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EDUCAÇÃO INFANTIL NA CONTEMPORANEIDADE

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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

EDUCAÇÃO INFANTIL NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA .......... 3


A CONTEMPORANEIDADE E O FAZER PEDAGÓGICO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL................................................................................... 7
O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL NA CONTEMPORANEIDADE
...................................................................................................................... 10
A CONSTRUÇÃO DA BRINCADEIRA .............................................. 14
PEQUENO HISTÓRICO DE EVOLUÇÃO DOS BRINQUEDOS ........ 18
OS BRINQUEDOS EA INFLUÊNCIA DA MÍDIA ................................ 20
AS CRIANÇAS E O BRINQUEDO NA SOCIEDADE ......................... 22
CONTEXTUALIZANDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO BRASIL ........ 25
A EDUCAÇÃO INFANTIL NA CONTEMPORANEIDADE BRASILEIRA
...................................................................................................................... 27
REFERÊNCIA .................................................................................... 30

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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EDUCAÇÃO INFANTIL NA SOCIEDADE
CONTEMPORÂNEA
A nova concepção educacional que marca a educação na sociedade
contemporânea caracteriza-se por um olhar mais atento quanto às diferenças
entre adultos e criança e a educação torna-se fator de grande importância.
Destacamos, nesse contexto, a figura de Jean Jacques Rousseau, cuja influência
na educação dos tempos modernos foi tão grande, que, na opinião de Mayer
(1976), podemos dividir a sua história em antes e depois deste pensador.

Ao deixar claro que o começo e o fim da educação não é o homem adulto e sim
a criança, Rousseau (1995) alerta que deveriam ser consideradas, sobretudo, as
tendências inatas do indivíduo, e aponta para a necessidade de educar a criança
conforme sua natureza infantil, ressaltando o brincar como atividade essencial
nesse processo.

Para Mayer (1976, p. 309), “mais que qualquer outra pessoa antes dele,
Rousseau defendeu os ideais do romantismo, que aplicou à educação”,
acreditando na bondade inata dos indivíduos, e direcionando a educação no
sentido da potencialização dos atributos humanos. Rousseau foi um dos pioneiros
a demonstrar que a criança pensava, via e sentia de forma diferente do adulto;
desse modo, chama a atenção para o fato de que o processo educacional deve
observar as peculiaridades do pensamento infantil, abolindo toda a artificialidade
e repressão.

O autor define as bases da educação da criança, inaugurando uma noção de


infância que caracteriza essa fase específica da vida humana. Para o autor, a
infância pode ser caracterizada como um tempo ainda não corrompido pela
sociedade, um tempo que ainda preserva a pureza e a inocência, e esses
atributos devem ser cultivados pela educação. A pedagogia deve assim nortear-
se pela natureza essencialmente boa da criança, que, com o auxílio da razão,
tornar-se-á apta ao convívio social.

O destaque à liberdade na educação das crianças pequenas e suas ideias


educacionais, acrescidos dos ensinamentos formam a base sobre a qual se
organiza a educação das crianças no período posterior. Nesta mesma perspectiva
Rousseau, preocupou-se com a formação do homem propondo um sistema
pedagógico cuja finalidade era propiciar à infância a aquisição do conhecimento
de forma natural e intuitiva, destacando a importância de psicologizar a

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educação, de modo que esta possa estruturar-se em função das necessidades de
crescimento e desenvolvimento da criança. Suas ideias vão contribuir, em grande
medida, para a organização do pensamento educacional do século seguinte.

Froebel (1981) inaugura na Alemanha, em 1837, o primeiro jardim de infância,


atendendo crianças de condições, socioeconômicas diversificadas e disseminando
a concepção de que todas as crianças, não importando a qual classe social
pertencesse, tinham capacidade de desenvolvimento semelhante, desde que a
escola suprisse as suas deficiências.

O novo sentimento de infância que se formou entre os educadores e moralistas


dessa época inspirou toda a educação posterior. Tornava-se necessário conhecer
a criança em sua natureza infantil para poder corrigi-la, e, para que isso fosse
possível, era preciso penetrar na sua mentalidade para melhor adaptar os
métodos educacionais. Assim, a partir dessa época, surge o sentido da
peculiaridade infantil, o conhecimento da psicologia da criança e a consequente
preocupação com o método educativo adaptado a essa psicologia.

A infância torna-se uma prioridade e é extremamente valorizada. As crianças


passam a receber maior atenção da família e da sociedade; do mesmo modo,
passam a ser concebidas como futuras mãos de obra devido à proliferação das
fábricas, adquirindo um valor nunca antes alcançado, pois representavam
potencialmente, uma riqueza econômica.

Surgem medidas visando combater a mortalidade infantil, medidas essas que se


consolidam em torno da necessidade da existência e manutenção do Estado. O
entendimento é que o Estado necessita ser mantido com o trabalho do homem
e, de acordo com esses princípios, destaca Ponce (1996), a educação torna-se
“o processo mediante o qual as classes dominantes preparam na mentalidade e
na conduta das crianças as condições fundamentais da sua própria existência”.

Detendo o domínio dos meios de produção, a burguesia domina também, com


sua moral, ideias e educação, consolidando-se a divisão social dos dois tipos de
ensino: um para o povo e outro para as camadas burguesas e aristocráticas, “de
um lado as crianças foram separadas das mais velhas e do outro os ricos foram
separados dos pobres” (ÁRIES, 1981).

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Nessa perspectiva, diferente das épocas anteriores, quando os instrumentos de
trabalho eram primitivos e as técnicas rudimentares, o acesso à escolarização
mantinha um vínculo estreito com as camadas privilegiadas da sociedade. A
escola tem agora por finalidade formar indivíduos aptos para a competição no
mercado, por meio de uma educação primária voltada, também, para as massas
populares.

A Revolução Industrial dos séculos XVIII e XIX potencializa a necessidade de


preparação de mão de obra para as indústrias, trazendo para o interior destas
um grande número de mulheres.

Sua participação crescente no mercado de trabalho, como já mencionamos,


modifica a estrutura familiar e, consequentemente, a função de cuidar dos filhos
que até então lhe pertencia, passa para a sociedade, propiciando o surgimento
de asilos e creches.

Impregnadas por uma concepção assistencialista, essas instituições constituem


os embriões das creches e pré-escolas contemporâneas.

Constatamos assim, que a introdução das manufaturas e posteriormente das


fábricas, com uma produção cada vez mais acelerada, não só repercutiu nos
negócios da burguesia, mas também nos métodos educativos. As técnicas
educativas decorrentes das concepções psicológicas mecanicistas resultaram em
uma orientação educacional em que as crianças eram obrigadas a “suportar a
fadiga e a tortura de uma educação que atribuía à inteligência da criança mais
importância que sua espontaneidade” (PONCE, 1996).

