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CIÊNCIAS NEUROLÓGICAS

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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .................................................................................. 2

FILOGÊNESES DO SISTEMA NERVOSO .......................................... 3


SISTEMA NERVOSO CENTRAL ......................................................... 7
O QUE É NEURÔNIO? ........................................................................ 9
HEMISFÉRIOS CEREBRAIS ............................................................. 12
AS DIFERENÇAS DOS HEMIFÉRIOS .............................................. 15
QUANTOS CÉREBROS VOCÊ TEM? UM OU DOIS? ...................... 17
NEUROPLASTICIDADE – ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO ........... 25
PLASTICIDADE SINÁPTICA ............................................................. 26
NEUROGÉNESE ............................................................................... 27
PLASTICIDADE FUNCIONAL COMPENSATÓRIA ........................... 28
FUNÇÃO E COMPRORTAMENTO: APRENDIZAGEM, EXPERIENCIA
E AMBIENTE. ............................................................................................... 29
ENTENDER AS CONDIÇÕES PARA INDUZIR A PLATICIDADE ..... 31
REFERÊNCIA .................................................................................... 33

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de


empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de
Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como
entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais,
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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FILOGÊNESES DO SISTEMA NERVOSO

Os primeiros neurônios surgiram como células que se diferenciaram das demais


para receber estímulos do meio-ambiente, transmitindo-os às células
musculares vizinhas para gerar uma resposta adaptativa. Tais células receptoras
eram especializadas em irritabilidade e condutividade, o que significa que elas
eram capazes de transformar um estímulo externo em uma mensagem interna
que se propagava no organismo.

Exemplos destas células nervosas primitivas podem ser visto nos


tentáculos de uma anêmona do mar, no qual existem células nervosas com
apenas um prolongamento (unipolares) que se ligam com células musculares
protegidas do exterior.

O prolongamento de tais células unipolares é um axônio dotado de uma


formação especial denominada receptor, que transforma vários tipos de
estímulos físicos ou químicos em impulsos nervosos.

A esta transformação se dá o nome de transdução.

Os impulsos nervosos são transmitidos a um efetuador, que pode ser um


músculo ou uma glândula. Com a evolução das espécies começaram a surgir,
por meio de mutações adaptativas, receptores mais complexos e capazes de

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lidar com estímulos mais variados.
A anêmona do mar é um celenterado e, como em outros seres desta
espécie, em seu corpo existe uma rede de fibras nervosas formadas por
ramificações dos neurônios de superfície, que permite a difusão dos impulsos
nervosos em várias direções.
Já nos platelmintos, como a planária, e nos anelídeos, como as minhocas,
este tipo de sistema nervoso foi substituído por algo mais avançado, no qual os
elementos tendem a se agrupar centralmente, ao invés de irradiar da
superfície.

Na minhoca, o sistema nervoso é segmentado, sendo formado por um par


de gânglios cerebróides e uma série de gânglios unidos por uma corda ventral,
correspondendo aos segmentos do animal.

Funciona da seguinte maneira: na superfície do animal, em seu epitélio,


existem neurônios especializados em receber estímulos do meio externo
(neurônios sensitivos ou aferentes) capazes de realizar a transdução, e conduzir
o impulso gerado em direção ao interior do animal. Estes neurônios estão ligados
a outros neurônios mais centrais por meio do seu axônio (sinapse axo-somática
cf. as ilustrações que eu vi). A soma destes neurônios mais centrais encontra-se
no gânglio e possui um axônio que faz conexão com os músculos do animal para
gerar uma resposta comportamental. Tais neurônios são especializados, então,
na condução do impulso do centro até o efetuador, e por isso são chamados de
neurônios motores ou eferentes.

Neurônio sensitivo ou aferente: realiza a transdução do estímulo do


meio externo e o conduz para o interior do animal.
Neurônio motor ou eferente: conduz o impulso recebido até um
efetuador, que pode ser um músculo ou uma glândula.

Outra forma de colocar isto é que os neurônios aferentes trazem o impulso


de uma determinada área e os neurônios eferentes levam o impulso a uma
determinada área do sistema nervoso. Mas eu não gosto desta definição por
causa dos neurônios de associação. De qualquer forma, como em qualquer
classificação espacial, a denominação é relativa ao que se descreve. Um
exemplo citado por Angelo Machado é de que "neurônios cujos corpos estão no

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cérebro e terminam no cerebelo são eferentes ao cérebro e aferentes ao
cerebelo."

E por isso "deve-se sempre especificar o órgão ou área do sistema


nervoso em relação à qual os termos são empregados."

O estudo da evolução das células nervosas, sua filogênese, é importante


para que possamos compreender como se organizam e qual a importância de
cada tipo diferente de neurônio que iremos encontrar nos organismos mais
complexos. Fica claro, também, por meio deste estudo, que existem três tipos
básicos de neurônios existentes: neurônios aferentes, neurônios eferentes e
neurônios de associação.

