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1. FACTORES QUE INFLUENCIAM NO SUCESSO ESCOLAR
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para aferir o sucesso ou insucesso nos desempenhos escolares. O sucesso
escolar, ligado a apenas esse aspecto, pode ser referido com foco em cada aluno
– o aluno é bem-sucedido ou não nas avaliações intraescolares; ou, com foco em
conjuntos de alunos, nas avaliações de redes escolares, estas são consideradas
eficazes ou não conforme o desempenho médio de seu conjunto de alunos em
provas de base cognitiva. Esse aspecto é importante, mas não é o único tradutor
de sucesso escolar.
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Estado das infra-estruturas escolares, servem de factores influenciadores
do sucesso escolar. Por isso, as dimensões da escola ou academia devem ser
directamente proporcional a demanda demográfica. Dentro deste quadro coloca-
se a situação das cores interna e externa da escola, a luz, ventilação, o número de
alunos nas salas de aulas, etc.
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- Muitas vezes, o sucesso escolar é inspiração dos pais pelos seus
filhos. Assim, o sucesso escolar é acima de tudo o desejo dos
familiares perante os seus filhos.
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completa ao aluno, oferecendo atividades fora de sala de aula, como
projetos e gincanas, favorecendo a convivência na comunidade escolar. Ou
seja, a escolha de uma escola considerada de boa qualidade é um dos
fatores que exerce influência no sucesso do aluno.
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Uma avaliação que se restringe a medir a quantidade de informações
retidas é um acto meramente frágil. Pois, confunde a informação didáctica em um
sumo teor assistemático, transformando assim o sucesso escolar e académico
estudantil em ciclo de insucessos.
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5. Aluno como autor do seu próprio sucesso escolar
O próprio aluno é autor do seu sucesso. Por isso, nenhum dos factores está
acima dos O próprio aluno é autor do seu sucesso. Por isso, nenhum dos factores
está acima dos desejos e motivações do aluno.
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amplo, envolvendo hábitos, valores, conteúdo da cognição social e padrões de
reacção e de sentimentos. A personalidade pode ser compreendida por meio dos
actos quotidianos das pessoas e, para abordá-la de forma científica é preciso
empreender uma investigação das diferenças de conduta
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Podem os pais sentirem-se mais firmes para formar os seus filhos,
sentindo-se mais preocupados com a educação dos mesmos e mais bem
informados sobre as políticas educacionais introduzidas pelo governo, podendo
encarar a educação como sendo um factor decisivo para o desenvolvimento
multidimensional das sociedades.
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2. IMPORTÂNCIA DA AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR
Para Bloom e seus colaboradores (1983), citado por Regina Haydt (2002),
a avaliação é um instrumento na prática educacional que visa verificar se os objec-
tivos ou procedimentos são realmente eficazes na consecução de uma série de
objectivos educacionais.
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O ensino superior tem vindo a ser confrontado com grandes desafios e a
ser alvo de mudanças significativas um pouco por todo o mundo. Muitas reformas
têm sido realizadas, na sequência das grandes transformações dos saberes soci-
ais (conhecimento) ocorridos nos últimos anos, a que não será alheio o efeito do
sistema avaliativo actual que as instituições de ensino superior também estão su-
jeitas.
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sinónimos. Tanto os testes como as noções de medida e de avaliação referem-se
à verificação do rendimento escolar, porém, com uma amplitude de significação di-
ferente.
Avaliar, "é um conceito mais amplo que o de testes e medidas. Portanto, Pi-
letti (2010), diz que (um programa de avaliação inclui a utilização dos instru-
mentos quantitativos acima mencionados e se completa e se perfaz Predo-
minadamente através de dados qualitativos, tais como: observação causal
em qualquer hora ou situação, trabalhos de aula, anedotários, etc., e tais
processos não são, a rigor, medidas como as definidas anteriormente, pois,
se baseiam em julgamentos, descrições e opiniões."
Piletti (2010), diz que "um dos dos erros didácticos mais frequentes é o da
não integração dos critérios e processos de avaliação na dinâmica geral do en-
sino."