Apenas a partir de 1900, com os trabalhos de Decroly (1986); Montessori (1965)


e Piaget (1996) dentre outros, é que surgem ações educacionais mais
familiarizadas com as especificidades da infância, privilegiando a sua socialização

em substituição ao individualismo característico da velha escola. No final do


século XIX e decorrer do século XX, grandes mudanças vão ocorrer no campo
educacional, especialmente na Europa e Estados Unidos. A burguesia liberal
consolida sua hegemonia, promove a ruptura do domínio da Igreja sobre a
educação e as escolas tornam-se laicas; ou seja, as modificações no processo
produtivo que tiveram consequências imediatas na área social, exigem mudanças
também na área educacional. Nesse contexto, os avanços na área da

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Antropologia, Psiquiatria e os trabalhos de laboratório propiciam o surgimento de
uma didática mais familiarizada com a alma infantil. As concepções de
aprendizagem mecânica que dominaram o cenário educacional vão perdendo
suas forças, fazendo emergir, de acordo com Ponce (1996, p. 160), uma nova
técnica que se propunha a “aumentar o rendimento do trabalho escolar, cingindo-
se à personalidade biológica e psicológica da criança”.

Cresce a crítica à rigidez dos velhos programas e horários e aos exames


desnecessários; e, nesse clima, postula-se que é preciso considerar a
personalidade do aluno, priorizar seus interesses e sua socialização. Assim, tal
como acontecia nas fábricas em que se verificou a necessidade de haver
cooperação no trabalho, os técnicos da nova didática incorporaram essa
sugestão. Como resultado, observa-se que, ao contrário do individualismo que
caracterizava as ações educacionais na velha escola, temos a socialização da
nova.

A partir de sua epistemologia genética é possível identificar quatro estágios de


evolução mental na criança. Em cada estágio, o pensamento e o comportamento
infantil se caracterizam por uma forma específica de conhecimento e raciocínio.
Esses estágios são o sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e
operatório formal. Seus estudos sobre a evolução do pensamento infantil levaram
Piaget a recomendar aos adultos que adotassem uma abordagem educacional
diferente ao lidar com crianças.

Na visão piagetiana, as crianças são as próprias construtoras ativas do


conhecimento, constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo.
Ele forneceu uma percepção sobre as crianças que serve como base de muitas
linhas educacionais atuais; e o seu pensamento, bastante difundido no Brasil na
década de 1970, influenciou educadores e provocou mudanças na forma como
eram conduzidas as ações educativas em substituição à teoria pedagógica
tradicional.

Na opinião de Piaget (1996), o desenvolvimento da inteligência e a construção


do conhecimento – processos indissociáveis – são o resultado da atividade
biológica dos indivíduos e sua capacidade de adaptação ao meio circundante. A
construção da inteligência segue trajetória idêntica àquela que permite aos seres
vivos manterem o equilíbrio com o seu meio e sobreviverem.

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O conhecimento na visão piagetiana resulta de uma necessidade que, colocando
o indivíduo frente a uma dificuldade, o obriga a modificar seus conhecimentos
anteriores para superá-la; e, nesse sentido, conhecer é um processo de criação.

A sua oposição ao paradigma empirista, no tocante à construção do


conhecimento, leva-o a afirmar que este não pode ser transmitido de fora, mas
antes, tem de ser construído ou reconstruído pelo sujeito, do mesmo modo que
não pode ser explicado apenas pelas influências externas –ambiente, sociedade
e cultura –. A construção do conhecimento por parte dos seres humanos tem de
ser estudada a partir do interior do sujeito, posto que este se constrói como
processo interno.

A CONTEMPORANEIDADE E O FAZER PEDAGÓGICO NA


EDUCAÇÃO INFANTIL

No contexto da educação infantil, o educador pode facilmente perceber que,


desde bem pequenas, as crianças apresentam atitudes de interesse em descobrir
o mundo que as cerca. A atitude curiosa, a busca de respostas que se manifestam
nas perguntas frequentes e a inquietude característica da infância, provocando
nos profissionais a disposição para estimular e orientar as experiências por elas
vivenciadas.

A partir dessas constatações, o educador contemporâneo poderá programar


atividades pedagógicas que desenvolvam os conceitos que as crianças já estão
constituindo, e que estas sejam adequadas às suas possibilidades reais e também
potenciais, permitindo afirmar que a ação educativa deve ser antes de tudo
refletida, planejada e posteriormente avaliada.

O fazer pedagógico no contexto da educação infantil na


contemporaneidade deve ser criativo, flexível, atendendo às individualidades
sem perder de vista o coletivo. Pensar sobre isto implica reinventar
cotidianamente o fazer pedagógico, para que neles se deem as interações do
sujeito com o mundo físico e social, oportunizando-lhe

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construir/desconstuir/reconstruir os conhecimentos necessários à sua condição
de cidadão.

Assumindo essa perspectiva, o educador infantil precisa: Compreender a


Instituição de Educação Infantil como espaço coletivo, em parceria com a família
e a comunidade; Assumir que tem um papel fundamental no processo de
inserção e acolhimento das crianças e de suas famílias na instituição; Respeitar
e valorizar os direitos e as necessidades das crianças em relação à educação e
aos cuidados próprios desta faixa etária; Organizar o trabalho com as crianças
de acordo com suas especificidades e necessidades; Considerar, no
planejamento do trabalho, a formação humana da criança, integrando os
aspectos físicos, cognitivos, afetivos e sociais, históricos e culturais; Reconhecer
o brincar como a principal atividade da criança e as suas múltiplas linguagens
(musical, gestual, corporal, plástica, oral, escrita, etc) como suas formas
privilegiadas de interagir no mundo.

O educador é o mediador, aquele que possibilita à criança estabelecer


relações com o objeto do conhecimento, organizando espaços e tempos em que
se articulem recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas
da criança, possibilitando integrar os conhecimentos recém adquiridos àqueles
já existentes.

É função da escola propiciar aos indivíduos experiências e informações


que enriqueçam seu repertório e favoreçam o seu desenvolvimento, bem como
procedimentos metodológicos que permitam integrar sucessivamente os
conhecimentos recém adquiridos àqueles que a criança já detém. Isto implica,
necessariamente, trabalhar com o instrumental que a criança dispõe ao longo do
seu desenvolvimento, ou seja, com as formas de intervir e apreender o real.

Nessa direção, é necessário conceber a educação infantil como um espaço onde


se busca a acessibilidade indiscriminada aos elementos da cultura, como forma
de enriquecimento e inserção cultural, assim como para criar situações
favorecedoras de aprendizagens diversificadas.