Aprofundando o assunto sobre os neurônios aferentes, podemos afirmar


que estes levam informações sobre modificações ocorridas no meio externo
para o sistema nervoso central. No caso de organismos mais complexos, os
neurônios aferentes também podem levar informações sobre o meio interno do
organismo para o sistema nervoso central.

Quando em contato direto com o meio externo, o neurônio aferente é


unipolar, ou seja, é composto por um soma e um axônio. Esta é uma das
formas mais primitivas de organização neuronal. Nos moluscos, os neurônios
sensitivos se conectam a superfície por meio de um prolongamento e seus
somas ficam no interior do animal.

Nos vertebrados, quase todos os neurônios sensitivos têm seus corpos


localizados em gânglios próximos ao sistema nervoso central, porém sem
penetrar nele. A maioria dos neurônios sensitivos dos vertebrados é unipolar. A
vantagem de tal configuração é uma menor suscetibilidade a lesões
decorrentes do contato direto com o meio externo

Primeiro surgiram neurônios compostos de um soma e de um axônio


terminado em um receptor que se projetava ao meio externo, nos celenterados.
Depois surgiram neurônios cujas somas encontram-se diretamente expostos ao
meio externo, com um axônio projetando-se ao interior do animal, conectando o
neurônio sensitivo a um neurônio motor, formando um arco-reflexo. Então nos

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celenterados não havia algo como um arco-reflexo? Um neurônio recebia a
informação do meio e já providenciava a resposta?

Os neurônios eferentes, ou motores, têm a função de conduzir o


impulso nervoso ao órgão efetuador, determinando uma secreção (glândulas)
ou uma contração (músculos).

No animal humano, os neurônios eferentes do sistema nervoso


autônomo (S.N.A.) que enervam músculos lisos, músculos cardíacos ou
glândulas, têm seus corpos fora do sistema nervoso central (S.N.C.), nos
gânglios viscerais, e são denominados neurônios pós-ganglionares.
Já os neurônios que enervam os músculos estriados esqueléticos têm seus
corpos sempre dentro do S.N.C. e são denominados neurônios motores
primários, neurônios motores inferiores ou via motora final comum de
Sherrington.

Os neurônios de associação trouxeram consigo um aumento


considerável no número de sinapses e, por tanto, na complexidade do sistema
nervoso. Tal complexidade trouxe consigo a possibilidade do surgimento
de padrões de comportamento.

Quanto maior o número de neurônios de associação, mais complexos e


elaborados podem ser os padrões de comportamento apresentados pelo
animal.O soma do neurônio de associação permanece sempre dentro do S.N.C.,
e seu aumento se deu principalmente na extremidade anterior dos animais. Nos
vertebrados, os neurônios de associação são a grande maioria.

A evolução filogenética, os neurônios mais primitivos, ou os primeiros a


surgirem são os neurônios sensitivos ou aferentes, seguidos pelos neurônios
motores ou eferentes, para então surgirem os neurônios associativos.

Neurônios aferentes:
1. Na superfície: unipolares (anelídeos)
2. Intermediários: bipolares (moluscos)
3. Próximos ao S.N.C.: pseudo-unipolares (vertebrados)

Neurônios eferentes:
1. Fora do S.N.C. nos gânglios viscerais: Sistema Nervoso Autônomo

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2. Dentro do S.N.C. terminações em músculos estriados esqueléticos.

Neurônios de associação:
Internos ao S.N.C., permitiram o aumento do número de sinapses e o
surgimento de padrões de comportamento e funções superiores.

SISTEMA NERVOSO CENTRAL

O Sistema Nervoso Central (SNC) é a parte do sistema nervoso formada


pelo encéfalo e pela medula espinhal.

O sistema nervoso é fundamental para a percepção do mundo que nos


cerca e também para o funcionamento do corpo e a realização de atividades,
como locomoção, raciocínio e memória. Ele é constituído por neurônios e pelas
células da glia, que garantem, entre outras funções, um microambiente
adequado para os neurônios.

O sistema nervoso pode ser classificado em sistema nervoso central


(SNC) e sistema nervoso periférico (SNP).

O funcionamento e a estrutura do SNC.

→ Funções do Sistema Nervoso Central

O sistema nervoso central atua como um centro integrador, processando


todas as informações dos impulsos recebidos. É nessa região, portanto, que as
decisões são tomadas e ordens são geradas e enviadas para o órgão efetor.

→ Componentes do Sistema Nervoso Central

O sistema nervoso central é formado por duas partes


básicas: o encéfalo e a medula espinhal . O encéfalo está contido no interior da
caixa craniana, e a medula espinhal está contida no interior da coluna
vertebral, no canal vertebral.

