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UNIVERSIDADE
BRAZ CUBAS
2019
DJANY DE PAIVA SALES
UNIVERSIDADE
BRAZ CUBAS
2019
SUMÁRIO
1. RESUMO...........................................................................04
2. INTRODUÇÃO..................................................................04
3. PROBLEMA HIPÓTESE...................................................05
4. OBJETIVOS......................................................................05
5. DESENVOLVIMENTO......................................................05
6. METODOLOGIA...............................................................13
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................13
8. REFERÊNCIAS ................................................................13
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1. RESUMO
O presente trabalho visa apresentar uma visão crítica sobre os
processos de medicalização nas escolas, a patologização dos comportamentos
de alunos como uma possível solução rápida para isenção de
responsabilidade, o papel dos professores neste contexto, as causas do
fracasso escolar. Com base nesta temática, este estudo descreve a atual
situação patológica do ensino e a postura dos professores, buscando soluções
não medicalizadoras, mas sim uma nova ótica sobre o método e dinâmica de
aprendizagem.
2. Introdução
Na contemporaneidade é crescente a translocação de problemas
inerentes á vida para o campo médico.
“A medicalização naturaliza a vida, todos os processos e relações
socialmente constituídos e em decorrência desconstrói direitos humanos, uma
construção histórica do mundo da vida.” (Moyses e Collares, 2007).
A busca por uma resolução rápida e fácil faz com que a Sociedade
medicalize para esconder sua incapacidade diante dos desafios impostos pela
evolução, através do desenvolvimento de uma geração de crianças dotadas de
capacidades a serem provocadas, que apresentam comportamentos que
precisam ser estudados, trabalhados e adaptados. A inclusão é de forma ampla
discutida em congressos, escolas, imprensa e demais serviços que veiculam o
país, porém ainda existe o preconceito, o estigma, a falta de preparo para lidar
com pessoas em vulnerabilidade, seja física ou emocional.
A medicalização atua nos alicerces dos preconceitos racistas sobre
inferioridade dos negros, do povo menos afortunado, mestiços, indígenas,
pessoas com alguma deficiência, normatizando a vida, transformando os
problemas da vida em doenças, em distúrbios de aprendizagem, doença do
pânico, hiperatividade, tudo é transformado em doença, e sempre uma nova
nomenclatura é usada para estigmatizar e segregar.
A sociedade procura desculpas para medicalizar, justificando, assim
como nos primórdios da civilização, onde para esconder, segregavam pessoas
que incomodavam buscando eliminar e tirar tal individuo de cena
medicalizando, usando das internações involuntárias e desnecessárias.
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3. PROBLEMA HIPÓTESE
4. OBJETIVOS
5. DESENVOLVIMENTO
soluções para esse impasse dentro da sala de aula, enquanto os processos do”
não aprender” for direcionado para além da sala de aula, deixando de refletir
reavaliar e mudar a prática e os métodos utilizados dentro e fora da escolar,
não será possível a mudançadesse quadro do fracasso escolar que esta posto
na sociedade
Segundo Charlot (2000, p. 47-63) “O fracasso escolar não existe; o que
existe são alunos fracassados, situações de fracasso, histórias escolares que
terminam mal.”. Esses alunos, essas situações, essas histórias é que devem
ser analisadas, e não algum objeto misterioso (...) resistente, chamado
fracasso escolar.
Certamente o modo como o professor lida
com a complexidade da prática e são determinados pela compreensão que ele
tem sobre ela, podendo essa compreensão ser instrumentalizada e medida
pela teoria. Nesse sentido, dizemos que o professor não aplica teorias, mas
articula teoria e prática, à mesma medida que seus conhecimentos teóricos o
ajudam a compreender o que ocorre em sala de aula, marcando suas decisões
e seu modo de agir. (Fontana, 1997: 70).
