentes para vender produtos,
ideias e serviços".
Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/12-dicas-criacao-aula-
power-point/ - Blog: Ensinar História - Joelza Ester Domingues
https://www.slidescarnival.com/pt-br
Uma aula em que se pretende utilizar do recurso power point, precisa ser
estruturada em alguns princípios:

escolha um design atrativo (considerando o assunto e a faixa etária);


use o primeiro slide para informar o tema/conteúdo, nome do curso, professor,
instituição, data;
utilize imagens que atraiam a atenção dos estudantes, e que estejam em
sintonia com o assunto;
escreva pouco texto, optar sempre por palavras-chave. Lembre-se, este recurso
é apenas uma forma de tornar a aula mais atrativa e não deve estar carregado
de textos longos. O professor/formador fará a discussão dos conceitos a partir
das palavras apresentadas nos slides;
sempre que possível, considere a integração do aluno com a apresentação do
slide;
mescle a apresentação com outros movimentos, como por exemplo, o uso da
lousa.

4 6   |   E D S ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Dicas para elaboração da aula em Power Point

1. Slide-mestre
É interessante inserir, no slide-mestre, o título ou um subtítulo. Isso ajuda aos alunos distraídos a não perderem
atenção ao tema apresentado. Escrever o nome do professor junto com o ano em que foi feito, personalizando o
trabalho que, muitas vezes, cai nas redes sociais.

2. Slide de abertura
Esse é o primeiro slide de sua apresentação e deve trazer: título e, se necessário, subtítulo (s). Os subtítulos podem
ser interessantes para antecipar aos alunos o roteiro e o conteúdo da apresentação. Insira uma imagem significativa
para a abertura da apresentação.

3. Tamanho da apresentação
Para uma aula de 35 minutos (já descontando o tempo de chamada e de preparação do equipamento), uma boa
apresentação tem entre 16 e 20 slides, incluindo abertura e fechamento. Um número exagerado de slides lhe
obrigará a acelerar a apresentação e deixar a turma perdida, ou pior, você não conseguirá chegar ao final.
Portanto, selecione criteriosamente os textos e as imagens que vão compor sua apresentação. Tenha em mente de
que o PowerPoint é um recurso para reforçar um tema e NÃO para esgotar o assunto.

4. Fontes (tipos de letras)


Evite utilizar fontes com excesso de detalhes (com serifa). Prefira Arial, Tahoma ou Colibri. Para o título use
tamanho entre 40 e 44 pontos, subtítulo 34 ou 36 pontos. Para textos, os tamanhos ideais são 26 e 28 pontos. O
menor tamanho aceitável é 24.

5. Efeitos de transição das imagens e textos


Essa é a armadilha mais comum de um PowerPoint mal feito. Colocar efeitos variados para a entrada e saída de
cada imagem e cada texto cria uma overdose que mais irrita do que surpreende. Textos que entram devagar, letra
por letra faz a plateia soletrar as palavras e sentir-se semianalfabeta. Efeitos que ficando piscando ou mudando de
tamanho distraem a atenção e cansam visualmente.

6. Durante a apresentação
A função dos slides é dar suporte e ilustrar a sua fala. Não é um script de sua aula. Portanto, não fique lendo os
textos o tempo todo. Há várias maneiras de apresentar cada slide dando maior dinamismo à sua aula e,
principalmente, valorizando sua apresentação. Alguns exemplos:
Acrescente informações que complementam o texto e/ou a imagem.
Faça a conexão entre texto e imagem.
Verifique se todos estão enxergando bem os dados do gráfico.
Interprete a caricatura, a charge ou o cartum.
Identifique os personagens, destaque simbolismos e significados das figuras. Faça a leitura do esquema (ou
mapa mental) mostrando aos alunos as conexões entre os itens.
Traduza as flechas e linhas de ligação usando verbos (“tal fato resultou nesse acontecimento”, “esses elementos
caracterizaram o movimento tal” etc).
Articule o conteúdo do slide a um slide anterior mostrando o encadeamento de ideias ou fatos. Associe o tema
do slide a um assunto comentado em classe ou pelas redes sociais.
Peça aos alunos para citar exemplos.
Destaque um conceito citado no texto e verifique se a turma o domina.
Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/12-dicas-criacao-aula-power-point/- Blog: Ensinar História - Joelza Ester
Domingues

4 7   |   E D S ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
Flip Chart
O Flip Chart é um recurso didático que possibilita
dinamizar as aulas. Trata-se de um suporte/cavalete no
qual pode ser fixado folhas de papel graft, que facilita a
organização da ideias, conteúdos e conceitos a serem
trabalhados.

VANTAGENS
Baixo custo; Fácil utilização; Permite preparação antecipada;
É fácil de transportar e  de manusear; Permite conservar a
informação escrita e revê-las sempre que necessário; Melhora a
exposição e a interatividade com os formandos.

DESVANTAGENS
A área de escrita é muito limitada; Não é possível corrigir
qualquer erro; A informação registrada é permanente; Não
permite fazer cópias do seu conteúdo e distribuir pelos
formandos, exceto se se fotografar.