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O encéfalo, apesar do que muitos pensam, não é composto apenas pelo
cérebro, sendo este apenas uma porção dessa importante parte do SNC. O
encéfalo é constituído basicamente pelo Telê encéfalo, formado por dois
hemisférios cerebrais, o diencéfalo, que se divide em epitálamo, tálamo e
hipotálamo, o cerebelo e o tronco encefálico, formado pelo mesencéfalo,
ponte e bulbo.

A medula espinhal, como dito, está situada no interior do canal


vertebral, entretanto, não o ocupa totalmente. Essa massa possui forma
cilíndrica e apresenta cerca de 45 centímetros em um homem adulto. A medula
inicia-se na altura do forame magno do crânio e estende-se até a altura da 1ª ou
2ª vértebra lombar.

Em corte transversal, é possível verificar a presença de dois tipos de


substâncias no SNC: a branca e a cinzenta.

A substância branca recebe essa denominação por causa da


presença de mielina nos axônios. Essa substância não apresenta corpos
celulares, que estão presentes apenas na substância cinzenta. No encéfalo,
observa-se a substância cinzenta mais externamente, e a branca está mais
internamente. Já na medula espinhal, a substância cinzenta localiza-se mais
internamente em relação à branca. O desenho formado pela substância
cinzenta lembra uma borboleta ou um H na medula espinhal.

→ Meninges

Todo o SNC é envolvido por três membranas fibrosas que


recebem o nome de meninges. Essas três meninges são chamadas
de dura-máter, pia-máter e aracnoide. A dura-máter é a meninge mais
externa e é formada por tecido conjuntivo denso, sendo muito espessa e
resistente. A aracnoide é a meninge intermediária, localizada entre a dura-máter
e a pia-máter. Já a pia-máter é a mais interna e delicada das meninges,
destacando-se por ser muito vascularizada.

Entre as meninges aracnoides e pia-máter, existe um espaço preenchido


pelo líquido cefalorraquidiano, também chamado de líquor. Uma das

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principais funções desse líquido é garantir a proteção mecânica das células do
SNC.

O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e medula espinhal

O QUE É NEURÔNIO?

Os neurônios são células presentes no sistema nervoso e apresentam


como principal função conduzir os chamados impulsos nervosos. Apesar de não
serem as únicas células do nosso tecido nervoso, elas destacam-se como as
mais conhecidas.

→ Características gerais dos neurônios


Os neurônios apresentam como partes básicas o corpo celular, os
dendritos e o axônio.

 Corpo celular: O corpo celular é a região onde está localizado o núcleo do


neurônio, bem como a maioria de suas organelas. Seu formato é variado e pode
ser esférico, estrelado ou piramidal, por exemplo.

 Dendritos: São extensões muito ramificadas responsáveis por receber os


sinais químicos de outro neurônio.

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Axônio: É uma extensão responsável por transmitir os sinais para outras
células, como outro neurônio, glândulas ou músculos. Ele caracteriza-se por ser
mais longo que os dendritos, podendo atingir até um metro de comprimento em
algumas espécies. Em alguns neurônios, observa-se a bainha de mielina no
axônio, a qual é produzida por dois tipos de células da glia: os oligodendrócitos,
no sistema nervoso central, e por células de Schwann, no sistema nervoso
periférico. As porções do axônio nas quais há falhas na bainha de mielina
recebem a denominação de nódulos de Ranvier.

Observe as principais partes de um neurônioObserve as principais partes de um neurônio

Observe as principais partes de um neurônio

Entre um neurônio e outra célula, encontramos uma junção denominada


de sinapse. Nesses locais, geralmente são lançados neurotransmissores que
atuam no transporte das informações de um neurônio para outra célula. Ao
neurônio que está passando a informação dá-se o nome de célula pré-
sináptica, e à célula que recebe o sinal dá-se o nome de célula pós-sináptica.

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→ Classificação dos neurônios segundo o número de
prolongamentos

Os neurônios podem ser classificados de acordo com o número de


prolongamentos em:

 Neurônios bipolares: apresentam um dendrito e um axônio;


 Neurônios pseudounipolares: apresentam um prolongamento
único, próximo ao corpo celular, que se divide em dois. Na vida
embrionária, esses neurônios apresentam-se como neurônios
bipolares;
 Neurônios multipolares: apresentam mais de dois
prolongamentos celulares e são o tipo principal de neurônio.

Principais tipos de neurônios existentes

→ Classificação dos neurônios segundo sua função


Os neurônios podem ser classificados de acordo com sua função em:

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 Sensoriais ou aferentes: recebem estímulos e enviam-nos para o
sistema nervoso central;
 Interneurônios: estabelecem conexões entre um neurônio e
outro.
 Motores ou eferentes: conduzem impulsos do sistema nervoso
central para outras partes do organismo.

neurônios são células típicas do sistema nervoso

HEMISFÉRIOS CEREBRAIS

O cérebro humano está formado de duas metades, de aparência


semelhante chamada também pelo nome de hemisférios cerebrais.