No contexto particular da educação infantil, o conteúdo dessas experiências


enriquecidas por meio da inserção dos jogos, brinquedos e brincadeiras, propicia
as condições necessárias às constantes ressignificações rumo à construção do

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conhecimento. Do mesmo modo, o conteúdo das situações de aprendizagem
propostas no cotidiano da educação infantil torna-se importante ferramenta
possibilitadora do desenvolvimento das capacidades infantis, viabilizando a
compreensão sobre o mundo circundante.

Falar em pressupostos teórico metodológico na educação infantil remete,


necessariamente à psicologia sócio-histórica, elaborada por Vygotsky e
colaboradores, que ganha força nos meios acadêmicos nos anos de 1990. Esta
teoria viabiliza uma nova compreensão dos processos de desenvolvimento
infantil e do papel que o adulto exerce como mediador na apreensão do
conhecimento por parte das crianças pequenas e permite compreender a criança
como sujeito interativo, histórico e social.

Os princípios defendidos por Vygotsky (2001) trazem importantes contribuições


para a educação ao apontar no desenvolvimento da criança a Zona de
Desenvolvimento Proximal (ZDP), que no entendimento do autor refere-se:

[…] aquelas funções que ainda não amadureceram, mas que estão em processo
de maturação, funções que amadurecerão, mas que estão presentemente em
estado embrionário. Essas funções poderiam ser chamadas de “brotos” ou
“flores” do desenvolvimento, ao invés de frutos do desenvolvimento. O nível de
desenvolvimento real caracteriza o desenvolvimento mental retrospectivamente,
enquanto a zona de desenvolvimento proximal caracteriza o desenvolvimento
mental prospectivamente (VYGOTSKY,2001, p. 97).

Sob este aspecto, o papel do professor consiste em intervir nesta zona,


provocando avanços que espontaneamente não ocorreriam. Nesse sentido, a
prática pedagógica direcionada às crianças deve considerar a forma como a
criança aprende e se desenvolve. Para isso, é necessário inserir estratégias que
envolvam o brincar infantil, uma vez que esta é a atividade principal nesse
estágio de desenvolvimento.

Em síntese, uma atividade principal é aquela que, no transcurso do seu


desenvolvimento, governa as mudanças mais significativas nos processos
psíquicos e no desenvolvimento dos traços da personalidade infantil em certo
estágio da vida da criança; caracteriza-se por ser aquela em cuja forma surgem
outros tipos de atividade diferenciados; é também aquela na qual processos
psíquicos particulares são reorganizados; é, finalmente, aquela da qual

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dependem, de forma íntima, as principais mudanças psicológicas na
personalidade infantil, observadas em um certo período de desenvolvimento.

O LÚDICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL NA


CONTEMPORANEIDADE

Através das brincadeiras, e de um olhar especial do educador ao planejar e


ministrar os conteúdos, o ensino pode se tornar agradável para a criança,
tornando a aprendizagem mais prazerosa, significativa e atraente. É função do
educador da educação infantil dinamizar as aulas, desenvolvendo o lúdico e a
socialização nas crianças.

A utilização do lúdico na escola atual traz muitas vantagens para o sucesso do


aluno , pois ele é um impulso natural da criança e do adolescente, o que já é
uma grande motivação, pois eles (crianças e adolescentes) obtêm prazer, e seu
esforço para alcançar o objetivo da aula é voluntário e espontâneo, sendo assim,
a aula que possui o lúdico como um dos seus métodos de aprendizagem, está
voltada para o interesse das crianças , mas não pode fugir das regras do ensino
aprendizagem e nem dos objetivos pretendidos, pois é a através das brincadeira
que a criança desenvolve seu raciocínio logico , bem como instiga e compreende
o mundo que o cerca.

Já é comprovado que quando os professores trabalham atividades de forma


lúdica na escola as vantagens para a qualidade e para o desempenho dos alunos
melhora, aumentando a permanência com sucesso do aluno na escola, pois
estas atividades geram um impulso natural no aluno, tornando-o mais motivado
para realizar as outras atividades propostas pelo professor. É que por meio de
brincadeiras livres que a criança da educação infantil interage, experimentam,
manuseiam fazem imitações de situações cotidianas. Entretanto, é por meio de
atividades lúdicas dirigidas pelo professor, que elas aprendem uma nova
variedade de brincadeira.

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De acordo com FREIRE (2002) ensinar não é transferir conhecimento, mas criar
as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Sendo assim,
através do lúdico o educador da educação infantil pode proporcionar essa
produção e construção do conhecimento.

A escola é uma instituição de ensino onde o aluno desperta a curiosidade pelos


jogos educativos e a possibilidade de combiná-los de forma livre com os jogos
organizados. Sendo assim o professor desempenha papel essencial na questão
do lúdico, pois além de transmitir conhecimentos, direcional e influencia a
personalidade do educando.

O professor contemporâneo, precisa estar aberto para aceitas novas estratégias


de ensino, precisam ser competentes e dinâmicos, sendo assim a as atividades
lúdicas devem ser prioridades em seu planejamento de ensino. O professor deve
mesclar sua metodologia de ensino, visando desperta a curiosidade e o
aprendizado significativo da criança.

É função do professor instigar a criança, criando situações novas e adequadas


para despertar o gosto e a curiosidade do aluno, visando uma aprendizagem
significativa. O professor é uma figura especial na visão da criança da educação
infantil e das séries iniciais, ser criativa, usar estratégias que despertem a
curiosidade da criança é fundamental para a melhoria da qualidade do
rendimento escolar.

Através das brincadeiras as crianças passam a conhecer suas próprias limitações


e as relação recíproca que existe entre os outros, compreende o meio social, suas
diferenças e seus comportamentos. Conhecem e identificam objetos em um
contexto, isto, é fazem o uso cultural, visando o desenvolvimento da linguagem
e da narrativa, para trabalhar com o imaginário. Usando o imaginário as crianças
aprendem a inventar, brincar, correr, jogar mantendo um bom equilíbrio no
mundo em que vive (SILVA, 2003)

O ato de brincar leva a criança a socialização e a interação e a se relacionar de


maneira coerente no meio social, com outras pessoas que estão ao seu meio,
como os brinquedos e consigo mesmo Um dos objetivos das brincadeiras é levar
uma educação, nova dinâmica e atraente, tendo a ludicidade como uma
estratégia de ensino, que facilita a aprendizagem psicomotora afetiva e cognitiva
da criança, desenvolvendo sentimentos e emoções bons. (SILVA, 2003).

