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Realização e Publicação:
Organização:
Cecília Collares
Juliana Garrido
Rosangela Villar
Apoio:
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Núcleo de Apoio e Acompanhamento para Aprendizagem-NAAPA como Política
Pública Despatologizante na Secretaria Municipal de Educação-SME- no Município
de São Paulo ............................................................................................................... 53
Sugestões de práticas despatologizantes – contribuição dos participantes ............... 55
Indicações bibliográficas ................................................................................................ 57
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Apresentação
Por ser o primeiro campo das ciências naturais a assumir como objeto de
estudo os seres humanos, a medicina, referência para a ciência moderna, ofereceu
modelo epistemológico para as ciências sociais que a sucederam. Daí decorreu a ideia
de que conhecimentos do campo médico podiam responder a questões do campo
social, político, cultural. É nesse discurso que os processos de medicalização da vida
encontram apoio até os dias de hoje, estejam eles no campo da medicina, da
psicologia ou da educação.
O Brasil é um dos países em que a patologização da vida tem sido mais intensa
e extensa, despontando em todas as estatísticas como um dos maiores consumidores
de pretensos diagnósticos e seus supostos tratamentos. Especificamente em relação à
vida de crianças e adolescentes, a medicalização da educação liga-se à invenção das
doenças-do-não-aprender e das doenças-do-não-se-comportar. Os campos da saúde
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afirmam, há mais de um século, que os graves e crônicos problemas de escolarização e
da vida em sociedade são decorrentes de doenças que eles seriam capazes de resolver.
Assim, aumentam a patologização criando demanda por seus serviços.
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Para escolher o tema de cada encontro, o grupo leva em conta reflexões e
questionamentos pulsantes à época. Para sua sexta edição, realizada em 2016,
elegemos um tema que, apesar de recorrente, segue carente de respostas e de
produção no campo do enfrentamento à patologização: a relação saúde-educação. Há
décadas, crianças e adolescentes são encaminhados aos equipamentos de saúde com a
queixa de dificuldades, transtornos ou distúrbios de aprendizagem. Mas, afinal, até
onde avançamos na produção de respostas despatologizantes a esse problema? As
produções reunidas no encontro abrangeram aspectos teóricos e práticos, mostrando
possibilidades de superação dessa queixa.
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Programação
Data: 14/06/2016
8h30: Credenciamento
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Falas
*
Médico FCM/UNICAMP e CETS/SMS - Campinas – e-mail: fcchacra@gmail.com
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Outra pesquisa que auxilia muito na compreensão da família é a leitura da
REDE DE APOIO FAMILIAR por meio de investigação com seus representantes adultos e
também com a perspectiva da criança. A comunicação direta com a criança e/ou
adolescente sobre sua compreensão desta rede e sobre a dinâmica familiar pode ser
mediada pela proposta do desenho da família, bem como da pesquisa de REDE DE
APOIO SIGNIFICATIVA na vida da criança, utilizando a técnica dos círculos de relação,
do mais íntimo ao mais ampliado, e também possibilitando a expressão daqueles que
começam a se aproximar desta rede e/ou aqueles que já fizeram parte e que no
momento não estão mais incluídos.
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família ou representantes, e com os professores, coordenadores pedagógicos e
gestores da escola. Para isto, é necessária a construção de estratégias de relações, por
meio de relatórios regulares e comunicação direta, presencial ou virtual (e-mails,
mensagens eletrônicas, etc.), sempre garantindo o direito ao sigilo e confidencialidade,
mas também destacando que temos elementos claros para não realizarmos
diagnósticos simplistas, reducionistas e patologizantes, tais como TDAH, TOD,
Transtornos de Ansiedade, Dislexia, Discalculias, etc. Transtornos que, em geral,
colocam o problema da dificuldade escolar na criança ou no adolescente e em suas
famílias, e resultam na saída fácil do uso de medicamentos como o metilfenidato, com
todo o risco de seus efeitos colaterais e do estigma que o diagnóstico promove.