Para Piletti (2010), diz que (avalia-se com um quadro de referência dife-
rente daquele que se ensinou. Assim, trabalhando com métodos e técnicas dinâ-
micas de ensino, o professor, por não contar com auxiliar ou com tempo suficiente,
não faz convenientemente o controlo dos rendimentos dos alunos e ao final
<exame final>, oferece questões memorísticas, em desacordo com as situações
de aprendizagem que ofereceu e que visavam desenvolver pensamento reflexivo
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e imaginação criadora). Portanto é necessário cumprir com este ponto que reflecte
o princípio para uma aprendizagem de sucesso.
Para evitar que tudo isso aconteça, deve-se seguir os seguintes princípios:
a) Estabelecer com clareza o que vai ser avaliado, não sei o que vou ava-
liar, não poderei avaliar de maneira eficiente. Por isso, o primeiro passo
consiste em estabelecer se vou avaliar o aproveitamento, a inteligência,
o desenvolvimento sócio-emocional, etc.
b) Seleccionar técnicas adequadas para avaliar o que se pretende avaliar.
Nem todas as técnicas e instrumentos são adequados aos mesmos fins.
c) Utilizar, na avaliação, uma variedade de técnicas. Para se ter um quadro
mais completo do desenvolvimento do aluno, é preciso utilizar uma série
de técnicas. Deve-se utilizar técnicas que sirvam para avaliar aspectos
quantitativos e técnicas que sirvam para avaliar aspectos qualitativos.
d) Ter consciência das possibilidades e limitações das técnicas de avalia-
ção. "Muitas são as margens de erros que encontramos não só nos pró-
prios instrumentos de avaliação (provas, testes, etc.), como também no
próprio processo (modo como os instrumentos são usados). No entanto,
a principal fonte de erro, sem sombra de dúvida, é a interpretação inade-
quada dos resultados. Em geral os professores atribuem aos instrumen-
tos uma precisão que estes não possuem. Na melhor das hipóteses,
nossos instrumentos e técnicas de avaliação proporcionam somente re-
sultados aproximados, que devem, portanto, ser assim considerados"
(Turra, C.M.G. e outros, 1982).
e) A avaliação é um meio para alcançar fins e não um fim em si mesma. "O
uso de avaliação implica propósito útil, significativo. É necessário que a
escola (universidade), os professores e os alunos retomem com mais
clareza e atenção a esse princípio. Isso implica atribuir a avaliação seu
verdadeiro papel, ou seja, de que deve esse processo contribuir para
melhorar as decisões de natureza educacional - aprender, por parte dos
alunos. Tal entendimento tem ocasionando a perda do verdadeiro signi-
ficado do próprio ensino-aprendizagem, como facilmente é constatável."
O trabalho do professor será tanto mais eficiente quanto mais estiver cal-
cado em dados reais, em informações acumuladas sobre os alunos. O professor
deve procurar conseguir essas informações através de todos os meios que este-
jam ao seu alcance: entrevistas com os alunos, observação do comportamento,
leituras de fichas informativas sobre os alunos, etc.
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e planejada. Nessa perspectiva, a avaliação faz parte de um sistema mais
amplo que é o processo de ensino-aprendizagem, nele se integrando.
Como tal ela deve ser planejada para correr normalmente ao longo de todo
esse processo, formando feedback e permitindo a recuperação imediata
quando for necessária.
b) A avaliação é funcional, porque se realiza em função de objectos. Avaliar o
processo ensino-aprendizagem consiste em verificar em que medida os alu-
nos estão atingindo os objectivos previstos. Por isso, os objectivos consti-
tuem o elemento norteador da avaliação.
c) A avaliação é orientadora, pois, "não visa eliminar os alunos, mas orientar
o seu processo de aprendizagem para qie possam atingir objectivos previs-
tos." Neste sentido, a avaliação permite ao aluno conhecer seus erros e
acertar, mas também sobre o aspecto afectivo e o domínio psicomotor.
d) A avaliação é integral, ela analisa e julga todas as dimensões do comporta-
mento, considerando o aluno como um todo. Desse modo, ela não incide
apenas sobre os elementos cognitivos, mas também sobre o aspecto afec-
tivo e psicomotor.