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O ato de brincar é o meio mais prático e verdadeiro para auxiliar nas relações
cognitivas, afetivas e psicomotoras das crianças. É o caminho mais fácil para
transmissão de conhecimento. A atividade lúdica é uma ferramenta facilitadora
do ensino aprendizagem, tem valor um valor educativo intrínseco, gera condições
para que a criança instigue e integre-se com seus colegas e resolva alguns
conflitos. É considerada um recurso didático de valor importância no processo de
ensino-aprendizagem, torna o atrativo, melhora o relacionamento das crianças
durante as aulas. O professor precisa estar atendo para descobrir as habilidades
de cada aluno, pois na sala de aula encontramos crianças; tímidas, as que tem o
poder de liderança, as criativas as mais inteligentes, entre outras qualidades.

Os jogos são metodologias que favorecem diversas atividades, bem como pode
tornar a sala de aula um ambiente de construção de conhecimentos. A
aprendizagem do conteúdo, nos dias atuais vão além das explicações do
professor, sendo assim as brincadeiras tem papel relevante para a construção do
conhecimento. Ensinar brincando, permite que a criança use sua liberdade de
expressão, de pensar e de criar e recriar situações novas, desenvolvendo assim
sua plenitude.

É na atividade lúdica que o educando desenvolve sua habilidade de subordinar-


se a uma regra, mesmo quando um estimulo direto o impede a fazer algo
diferente. “Dominar as regras significa dominar seu próprio comportamento,
aprendendo a controlá-lo, aprendendo a subordiná-lo a um propósito definitivo”.
(SILVA, 2003, p.12).

Diante disso percebe-se que o ato de brincar é usado pelos professores das séries
iniciais como estratégia criativa de caráter dinâmico permitindo assim que
professor imagine, faça de conta, crie, funcione como um minilaboratório de
informação.

As brincadeiras e os jogos são polos fundamentais para a saúde emocional,


intelectual e física da criança e estão presente em nosso meio deste os
primórdios. E Através deles, a criança da educação infantil melhora seu
pensamento, sua interação social com o outro, sua linguagem, sua autoestima,
preparando-se para enfrentar situações cotidianas de conflitos, e por se só
conseguirá resolvê-las, os jogos quando bem desenvolvidos auxiliam de diversas
maneiras para o enriquecimento do ensino aprendizagem,

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Sabe -se que os jogos quando trabalhados de forma eficiente e eficazes
estimulam e desenvolvem a inteligência das crianças. Os jogos lúdicos são
ferramentas eficazes para desenvolver tudo o que a criança almeja, portanto é
ferramenta que essencial para desenvolver o raciocínio logico da criança, quando
entretido em um jogo, a criança é quem quer ordenar, ou ser ordenada, elas
tomam decisões sem gerar situações de conflitos. Sabe –se que o jogo é uma
ferramenta útil para controlar os impulsos das crianças, e para aprender a aceitar
as regras impostas.

Através das brincadeiras a criança em sua especialidade, vive em um mundo de


fantasia, onde passa a construir um elo de ligação entre o mundo imaginário, e
o mundo real, onde convive com seus semelhantes. O brinquedo, pode se tornar
material didático excelente, quando o professor sabe usá-lo como estratégia de
ensino, o mesmo poderá proporcionar condições favoráveis ao desenvolvimento
intelectual, motor, afetivo e cognitivo das crianças. SILVA, 2003).

Neste sentido é preciso que o professor ao planejar suas aulas separe cada tipo
de jogos de acordo com a idade das crianças, visando assim um melhor
desempenho nas atividades didáticas, tendo que em vista que o os jogos trazem
benefícios para o rendimento do aluno.

Os jogos devem ser vistos como leitura da realidade, para aquelas crianças que
ainda não foram alfabetizadas, porém deve ser vistas como suporte para aquelas
crianças que já sabem ler, escrever e compreender, corroborando com estas
ideias, Piaget direciona algumas etapas que precisam prevalecer em um jogo , e
que ao passar por todas etapas, a seleção dos jogos, poderá melhorar o
desempenho de uma partida, ou seja de um jogo para outro e desta forma
há jogos que estimulam a audição, o tato ,o paladar. O desenvolvimento da
criança começa ainda no ventre de sua mãe e percorre por toda a sua vida. As
brincadeiras quando realizadas de maneiras lúdicas podem proporcional na
criança uma vida saudável, e seu rendimento escolar melhorar.

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A CONSTRUÇÃO DA BRINCADEIRA

As brincadeiras levam as crianças a compartilharem experiências em


atividades onde não haja barreiras ao intercâmbio de ideias favorecendo
sentimentos e experiências sobre situações práticas do dia-a-dia., surgindo
assim, a necessidade de um espaço no qual as crianças possam desenvolver
suas potencialidades criativas tornando-se agentes produtoras do
conhecimento.

Por isso, brincar não deve ser um momento de passar o tempo, ou estar
delimitado apenas ao momento da Educação Física porque o ato de brincar e se
movimentar fazem parte da infância e devem ser respeitada .

Segundo Freire (1991) “Dá pra imaginar o que representa para uma
criança, que passou sete anos se movimentando, ser subitamente ‘amarrada’ e
‘amordaçada’ para, como se diz, ‘aprender’ o que é para ela uma linguagem, às
vezes, totalmente estranha? A linguagem da imobilidade e do silêncio?”

Nesse sentindo, Brincar é compreendido como uma forma de


linguagem em que a criança compreende o mundo e sua cultura. Ela constrói
também sua autonomia, criatividade, criticidade e aprende a representar,

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interpretar e dar significado a sua realidade, atividades estas fundamentais para
uma criança que está se alfabetizando.

Entende-se que o brinquedo representa uma das fontes onde a criança


constrói-se culturalmente remetendo-a a questões tanto da realidade que a cerca
quanto ao seu mundo imaginário. Sendo assim, a criança organiza seu ato de
brincar de acordo com o sentido particular que atribui as suas ações,
estabelecendo uma relação de interesse e prazer na brincadeira (ABRÃO, 2011).

O brinquedo constitui objeto da brincadeira, o mesmo objeto pode ser


visto e manipulado de diferentes maneiras por várias crianças. Tudo o que a
criança constrói na brincadeira é fruto de um contexto social em que está
inserida.

A partir disso elas observam, experimentam e interpretam vivências do


cotidiano.