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parceria do apoio matricial do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), das Equipes
de Saúde Mental, do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e, ampliando a discussão,
dos profissionais da escola e outros setores, promovendo a abordagem da
INTERSETORIALIDADE e do TRABALHO EM REDE. Entende-se rede não como a criação
de fluxos burocráticos e hierárquicos nas relações, mas sim como uma rede de
cuidados que existe enquanto os indivíduos estão interagindo entre si. Diferentes
serviços, seus trabalhadores e usuários devem fazer parte de interações que sejam
sincrônicas, não hierárquicas, e coordenadas por um objetivo comum, estratégias
flexíveis e descentradas, que, dificilmente, poderiam ocorrer isoladamente.
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Linguagem e a constituição dos sujeitos – a Fonoaudiologia e as práticas
despatologizantes
Paula Otero *
*
Fonoaudióloga NASF Itatiba – e-mail: paulinhadefarias@yahoo.com.br
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E que dessas práticas coletivas possam surgir novas construções de olhar, menos
limitantes e mais potencializadores e humanos.
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A prática docente no enfrentamento à patologização
Juliana Garrido *
*
Pedagoga e mestra em saúde da criança e do adolescente – e-mail: juliana.garrido@yahoo.com
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No que se refere à patologização das dificuldades escolares, a ideia de que
determinantes biológicos impedem a aprendizagem disparam um círculo vicioso de
fracasso escolar baseado em:
O fracasso escolar, até hoje visto como consequência de uma falha dos alunos,
é, na verdade, resultado da abordagem medicalizante que se faz deles.
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- humanização das relações no interior da escola e fortalecimento da comunidade
escolar;
O convite que está posto com essa reflexão é o de colocar em xeque respostas
simplistas e médicas para questões complexas e multideterminadas do
desenvolvimento humano. Os caminhos para enfrentar a patologização implicam-nos
enquanto sujeitos constituintes dos alunos e do espaço escolar. Qualquer resultado
positivo ou negativo deve ser entendido em sua multicausalidade, subvertendo a
lógica de produção do fracasso escolar que temos hoje, focada no que nos é alheio.
Cabe à Pedagogia assumir-se enquanto campo central desse desafio, com a
responsabilidade de oferecer respostas eficazes para os problemas que se apresentam
na escola, sem requerer de outros campos de saber o que eles não podem oferecer e
sem deslocar, portanto, o objeto do trabalho escolar para uma abordagem
patologizante.
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A múltipla interface entre a saúde e a prática legislativa
Pedro Tourinho *
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saber na área da saúde e dando prerrogativa quase exclusiva para o médico, como um
juiz da saúde. É preciso, portanto, questionar a falta de construção de uma formação
que permita um olhar multiprofissional, um olhar para o sujeito em sua integralidade,
reconhecendo sua intervenção em todos os processos. A dessubjetivação é uma lacuna
que começa na origem da nossa formação, não apenas em medicina, mas em todas as
áreas.
