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PROPOSTA DE TRABALHO PARA O POSTO

COORDENADOR DE ORGANIZAÇÃO ESCOLAR

“Liderança é ação, e não posição.”


Donald McGannon

Contextualização

O Papel do C.O.E na Gestão Escolar.

Liderança, do verbo liderar, é uma palavra carregada de significados


importantes, dentre eles e o mais comum de ser encontrado nos dicionários é
“posição, função ou caráter de líder”.

A liderança deve ser vista como uma ferramenta estratégica para a condução
eficiente dos trabalhos. Isso porque, através dela, o desempenho de cada
indivíduo é potencializado, impactando diretamente nos resultados das equipes
e, por consequente, da escola como um todo, cujo resultado final é a
aprendizagem dos alunos, motivo pelo qual a instituição existe.

A liderança pode ser aplicada em diversos cenários e contextos. Entretanto,


vamos falar sobre a sua aplicação na educação. Portanto, neste capítulo,
vamos tratar da liderança educacional.

A essência da liderança em uma instituição de ensino continua a mesma. Em


síntese, o líder é o responsável por motivar uma equipe e canalizar todos os
esforços em busca de um objetivo em comum que seja positivo para cada um
dos profissionais e por conseguinte para a aprendizagem do estudante de
forma geral.

Assim, durante esse processo, há múltiplas variáveis com que um Gestor, líder
educacional, deve se preocupar.

A importância da gestão escolar está relacionada ao fato de ela se destinar, em


grande parte, ao planejamento, à organização, à mediação, à coordenação, à
liderança, ao acompanhamento, ao monitoramento e à avaliação das ações
que visam à promoção das aprendizagens dos estudantes.

Nesse importante tarefa, a equipe gestora conta com o trabalho colaborativo de


vários atores: docentes, funcionários da escola, estudantes, pais ou
responsáveis, supervisor de ensino, parceiros fundamentais na construção de
uma rede de apoio em prol do sucesso escolar.

O Papel do C.O.E na Gestão de Resultados.


No contexto atual à luz de Santos Filho, a gestão escolar nos remete à
compreensão de que é necessário humanizar esses processos e assegurar
que as pessoas que fazem parte da comunidade escolar estejam inseridas nos
objetivos e nas ações da instituição. Num sentido mais amplo, avaliar envolve
um processo de análise e influência, no qual são atribuídos valores a pessoas,
objetos e fatos por meio de observações e considerações.
Contudo, é preciso ressaltar que sendo a gestão escolar uma macrodimensão,
ela se constitui na articulação de outras dimensões, tais como: Gestão
Pedagógica, Gestão de Pessoas, Gestão Administrativa, Gestão Democrática e
Participativa.

A gestão de resultados educacionais refere-se ao desdobramento do


monitoramento e da avaliação de desempenho da escola relacionado à
aprendizagem dos alunos, uma vez que ela “abrange processos e práticas de
gestão para a melhoria dos resultados de desempenho da escola – rendimento,
frequência e proficiência dos alunos”. Esse tipo de gestão é fundamental no
processo educativo, pois o foco principal de uma instituição de ensino é
promover a aprendizagem e garantir uma formação completa e de qualidade,
que são os compromissos da instituição com a comunidade escolar.
Para tanto, é preciso realizar avaliações frequentemente a fim de verificar se o
ensino da escola está sendo eficaz ou se precisa melhorar. Assim, com os
resultados, é possível avaliar o trabalho da escola e buscar a otimização de
suas práticas.

Nesse sentido, a gestão dos resultados educacionais tem o objetivo de utilizar


os indicadores de desempenho como base para traçar estratégias pedagógicas
que otimizem o processo de ensino e aprendizagem. O foco da gestão deve
ser o alcance das metas estipuladas para escola, tendo como princípio a
redução das desigualdades e a valorização das diversidades da cultura
escolar. O esforço e dedicação dos profissionais devem ter como foco explícito
a melhoria dos resultados de aprendizagem dos alunos das escolas que
acompanha.

O Papel do C.O.E na Melhoria da Convivência Escolar.


A escola precisa auxiliar os alunos em sua formação moral, em seus valores,
para a constituição de um homem capaz de dar um significado mais valoroso à
vida e aos seus pares. A Cultura da Paz, em sentido amplo, permeia os
conceitos educacionais presentes na escola. A cultura da paz se edifica
diariamente: na maneira como nos relacionamos com nossos semelhantes,
como lidamos com as dificuldades e conflitos, na valorização do ser humano,
do exercício do respeito e da tolerância. Um dos passos primordiais para se
pensar a cultura da paz na escola, é promover práticas pedagógicas e sociais
que englobem as relações interpessoais, o estímulo à cooperação, a partilha,
possibilitando a convivência, a tolerância, o respeito às diferenças de
pensamentos, de culturas, classes sociais, raças, religião e diversidade.

