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Atenção Básica

ASBC - CASO 1

TURMA C
Transtornos de humor
DEPRESSÃO - CONCEITO
Luiza Lucas Milbradt
Código: 833950
HUMOR: Emoção ou um tom TRANSTORNOS DE HUMOR:
de sentimento difuso e categoria importante de doença
persistente que influencia o psiquiátrica, consistindo em
comportamento de uma transtorno depressivo, transtorno
pessoa e colore sua bipolar e outros transtornos →
percepção de ser no mundo sinais e sintomas de transtorno do
humor incluem mudanças no nível
de atividade, nas capacidades
cognitivas, na fala e nas funções
vegetativas, resultando em
comprometimento do
funcionamento interpessoal, social
e ocupacional
DEPRESSÃO:
A depressão é uma condição médica comum, crônica e recorrente
com diversos impactos ao indivíduo e aos serviços de saúde

Alteração de humor caracterizada por humor deprimido e


diminuição do prazer ou interesse nas atividades quase todos os
dias, alterações no sono, apetite, energia, concentração e
pensamentos que causa sofrimento significativo e prejudica o
funcionamento social e profissional do indivíduo
BIBLIOGRAFIA:
1. Kaplan and Sadock
2. Sociedade Brasileira de Psiquiatria
Epidemiologia

Mateus Furlan Riga


834891
Incidência e prevalência

● O transtorno depressivo maior tem a prevalência mais alta


ao longo da vida: 17% de todos os transtornos psiquiátricos.
● As taxas de prevalência de outros transtornos depressivos
variam, algumas se aproximam à do transtorno depressivo
maior, mas não alcançam a marca dos 17%.
Incidência e prevalência

● As taxas de prevalência de diferentes formas clínicas de


transtorno bipolar, por sua vez, nem se aproximam às dos
transtornos depressivos, também variando entre si.
Sexo

● O transtorno depressivo maior é 2 vezes mais prevalente


em mulheres do que em homens.
○ Hipóteses:
■ Diferenças hormonais.
■ Efeitos do parto.
■ Diferentes estressores psicossociais.
■ Modelos comportamentais de impotência.
Idade

● A idade média de início para o transtorno depressivo maior


é em torno dos 40 anos, com metade dos pacientes
iniciando o quadro entre os 20 e os 50 anos.
Estado civil

● O transtorno depressivo maior ocorre mais


frequentemente em pessoas SEM relacionamentos
interpessoais íntimos e naquelas que são
divorciadas/separadas.
Bibliografia

Kaplan & Sadock:


Compêndio de Psiquiatria (11a Edição)
QUADRO CLÍNICO DA DEPRESSÃO
Ana Beatriz Menezes da Costa Silvestre
834046
TIPOS DE DEPRESSÃO
● DEPRESSÃO MAIOR: clássica
○ humor depressivo: apatia, tristeza, choros frequentes, sentimento de culpa
○ ideação suicida: pensamento de morte, automutilação, suicídio
○ anedonia
○ retardo motor e lentificação do pensamento
○ alteração dos equivalentes orgânicos
■ sono: insônia intermediária ou terminal
■ apetite: redução
■ libido: redução
○ fadiga, mal estar, cansaço
● DEPRESSÃO ATÍPICA:
○ alteração dos equivalentes orgânicos:
■ hipersonia
■ aumento do apetite
■ diminuição da libido
○ sensação de corpo pesado
○ sensibilidade exagerada à rejeição
● DEPRESSÃO SAZONAL:
○ humor deprimido, aumento do apetite, hipersonia, anedonia, diminuição da libido e isolamento social → intensificados
no inverno
TIPOS DE DEPRESSÃO
● DEPRESSÃO PSICÓTICA:
○ humor deprimido
○ perda de contato com a realidade: alucinações e delírios
■ alucinações: *auditivas
■ delírios: de culpa, doença incurável, pecado, pobreza e desastres iminentes
○ doença grave, mau prognóstico
● DEPRESSÃO PERSISTENTE (DISTIMIA):
○ quadro mais leve e crônico
○ alterações estão presentes na maior parte do dia, todos os dias, por, no mínimo, dois anos
○ alterações dos equivalentes orgânicos não são tão comuns
○ sintomas mais comuns: anedonia, preocupação excessiva, cansaço, desânimo, letargia
● DEPRESSÃO PÓS-PARTO:
○ distante e afastada da família e amigos
○ ansiedade, preocupação, ataques de pânico ou pensamentos acelerados
○ cansaço
○ irritação
○ humor deprimido
● DEPRESSÃO SECUNDÁRIA:
○ síndromes depressivas associadas ou causadas por doenças medico-sistêmicas e/ou por medicamentos
BIBLIOGRAFIA
● Kaplan e Sadock
● Depressão — Português (Brasil) (www.gov.br) → Ministério da Saúde
DIAGNÓSTICO DA DEPRESSÃO
Luiza Theodoro Lima Agnesini - 767224
● 5 ou mais SINTOMAS DE EPISÓDIO DEPRESSIVO durante 2 semanas, sendo um deles humor