Fonte:
ttps://recursosdidacticosparaformadores.wordpress.com/flipchart/

Dicas e aprender como aproveitá-lo de maneira mais eficiente

Verifique se o flip chart possui folhas suficientes e se os pinceis estão em condições de uso.
Posicione o cavalete em local visível para todos. Se for possível, dê uma volta pela sala e sente-se nas cadeiras
posicionadas mais atrás. Esses cuidados possibilitarão que encontre a posição mais apropriada para ele.
Tenha o cuidado de escrever com letras grandes e fortes para permitir que todos leiam com facilidade. Evite
escrever na parte inferior da folha, pois esta região apresenta dificuldade de leitura para as pessoas sentadas
no fundo da sala
Procure não falar enquanto estiver escrevendo. Acostume-se a falar antes e escrever depois, ou a escrever
antes e falar depois. Lógico que esta regra não deverá escravizá-lo, mas fique sempre atento.
Cuidado para não escrever por tempo muito prolongado, pois poderá perder o contato com os ouvintes e
comprometer o resultado da apresentação.
Produza visuais simples, de fácil compreensão e com frases curtas. Se sua letra não for muito boa, prefira
escrever com letras de forma, que permitem traços mais firmes e legíveis.
Antes de mudar de assunto, se julgar que o visual utilizado poderá distrair a atenção dos ouvintes, vire a folha
sobre o cavalete.
Procure destacar as informações importantes com cores diferentes. Reserve, no entanto, o vermelho para
ambientes pequenos ou quando a tinta for bastante forte, pois, de maneira geral, é uma cor de fraca
visibilidade. Se tiver de optar por duas cores prefira a preta e a azul.
Escolha folhas grossas para que a tinta do pincel não vaze para a folha de baixo. Se não for possível e ocorrer
o vazamento, vire duas folhas de cada vez.
Use o flip chart apenas em ambientes pequenos, para 50 pessoas no máximo. Em ambientes maiores prefira
recursos que possam ampliar o visual.
Fonte: https://reinaldopolito.com.br/serve-um-flip-chart/

4 8   |   E D S ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
AVALIAÇÃO
IMPRINTMAGAZINE.COM

Os tipos de avaliações que o Módulo de


Capacitação do SIGRH disponibiliza para o
servidor que encerra um curso:

Avaliação de Avaliação de Avaliação de Reação: tem o objetivo de


coletar a opinião e verificar o nível de
Reação Impacto
satisfação do servidor acerca do curso;

Avaliação de Impacto: objetiva verificar os


efeitos das competências desenvolvidas no
trabalho realizado pelo servidor.
A Avaliação de Reação é uma das quatro avaliações
possíveis de serem realizadas em processos de
formação em desenvolvimento.

Tem a finalidade de refletir sobre o sucesso, ou


não, de um programa/curso desenvolvido pela
instituição proponente.

Nesse caso, os dados coletados por emio da


avaliação de reação poderão balizar a
reorganização dos cursos e programa de formação
da EDS.

"A Avaliação de Impacto é um tipo de avaliação que se


propõe a fornecer evidências sobre os impactos
produzidos - ou que se espera produzir - com o intuito
de detectar ou comprovar que os impactos foram, pelo
menos em parte, gerados pelo projeto, programa, política
ou negócio. A Avaliação de Impacto difere de outras
formas de avaliação de projetos devido a sua busca por
elementos que possibilitem estabelecer uma relação de
causa e efeito entre a intervenção e seus impactos. Essa
relação de causa (intervenção) e efeito (impacto) é chamada
de ‘inferência causal’, ou ‘laços de causalidade" (FABIANI et.
al., p. 5)

49  |  EDS ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEHAR, P. A.; SILVA, K. K. A. da. Mapeamento de competências: um foco no aluno da educação a distância.
Renote, Porto Alegre, v. 10, n. 3, 2012.

FABIANI, Paula. et. al. Avaliação de Impacto Social: metodologias e reflexões. Disponível em:
https://www.idis.org.br/wp-content/uploads/2018/05/Artigo_Avaliacao_Impacto_Social_06.pdf. Acesso em:
02 dez. 2019.

FERRAZ, A. P. C. M.; BELHOT, R. V. Taxonomia de Bloom: revisão teórica e apresentação das adequações
do instrumento para definição de objetivos instrucionais. Gestão & Produção, São Carlos, v. 17, n. 2, p.
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2006.

KUENZER, Acácia (Org.). Ensino Médio: Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho.
Cortez, 2002.

LIBÂNEO, José Carlos. As teorias pedagógicas modernas revisitadas pelo debate contemporâneo na
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LIMA, Artemilson Alves de. Curso técnico segurança no trabalho. Fundamentos e práticas na EAD: Modelos e
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MOORE, Michael G, KEARSLEY, Greg. Distanceeducation: a systems Wiew. Belmont,USA: Wadstown


Publish Company, 1996.

MOORE, M.G.; KEARSLEY, G. Educação a Distância: uma visão integrada. Trad. Roberto Galman. São Paulo:
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PRETI, Oreste. Produção de material didático impresso: orientações técnicas e pedagógicas. Cuiabá:
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RODRIGUES, Rosângela S. Modelos de educação a distância. In: PRETI, Oreste (Org.). Educação a
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VEIGA, I.P.A. Ensinar, aprender, pesquisar e avaliar com mapas conceituais. In VEIGA, I.P.A. (org.) Novas
tramas para as técnicas de ensino e estudo. Campina: Papirus, 2013.

5 0   |   E D S ELABORAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO PARA PROGRAMAS DE FORMAÇÃO DE FORMADORES: SUBSÍDIOS PEDAGÓGICOS AOS AUTORES
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