Você já sabe que sedentarismo, alimentação inadequada e tabagismo são
fatores de risco para o desenvolvimento de doenças sérias e até a morte.
Mas você sabia que a solidão pode ser um fator de risco tão forte quanto o tabagismo e a obesidade? A solidão, que é a percepção de isolamento social, pode afetar poderosamente o sistema imune, criar maior probabilidade do desenvolvimento de alzheimer e depressão. Em estudo, encontrou-se que quanto mais solitários eram os idosos estudados, menos tempo de vida eles tiveram. Mas porque a solidão nos afeta tanto assim? Nós, seres humanos, possuímos uma motivação básica universal de criar vínculos afetivos significativos e mantê-los, algo conhecido como necessidade de vínculo ou necessidade de conectividade social. Essa necessidade humana é tão forte e básica, que estar desconectado socialmente pode nos causar danos biológicos e psicológicos irreparáveis! Quando o assunto é solidão o que importa não é o quão sozinho alguém realmente está, mas sim o quão sozinho alguém percebe que está. A percepção de isolamento social está muito mais associada aos danos, do que ao isolamento social concreto. A evolução humana resultou em uma série de mecanismos cognitivos e biológicos que nos pré-dispõe a buscar conexões com os outros. Mas o isolamento social também afeta outras espécies de animais. Em experimentos com animais, como moscas, ratos e macacos, identificaram que o isolamento social pode encurtar o ciclo de vida, se associar com danos neurais, obesidade, diabetes e muitos outros danos. Enquanto isso várias pesquisas indicam que satisfazer a nossa necessidade de se sentir conectados socialmente, pode melhorar a saúde, a autoestima, tornar as pessoas mais generosas, felizes e até leva-las a ver mais sentido na vida. Por meio desses estudos, principalmente durante a Pandemia, a psicologia tem mostrado o quão importante em nossas vidas são os nossos vínculos afetivos, e cuidar deles pode ser uma das formas de cuidarmos de nós mesmos, assim como quando fazemos exercícios físicos ou nos alimentamos melhor. Então, pode sair correndo para dar um abraço a sua mãe seus amigos. Compartilha para que mais pessoas saibam da importância dos nossos vínculos afetivos para nossa própria saúde mental e física.
Melhorado:
A solidão pode ter um impacto significativo em nossa vida, afetando nosso
bem-estar emocional e até mesmo nossa saúde física. A solidão é a percepção de estar isolado socialmente, e pode desencadear uma série de consequências negativas. Estudos mostram que indivíduos que se sentem solitários têm uma maior probabilidade de desenvolver problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade. Além disso, a solidão também pode enfraquecer nosso sistema imunológico e aumentar o risco de doenças graves.Nós, seres humanos, somos seres sociais por natureza. Temos uma necessidade inata de nos conectar com os outros e desenvolver relacionamentos significativos. Quando nos sentimos desconectados socialmente, isso pode afetar nosso senso de pertencimento, autoestima e até mesmo nossa visão de sentido na vida.
É importante reconhecer a importância dos laços afetivos e cuidar ativamente
de nossos relacionamentos. Isso envolve buscar conexões sociais significativas, cultivar amizades e manter contato com as pessoas que nos são importantes. Além disso, é fundamental estar presente para os outros e oferecer apoio emocional quando necessário. Durante a pandemia, muitas pessoas experimentaram um aumento na solidão devido ao distanciamento social e restrições. É essencial encontrar maneiras alternativas de se conectar, como através de chamadas de vídeo, mensagens ou até mesmo participando de grupos de interesse comum online. Lembre-se de que, como seres humanos, precisamos uns dos outros para nosso bem-estar emocional e físico. Priorizar os laços afetivos e cuidar de nossos relacionamentos é uma parte essencial do autocuidado. Se você está enfrentando dificuldades com a solidão, buscar apoio de um profissional de saúde mental pode ser benéfico para explorar estratégias de enfrentamento e encontrar maneiras de se reconectar com os outros. Espero que essa reflexão sobre os laços afetivos tenha sido útil para você. Estou aqui para fornecer suporte contínuo e responder a quaisquer outras perguntas ou preocupações que você possa ter.