Elas estão conectadas entre si, por um feixe de filamentos


nervosos denominado: “ corpo caloso” .

Os Hemisférios cerebrais chamam-se respectivamente: Hemisfério


Esquerdo e Hemisfério Direito.

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Cada hemisfério é especializado para algumas tarefas específicas.

Eles se comunicam entre si através de um feixe que tem entre 200 e 250
milhões de fibras nervosas chamado de “corpo caloso”.

O corpo caloso tem como uma das principais funções, permitir a


comunicação entre os dois hemisférios, transmitindo a memória e o aprendizado.

O sistema nervoso humano está conectado com o cérebro mediante uma


comunicação cruzada.

De acordo com este critério, o hemisfério esquerdo controla o lado direito


do corpo, e o hemisfério direito controla o lado esquerdo. Em função deste
cruzamento das vias nervosas, a mão esquerda está conectada ao hemisfério

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direito, e a mão direita ao hemisfério esquerdo. Os cientistas já sabem há muito
tempo que o lado direito do cérebro controla do lado esquerdo do corpo e vice-
versa, ou seja, é um arranjo que os neurocientistas chamam de contralateral.

Assim, uma lesão de um lado do cérebro, normalmente vai afetar os


movimentos e o sentidos do lado oposto do corpo.

O francês Dr. Marc Dax em 1836 foi o primeiro a sugerir que os


hemisférios teriam funções diferentes. Observou paciente com derrame cerebral.
Quando a lesão era no hemisfério esquerdo, o paciente ficava com o corpo
paralisado do lado direito e sem fala. Posteriormente esses fatos foram
confirmados pelo famoso cientista francês Pierre Broca, que descobriu que o
centro motor de comando da linguagem falada encontra-se apenas no hemisfério
esquerdo. Uma lesão nessa área torna a pessoa total ou parcialmente afásica,
isto é, sem a capacidade de enunciar a voz, sem entretanto alterar outras
funções relacionadas linguagem.

Posteriormente descobriu-se também que outras áreas relacionadas


percepção da fala, escrita, etc., também são lateralizadas.

Por muito tempo muitos filósofos e cientistas afirmam que o hemisfério


esquerdo é relacionado ao raciocínio lógico e à linguagem (logos=palavra) e que
esse hemisfério seria o dominante ou principal e o direito, na época, com suas
funções desconhecidas foi chamado de hemisfério secundário ou subordinado.

Os hemisférios são parecidos na forma externa, porém, possuem funções


diferenciadas, o hemisfério esquerdo manifesta-se através do raciocínio e se
expressa através da linguagem oral, e o hemisfério direito, o faz através da
emoção e se expressa apenas através da linguagem visual (imagem, desenho).

Qualquer canhoto poderá ser tão bom com a sua esquerda como um
destro com a sua direita, pois ambos têm igual equipamento neurológico. Se há
canhotos que tem dificuldades de um adestramento à esquerda é apenas porque
tem que se adaptar a um contexto organizado para os direitos. Isso por muitas
vezes, faz com que os canhotos adquiram aptidões com ambas as mãos.

Os maiores problemas dos canhotos residem nas suas dificuldades de


adaptação a aquelas técnicas que são especificamente de um mundo de direitos;

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dificuldades de adaptação a certos utensílios e a situações escolares que
requerem procedimentos da esquerda para a direita ( como por exemplo, a
leitura e a escrita ).

AS DIFERENÇAS DOS HEMIFÉRIOS

HEMISFÉRIO ESQUERDO

Verbal: Usa palavra para manobrar, descrever e definir.

HEMISFÉRIO DIREITO

Não verbal: Tem conhecimento das coisas, através de uma relação não
verbal.

HEMISFÉRIO ESQUERDO

Analítico: Soluciona as coisas passo a passo e parte por parte.

HEMISFÉRIO DIREITO

Sintético: Une as coisas para formar todos os conjuntos.

HEMISFÉRIO ESQUERDO

Simbólico: Usa um símbolo para representar algo.

HEMISFÉRIO DIREITO

Concreto: Relaciona-se com as coisas tal com são e no momento


presente.

HEMISFÉRIO ESQUERDO

Abstrato: Toma um pequeno fragmento de informação e usa-o para


representar o todo.

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HEMISFÉRIO DIREITO

Analógico: Observa semelhança entre as coisas, compreende as relações


metafóricas.

HEMISFÉRIO ESQUERDO

Temporal: Leva em conta o tempo e a ordem das coisas em sucessão.

HEMISFÉRIO DIREITO

Atemporal: Não tem sentido de tempo.

HEMISFÉRIO ESQUERDO

Racional: Extrai conclusões baseadas nas razões e nos dados.