O terceiro espaço importante para esse debate é o Legislativo, que tem sido um
campo particularmente tenso de disputa da concepção sobre saúde, sobre os
processos educacionais e sobre o papel das políticas públicas. É uma disputa perversa,
pois o legislativo é o espaço mais suscetível à ação dos lobbies e ao modo de operar de
pequenas parcelas da sociedade que conseguem se fazer representar, muitas vezes,
por meio do poder econômico que reúnem. Um exemplo é o PL 710/10, do vereador
Tio Carlos, do Rio de Janeiro, como uma das iniciativas que avançam no país e
atendem a interesses da indústria farmacêutica. O projeto estabelece uma diretriz que
é, em tese, da área da saúde (atendimento a portadores do Transtorno de Déficit de
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Atenção – TDA) para ser cumprida pelos serviços da educação (fazendo caber aos
professores a detecção do transtorno e o encaminhamento dos portadores) e
prevendo a dispensação de medicamento pelo Serviço Único de Saúde. É evidente a
mistura entre ações de defesa de direitos de grupos que têm suas necessidades
negligenciadas e o uso das estruturas de lobbies e da advocacia de frações de pessoas
para garantir um funcionamento de serviços públicos que propiciarão, nesse caso, um
aumento imenso na prescrição de certos medicamentos. A maneira como esse tipo de
projeto circula é grave, pois pressupõe um olhar particular para os processos da saúde,
da educação, das políticas públicas. Pressupõe uma lógica de acolhimento da demanda
restrita de um grupo que pode ser depois capitalizada politicamente. Os vereadores e
deputados que apresentam esse tipo de projeto de lei mostram dois interesses: o
financiamento que podem receber da indústria respectiva a se beneficiar e os votos
que podem reunir com parcela da comunidade a se sentir representada, acolhida e
atendida por iniciativas legislativas dessa natureza. A perspectiva da construção de
rede, que vai proteger direitos de forma ampla a partir de um olhar complexo para as
causas dos problemas sociais a serem enfrentados fica profundamente secundarizado
dentro da perspectiva que vem ganhando força. Já são diversos municípios do Brasil
em que leis como essa foram aprovadas e estão, hoje, em vigor. Apesar de muitas
delas se mostrarem leis inócuas, vemos que estão pautando processos de significação
do tratamento e do cuidar e são utilizadas, quando necessário, para garantir atalhos à
medicalização.
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conseguimos ligar com o processo discutido aqui. Setores e grupos da sociedade
impondo cada vez mais às pessoas que tenham um comportamento normatizado em
um padrão muito estreito. Essa interface, necessariamente, é política e se faz
representar em campo muito mais amplo do que a gente imagina.
20
A prática despatologizante é possível e necessária em equipamentos públicos e o
psicólogo deve-se haver com isso
Rosangela Villar*
*
psicóloga do SUS Campinas - e-mail: rovillar56@gmail.com
21
Agora, falando mais diretamente para os psicólogos, que já colaboraram (e ainda
colaboram) muito com os processos patologizantes nesta sociedade:
- nem sempre há demanda para atendimento clínico – apesar dos outros profissionais
e as famílias nos solicitarem. Muitas vezes, a orientação à família e/ou ao professor é
suficiente para a compreensão e mudança no quadro de queixa. Outras vezes,
contudo, é preciso entrar também com o atendimento clínico para os usuários, que já
se encontram rotulados como fracassados, incapazes, carentes, doentes, portadores
de transtornos, e já não acreditam em si e não investem mais em seus processos de
aprender.
- lembrar que a terapia deve prever um tempo que não crie laços de dependência
sujeito-terapeuta que se transforme em mais um problema para ele – trabalhar
sempre a autonomia e a possibilidade de autodesenvolvimento.
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singulares, deveríamos ter processos educacionais que levassem em conta nossas
diferenças, potencialidades e dificuldades, passageiras ou permanentes. Se num dado
momento da vida, independentemente dos motivos – orgânicos, emocionais, sociais, –
o sujeito evidencia a necessidade de um projeto pedagógico diferenciado, o que
impede a escola de assim agir?
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Trabalhos apresentados –
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A patologização da infância, educação e sociedade a partir de um estudo da analítica
do poder
Rafael Christofoletti*
Objetivos:
Método/Discussão:
*
rafaelchristofoletti@yahoo.com.br
25
A presente análise sobre a patologização da infância, educação e sociedade se
restringe, contudo, a esse “primeiro momento analítico” de Foucault em relação ao
poder.
Conclusões:
Referências bibliográficas
27
Medicalização da Infância: uma revisão bibliográfica
Sandra Braghini*
Objetivo geral:
Objetivos específicos:
Métodos:
A partir destas leituras, procurei fazer uma reflexão sobre o que outros autores
têm trazido sobre a questão da medicalização da infância e utilizei-me de cinco
categorias temáticas para trabalhar com os resultados: medicalização, biopolítica,
experts (especialistas), família e escola.