deprimido e/ou perda de interesse ou prazer (anedonia);

■ SINTOMAS DE EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR:


→ Humor deprimido na maior parte do dia
→ Diminuição de interesse ou prazer
→ Perda ou ganho de peso sem estar fazendo dieta
→ Insônia ou hipersonia quase diária.
→ Agitação ou retardo psicomotor
→ Fadiga ou perda de energia quase todos os dias
→ Culpabilidade ou sentimentos de inutilidade
→ Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar
→ Pensamentos de morte, ideação suicida (com ou sem plano específico) ou tentativa de
suicídio
● Todos os dias por pelo menos 2 semanas (exceto ideação suicida ou pensamentos de
morte).
● Sem uma história de um episódio maníaco, misto ou hipomaníaco
● Sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social, profissional

➢ O diagnóstico é excluído se os sintomas forem

resultado de luto normal e se sintomas


psicóticos estão presentes na ausência de
sintomas de humor e não é atribuível aos efeitos
fisiológicos de uma substância ou a outra
condição médica.
● 2 ou mais episódios de depressão:

caracteriza-se como transtorno


depressivo maior recorrente;

● A persistência dos sintomas menos

intensos pelo período de 2 anos


caracteriza o transtorno depressivo
persistente ou distimia.
REFERÊNCIAS:

● Kaplan;
● DSM;
● Sociedade Brasileira de Psiquiatria.
Thiago Viana Lemo - 833326
Terapia Psicossocial- Cognitiva, interpessoal, comportamental,
orientação psicanalítica.

EMT- Para adultos sem melhora com tratamento convencional.

Privação do sono- Temporário, revertido pela noite de sono.

Fototerapia- Tratamento para TAS ou transtornos do sono


Farmacologico-
Efeitos colaterais presentes em medicações

Mais antigos- IMAO(Isocarboxazida), ATC (Amitriptilina)

Mais novos- “menos efeitos colaterais” (tabela abaixo)

Recomendações- aumentar dose antes de trocar de classe, e manter por 4


semanas; resposta em 2-3 semanas
Duração- 6 meses
Medicamento inicial- depende da cronicidade da condição, do curso da doença,
da história familiar de doença e resposta ao tratamento, da gravidade dos
sintomas, das condições clínicas gerais ou outras condições psiquiátricas
concomitantes, das respostas anteriores a outros tratamentos da fase aguda, de
possíveis interações medicamentosas e da preferência do paciente.

Uso dos efeitos colaterais- Sedativos para pacientes ansiosos (podem se tornar
dependência)

Fracassos- Não tolerar efeitos colaterais, sem resposta clínica, diagnostico


errado.