HEMISFÉRIO DIREITO

Não racional: Não necessita basear-se na razão nem nos danos.

HEMISFÉRIO ESQUERDO

Não Espacial: Não vê as relações entre uma coisa e outra, e como as


partes se unem para formar um todo.

HEMISFÉRIO DIREITO

Espacial: Vê as relações entre uma coisa e outra, e a maneira como as


partes unem-se para formar um todo.

HEMISFÉRIO ESQUERDO

Lógico: Extraem conclusões baseando-se na lógica, tudo segue uma


ordem lógica, como por exemplo, um teorema matemático e um argumento bem
exposto.

HEMISFÉRIO DIREITO

Intuitivo: Baseiam-se em dados incompletos, sensações e imagens.

HEMISFÉRIO ESQUERDO

Linear: Pensa em função de ideias encadeadas, de modo que um


pensamento sucede o outro.

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HEMISFÉRIO DIREITO

Holista

Observa a totalidade das coisas de uma só vez, percebe as formas e


estruturas em conjunto. O lado esquerdo do cérebro interpreta literalmente as
frases ditas

O lado direito percebe a intenção oculta

Por ser racional, “ pé no chão” o lado esquerdo não se aventura a criar,


inventar e sonhar.

O lado direito solta a imaginação e assume ser livre.

UM MAIOR E MAIS EQÜITATIVO APROVEITAMENTO DAS FUNÇÕES DOS


DOIS HEMISFÉRIOS, LEVA O INDIVÍDUO A SER MAIS IMAGINATIVO MAIS CAPAZ
DE RESOLVER QUESTÕES DIFÍCEIS DO SEU DIA-A-DIA.

QUANTOS CÉREBROS VOCÊ TEM? UM OU DOIS?

Você tem somente um cérebro. Porém, este cérebro está dividido no meio
em dois hemisférios cerebrais. Cada hemisfério é especializado para algumas
tarefas específicas.

Eles se comunicam entre si através de um feixe que tem entre 200 e 250
milhões de fibras nervosas chamado de “corpo caloso” (Há também outro feixe
menor, chamado de comissura anterior que liga dos dois hemisférios).

Você é destro ou canhoto? Como você já deve ter percebido, a maioria


das pessoas (cerca de 90% da população) é destra, ou seja, preferem utilizar a
mão direita. Outra denominação que pode ser utilizada é que estas pessoas tem
a mão direita dominante. Outras pessoas são canhotas, ou sem a mão esquerda
dominante. Uma pequena parcela da população não tem preferência por
nenhuma das mãos, sendo chamados de ambidestros. Embora pouca gente
saiba a maioria das pessoas também tem um olho e um ouvido que é dominante.

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Exatamente porque as pessoas tem a preferência por utilizar uma mão
sobre a outra ainda é um mistério.

Assim, uma lesão de um lado do cérebro, normalmente vai afetar os


movimentos e o sentidos do lado oposto do corpo.

Em 95% dos destros, o lado esquerdo do corpo também é dominante para


a linguagem. Até mesmo entre os canhotos, a taxa de dominância do hemisfério
esquerdo para linguagem é de cerca de 65%. Nas décadas de 1860 e 1870, dois
neurocientistas, (Paul Broca e Karl Wernicke) observaram que quando algumas
pessoas tinham uma lesão em duas áreas do hemisfério esquerdo, eles
desenvolviam problemas de linguagem como sequela.

Eles também notaram que pessoas que tinham lesões nas mesmas áreas
do lado direito, não desenvolviam problemas de linguagem. Estas áreas ficaram
conhecidas como área de Broca e Área de Wernicke em homenagem aos
descobridores. A área de Broca tem importância para a produção de linguagem
e a de Wernicke para o entendimento da linguagem.

Hemisférios Cerebrais

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Hemisfério Esquerdo

Linguagem

Matemática
Lógica

Dominância Cerebral

Cada hemisfério do cérebro é dominante para alguns comportamentos.

Por exemplo: aparentemente o hemisfério direito é dominante para


habilidades espaciais, reconhecimento de faces, visualização mental e música.

O lado esquerdo é mais especializado em habilidades de linguagem,


matemática e lógica. Claro que estas são generalizações e em pessoas normais,
os dois lados trabalham em conjunto trocando informações através do corpo
caloso.

Muito do que sabemos sobre as especializações dos hemisférios


cerebrais vem de experiências em pessoas que passaram por uma cirurgia, onde
o corpo caloso era cortado.

Estas cirurgias eram realizadas com o objetivo de se tratar pessoas que


sofriam de epilepsia e que não estavam obtendo resultados com o uso de
remédios. Esta cirurgia evitava que uma crise epilética em um dos hemisférios
chegasse ao outro, permitindo que o paciente se mantivesse mais produtivo.