Conclusões:
28
quanto estas direcionam o nosso olhar ao conceito de maneiras diferenciadas, apesar
de estarem falando sobre o mesmo assunto.
29
papel ativo do sujeito a ser cuidado. Ampliar a clínica significa desviar o foco de
intervenção da doença e direcioná-lo para o sujeito, para o singular, em outras
demandas e necessidades do mesmo. Significa cuidar da integralidade do sujeito.
30
Modalidade B – práticas despatologizantes no cotidiano
31
Caminhando juntos: o acompanhamento terapêutico como possibilidade de
despatologização
Objetivo:
Método:
Conclusões:
*
alinemontezi@hotmail.com
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Contribuições da psicologia educacional na promoção da vida pelo desenvolvimento
cultural
Berenice V. Carneiro
Objetivo:
Método:
Considerações finais:
*
:(19) 98130-1138
33
comunidade, sua cultura e suas formas de expressão. Entretanto, frente ao tempo
disposto, a atividade se deu de forma pontual concentrando-se em apenas um evento
cultural, sendo insuficiente para perpetuação de mudanças significativas. Desta forma,
visualiza-se a necessidade de fortalecimento da equipe escolar e comunidade para
continuidade e expansão deste tipo de atividade na escola e comunidade.
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Contação de história na escola: uma possibilidade de elaboração emocional
Ana Archangelo*
Objetivo:
Método:
*
ana.archangelo@gmail.com
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID
Bolsistas: Aletéia Eleutério Alves Chevbotar; Flávia Casarini Tomaz; Isabella TambasciaBaldasso; Larissa
Cristina Joaquim; Liz Vitória do Amaral Silva; Michelle Brandão Sebastião.
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histórias, a postura e as ações dos bolsistas contadores de histórias são guiadas por
uma concepção psicanalítica, aberta e disponível a acolher as manifestações das
crianças.
Conclusões:
Referências bibliográficas:
BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos contos de fada. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1980.
BION, Wilfred. O aprender com a experiência. Rio de Janeiro: Imago, 1991. 141p.
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KLEIN, M. R. J. Inveja e Gratidão e outros trabalhos. Rio de Janeiro: Imago, 1991.
SAFRA, Gilberto. Curando com histórias: a inclusão dos pais na consulta terapêutica
com crianças. São Paulo: Sobornost, 2005.
37
Para além da patologização: o brincar e suas vicissitudes
Ana Archangelo*
Objetivos:
Método:
*
ana.archangelo@gmail.com
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID
Bolsistas: Francieli Caetano Dal Gallo; Núria Araújo Marques; Paulo Coelho Diaz; Sebastián Enzo Paulsen
Mendoza; Sérgio Sócrates Baçal de Oliveira; Soraya Souza; Tagiane Maria da Rocha Luz; Thaís Freitas
Rodrigues; Vanessa Ferreira Alves.
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variados são levados para a classe e as crianças podem escolher com o que e como
irão brincar.
Conclusões:
Referências bibliográficas:
MOYSÉS, M.A.A. Fracasso Escolar: Uma questão médica. Revista Idéia. FDE, SP,. 1990,
40-46
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WINNICOTT, D.W. O Brincar e a Realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
40
Reforço escolar como ferramenta para uma alfabetização efetiva
Juliana Garrido*
Justificativa:
Objetivo:
Método:
Conclusões:
*
juliana.garrido@yahoo.com
41
- o diferencial do trabalho não foi a atenção individualizada dada aos alunos, mas a
diversidade de atividades oferecidas que os levaram à construção significativa do
aprendizado da leitura e da escrita;
- a parceria entre família e escola foi fundamental para o engajamento dos alunos;
Referências bibliográficas:
42
Questões atuais sobre o TDAH e outros supostos transtornos – curso de extensão
para educadores da rede estadual de Campinas
Justificativa:
Objetivos:
Relato da Experiência:
Conclusões:
*
despatologiza.campinas@gmail.com
Autores: Cecília Azevedo Lima Collares; Dânae Trevisan; Fernando Cesar Chacra; Maria Aparecida
Affonso Moysés; Ricardo Cesar Caraffa; Rosangela Villar; Tácito Carderelli da Silveira.