As crianças podem viver situações imaginárias, segundo suas


experiências de vida, vivenciando situações que não as suas, mas que fazem
parte de seu contexto. Sob esse aspecto, Harris (2002) destaca:

Desde a mais pequena idade, a maior parte das crianças têm a


capacidade de se envolver ativamente em jogos simbólicos. Esses jogos
sublinham três aspectos importantes da imaginação das crianças: a sua
capacidade de pôr de parte a sua própria personalidade e de se imaginar estar
no lugar de outra pessoa numa situação que não é a sua situação atual,
imaginando essa situação, as crianças ficam limitadas pelo seu conhecimento
dos processos causais do mundo real – elas interpelam no quadro dessa
situação imaginária os mesmos processos e necessidades causais que sabem
existir na realidade; e, enfim, se o jogo simbólico repousa sobre a invocação de
situações afastadas da realidade presente, elas têm o poder de provocar
emoções reais. (2002, p. 237).

A observação e análise da construção das brincadeiras das crianças


nos permite interpretar e compreender como a criança projeta através do lúdico
sua realidade social.

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Se entendermos a brincadeira como produto de um meio social e
cultural em que a criança está inserida, então, efetivamente, poderemos afirmar
que a brincadeira se constitui, portanto, de algo que natural. As brincadeiras são
construídas nos processos de relações que a criança encontra em seu meio
social. Desta forma, as crianças recebem as primeiras intervenções sobre o
brincar através dos adultos. Logo o brincar não se constitui algo inato no
indivíduo. Através das descobertas nas brincadeiras, as crianças trazem sem
seu comportamento a compreensão do que acontece e constroem assim,
situações diversas das já vividas (ABRÃO, 2012).

No atual sistema educativo, jogos e brincadeiras podem ser entendidos


a partir de três perspectivas complementares, como objeto de estudo: bloco de
conteúdos que apresenta diferentes modalidades segundo a complexidade das
normas que o regulam, o grau de envolvimento que exige dos participantes e as
capacidades que pretende desenvolver. como estratégia metodológica uma
atividade intrinsecamente motivadora que facilita a aproximação natural à pratica
normalizada do exército físico, a qual não resulta, unicamente, em
aprendizagens esportivas, tendo sentido em si mesma e favorece a exploração
corporal, as relações com os demais e o aproveitamento coletivo do ócio; com
meio globalizado, a qual inter-relaciona conteúdos de Educação Física com
outras áreas e eixos transversais. Sua prática potencializa atitudes e hábito de
tipo cooperativo e social baseados na solidariedade, na tolerância, no respeito e
na aceitação das normas de convivência. É, portanto, missão do professor
especialista em Educação Física elaborar uma programação de aula adequada
para obter com êxito a utilização da brincadeira como conteúdo essencial do
currículo no Ensino Fundamental e como fio condutor e ferramenta obrigatória
para a obtenção da aprendizagem significativa, globalizada e interdisciplinar
(BRASIL, 1998).

Bracht (2010) comenta que, quando se conceitualiza a ideia de


brincadeira, outorga-se rapidamente o caráter lúdico, mas não o de meio de
aprendizagem cognitiva. Associa-se a “brincadeira” às aulas de educação física,
porque nelas os alunos se “divertem”, enquanto na matemática, nas línguas, etc.,
aprendem-se coisas mais “sérias” e “importantes”, em que não há espaço para
o lúdico.

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Frente a tais declarações, aparecem outras a favor do brincar, como as
de Abrão & Figueiredo (2013), para quem a educação é muito mais que
brincadeira, mas muito pouco sem ela. A brincadeira inicia a relação da criança
com a educação e a mantém entre suas atividades como um pilar no qual se
apoiam valores, conhecimentos e experiências.

Portanto, a brincadeira como ferramenta deve conduzir as tendências


naturais para atividade socialmente necessárias, que em outras organizações
sociais são satisfeitas por meio de um trabalho constritivo

A existência de uma brincadeira pressupõe acordo entre os indivíduos


e sobre o que constituirá essa brincadeira e mesmo que se trata de uma
brincadeira. É importante notar que nessa comunicação existe o preceito de
interpretar e decidir, entrar na brincadeira e incidir sobre ela, em sua construção
segundo a liberdade de cada um. Sem essa liberdade não existiria a brincadeira
e sim comportamentos regrados automaticamente.

Para W. Benjamim o brincar significa sempre libertação, nesse sentido


escreverá: “A banalização de uma existência insuportável contribuiu
consideravelmente para o crescente interesse que jogos e brinquedos infantis
passaram a despertar após o final da guerra.” (1984, p. 64).

A imaginação infantil sofre constantemente influências de um mundo


globalizado, onde o mercado de produtos para a infância tende a padronizar as
crianças do mundo inteiro, desconsiderando seu contexto social. O imaginário
infantil é um processo de construção do conhecimento, desconsiderar esse fator
é imaginar a criança como um ser incapaz e imaturo.

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PEQUENO HISTÓRICO DE EVOLUÇÃO DOS
BRINQUEDOS
A palavra infância, para Áries (1979) vem de En-fant que significa
"aquele que não fala, que não tem voz". Durante anos, a infância foi
compreendida como a fase que prepararia as crianças para a vida adulta. Sobre
este processo de construção, a criança sempre foi vista como um ser incapaz,
não ocupante de um lugar na sociedade, não participante do meio em que estaria
inserido. Caracterizava-se como um ser moldado por adultos, um ser sem valor,
um ser isolado que nada sabe, mantendo-se nesta posição por muitos anos.

Na Idade Média não havia distinção em o que seria adequado para


crianças e o que seria adequado aos adultos. Áries (1979) relata que a criança,
neste período, “a partir do momento em que passava a agir sem solicitude de
sua mãe, ingressava na sociedade dos adultos e não se distinguia mais destes",
ou seja, a criança passava a ser como um adulto, porém em versão menor e
vivia como tal.

A partir destas novas viabilizações da economia e frente a novos


desafios econômicos pensava-se em como inserir a criança nesta mudança
social e para tal seria necessária a criação de instituições públicas destinadas
às essa. Desde então, o sentimento de infância e a preocupação com as crianças
e sua educação só tende a crescer, pois se sabe que elas serão o futuro de uma
humanidade.

Nesse período da vida é possível ser livre de um mundo de regras e


responsabilidades que fazem parte da vida adulta. A infância é um tempo em
que se pode brincar de esconde-esconde, de pega-pega, subir em muros e
árvores, correr, pular utilizar a imaginação sem vergonha alguma de ser criança
e, é isto que será destacado nos relatos dos futuros educadores (ABRÃO, 2012).

No período da infância não existe maldade, nem impurezas, existem


muitas curiosidades, além de inocência e humildade. É através da imaginação,
de uma forma muito inocente, que o mundo fica colorido, vira um conto em que
se pode sonhar, sem importar-se com a concretização dos sonhos. Quando
criança vive-se o presente, pensando o futuro como mais um dia de brincadeiras.