Hemisfério Direito

Habilidades espaciais
Reconhecimento de faces
Visualização mental
Música

Uma outra forma de testar o hemisfério responsável pela linguagem é


através da estimulação elétrica do córtex cerebral durante a cirurgia. O cirurgião
pode colocar um eletrodo um várias áreas do córtex em um paciente consciente.

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O paciente vai informando o cirurgião sobre o que ele está sentindo ou
pensando conforme o cérebro vai sendo estimulado. Quando o cirurgião
estimular certas regiões do hemisfério responsável pela linguagem, distúrbios de
linguagem e vocalizações não intencionais podem ser produzidas pelo paciente.

A colocação de eletrodos no cérebro não dói pois o cérebro não possui


receptores para a dor (nocireceptores).

Hemisférios Cerebrais

UMA COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS DE CADA


HEMISFÉRIO

Hemisfério esquerdo Hemisfério direito

Verbal: usa palavras para Não-verbal: percepção das coisas com


nomear, descrever e definir; uma relação mínima com palavras;

Analítico: decifra as coisas de Sintético: unir coisas para formar


maneira seqüencial e por partes; totalidades;

Utiliza um símbolo que está no


Relaciona as coisas tais como estão nesse
lugar de outra coisa. Por exemplo o sinal
momento;
+ representa a soma;

Abstrato: extrai uma porção Analógico: encontra um símil entre


pequena de informação e a utiliza para diferentes ordens; compreensão das relações
representar a totalidade do assunto; metefóficas;

Temporal: se mantem uma


noção de tempo, uma seqüência dos Atemporal: sem sentido de tempo;
fatos. Fazer uma coisa e logo outra, etc.;

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Não-racional: não requer uma base de
Racional: extrai conclusões
informações e fatos reais; aceita a suspensão do
baseadas na razão e nos dados;
juízo;

Espacial: ver as coisas relacionadas a


Digital: utiliza números; outras e como as partes se unem para formar um
todo;

Lógico: extrai conclusões Intuitivo: realiza saltos de


baseadas na ordem lógica. Por reconhecimento, em geral sob padrões
exemplo: um teorema matemático ou incompletos, intuições, sentimentos e imagens
uma argumentação; visuais;

Linear: pensar em termos


Holístico: perceber al mesmo tempo,
vinculados a ideias, um pensamento que
concebendo padrões gerais e as estruturas que
segue o outro e que em geral convergem
muitas vezes levam a conclusões divergentes.
em uma conclusão;

HABILIDADES ASSOCIADAS À ESPECIALIZAÇÃO DE CADA


HEMISFÉRIO

Hemisfério esquerdo Hemisfério direito

Escrita à mão

Símbolos Relações espaciais

Linguagem Figuras e padrões

Leitura Computação matemática

Fonética Sensibilidade a cores

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Localização de fatos e detalhes Canto e música

Conversação e recitação Expressão artística

Seguimento de instruções Criatividade

Escuta Visualização

Associação auditiva Sentimentos e emoções

MANEIRAS DE CONSCIÊNCIA DE CADA HEMISFÉRIO

Hemisfério esquerdo Hemisfério direito

Lógico Intuitivo

Sequencial Azaroso

Linear Holístico

Simbólico Concreto

Baseado na realidade Orientado à fantasia

Verbal Não-verbal

Temporal Atemporal

Abstrato Analógico

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Hemisférios Cerebrais

Direito: recebe as informações e controla os movimentos do lado


esquerdo. Parece idêntico ao hemisfério esquerdo, mas na maioria das pessoas
controla as atividades específicas, como as habilidades artísticas e criativas.

Esquerdo: recebe informações do lado direito do corpo, e controla os


movimentos desta região.

Na maioria das pessoas, controla certas atividades específicas, como por


exemplo: as atividades matemáticas, científicas e de linguagem.

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NEUROPLASTICIDADE – ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO
"A plasticidade cerebral faz alusão à capacidade do sistema nervoso para
alterar sua estrutura e função ao longo da vida, em resposta à diversidade
ambiental. Embora este termo é usado agora na psicologia e na neurociência,
não é fácil de definir e se usa para indicar as alterações em vários níveis do
sistema nervoso, das provas moleculares, tais como as alterações na expressão
genética, ao comportamento."

A neuroplasticidade, ou plasticidade neural, permite os neurônios se


regenerar tanto anatomicamente quanto funcionalmente, e formar novas
conexões sinápticas. A plasticidade cerebral, ou neuroplasticidade, é a
habilidade do cérebro para se recuperar e reestruturar. Esta capacidade de
adaptação do sistema nervoso permite o cérebro se recuperar após transtornos
ou lesões e reduzir os efeitos das estruturas alteradas por patologias como a
esclerose múltipla, a doença de Parkinson, a deterioração cognitiva, o
Alzheimer, a dislexia, o TDAH, a insônia, etc.