No nosso último vídeo, falamos sobre como a atenção é uma
capacidade cognitiva fundamental dos nossos cérebros. Se ainda não viu o último vídeo, veja ele antes de continuar. Algumas pessoas são mais atentas de um modo geral, outras pessoas são bem desatentas. Quando uma pessoa possui uma capacidade muito menor que a maioria das pessoas da sua idade e isso a prejudica muito, é possível que seja um caso de TDAH. O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, mais conhecido como TDAH, é um transtorno reconhecido pela Organização Mundial da Saúde e que tem como principais sintomas desatenção excessiva, inquietação e impulsividade. Todas crianças e adultos são, em algum nível, inquietos, desatentos e impulsivos. Isso não quer dizer que essas pessoas tenham TDAH. Pra identificar casos de TDAH, é importante que seja feita uma avaliação sobre vários aspectos da vida da pessoa. Por exemplo, o diagnóstico demanda entre outras coisas que esses sinais ocorram em diferentes contextos, que sejam distoantes de pessoas da mesma faixa etária, sejam prolongados e prejudiquem consideravelmente a vida da pessoa. Os sintomas do TDAH surgem na infância e na maioria dos casos acompanha a pessoa até a fase adulta, embora os sintomas diminuam com o tempo. Como já falamos antes, várias regiões do córtex frontal do cérebro são importantes na regulação das emoções e do autocontrole. Pessoas com TDAH tendem a possuir um funcionamento diferente nessa região. O córtex frontal de pessoas com TDAH costuma ser menor do que o de pessoas sem TDAH e exibir níveis menores de ativação do que seria esperado em algumas regiões. Além disso, neurotransmissores importantes pro funcionamento do córtex frontal, tais como a noradrenalina e a dopamina. costumam estar presentes em níveis menores no cérebro dessas pessoas. O TDAH tem um forte componente genético que pode ajudar a explicar essa diferença no funcionamento cerebral. Por exemplo, parentes de pessoas diagnosticadas com TDAH têm uma chance muito maior de também ter TDAH do que parentes de pessoas que não têm TDAH. Mas ao que tudo indica, os genes resultam em uma pré-disposição para desenvolver o TDAH, embora outros fatores também possam ser importantes, tais como o consumo de drogas por parte da mãe durante a gestação. Um dos recursos mais comuns no tratamento do TDAH são medicações baseadas em um composto químico chamado de metilfenidato e comercialmente conhecido como ritalina. A ritalina tende a deixar a pessoa com maior autocontrole e concentração do que é normal pra ela e geralmente não leva à efeitos colaterais ruins. Essa é uma das razões pelas quais há tanta procura por remédios como esse. Mas o uso inadequado pode levar à efeitos colaterais como dores, enjôo, insônia e outros. Por isso, é uma medicação que só deve ser usada com a recomendação e o acompanhamento de um profissional competente. O não tratamento do TDAH pode trazer sérios prejuízos para a vida de uma pessoa. Algumas pesquisas indicam que pessoas com TDAH têm mais chance de ter um menor nível de escolaridade, maior envolvimento com acidentes de trânsito, abuso de drogas e divórcio. Como o diagnóstico do TDAH depende de informações subjetivas e potencialmente enviesadas como o relato dos pais, erros de diagnóstico e prescrições inapropriadas de medicação são problemas que podem ocorrer. Mas realizar diagnósticos e prescrever medicações não são um problema, o problema é fazê-los de maneira inapropriada assim como seria no caso de qualquer outro transtorno. Nas condições ideais, o diagnóstico e a medicação podem ser muito úteis. Com um tratamento adequado, boa parte das crianças chegam à fase adulta com menos dificuldades e melhor adaptadas aos meios em que vivem. Ajude-nos a fazer com que mais pessoas saibam o que é o TDAH curtindo e compartilhando o nosso vídeo nas suas redes sociais e se inscrevendo no nosso canal! Você já deve ter ouvido falar que muitas crianças têm TDAH, especialmente aquelas que não param quieto nunca e dão muito trabalho para os pais, mas será que essas crianças podem levar o transtorno para a fase adulta? Eu sou o André, tenho um doutorado em psicologia e sim, existem adultos com TDAH. Hoje, com a ajuda do amigo e psicólogo Tiago Oliveira, quero explicar quais são as diferenças entre o TDAH em crianças e adultos, quais são algumas das principais causas, consequências e tratamentos dessa condição. Se você gosta do trabalho que a gente desenvolve aqui no YouTube, não deixa de clicar no joinha para nos ajudar, inscreva-se no canal, siga a gente nas redes sociais e acompanhe o nosso podcast no Spotify. O TDAH é caracterizado por um padrão persistente de pelo menos uma de duas coisas: a desatenção ou a hiperatividade-impulsividade. O termo "impulsividade" aparece junto de hiperativdade desse jeito porque é bem comum que elas andem juntas, mas