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Disciplina: Epidemiologia – 2021/03

Nome do aluno: _______________________________________

Tarefas encomendadas relacionadas a aula de 16/12/2021.

Entrega: A tarefa deve ser entregue através da plataforma Teams no dia 15/12/2022, até as
14h.

Grupos:

Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3


Joao Gabriel Ferreira Borges Ana Carolina Ferreira de Brayon Antunes da Silva
Moraes
Rosilene Rodrigues de Nathália Santos Silva Luís Felipe Caetano
Oliveira Carrijo Tonaco
Vitoria Alanis Alcantara dos Maria Clara de Melo Mariza Madalena de
Passos Silva Mendes Souza Moura
Thalita Pessoa Campos

Avaliação: A entrega da tarefa será avaliada em 100 pontos. Exercícios entregues depois o
horário determinado em aula não serão avaliados.

Referência da aula:

ALMEIDA FILHO, N; BARRETO, ML. Epidemiologia & saúde. Fundamentos, Métodos e


Aplicações. Capítulo 10. Rio de Janeiro: Koogan, 2013.

MEDRONHO, R. Epidemiologia. Capítulo 2. São Paulo. Editora Atheneu.

ROTHMAN, Kenneth J. Epidemiologia Moderna. Capítulo 3. 3ª Ed. Editora Artmed. Porto


Alegre. 2011
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Exercícios:

Utilizando o artigo compartilhado, de Norris e colaboradores, identifique:

1. O núcleo de estudo de saúde coletiva da UFRJ desenvolveu um projeto de pesquisa, cujo


objetivo era avaliar o impacto do programa de despoluição da Baia de Guanabara sobre as
condições de saúde e a qualidade de vida das populações envolvidas (PAISQUA).Como
parte desse projeto, foi realizado, em 1996, um estudo piloto, no qual buscou-se
identificar, ao longo de três meses, as proporções de indivíduos com idade entre 1 e 59
anos que apresentavam anticorpos para o vírus de hepatite A (VHA), em três populações
distintas, segundo as condições de saneamento, residentes do distrito de Campos Elyseos,
município de Duque de Caxias (DC) e da ilha do governador, município do Rio de Janeiro
(RJ). Uma vez obtido o consentimento dos participantes selecionados aleatoriamente,
coletou-se uma alíquota de sangue de cada indivíduo para pesquisa de anticorpos
específicos para o VHA. Os resultados são apresentados na tabela a seguir:

Número de indivíduos que apresentavam anticorpos (ac) para o VHA e tamanho das
amostras segundo área do estudo, PAISQUA, 1996.

Área Infectados Tamanho da amostra

DC setor 112 138 349

DC setor 111 92 362

RJ colônia Z-10 79 386

Número de indivíduos que apresentava anticorpos (acVHA+) e tamanho das


amostras (n) segundo faixa etária e área do estudo.

RJ Colônia Z-10 DC setor 111 DC setor 112

acVHA+ n acVHA+ n acVHA+ n

1-4 anos 1 92 7 77 16 124

5-9 anos 18 112 25 113 56 126

10-14 anos 28 127 43 134 23 48

15-19 anos 23 48 17 38 22 29

>=20 anos 6 7 - - 21 22
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Baseado nos resultados apresentados, responda:


A) Qual a medida de frequência que pode ser calculada a partir deste estudo? Justifique.
Prevalência, pois mostra a quantidade de pessoas afetadas por uma doença em um período
específico de tempo, no caso o vírus da Hepatite A no ano de 1996, os casos prevalentes já
incluem os casos existentes no momento e funciona com a delimitação de tempo do estudo.
B) Calcule a medida adequada referente a cada área estudada. Naquela em que a
frequência for mais elevada, calcule a medida para cada uma das faixas etárias.
Interprete os resultados.