No contexto escolar, o conflito é um problema que deve ser resolvido com


diálogo e de forma pacífica. Neste momento é imprescindível a intervenção do
Coordenador de Organização escolar na condução e orientação desse embate,
instigando seus alunos a praticarem a capacidade de argumentação da
autonomia e o reconhecimento à argumentação e autonomia do outro. Como
Escola Pública, recebemos em nossas salas de aulas alunos oriundos de
diversos lares, educados por pessoas de diferentes culturas, com opiniões
diversas e pré-conceitos estabelecidos sobres inúmeros assuntos. Essa
diversidade pode se manifestar de forma negativa, gerando discriminação,
preconceito e bullying. Nesta perspectiva cabe ao Coordenador de
Organização Escolar lidar com toda essa multiplicidade cultural propondo
ações que possam minimizar e combater essas questões. Muitas vezes a
intolerância é travestida em chacotas, trejeitos, palavra com referência a
nordestinos, loiras, gordos, negros, homossexuais. Essas “brincadeiras” não
devem ser subestimadas, ao contrário, devem ser combatidas, pois são
evidências de preconceito, bullying e discriminação. Neste contexto é
necessário repensarmos o conceito de paz como elemento de busca de direitos
e não de alienação e sufocamento de sonhos, da dialética, do lirismo e da
discussão e da exposição de conceitos e de reivindicações. A escola é polo
cultural onde toda a comunidade em que está inserida se faz partícipe,
valorizando a Instituição e absorvendo a solidariedade e a diversidade cultural
no resgate da paz.
O Papel do C.O.E no Gerenciamento de Pessoas e Equipe.

As pessoas compõem a parte mais importante da escola. São elas que fazem
todo o resultado acontecer, por isso, buscamos uma gestão que propicie o
desenvolvimento desses profissionais para que alcancem o melhor resultado
em sua performance. Uma gestão adequada consiste em criar um vínculo forte
e decisivo entre as pessoas e as técnicas.

Fazer um bom gerenciamento das pessoas não significa apenas ter uma
liderança forte e comprometida com os resultados. Deve-se criar espaço para
desenvolver e valorizar cada membro da equipe, evoluindo as melhores
habilidades de cada um, promovendo a satisfação mútua e a melhoria de
desempenho.

O Gestor educacional envolve todos os componentes da sua instituição, não


havendo segmentação de áreas de atuação dentro de sua dinâmica. O Gestor
precisa ter visão holística do processo para entender que todas as ações
impactam umas nas outras, são interdependentes.

Um bom gestor é aquele que está sempre em busca de novos desafios, que
sabe ouvir, motivar e liderar a sua equipe. Que enxerga em cada funcionário
uma “peça fundamental” que contribui para o pleno funcionamento da escola.

Gestão de pessoas é tão importante que adotá-la implica diferentes vantagens


que impactam o sucesso na escola. É possível impulsionar positivamente a
produtividade dos professores, o que resultará na redução do absenteísmo.

Considerações Finais:

A gestão escolar, é a equipe determinante para que a escola se mantenha em


funcionamento, para que a aprendizagem e o desenvolvimento das crianças se
concretizem. Levando em consideração as necessidades das crianças, dos
pais, dos professores e dos funcionários. Nas escolas o Gestor é a pessoa
responsável pela capacidade de realizar as mudanças necessárias, motivando,
atuando e desenvolvendo o trabalho com a colaboração de toda a sua equipe,
envolvendo alunos e pais, os quais todos fazem parte do sistema que busca
desenvolver os aspectos formativos das crianças e cidadãos comprometidos
com a sociedade.
Referências bibliográficas

 Resolução SEDUC 52, de 29-6-2022


Dispõe sobre a função de Coordenador de Organização Escolar e dá
providências correlatas.
 LÜCK, Heloísa. 2000. Perspectivas da gestão escolar e implicações
quanto à formação de seus gestores. Revista Em aberto, 2000, v. 17, n.
72, pg. 11-33, Brasília, fev/jun._____, Heloísa. 2012. Perspectivas da
avaliação institucional da escola. Petrópolis: Vozes._____, Heloísa.
2009. Dimensões da gestão escolar e suas competências. Curitiba:
Editora Positivo.
 MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). 2015. Pesquisa social: teoria,
método e criatividade. 34ª ed. Petrópolis, RJ: Vozes.
 VALERIEN, Jean. 2002. Gestão da escola fundamental: subsídios para
análise e sugestão de aperfeiçoamento. 8. ed. São Paulo: Cortez; Paris:
UNESCO; Brasília: Ministério da Educação e Cultura.

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