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a) TÉCNICAS E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE ACORDO COM
OYARA PETERSON.
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de atenção mais demo-
rada e encaminhamento
para um psicológico.
- Teste de inteligência
- Teste de aptidão
- Teste de Personalidade
- Teste de escolaridade
ou de conhecimento.
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2.5 FUNÇÕES, MODALIDADES E PROPÓSITOS DA AVALIAÇÃO
Diagnosticar;
Controlar;
Classificar;
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Essas três formas de avaliação estão intimamente vinculadas. Para garan-
tir a eficiência do sistema de avaliação e a eficácia do processo ensino-aprendiza-
gem, o professor deve fazer uso conjugado das três modalidades.
Detectar dificulda-
des específicas de
aprendizagem,
tentando identifi-
car suas causas.
Fornecer dados
para aperfeiçoar o
processo ensino-
aprendizagem.
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3. FORMAÇÃO DE PROFESSORES E A INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
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Em uma sociedade em acelerada transformação, a necessidade de profes-
sores capacitados para transmitir os conhecimentos necessários às novas gera-
ções é inquestionável. No entanto, a formação dos professores constitui uma preo-
cupação indispensável para assegurar com êxito o trabalho docente-educativo nas
escolas, visando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.
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A formação ao nível de graduação representa formalmente o preparo do
profissional para o exercício da docência, mas carrega também o valor simbólico
do “ser professor”. Embora a licenciatura aluda a junção da formação com a profis-
sionalização, não é suficiente apenas formar. Há que se considerar ainda o con-
texto sociopolítico que envolve a falta de motivação de bons professores para que
permaneçam na profissão e deem continuidade à própria formação. Este cenário
controverso aponta para a necessidade de uma formação que reforce a valoriza-
ção dos saberes e a identidade profissional.
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1. Enquadramento histórico da formação de professores:
No período pós-independência,
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e através da metodologia de ensino a distância, de modo a assegurar o pleno fun-
cionamento das Escolas do Ensino de Base.” (Zau, 2005: 460)
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também a exigência para ser professor baixou muito, porque a ideia era manter os
sistemas a funcionar, de qualquer maneira, mas sempre era melhor ter um miúdo
na escola do que o miúdo estar na rua. [especialista educação UnIA]
“Entre 1981 e 1984 haviam saído 10.000 professores do Ministério da
Educação, por razões ligadas à situação político-militar e à sua situação social.
Não se previa um crescimento de número de professores no período imediato, já
que os alunos matriculados nos INE e no ISCED eram trabalhadores. Logo, não
entravam novos elementos no sistema.” (Zau, 2005: 469)
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Documentos e políticas que regulam a formação de professores
E então, eu guio-me por coisas que não são tanto de caráter nacional, regi-
onal ou local, porque estamos a falar de um país assimétrico do ponto de vista do
desenvolvimento, com diferentes culturas e com diferentes línguas. Estamos a fa-
lar de uma sociedade multicultural e plurilingue, assimétrica e estamos a tratar
com um sistema unificado, centralizado, todas essas coisas, tratando tudo da
mesma maneira! Então esse é um dos pontos: tratar por igual o que à partida é
diferente é a forma mais antidemocrática que nós temos de lidar com o en-
sino, apesar do princípio democrático estar lá. Mas nós ao tratarmos por diferente,
por exemplo, eu tratar o indivíduo de Luanda que está ao pé da praia e que tem
um determinado tipo de conhecimento, para lidar com o indivíduo do gado do
Kunene lá em baixo, há uma diferença do dia para a noite. [especialista educação
UnIA]
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Angola (2009-2015) (MED, s/da), um documento elaborado com o apoio da coope-
ração belga, veio operacionalizar a estratégia de formação de professores. Poste-
riormente, foram publicados dois documentos estratégicos, a Estratégia Nacional
de Formação de Quadros (GA, 2012a) e o Plano Nacional de Formação de Qua-
dros 2013-2020 (GA, 2012b), que apresentaram todas as necessidades de qua-
dros a nível nacional e definiram metas para superar essas necessidades. A Estra-
tégia Nacional de Desenvolvimento de Longo Prazo, “Angola 2025” é um docu-
mento não acessível, mas que é referido em vários documentos nacionais, pelo
que se considerou importante referi-lo. O Plano Nacional de Ação – Educação
Para Todos faz um balanço sobre de que forma podem ser atingidos os objetivos
definidos a nível internacional da Educação Para Todos.