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O curso contou com 40 participantes e provocou debates, conflitos e
aprendizados para o grupo de educadores e para a equipe que ofereceu o curso, todos
do Despatologiza. Observou-se mudanças no discurso, no olhar e na prática de grande
parte dos professores que aceitaram o convite de se rever enquanto educadores.
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Protocolo de Metilfenidato: um projeto de intervenção para o uso racional de
Metilfenidato
Introdução e justificativa:
Objetivos:
Método:
Resultados:
*
Técnicos da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas
†
tania.leste@gmail.com
45
avaliar a real demanda (com diminuição do número de prescrições e de quantidade de
medicação dispensada) do uso de metilfenidato.
Considerações finais:
46
SADA - Uma experiência despatologizante no enfrentamento à queixa escolar
Rosangela Villar*
“A luta contra o fracasso escolar não pode ser senão sistêmica, coletiva, organizada
para o longo prazo e perseguida por décadas. Cada ministro, pesquisador, movimento
pedagógico que acredita ter a solução, atrasa o movimento. Eles reforçam o
pensamento mágico, a ilusão de que se encontrou finalmente a pedra filosofal.
Quantas reformas não foram jogadas fora antes de produzir seus resultados? Quantas
pistas interessantes não foram abandonadas por não conduzirem imediatamente ao
milagre? Nosso conceito de mudança permanece mágico, ou tudo ou nada, como se os
saberes, as práticas, as instituições pudessem mudar por decreto ou alguém tivesse a
fórmula mágica.” PERRENOUD, P. (1995)
O serviço:
*
rovillar56@gmail.com
47
Fluxo para o SADA:
Conclusões:
48
Matriciamento como ferramenta de enfrentamento aos processos patologizantes no
Serviço e Atenção às Dificuldades de Aprendizagem (antigo SADA)
Rosangela Villar*
Experiência de matriciamento:
Objetivos e método:
*
rovillar56@gmail.com
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responsabilização de todos pelas ações, inclusive da própria criança /adolescente e sua
família. A despatologização do individuo ou a sua não patologização sempre nortearam
a Construção deste Projeto de atuação.
Resultados:
Conclusões e desafios:
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Rede Municipal da Criança e do Adolescente – Campinas: desafios de uma
construção intersetorial
A Rede:
Missões da Rede:
- Fortalecer a intersetorialidade;
*
redemunicipal.criadolesce@gmail.com
51
- Melhorar a divulgação da Rede da Criança e o conhecimento dos seus recursos.
Contato:
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Núcleo de Apoio e Acompanhamento para Aprendizagem-NAAPA como Política
Pública Despatologizante na Secretaria Municipal de Educação-SME- no Município de
São Paulo
Adriana Watanabe*
Objetivos
Método
*
Coordenadora da equipe NAAPA da Secretaria Municipal de Educação – SME
Email: smedotnaapa@prefeitura.sp.gov.br
Equipe Técnica: Renata Brandstatter
Equipes dos NAAPAs nas Diretorias Regionais de Educação – DREs
Home Page: http://portal.sme.prefeitura.sp.gov.br/Main/Page/PortalSMESP/NAAPA
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Assessorias para as equipes dos NAAPAs em todas as DREs, com o objetivo de
construir com as equipes do NAAPA práticas educativas que contribuem com o
processo ensino-aprendizagem dos(as) educandos(as).
Grupo de Estudo e Palestras como uma estratégia de formação que tem por
objetivo refletir, discutir e aprofundar conceitos que permeiam a concepção e os
princípios do NAAPA.