Combinações- Se falha, se torna uma opção (normalmente se muda a


medicação primeiro antes de combinar)

Bibliografia- Kaplan and Sadock


Conceito
de
Transtorno bipolar
Levi Carrijo Andrade
833967
Definição

- O Transtorno Bipolar é um distúrbio psiquiátrico complexo, com alternância súbita de


episódios de depressão com os de euforia (mania e hipomania);
- Entre esses episódios há períodos assintomáticos;
- As crises podem variar de intensidade, frequência e duração. Sendo que essas
flutuações no humor podem trazer reflexos negativos sobre o comportamento e
atitudes dos pacientes;
Tipos de Transtorno Bipolar

- Transtorno bipolar Tipo I

O portador apresenta períodos de mania (duram 7 dias no mínimo) e fases de humor deprimido (duram de
duas semanas a vários meses). Tanto na mania quanto na depressão, os sintomas são intensos e provocam
profundas mudanças comportamentais e de conduta, que podem comprometer não só os relacionamentos
familiares, afetivos e sociais, como também o desempenho profissional, a posição econômica e a segurança
do paciente e das pessoas que com ele convivem.

- Transtorno bipolar Tipo II

Há uma alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado mais leve de euforia,
excitação, otimismo e, às vezes, de agressividade), sem prejuízo maior para o comportamento e as atividades
do portador.
Epidemiologia

- A incidência anual de doença bipolar é geralmente considerada < 1%, mas ela é difícil
de estimar, pois formas leves muitas vezes passam despercebidas.
- O transtorno bipolar I tem uma prevalência igual entre homens e mulheres.
● Episódios maníacos são mais comuns em homens, e episódios depressivos em mulheres.
- A idade de início do transtorno bipolar I varia da infância (5 anos) aos 50 anos.
- Uma incidência mais alta do que a média de transtorno bipolar I é encontrada entre
os grupos socioeconômicos mais altos; entretanto, ele é mais comum em pessoas que
não têm curso superior do que naquelas com diploma universitário.
REFERÊNCIAS
SADOCK, BJ; SADOCK, VA; RUIZ P. Compêndio de Psiquiatria, 11ª ed., Editora
Artmed, 2017

KAPLAN, HL, SADOCK, BJ, GREBB, JA. Compêndio de Psiquiatria, 9ª ed.,


Editora Artes Médicas, 2007
Quadro clínico - Transtorno Bipolar

Isabel Aparecida Tór Bricoleri - 766981


Síndromes Depressivas: ● perda ou aumento do apetite/peso,
● constipação,
● tristeza, ● indigestão,
● melancolia, ● distúrbios sexuais (diminuição
● choro fácil e/ou frequente, ● da libido e disfunção erétil),
● apatia (indiferença afetiva), ● palidez,
● falta de sentimento, ● ideação negativa,
● incapacidade de sentir prazer, ● ideias de arrependimento,
● tédio e aborrecimento, ● culpa, abandono,
● irritabilidade aumentada, ● autopunição,
● angústia,
● morte,
● ansiedade,
● desejo de desaparecer,
● desespero,
● tentativas suicidas,
● fadiga,
● cansaço fácil e constante, ● baixa autoestima,
● distúrbios do sono (insônia ou ● vergonha, lentificação
hipersonia), ● psicomotora, diminuição do discurso,
redução do tom de voz, dificuldade de
concentração.
Depressão em Crianças e Adolescentes: fobia escolar e apego
excessivo aos pais podem ser sintomas de depressão em crianças.
Mau desempenho escolar, abuso de drogas, comportamento
antissocial, promiscuidade sexual, ociosidade e fuga de casa
podem ser sintomas de depressão em adolescentes.