18
Desde os tempos mais remotos, os brinquedos sempre fizeram parte
da história da humanidade. Houve uma época em que eram produzidos no
ambiente doméstico pelas próprias famílias ou nas oficinas dos artesões.
Podemos citar como exemplos a boneca de pano, o carrinho de madeira, o
soldadinho de chumbo. Assim como esses brinquedos existiam as cantigas de
roda e brincadeiras como “passará, amarelinha, cabra cega” entre outros. Essas
brincadeiras foram passadas de geração a geração sofrendo alterações de
acordo com a época e região e assim originando novos brinquedos que
passaram inclusive a ser fabricados pela indústria.

Os pioneiros da indústria de brinquedos foram os alemães na região de


Nuremberg, a fabricação ficava a cargo das famílias judias que exportavam para
outros países. Sob essa perspectiva, surge, no Brasil, em 1937 a indústria de
brinquedos Estrela, fundada por uma família de judeus que dominou por muitos
anos produtos que marcaram a infância dos brasileiros. Nessa mesma época,
outras indústrias começaram a surgir e acompanhar o comportamento social do
país e do mundo. Assim nasceram os brinquedos de guerra nos anos 40, os
espaciais nos anos 50, e as bonecas modernas como a Susi nos anos 60.

Com a evolução de novas tecnologias e a chegada da televisão, novos


produtos surgem no mercado do brinquedo, temos a chegada do Telejogo nos
anos 70, o Atari nos anos 80, até os atuais videogames.

A ludicidade é uma dimensão da linguagem, já que brincando a criança


expressa-as com liberdade e utiliza a palavra como uma das formas de
expressão. O movimento como linguagem privilegia a construção da autonomia
onde a criança pode produzir conhecimentos através de contos, criação de
histórias, cantando músicas relacionando-se com os colegas numa peça de
teatro sem precisar ficar sentado e aprender calado conteúdos prontos e técnicas
padronizadas.

As atividades lúdicas fazem parte da vida da criança não porque estas


ainda não estão preparadas para enfrentar as responsabilidades sociais, mas
porque a liberdade, a imaginação, a criatividade e o prazer fazem parte do seu
cotidiano. O lúdico vem sendo associado a diferentes manifestações como o
jogo, brinquedo, a brincadeira, a características como espontaneidade,

19
criatividade, imaginação, prazer, alegria e divertimento, bem como a dimensão
do corpo, do movimento e das atividades corporais.

OS BRINQUEDOS EA INFLUÊNCIA DA MÍDIA

Muito embora não aceitemos, mas o fato é que, a mídia cumpre um


papel importante nas sociedades ocidentais. Esse papel foi rapidamente
absorvido entre adultos e crianças destacando entre as culturas midiáticas, a
televisão como meio de comum acesso a informações entre as diversas classes
sociais.

A televisão vem cumprindo a função de inferir e transformar o


referencial de cultura das crianças, sobretudo no que diz respeito ao lúdico. O
lúdico está eminentemente atrelado ao que a televisão oferece e veicula em suas
imagens.

As crianças tornam-se espectadoras e experimentadoras da variada


gama de imagens e conteúdo que a televisão apresenta, na medida em que
transportam essas imagens e conteúdos para o mundo da brincadeira. Assim
têm a possibilidade de se transformarem em seu super-herói favorito ou mesmo
viver a vida de boneca sem sua beleza e mundo perfeitos. Vivem histórias e
aventuras construídas em suas brincadeiras de acordo com apropriações que
fazem a partir do conteúdo exibido pela televisão.

Segundo Brougère (p. 53) “Pelas ficções, pelas diversas imagens que
mostra, a televisão fornece às crianças conteúdo para suas brincadeiras”. Desta
forma, o acesso a televisão torna a informação lúdica universal, uma criança
pode não possuir determinado tipo de brinquedo, mas com certeza terá
conhecimento sobre eles. Os filmes publicitários veiculados pela televisão
exercem influência sobre a brincadeira das crianças mostrando o manuseio do
brinquedo e encenações sobre a brincadeira de como brincar com este,
idealizando o mundo e a brincadeira.

20
A criança desde antes de nascer já conta com um mundo de produtos
a sua espera. O mercado de consumo infantil cresce a cada ano, abrangendo
uma gama infinita de produtos desde higiene a confecção de roupas e
brinquedos.

As crianças adquirem uma identidade de clientes que vislumbram os


produtos, tornando-se consumidoras em potencial. Logo, o mercado sempre
procura desenvolver produtos de acordo com as necessidades e anseios
infantis. E desta forma, a indústria de produtos infantis investe pesado em mídia,
pesquisas e atrativos em seu produto final para consolidar esse vínculo com tão
“nobre cliente”.

Na maioria das vezes o desejo de compra da criança transpõe as


razões do motivo pelo qual deseja tal produto. Os colegas têm, a mídia veicula
toda a imagem idealizada do produto e incide sobre o desejo e a razão de ter tal
produto. Em um mundo globalizado e uma sociedade capitalista a infância está
efetivamente cada vez mais capitalizada.

Em dias de pouco convívio familiar, no qual pai e mãe trabalham com


tantos compromissos a cumprir, as crianças ficam relegadas a essa convivência.
Pais, no afã de suprirem essa carência de convívio e mesmo sem tempo para
descobrirem os desejos e anseios de seus filhos acabam suscetíveis às
questões de consumo. Vulneráveis a esse poder de compra, acabam algumas
vezes adquirindo produtos influenciados pelos meios de comunicação. Os meios
de comunicação veiculam através de imagens uma concepção de mundo onde
tudo pode acontecer na mais plena perfeição, sem que algo de errado suceda.
Consumir passa a ser um ato em que a criança sente-se inserida no mundo.
Nesse sentido a veiculação de propagandas exerce papel essencial, onde:

Introduzir imagens de realidade num sistema que tem, ou teve, o


imperativo categórico de desnaturar a realidade, falsificando-a, tornando-a mais
bela, eliminando os conflitos existentes.(...) Suscitar dúvidas em vez de
concordar com o conformismo das certezas.(...) Há cada vez mais gente disposta
a refletir sobre a realidade e sobre os problemas sociais que a inquietam sem
por isso deixar de comprar, até com certo prazer voluptuoso (TOSCANI, 1996,
p. 59-60)

21
A criança não pode ser vista como desprovida de características e
conhecimentos específicos inerentes a seu ser, por estar inserida em um
contexto, traz consigo a sua própria história; ela constrói e reconstrói
conhecimentos. É preciso que se abra aqui uma crítica acerca dos apelos
técnicos veiculados na mídia e suas intenções. Faz-se necessário analisar os
sujeitos que serão envoltos nessa veiculação e implicados pela produção e
recepção imagética.