Conclusões
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Sugestões de práticas despatologizantes – contribuição dos
participantes
VI ENCONTRO DESPATOLOGIZA
Contato (opcional):___________________________________
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→ Formação continuada para gestores e coordenadores da Rede Pública de
Ensino, para fomentar reflexões e impulsionar ações internas
despatologizantes envolvendo os educadores;
→ Incentivar a construção de espaços para o trabalho de Educação não formal,
com grupos de idades variadas e uso de diferentes linguagens/canais, buscando
experiências já realizadas e com êxito. Ex. Projeto Revelação;
→ Realizar oficinas para professores que possibilitem a análise de informações
disponibilizadas na mídia: revistas, programas de TV e sites como a da ABD;
→ Introduzir no ambiente escolar a noção de promoção de saúde via princípios de
vida saudável, o que inclui a não medicalização;
→ Divulgar mais o fenômeno da patologização e a necessidade/possibilidade de
enfrentamento pelas pessoas em geral;
→ Fazer mais eventos voltados para a população geral, não apenas profissionais e
estudantes;
→ Incluir a discussão da medicalização e necessidade de seu enfrentamento nas
carreiras da saúde;
→ Divulgar mais o movimento Despatologiza;
→ Ter um site do Despatologiza com informações, indicações de artigos, filmes e
eventos, a exemplo do que já acontece no Facebook do Despatologiza;
→ Incentivar mais pesquisas na área;
→ Estimular mais práticas despatologizantes na Saúde, Educação e Assistência;
→ Continuar promovendo eventos como este e os Fóruns que o Despatologiza
organiza, pois eles são uma forma de mostrar que muita gente estuda e atua de
forma despatologizante;
→ Buscar ampliar parcerias para o “trabalho diário” de enfrentamento e a
organização de eventos a exemplo do que já acontece com o CRP e o SinPsi;
→ Monitorar continuamente os PLs, no Legislativo, para não permitir a aprovação
de leis da dislexia, do TDAH, etc;
→ Identificar mais parceiros no Legislativo para o enfrentamento à patologização;
→ Incentivar mais teses de mestrado e doutorado na área da despatologização,
garantindo a produção de mais conhecimentos e materiais;
→ Divulgar mais os movimentos despatologizantes de fora do Brasil, para que as
pessoas tenham a noção de que é uma briga mundial – não só do Brasil;
→ Manter a disponibilização de vídeos e outros materiais de cada evento
organizado pelo Despatologiza, para as pessoas que não podem comparecer a
todos;
→ Publicar cadernos dos eventos, com as falas dos palestrantes.
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Indicações bibliográficas*
BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos contos de fada. Rio de Janeiro: Paz e Terra,
1980.
BION, Wilfred. O aprender com a experiência. Rio de Janeiro: Imago, 1991. 141p.
FOUCAULT, M. História da loucura na Idade Clássica. São Paulo: Editora Perspectiva AS,
2008.
*
Essa sessão reuniu todas as indicações bibliográficas dos trabalhos apresentados no VI Encontro
Despatologiza. Para saber mais sobre o tema e encontrar outras referências de leitura e vídeos, acesse
www.despatologiza.com.br
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LUZ, T. M. R.; ARCHANGELO, A ; SIMINATTI, B.; FABRICIO, R. C.; GALLO, F.G.
Contribuições de uma área para ‘o brincar’ em sala de aula do ensino fundamental. In:
Guilherme do Val Toledo Prado; Eliana Ayoud (Org.). Formação Docente em Diálogo:
construindo parcerias entre universidade e a escola pública. 1ed. Campinas: Leitura
Crítica, 2014, v.2, p. 35-52.
MOYSÉS, M.A.A. Fracasso Escolar: Uma questão médica. Revista Idéia. FDE, SP,. 1990,
40-46
SAFRA, Gilberto. Curando com histórias: a inclusão dos pais na consulta terapêutica
com crianças. São Paulo: Sobornost, 2005.
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VI ENCONTRO DESPATOLOGIZA
2016