Depressão em Idosos: é o grupo etário mais atingido pela


depressão e o baixo reconhecimento dessa doença pode ocorrer
porque o transtorno aparece com mais frequência por meio de
queixas somáticas.
Síndromes maníacas:
Euforia, aumento da autoestima, bem-estar exagerado, aumento da
libido, perda de peso, anorexia, insônia, logorreia (produção verbal
rápida, fluente e persistente), irritabilidade e arrogância, agitação
psicomotora, desinibição social e sexual, tendência exagerada a
gastos excessivos, descontrole dos impulsos, agressividade física
ou verbal, delírios de grandeza ou de poder.

hipomania é a forma clínica atenuada da mania, que não produz


uma disfunção social grave.
Mania em Adolescentes: a mania em adolescentes
costuma ser diagnosticada de forma errônea como
transtorno da personalidade antissocial ou esquizofrenia.
Os sintomas podem incluir psicose, abuso de álcool ou
outras substâncias, tentativas de suicídio, problemas
escolares, sintomas de TOC, queixas somáticas múltiplas
e irritabilidade acentuada levando a brigas e a outros
comportamentos antissociais.
Referências:

KAPLAN, HL, SADOCK, BJ, GREBB, JA. Compêndio de Psiquiatria, 9ª


ed., Editora Artes Médicas, 2007
Transtorno Bipolar: Tratamento
Laíse Alves Ribeiro
Condição
socioeconômica

Efeitos
colaterais

Adesão ao
tratamento Capacidade de insight

Suporte
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Hospitalização

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Hospitalização
● A primeira e mais crítica decisão que um médico precisa tomar é quanto a hospitalizar o paciente
ou tentar um tratamento ambulatorial.
● Indicações claras para hospitalização são o risco de suicídio ou homicídio, a capacidade
acentuadamente reduzida do indivíduo de obter alimento e abrigo e a necessidade de
procedimentos diagnósticos. Uma história de sintomas de rápida progressão e a ruptura do sistema
de apoio habitual também são indicações para a hospitalização.
Terapia Psicossocial
● Terapia cognitiva.
● Terapia interpessoal.
● Terapia comportamental.
● Terapia de orientação psicanalítica.
Tratamento Farmacológico
● O tratamento farmacológico dos transtornos bipolares é dividido em fases aguda e de manutenção.
● O lítio e sua combinação com antidepressivos, antipsicóticos e benzodiazepínicos tem sido a
principal abordagem à doença, mas três anticonvulsivantes estabilizadores do humor
(carbamazepina, valproato e lamotrigina) foram adicionados mais recentemente, bem como uma
série de antipsicóticos atípicos, a maioria deles é aprovada para o tratamento de mania aguda, um
também para monoterapia de depressão aguda e três para tratamento profilático.
Tratamento de mania aguda Tratamento de depressão Tratamento de manutenção
bipolar aguda de transtorno bipolar
Os agentes podem ser usados de forma A utilidade relativa de Sedação, comprometimento cognitivo,
isolada ou em combinação para diminuir a antidepressivos-padrão na doença bipolar tremor, ganho de peso e erupções cutâneas
exaltação do paciente. Tratamento de depressão
permanece controversa devido a sua são alguns efeitos colaterais que levam à
A adesão ao tratamento, entretanto, é propensão
bipolar agudaa induzir ciclagem, mania ou descontinuação do tratamento.
muitas vezes problemática, porque hipomania. Por conseguinte, os
indivíduos com mania frequentemente não medicamentos antidepressivos são, muitas
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têm um entendimento de sua doença e se vezes, potencializados com um
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recusam a tomar medicamentos. estabilizador do humor no tratamento de
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primeira linha para um primeiro episódio ou
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um episódio isolado de depressão bipolar.

● Lítio. ● Combinação
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e ● Lítio, carbamazepina e ácido valproico,
● Valproato. ● fluoxetina.
Pharetra luctus felis isolados ou em combinação,.
● Carbamazepina. ● ECT.
Proin vel tellus in felis volutpat ● A lamotrigina tem propriedades
● Clonazepam e lorazepam. ● Molestie nec amet cum sociis profiláticas antidepressivas e,
● Antipsicóticos atípicos e típicos. possivelmente, de estabilização do
humor.
Sadock, Benjamin J. - Compêndio
Bibliografia de psiquiatria: ciência do
comportamento e psiquiatria
clínica.

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