Redes neurais antes do treinamento Redes neurais 2 semanas após a


estimulação Redes neurais 2 meses após a estimulação

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PLASTICIDADE SINÁPTICA

Quando empreendemos novas experiências e aprendizagens, o cérebro


estabelece uma série de vias neurais. Essas vias neurais, ou circuitos, são rotas
feitas de neurônios interligados. As rotas são criadas no cérebro com o uso e a
prática cotidianos, como um caminho na montanha é feito pelo pastor e seu
rebanho.

Os neurônios em uma via neurais se comunicam entre eles através de


conexões denominadas sinapses, e essas vias de comunicação podem se
regenerar durante a vida.

Cada vez que ganhamos novos conhecimentos (através da prática


repetida), a comunicação sináptica entre neurônios é fortalecida. Uma melhor
conexão entre os neurônios significa que os sinais elétricos viajam com mais
eficiência ao criar ou usar uma nova via.

Por exemplo, ao tentar reconhecer um pássaro novo, são feitas novas


conexões entre os neurônios específicos. O neurônio no córtex visual determina
sua cor, o córtex auditivo seu canto, e outros, o nome do pássaro.

Para saber que pássaro é, suas características, cor, canto e nome são
repetidos muitas vezes. Visitar novamente o circuito neural e restabelecer a
transmissão neural entre os neurônios implicados em cada nova tentativa
melhora a eficiência da transmissão sináptica.

A comunicação entre os neurônios relevantes é facilitada e a cognição é


cada vez maior. A plasticidade sináptica é, talvez, o pilar onde descansa a
fantástica maleabilidade do cérebro.

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NEUROGÉNESE

Enquanto a plasticidade sináptica é alcançada com a melhora da


comunicação no local sináptico entre os neurônios existentes, a neurogênese
faz alusão ao nascimento e proliferação de novos neurônios no cérebro. Durante
muito tempo, a noção de um contínuo nascimento neural no cérebro adulto foi
considerada herética.

Os cientistas acreditavam que os neurônios morriam e nunca eram


substituídos por outros novos.

Desde 1944, mas principalmente nos últimos anos, a existência da


neurogênese foi estabelecida cientificamente e sabemos que ocorre quando as
células estaminais, um tipo especial de célula localizada no giro denteado, no
hipocampo e possivelmente no córtex pré-frontal, se dividem em duas células:
uma célula estaminal e uma célula que se transformará em neurônio, com axônio
e dendritos.

27
Esses novos neurônios depois migrarão a áreas distantes do cérebro
onde são necessários e possuirão o potencial para permitir o cérebro
reabastecer seu abastecimento de neurônios. Da pesquisa animal e humana,
sabemos que a morte súbita neural (por exemplo, após um derrame) é uma forte
causa para a neurogênese.

PLASTICIDADE FUNCIONAL COMPENSATÓRIA

O declínio neurobiológico que acompanha o envelhecimento está bem


documentado na bibliografia científica e explica por que os adultos idosos têm
um pior desempenho do que o adulto jovem nos teste neurocognitivos.

Curiosamente, nem todos os adultos idosos mostram um baixo


rendimento. Alguns obtêm resultados tão bons quanto seus opostos. Esta
vantagem comportamental inesperada para um subgrupo de indivíduos idosos
foi investigada cientificamente e foi verificado que, ao processar novas
informações, os adultos idosos com um nível mais alto de desempenho usaram
as mesmas regiões cerebrais que os adultos jovens, mas, também usaram
regiões cerebrais adicionais que não foram ativadas nos adultos idosos com um
nível baixo desempenho.

Os pesquisadores ponderaram neste sobre-uso das regiões cerebrais no


caso dos adultos idosos com um nível alto de desempenho e alcançaram uma
conclusão geral de que o uso de recursos cognitivos adicionais reflete uma
estratégia compensatória.

Na presença de déficits relacionados ao envelhecimento e na diminuição


da plasticidade sináptica que acompanha o envelhecimento, o cérebro, mais
uma vez, manifesta sua plasticidade de múltiplas fontes ao reorganizar suas
redes neurocognitivas.

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Os estudos mostram que o cérebro alcança esta solução funcional através
da ativação de vias neurais alternativas, que a maioria das vezes ativam regiões
em ambos os hemisférios (quando apenas um é ativado nos adultos jovens).

FUNÇÃO E COMPRORTAMENTO: APRENDIZAGEM,


EXPERIENCIA E AMBIENTE.

Vimos que a plasticidade é a propriedade do cérebro que permite ele


modificar suas características biológicas, químicas e físicas. Porém, à medida
que o cérebro é modificado, o funcionamento e comportamento são alterados
paralelamente.