DC Setor 112 = 138 / 349 = 0,396

DC Setor 111 = 92 / 362 = 0,254

RJ Colonia Z-10 = 79 / 386 = 0,205

1-4 anos = 16 /124 = 0,129

5-9 anos = 56 / 126 = 0,444

10-14 anos = 23 / 48 = 0,479 15-19 anos = 22 / 29 = 0,759

20 ou mais anos = 21 / 22 = 0,955

2. Em 01/01/2006, existiam 1.800 casos de tuberculoso em tratamento, em um município da


região metropolitana do Rio de Janeiro. Ao longo desse ano, foram notificados 300 casos
novos de tuberculose, e 450 pacientes obtiveram alta por cura. Todos os pacientes foram
tratados através do esquema I, com duração de 6 meses. A população residente nesse
município, estimada em 2006, era de cerca de 960.000 habitantes:
A) Calcule a prevalência no início e no final de 2006.
1800 / 960.000 = 0,001875 = 0,19%
B) Calcule a taxa de incidência de tuberculose no município.
300 / 960000 = 31.25 / 100.000 pessoa-ano
C) Como você explicaria a alteração observada na prevalência de tuberculose no início e
final de 2006?

Existem mais tratamentos e cura de pacientes do que novos casos.


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3. O chefe do setor de vigilância epidemiológica do hospital geral e uma cidade do interior


fluminense investigou um surto de intoxicação alimentar, cuja suspeita partiu do grande
número de casos de gastroenterite atendidos no setor de emergência em uma única
noite. Os pacientes informaram ter participado de um jantar comemorativo algumas
horas antes do início dos sintomas. Ao todo, 75 pessoas participaram do jantar, as quais
foram localizadas e entrevistadas quanto a ingestão de alimentos servidos na ocasião.
Alguns dos resultados da investigação são apresentados a seguir:

Distribuição de participantes no jantar segundo o estado de saúde

Estado de saúde Frequência

Doente 46

Não doente 29

Total 75

Distribuição de participantes segundo a ingestão de presunto.

Consumiram Ficaram doentes


Total
presunto Sim Não

Sim 29 17 46

Não 17 12 29

Total 46 29 75

Distribuição de participantes segundo a ingestão de sorvete de baunilha.

Consumiram Ficaram doentes


Total
presunto Sim Não

Sim 43 11 54

Não 3 18 21

Total 46 29 75

Distribuição de participantes segundo a ingestão de bolo de chocolate.

Consumiram Ficaram doentes


Total
presunto Sim Não

Sim 26 22 48

Não 20 7 27
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Total 46 29 75

A) Qual a medida de ocorrência/frequência mais apropriada para se calcular


neste estudo? Justifique.
Incidência. Assume-se que todos eram livres da condição ao início e foi possível
observar o desfecho em todos os sujeitos ao final.
B) Calcule essa medida em relação a todos os participantes do jantar, e para cada
grupo de participantes, segundo informação sobre a ingestão de cada
alimento investigado.
Incidência entre todos os participantes = 46 / 75 = 0,60
Incidência para os consumidores de presunto = 29 / 46 = 0.6304348
Incidência para os consumidores de sorvete = 43 / 54 = 0.7962963
Incidência para os consumidores de bolo = 26 / 48 = 0.5416667

C) Dentre os alimentos apresentados, qual foi mais provavelmente, a causa da


intoxicação alimentar? Justifique.

O sorvete, pois a maior incidência está nos que consumiram o sorvete e até mesmo os que
não consumiram presunto mas consumiram sorvete ficaram mais doentes do que em
comparação com os outros alimentos.
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4. O diagrama ao lado representa a trajetória de 20 indivíduos que participaram de um


estudo epidemiológico com 5 anos de duração para estimar a incidência de uma
doença “X”. Durante esse período, esses indivíduos são observados por tempos
diferentes (Tempo de observação iniciado pela linha e marcado com um ponto preto).
Alguns indivíduos são observados por todo o período do estudo, enquanto outros são
recrutados posteriormente ao início do estudo, e outros não continuam até o final. O
ponto preto marca a entrada dos indivíduos no estudo, o “C” marca partida por
migração ou qualquer outro motivo não relacionado com o desfecho do estudo, e o
“D” marca o desenvolvimento da doença.

A) Calcule a taxa de incidência da doença X no período observado;


5 / 53 = 0,094 = 9,4 / 100 pT
B) Calcule a prevalência da doença X em cada ano do estudo;
Ano 1 = 0 / 7 = 0,0
Ano 2 = 0 / 10,5 = 0,0
Ano 3 = 2 / 12,5 = 16,0 / 100 pT
Ano 4 = 1 /11,5 = 8,7 / 100 pT
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Ano 5 = 2 / 11,5 = 17,4 / 100pT

C) Calcule a proporção de incidência da doença X após 5 anos de estudo;


Precisa-se assumir uma coorte fixa, e que todos iniciaram o seguimento no início do
ano 1 para tornar essa medida interpretável.
Incidência acumulada = 5 / 20 = 0,25

D) Compare as medidas e interprete-as.