Isso mostra os diferentes modos de explicar como o aluno aprende e se
desenvolve e de interpretação de certos problemas como as dificuldades
escolares. Para Padilha o importante é sempre olhar o aluno como um “ser
capaz”, não podemos nos guiar pelo que ela “não é”. (Padilha, 1997: 34)
Frenteà falta desse olhar para a capacidade do aluno, começam a serem
isoladas na própria sala de aula por barreiras invisíveis, e possivelmente são
enviados para os possíveis diagnósticos dos distúrbios de aprendizagem e
comportamento, tais como, Dislexia, TDAH... E vários outros que mudam
apenas o nome, talvez para escapar das algumas críticas ou mesmo para
camuflar a falta de um alicerce científico, ou mesmo poderia ser as duas
coisas. Assim, continua as crianças por sofrerem estigmatizarão e exclusão. Na
escola são encaminhadas para as aulas de reforço ou também de salas
especiais, fora da escola é encaminhada para os profissionais da área da
saúde.
Perante uma criança com mau rendimento escolar, o olhar será
focalizado em quem não aprende, pois o problema só pode ter essa
localização. (Moysés e Collares, 1997:144)
Um olhar que busca um “problema”, um “comportamento desviante”,um
“defeito”, que sai do que seria considerado normal e, portanto impede a
aprendizagem, o qual se diz que a criança não aprendeu por um problema seu,
isso claramente se resulta em um olhar que transforma um problema
pedagógico, político e social em um problema totalmente individual. Quando
em sala de aula a fala do professor direciona que o problema está centrado no
aluno estamos diante de um processo de medicalização, o deslocamento dos
problemas do âmbito da educação para o âmbito da saúde.
Professores que deveriam ser os responsáveis por analisar problemas
educacionais assumem uma postura acrítica e permeável a tudo, apenas
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Ao decidir olhar, o homem escolhe seu lado da história. Faz a sua opção
pela inclusão, pela solidariedade e pelo reconhecimento do outro como igual.
(Brum, 1999:50).
Que a instituição escola com seus educadores e toda a equipe
pedagógica proponham a formação do sujeito histórico, criativos, ativos, éticos,
e críticos, capazes de gerar reflexões e não de apenas fazerem parte da
sociedade em que vivem, mas, de poder transformá-la e reinventá-la. Fazendo
com que cada individuo seja construtor e protagonista de sua própria historia,
com sua subjetividade, seus potenciais explorados de forma a não serem mais
expostos ao processo de medicalização trazendo-lhes os estigmas e rótulos
levando a exclusão, nisso teremos dito que:todos tem capacidadede aprender
algo e também de ensinar algo, somos e fazemos nossa própria história.
6. METODOLOGIA.
Pesquisa bibliográfica prospectiva nas bases textuais seguindo a linha
de pesquisas em referências bibliográficas.
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho pretende criar uma discussão conscientizadora
sobre a Postura dos Educadores diante do processo de medicalização e
elucidar possíveis soluções para este contexto.
8. REFERÊNCIAS
Medicalização de crianças e adolescentes – livro\ Conselho Regional de
Psicologia SP\Grupo Interinstitucional “Queixa Escolar”. Casa do Psicólogo
\2010.
Medicalização: A Vigilância Punitiva e a Postura dos Educadores no
processo de patologização e medicalização da infância. Book-Scielo-
FCLuengo-2010.
Análise do Comportamento: Contribuições para a psicologia escolar.
USP-2017. Artigo. Google Acadêmico.
A Psicologia da Saúde na pratica (teoria e pratica) Valdemar Augusto
Angerimi. Editora Artesã\2019.
Vygotsky L. A formação social da mente: o desenvolvimento dos
processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes; 1984 168p.
Vygotsky L. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes; 1987
194p.
Moysés MMA A institucionalização invisível: crianças que não aprendem
na escola. Campinas/São Paulo Mercado de Letras/FAPESP; 2001 264p.
Moysés MMA, Collares CAL, Giraldi J W. As aventuras do conhecer: da
transmissão à interlocução. Educação e Sociedade 2002 78: 91-116
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