AS CRIANÇAS E O BRINQUEDO NA SOCIEDADE

Na sociedade em que vivemos é notório que as crianças são, cada vez


mais, alvos das propagandas apelativas de brinquedos e produtos de diversos
personagens dos desenhos animados do momento. Os brinquedos variam de
acordo com a faixa etária das crianças, sendo que as propagandas despertam
interesses nas crianças e posteriormente nos pais, que compram os produtos
para seus filhos na intenção de preencher algum momento que não lhes deram
a atenção necessária.

A criança tem a capacidade de navegar entre os dois mundos o real e


o irreal, este último referente ao pensamento ilógico que a partir dos objetos que
os adultos julgam como desnecessários, elas criam seus próprios brinquedos e
mundos de faz de conta. As crianças possuem uma capacidade muito grande de
imaginação, através do brinquedo ou de simples objetos encontrados no dia-a-
dia inventar algo igual ou parecido com os brinquedos que desejam. Como é
mencionado por Winnicot (1995, p. 79):

O objeto referenciado não perde a sua identidade própria e, é ao


mesmo tempo transmutado pelo imaginário: a criança pode passar a ser um
astronauta, um índio, ou um modelo exibindo-se nas passarelas, ou um gato sem
deixar de ser ela própria, assim como o toco do uma vassoura se transmuta

22
numa espada, ou num cavalo, e um a toalha se transforma numa túnica ou numa
bandeira, sem que a criança perca a noção da identidade de origem.

Para que existam brinquedos é preciso que certos membros da


sociedade deem sentido ao fato de que se produza, distribua e se consuma
brinquedos, sendo que este possui como principal característica de um forte
valor cultural percebendo que ele é rico de significados que permitem
compreender a sociedade e a cultura que vivemos ou estamos inseridos.

Segundo Gilles Brougère (1995), o brinquedo se mostra como um


objeto complexo que permite a compreensão do funcionamento da cultura, o
mesmo não condiciona a ação da criança, ele lhe oferece um suporte
determinado, mas que ganhará novos significados através da brincadeira.

É através do brincar que a criança está experimentando o mundo, os


movimentos e as reações, tendo assim elementos para desenvolver atividades
elaboradas no futuro. A criança aprende brincando e através disto irá entender
o mundo ao redor, irá testar habilidades físicas e motoras, funções sociais,
aprender as regras, colher resultados dos seus feitos, ganhando ou perdendo,
registrando como deverá proceder nas próximas oportunidades. Assim, o
importante é que as crianças brinquem e experimentem inúmeras formas de
brincadeiras e jogos, sem preconceitos culturais.

O brinquedo exerce forte influência na formação da personalidade


infantil, pois está associado às necessidades da criança durante o período da
infância. Na escola, acredita-se que a criança aprenda melhor brincando e que
todos os conteúdos possam ser transmitidos através do brincar, pois o
desenvolvimento da criança se dá através do lúdico. As atividades poderão ser
adaptadas para que sejam prazerosas e atraentes, as crianças brincam para
crescer.

Nesse sentindo, os brinquedos tornam-se recursos didáticos de


aplicação e valor no processo ensino-aprendizagem. O brinquedo conquista um
espaço na educação, ou seja, ganha caráter educativo, eliminando a falta de
importância vista nas atividades predominantemente lúdicas.

23
É ainda no espaço da escola que se encontram os problemas com
relação à corporeidade, à expressão corporal, ao corpo. Cada pessoa faz parte
como ser corpóreo ao meio sociocultural em que está inserido, traçando
diferentes histórias corporais uns com os outros. Sobre isso, Gonçalves (1994,
p. 14) menciona que “ao longo da história humana, o homem apresenta inúmeras
variações na concepção e no tratamento de seu corpo, bem como nas formas
de comportar-se corporalmente, que revelaram e revelam as relações do corpo
com um determinado contexto social”.

Desta forma, a brincadeira torna-se um portal de entrada ao mundo


cultural da criança onde ela reproduz em suas ações sua bagagem de
conhecimentos acerca da ludicidade.

Pôde-se verificar que a cultura lúdica das crianças tem a mesma


origem, ou seja, na mídia; mais especificamente na televisão.

Brincadeira, imaginação e cultura e cultura sempre estarão em estados


combinados transformados pela criança que brinca. Sob essa perspectiva a
criança organiza a atividade lúdica através de sua relação com o mundo
circundante.

Sendo assim, se faz necessário ao educador conhecer os elementos


que formam a cultura lúdica do aluno. Através desses elementos constituidores
do brincar o educador poderá interagir com a realidade histórica cultural,
elencando os principais objetos como fatores que poderão auxiliar no processo
ensino-aprendizagem.

É necessário que o educador não tenha conceitos prontos com relação


às brincadeiras e seus gêneros ou comportamentos. Procurar por explicações
psicológicas nas brincadeiras das crianças, por vezes é algo que implica em
querer dizer que a criança está dissimulando comportamentos e muitas vezes
ela está apenas brincando.

As crianças levam realmente a brincadeira muito a sério, são os seus


momentos, são os seus acordos. Talvez o mundo adulto ainda não entenda esse
momento da brincadeira, pois cultiva ainda uma visão autocêntrica.

24
A escola deve repensar o tipo de infância que se está reproduzindo e
que tipo de sociedade quer realmente formar, sem esquecer antes de tudo que
criança deve ser criança e viver sua infância. A escola precisa perceber que a
criança é um corpo, e este está integrado ao meio, seja ele físico social ou
cultural. Por isso, as diferentes experiências de movimento devem ser
proporcionadas às crianças sempre Educação Infantil, no primeiro ano, no
segundo ano, no terceiro ano e assim por toda vida escolar da criança. Sendo
assim, é importante que esta proporcione aos alunos vivências corporais que
valorizem culturas diferenciadas, pois o movimento na infância também
possibilita descobertas e o conhecimento na formação humana integral e plena.

CONTEXTUALIZANDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO


BRASIL

Ao analisarmos a história da educação da criança no Brasil, nota-se que


durante séculos a mesma era feita através da responsabilidade exclusiva da
família, uma vez que seu aprendizado se dava no convívio com adultos e outras
crianças, participando das tradições e aprendendo normas e regras da sua
cultura.

Já na contemporaneidade, à criança é oportunizado o acesso a um


ambiente de socialização, onde pode conviver e aprender sobre sua cultura
através da interação entre os diferentes meios.

Segundo Paschoal e Machado (2009), no Brasil, as primeiras instituições de


atendimento à criança surgiram no intuito de auxiliar as mulheres que

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trabalhavam fora de casa e as viúvas desamparadas, possuindo assim na sua
concepção um caráter estritamente assistencialista.