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pré-escolar e na educação especial” e “à agregação pedagógica para os
professores dos diferentes subsistemas e níveis de ensino, provenientes
de instituições não vocacionadas para a docência.” (GA, 2001a: 12)
Surgem dois novos objetivos, um de âmbito mais ético, outro que reforça a
importância das competências pedagógicas do professor.
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ensino superior pedagógico. “Realiza-se após a conclusão da 9.ª classe, com du-
ração de quatro anos, em Escolas de Magistério.” (GA, 2016: 3999) Também é re-
ferido na LBSE de 2016 que “As Escolas de Magistério podem realizar cursos de
profissionalização ou de agregação pedagógica, com a duração de um a dois
anos, de acordo com a especialidade, destinados a indivíduos que tenham conclu-
ído o II ciclo do ensino secundário.” (GA, 2016: 3999) e que “A formação contínua
de professores é assegurada predominantemente pelos Centros de Formação de
Professores ou por outras instituições de ensino, autorizadas para o efeito.”
(GA, 2016: 4000)
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São definidos os seguintes objetivos específicos para o Ensino Superior Pe-
dagógico:
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b) Formar professores habilitados a ministrarem duas disciplinas,
no I ciclo do ensino secundário;
c) Organizar ações de formação contínua e à distância, visando
a atualização de conhecimentos dos professores em matéria pedagó-
gica e de gestão escolar e a reconversão profissional dos Agentes de
Educação. (GA, 2011: 3019)
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3.4 INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA
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na resolução de problemas por uma participação activa dos alunos, elaborando ra-
ciocínios e justificando suas ideias. No processo o professor deverá propor ques-
tões e estar sempre atento às respostas dos alunos, valorizando as certas e ques-
tionando as “erradas”, sem excluir o aluno que errou do processo e sem apontar
respostas únicas.
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O conhecimento científico torna o aluno um ser instigante e investigador o
que pode tornar o momento da aula mais prazeroso e o processo de ensino-
aprendizagem mais eficiente, de forma a minimizar a prevalência do ensino tradici-
onal e não tornar o aluno mero reprodutor de informações, com vistas a uma for-
mação de um ser crítico-reflexivo. Nessa perspectiva, a formação do docente está
intimamente envolvida.
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levar o ensino de qualidade nas escolas, sobretudo áquelas situadas nos locais
mais recônditos”, esclareceu.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Partindo desses dados, alguns dos principais factores que são consi-
derados básicos para levar um aluno a obter sucesso. São eles: a fa-
mília, o professor, a escola, a auto-estima do aluno/força de vontade,
a saúde geral do aluno, os recursos econômicos, etc.
A avaliação é um processo contínuo de pesquisas que visa interpre-
tar conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista
mudanças esperadas no comportamento, propostos nos objectivos, a
fim de que haja condições de decidir sobre alternativas da planifica-
ção do trabalho do professor e da escola como um todo. (LIBÂNEO)
A avaliação da aprendizagem em todos os níveis de ensino e, em es-
pecial no ensino superior, tem se caracterizado como um dos proces-
sos pedagógicos mais complexos e de extrema relevância. Visto ini-
cialmente como um mecanismo de verificação das competências de-
senvolvidas pelo estudante durante e ao final do processo de ensino-
aprendizagem.
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BIBLIOGRAFIA
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