A incidência da doença acaba tendo um resultado maior após os 5 anos de estudo do que a
prevalência da doença por ano de estudo, além disso são usados diferentes tempos de
observação por isso cada tipo de medida nos trará um tipo de resultado de acordo com o
tempo de observação dos indivíduos.
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5. A tabela aprestada a seguir refere-se a um estudo sobre segurança no ambiente de


trabalho em duas fábricas, baseando nos registros do sistema de vigilância epidemiológica
relativos a um período de um ano.

Fábrica A Fábrica B

Casos 40 60

Empregados (total) 1.000 1.000

12 meses 100 1.000

9 meses 200 0

6 meses 500 0

3 meses 200 0

A) Qual a medida de frequência mais adequada para estimar o risco de acidente de


trabalho neste estudo? Justifique.
Taxa de incidência, pois são diferentes tempos de observação entre as fábricas e dentro delas.
B) Calcule esta medida para cada uma das fábricas e, com base nos resultados, apresente
as suas conclusões relativas a este estudo.

Fábrica A= 40/(100+(3/4*200)+(1/2*500)+(1/4*200))= 72,73/1000 pT

Fábrica B= 60/1000= 60,00/1000pT

Conclui-se que os riscos de acidente na fábrica A são maiores do que na fábrica B.


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6. “Cólera: o Brasil é o segundo no mundo. Dados da OMS revelam que 94 países foram
atingidos pela doença sendo o Zaire o de maior incidência, com cerca de 58.000 casos
(com 4.181 mortes), seguido pelo Brasil (cerca de 50.000 casos e 544 mortes).”
A) Com as informações acima, podemos afirmar que a taxa de incidência no Zaire
é maior do que no Brasil? Justifique.
Não, porque não possui o denominador da taxa disponível para calcular a mesma.
B) O que expressa esta medida de ocorrência?
O risco de cólera no período e população escolhida e analisada.
C) Em qual dos dois países citados a gravidade da doença foi maior?

Letalidade no Zaire = 4181 / 58000 = 7,2 / 100 pT- 7,2%

Letalidade no Brasil = 544 / 50000 = 1,1 / 100 pT- 1,1%


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7. Numa determinada comunidade, a letalidade do sarampo foi de 10% no ano de 1994.


Durante esse ano ocorreram 50 óbitos da doença. Qual o número de casos de sarampo
nessa comunidade no ano de 1994?

50 . x = 0,10

50 / 0,10 = 500
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8. Considere uma coorte fixa de indivíduos portadores de vírus da imunodeficiência


humana (HIV), infectados ao longo de um mesmo ano-calendário, através da mesma
via. A ilustração a seguir mostra, resumidamente, a história natural da doença da
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), sem a interferência de qualquer
tratamento.

INFECÇÃO AIDS ÓBITO

TO T1 T2

Tomando como referência um cenário em que nenhum tratamento esteja disponível,


representado pela ilustração acima, discuta os possíveis impactos esperados dos
medicamentos antirretrovirais, a curto prazo, sobre o número de casos prevalentes de
infecção pelo HIV (considere os indivíduos assintomáticos apenas) e sobre o número
de novos casos, prevalentes e óbitos por AIDS, caso estes medicamentos:
A) Aumentem o período de incubação (T0 a T1) sem alterar a sobrevida dos
pacientes com AIDS (T1 a T2).
P (hiv) = aumenta
I (aids) = diminui
P (aids) = diminui
M (aids) = diminui
B) Aumentem o período de incubação (T0 a T1) e a sobrevida dos pacientes (T1 a
T2).

P (hiv) = aumenta

I (aids) = diminui

P (aids) = depende

M (aids) = diminui
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9. Que efeitos a incorporação de um novo tratamento que evita a morte, porém, não
leva a cura, produz sobre a incidência e a prevalência de uma doença? Justifique.

A incidência seria mantida e a prevalência seria aumentada, pois o paciente continuaria


infectado com a doença mantendo a incidência e ao aumentar a vida do paciente, aumenta-se
o tempo de duração da doença aumentando a prevalência.

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