hoje vou falar só na hiperatividade para ser mais conciso. Existem três subtipos de TDAH. No de apresentação combinada, a pessoa vive grandes prejuízos tanto por conta da desatenção quanto da hiperatividade. Nos outros 2 tipos, o que predomina é a desatenção ou a hiperatividade. Nesses casos, não significa que as pessoas nunca apresentem um ou outro sintoma do outro tipo. Um adulto com TDAH de apresentação predominantemente desatenta pode ter alguns sintomas hiperativos, mas não suficientes para preencher os critérios diagnósticos. A desatenção inclui coisas como frequentemente não prestar atenção em detalhes, ter dificuldades em manter o foco em tarefas ou trabalhos até finalizá-los, procrastinar, parecer que não estava ouvindo o que alguém acabou de lhe dizer e perder objetos, como chaves ou celulares. Já quanto à hiperatividade, é bem comum que a pessoa fale bastante, interrompa a fala dos outros sem perceber, tenha dificuldade de ficar parada, em silêncio ou sentada, mesmo que por pouco tempo. Adultos com níveis elevados de hiperatividade podem experimentar uma grande inquietação, um desconforto ao ficarem parados, muita dificuldade de realizar atividades de lazer com calma e de esperar a própria vez em filas, por exemplo. O DSM lista 9 sintomas para a desatenção e outros 9 para a hiperatividade. Um adulto com TDAH apresentará no mínimo 5 desses sintomas em uma das duas categorias, enquanto uma criança apresentará pelo menos 6. Entre adultos com TDAH, muitos dos sintomas estão presentes desde antes dos 12 anos de idade. O TDAH é comum e costuma se iniciar na infância. Alguns dados sugerem que cerca de uma em cada 20 crianças possuem o transtorno, enquanto que, para adultos, essa proporção muda para um em cada 40 adultos. Ou seja, em torno de metade das crianças com TDAH costumam levar o transtorno para a fase adulta. A hiperatividade muitas vezes diminui da infância para a fase adulta, mas também é possível que os sintomas simplesmente se modifiquem. Por exemplo, é comum que crianças hiperativas saiam correndo para todo lado, mas adultos não. Isso não quer dizer que a hiperatividade não esteja lá, mas sim que ela pode se apresentar de formas menos gritantes. Adultos com TDAH tendem a sofrer mais com a desatenção do que com a hiperatividade, levando esses sintomas para os novos contextos da fase adulta. Dificuldades nas tarefas escolares se transformam em dificuldades na faculdade, no trabalho e nos relacionamentos, por exemplo. O TDAH está entre os transtornos com o maior grau de influência da hereditariedade. Isso significa que se existe um histórico de TDAH na sua família, as chances são maiores de que você o desenvolva também. Inclusive, é comum que um pai ou uma mãe descubra que tem TDAH depois que o filho recebe o diagnóstico. É nessa hora que muitos pais conhecem melhor transtorno e buscam um profissional para serem avaliados. Ainda não se sabe totalmente o porquê o TDAH de algumas pessoas que o exibem na infância perdura até a fase adulta, mas uma meta-análise sugere que existem pelo menos 2 fatores bem decisivos. O primeiro deles é a gravidade dos sintomas na infância, sendo que quem exibe sintomas mais severos tem maiores chances de ainda demonstrá-los na fase adulta. O segundo é apresentar outros transtornos, como os depressivos ou o da conduta. Muitos acham que pessoas com TDAH são desatentas, hiperativas ou impulsivas o tempo todo ou em qualquer situação, só que isso não é verdade. Todo mundo apresenta alguma dificuldade para realizar atividades repetitivas ou desinteressantes, a diferença é que, para pessoas com o transtorno, essas atividades são muito mais difíceis ou quase impossíveis em alguns casos. Muitos adultos com TDAH apresentam níveis de escolaridade mais baixos do que a maioria das pessoas, têm maiores dificuldades de se manterem empregados e de tomarem boas decisões financeiras. Eles também podem sentir maiores dificuldades em perceber e reconhecer as emoções dos outros, o que pode atrapalhar nos relacionamentos com amigos, colegas de trabalho ou parceiros românticos. Sabemos que alguém com esse transtorno possui uma chance maior de exibir outros transtornos também, como os depressivos, de ansiedade e relacionados ao uso de substâncias. Em geral, mulheres adultas com TDAH tendem a apresentar menos comportamentos de risco do que homens adultos com TDAH. Elas costumam ter mais dificuldades ligadas à falta de organização, à impulsividade e à desatenção, o que acaba as afastando um pouco do estereótipo de alguém com TDAH. Isso, por sua vez, diminui as chances de que elas recebam esse diagnóstico. O resultado é que muitas mulheres adultas com TDAH não recebem um tratamento adequado. O ideal para homens e mulheres com suspeita de TDAH é procurar pela indicação de um bom profissional que possa avaliá- los. Para muitos casos, o uso de