Em termos legais, até meados dos anos setenta pouco foi acrescentado
para garantia de oferta a essa camada da população, sendo os anos oitenta
considerados o marco na busca do direito à educação da criança.
Com debates em torno da Constituição de 1988 e da LDB, a expressão
“Educação Infantil” ganha força e caracteriza um segmento que passa a ter papel
importante no desenvolvimento humano e social. A oferta por tal nível de
educação é ampliada e a partir de então surgem os primeiros empecilhos do que
a princípio seria apenas uma expansão na oferta de vagas e conseqüente
atendimento por essa demanda a muito esquecida. Mas essa expansão não foi
acompanhada pela formação de pessoal capacitado, muito menos se ateve com
a preocupação em fornecer uma infra-estrutura necessária para que fossem
realizadas as atividades consideradas indispensáveis para que a criança se
desenvolva. Uma expansão caracterizada pela falta de investimentos técnicos e
financeiros, fez com que se deteriorasse a qualidade no atendimento desse
segmento. Espaços físicos, equipamentos e materiais pedagógicos insuficientes
e inadequados, a dicotomia educar e cuidar, assim como currículos e propostas
pedagógicas inexistentes marcaram a época. (PASCHOAL e MACHADO, 2009).

Percebe-se que mesmo com o passar dos anos, a demanda ou oferta pela
Educação Infantil continuou a crescer e que determinado crescimento, que na
época apresentava suas falhas, ainda se faz presente nas escolas de Educação
Infantil brasileiras, mantendo na atualidade muitas dessas características
negativas.

26
A EDUCAÇÃO INFANTIL NA CONTEMPORANEIDADE
BRASILEIRA

A importância da Educação Infantil no processo da Educação Básica não


se dá somente por ser uma fase de formação da criança tanto intelectual, quanto
motora, afetiva e social; mas principalmente por ajudar na sua formação como
ser humano. Para que seja alcançada a qualidade no ensino ofertado, alguns
documentos auxiliam as bases e diretrizes curriculares, servindo de norte para
que as instituições que oferecem determinada etapa possam ter subsídios para
construção de suas próprias propostas. Mas um descompasso entre a
legislação, os documentos norteadores e o cotidiano de muitas escolas infantis
é percebido quando confrontados com a realidade dessas instituições. Como
exemplo, temos as Indicações para Elaboração das Diretrizes Curriculares
Nacionais para a Educação Infantil, onde são apresentados fundamentos
norteadores que ao serem analisados mais afundo percebe-se disparidades
entre o discurso teórico e o dia-a-dia das escolas. (CEB / CNE, 2009)

Alguns critérios para assegurar a qualidade do trabalho das instituições


de Educação Infantil devem, ou pelo menos deveriam, ser seguidos, tais como
a “organização de espaços acolhedores, desafiadores, saudáveis e inclusivos,
que promovam o contato das crianças com equipamentos culturais (livros de
literatura; brinquedos; objetos; produções e manifestações artísticas) e com a
natureza” (ibdem, p.02). Esbarram-se aqui tanto nos problemas de destinação
de verbas para aquisição de tais espaços com seus materiais, quanto na
incapacidade de comportar determinados ambientes pela transformação dos
mesmos em salas de aula. Destino comum, observado na escola ou em
depoimento de professores, de bibliotecas, salas de vídeo, laboratórios, e
demais ambientes, quando possuídos pelas escolas, é sua transformação em
salas de aula, pois a oferta e a demanda se tornam cada vez maior que a
estrutura.

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Outro critério abordado trata da “infra-estrutura e modo de funcionamento
que garantam ventilação, luminosidade, higiene, segurança e dimensões
adequadas do espaço físico” (ibdem). O cenário das escolas de Educação
Infantil pouco condiz com tal critério, onde encontramos salas de aula pouco ou
quase nada iluminadas e ventiladas, possuindo dimensões inadequadas para
que sejam atingidos outros critérios. Mas um dos elementos que se torna mais
visível, diz respeito ao número de crianças por professor que, de acordo com o
redigido, deveria possibilitar para os alunos uma maior atenção,
responsabilidade e interação com as demais crianças, o que não condiz com a
realidade de salas superlotadas. “As turmas de crianças sob a responsabilidade
de seu professor devem obedecer à razão de:

0 a 1 ano – 6 crianças por professor


1 a 2 anos – 8 crianças por professor
2 e 3 anos – 12 crianças por professor
4 a 5 anos e 11 meses – 25 crianças por professor”

Voltamos à discussão oferta/demanda anteriormente realizada, pois para


atender a expansão da Educação Infantil e a sua procura, quase que via de regra
o número de alunos por professor ultrapassa o estabelecido para que se tenha
uma educação de qualidade.

Fatores também pretendidos nas propostas curriculares de Educação


Infantil são a linguagem verbal e a brincadeira, como principais elementos
articuladores dos saberes e conhecimentos trabalhados. Mas ainda
encontramos a escolarização tradicional em grande parte das escolas, com o
trabalho centrado no professor; carteiras enfileiradas, espaços inadequados,
ausência do lúdico, de atividades corporais, do trabalho com diferentes formas
de expressão; caracterizando uma ênfase no aspecto cognitivo, principalmente
em atividades de alfabetização. (PASCHOAL e MACHADO, 2009).

Constatou-se ainda, através das observações na escola estudada,


agravantes na inexistência de brinquedos, ausência ou pouco proveito de

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espaços externos, dificultando o acesso das crianças a esses ambientes. A hora
destinada ao recreio se torna uma verdadeira correria sem finalidade que termina
com uma variedade de escoriações e ferimentos.

Existe por parte de muitos professores a não-valorização e a resistência


em aplicar o jogo e o brinquedo como atividades fundamentais da criança nessa
faixa etária, ferindo seu direito de brincar, como forma particular de expressão,
pensamento, interação e comunicação. Isso não significa que as atividades
devem ser oferecidas só por meio das brincadeiras, mas sim através de
situações pedagógicas orientadas de forma integrada.

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REFERÊNCIA

ABRÃO, K. O espaço o movimento e o brincar no período de transição da


Educação Infantil e o primeiro ano. Dissertação (Mestrado em Educação Física).
Pelotas, 2011.

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[1] Licenciado em letras / Português, pela UESPI, Especialista em


Metodologia da Língua Portuguesa e Literatura, pela Faculdade de Teologia
Hokemãh, Especialista em Gestão Educacional com Aplicação tecnológica, pela
Faculdade UNICESPI, especialista em Libras pela faculdade Cândido Mendes
professor da Rede Estadual no Município de Anísio de Abreu- PI, professor
substituto na Universidade Estadual do Piauí- UESPI.

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