medicamentos pode contribuir bastante para a qualidade de vida da pessoa, sendo que a escolha dos medicamentos mais recomendáveis depende de cada caso. A psicoterapia também é uma forma de tratamento frequentemente recomendada. Geralmente, o ponto de partida é a psicoeducação sobre o TDAH e ela envolve ensinar à pessoa sobre o transtorno em si, como ele interfere com o cotidiano dela e como pode ser tratado. Uma ferramenta muito usada na psicoterapia voltada para o TDAH é o treinamento comportamental. Nele, a pessoa pode desenvolver habilidades que trarão mais estrutura e rotina ao seu cotidiano. Aprender estratégias simples como montar listas de afazeres, usar agendas e colocar lembretes no celular pode ajudar muito. Também é comum que, durante a psicoterapia, outros fatores, como crenças ou comportamentos disfuncionais e desenvolvidos a partir do TDAH sejam modificados para ajudar a pessoa a lidar melhor com os sintomas. Essas crenças e padrões de comportamento podem ter surgido como uma tentativa de se adaptar a situações frustrantes que decorreram do transtorno, como broncas frequentes de pais, fracassos constantes em alcançar alguns dos seus objetivos e relacionamentos frustrados. É sempre muito recomendável que as pessoas procurem ajuda profissional, mas aqui vão algumas dicas que podem ajudar quem vive problemas ligados ao TDAH de forma direta ou indireta, por conviver com alguém que possui o transtorno. Dica número 1: entenda e explique o TDAH para os outros. Entendê-lo é fundamental não só para a própria pessoa que o enfrenta, mas também para quem convive com essa pessoa. Esses indivíduos precisarão lidar com algumas consequências do transtorno e eles podem tornar tudo mais fácil ou difícil para quem tem o TDAH. Dica número 2: descubra em que tipo de ambiente você trabalha melhor. Pessoas com TDAH tendem a se distrair muito facilmente, ainda mais quando a tarefa não é tão interessante assim para elas. Em geral, elas trabalham melhor em ambientes silenciosos e com menos distrações ou interrupções. Smartphones podem tornar ainda mais difícil se concentrar no que você precisa fazer, então garanta que ele não possa te atrapalhar quando estiver trabalhando ou estudando. Dica número 3: planeje horários específicos para se distrair. Não é razoável esperar que você conseguirá trabalhar por várias horas seguidas sem nenhuma interrupção. Isso é difícil até para alguém que não possui TDAH. A cada período de trabalho concluído, você pode se recompensar com um intervalo de distração. Nesse momento, você pode fazer o que preferir, como apenas relaxar um pouco no sofá, fazer um alongamento ou assistir a algum vídeo do Minutos Psíquicos. O TDAH é um transtorno comum e que atrapalha a vida pessoal e profissional de várias pessoas ao redor do mundo. Muitos acham que ele só ocorre em meninos, mas a verdade é que ele ocorre em adultos e em mulheres também, tornando a vida dessas pessoas muito mais difícil. Sem um tratamento adequado, o TDAH pode gerar vários prejuízos na vida de alguém e por um bom tempo. Muitos adultos que sofriam com esse transtorno têm conseguido viver vidas mais satisfatórias com a ajuda de profissionais. Se você já é adulto e se identificou muito com as coisas que descrevemos aqui, recomendamos que procure esse tipo de ajuda. Se quiser entender mais sobre a atenção e outros processos cognitivos que nos permitem captar a realidade, não deixa de ler o meu livro que acabou de ser lançado: "Ser humano: Manual do usuário - As origens, os desejos e o sentido da existência humana". Você pode comprá-lo no link que está aqui embaixo, na descrição do vídeo. Um capítulo do livro é dedicado a falar sobre as principais limitações e potencialidades da mente humana, e nesse quesito é difícil não mencionar a atenção, já que ela faz toda a diferença no dia a dia. Se os assuntos que a gente aborda aqui no canal te interessam, mas você ainda não tem tanta familiariedade com a psicologia, esse livro pode ser um ótimo ponto de partida. Muito obrigado a todos vocês que fazem parte do programa de apoiadores do Minutos Psíquicos. Vocês são uma enrome motivação para a gente continuar fazendo vídeos aqui no YouTube, e se você gosta do nosso trabalho, mas não é um apoiador nosso, clique em "SEJA MEMBRO" aqui embaixo para saber quais são os benefícios exclusivos que a gente oferece em troca do seu apoio. Agora você também pode fazer uma doação direta para o canal através de um pix e o QR code para fazer isso está aqui na tela. Hoje falamos sobre o TDAH em adultos. Decrevemos os diferentes tipos de TDAH, qual a proporção de adultos que costumam apresentá-lo e quais sintomas são os mais persistentes na fase adulta. No final, falamos sobre o tratamento e demos algumas dicas de como reduzir o impacto dos sintomas no seu dia a dia. O que você achou do vídeo de hoje? Se gostou,