Nos últimos anos, foi comprovado que as alterações cerebrais nos níveis
genéticos ou sinápticos são causadas por uma ampla variedade de fatores
ambientais e experienciais. Os novos conhecimentos estão no centro da
plasticidade e um cérebro modificado é talvez a manifestação mais tangível que
ocorreu na aprendizagem de novos conhecimentos, possível pelo ambiente.

Os novos conhecimentos são adquiridos de várias formas, por muitos


motivos e a qualquer momento de nossas vidas. Por exemplo, a criança adquire
novos conhecimentos em grandes quantidades e seu cérebro é modificado
significantemente nesses momentos de aprendizagens intensivas. É possível
que o processo também seja requerido se existe um dano neurológico, por
exemplo, por lesões ou derrames, quando as funções desenvolvidas por uma
área cerebral danificada estão afetadas e devem ser aprendidos novos
conhecimentos.

Pode ser intrínseco para o indivíduo e guiado pela sede de


conhecimentos.

A variedade de circunstâncias para adquirir novos conhecimentos gera a


pergunta de se o cérebro vai ser modificado quando aprender alguma coisa. A
pesquisa indica que esse não é o caso. Parece que o cérebro vai adquirir novos
conhecimentos e deste modo atualizar seu potencial para a plasticidade, se o
novo conhecimento é adequado em termos de comportamento. Para aprender a

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marcar o cérebro fisiologicamente, o conhecimento deve conduzir a
modificações no comportamento.

Em outras palavras, o novo conhecimento deve ser relevante e necessário


em termos de comportamento. Por exemplo, o novo conhecimento que garante
a sobrevivência será integrado pelo organismo e aplicado como um
comportamento e, como resultado, o cérebro terá sido modificado.

Talvez é mais importante a dimensão em que uma experiência de


aprendizagem é compensadora. Por exemplo, o novo conhecimento no formato
de jogo interativo é particularmente propício para a plasticidade cerebral e
aumenta a atividade do córtex pré-frontal. Adicionalmente, neste contexto de
provisão de incentivos, observaremos a antiga tradição de dar as crianças apoios
e recompensas enquanto se dedicam a aprender.

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ENTENDER AS CONDIÇÕES PARA INDUZIR A
PLATICIDADE

Em que etapa da vida o cérebro tem mais probabilidades de ser


modificado quando é exposto à estimulação ambiental? Parece que os padrões
de plasticidade são diferentes durante as idades e muitos ainda são
desconhecidos em matéria de interação entre o tipo de atividade de indução de
plasticidade e a idade do sujeito.

Não obstante, sabemos que a atividade intelectual e mental induz a


plasticidade cerebral quando é aplicada em adultos idosos saudáveis ou em
adultos idosos com um transtorno neurodegenerativo.

Acima de tudo, parece que o cérebro pode ser alterado de forma positiva
e negativa mesmo antes do nascimento do organismo.

Os estudos com animais mostraram que quando as mães grávidas são


colocadas em entornos aprimorados e estimulantes, o número de sinapse dos
filhotes aumenta em áreas cerebrais específicas. Por outro lado, quando uma
leve tensão é aplicada às mães grávidas, os filhotes mostraram um número de
neurônios reduzido no córtex pré-frontal. Adicionalmente, parece que o córtex
pré-frontal é mais sensível às influências ambientais do que o resto do cérebro.

Estes resultados têm implicações importantes para o debate de "natureza"


vs. "criação", pois parece que a "criação" pode induzir modificações na
expressão dos genes neuronais.

Como evolui a plasticidade cerebral e qual é o efeito da aplicação de


tempo para a estimulação ambiental?

Esta pergunta é muito importante por razões terapêuticas e as pesquisas


genéticas com animais proporcionam as respostas de referência de que alguns
genes são afetados durante mesmo os processos de estimulação mais curtos,
mas diversos genes continuam sendo afetados com os processos mais longos
de estimulação, enquanto outros não sofrem alterações ou são reversíveis à
tendência de modificação.

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Embora o uso geral do termo plasticidade contenha uma conotação
positiva, a plasticidade faz alusão a todas as formas em que as regiões do
cérebro e outras modificações podem ocorrer com funções ou comportamentos
afetados.

O treinamento cognitivo parece ideal para induzir a plasticidade cerebral.


Proporciona a prática sistemática necessária para estabelecer novos circuitos
neurais e para o fortalecimento das conexões sinápticas entre os neurônios do
circuito. Porém, como foi comprovado, na ausência de um benefício
comportamental tangível, o cérebro não vai adquirir conhecimentos eficazmente.

Portanto, a importância de integrar objetivos altamente personalizados e


relevantes com o treinamento não pode ser sobrestimada.

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REFERÊNCIAS

MACHADO, Angelo. Neuroanatomia Funcional. 2a. Ed. São Paulo :


Atheneu, 200

Mundoeducacao-biologia-sistema-nervoso-central.

SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "O que é neurônio?"; Brasil


brasilescola.uol-o-que-e-biologia-o-que-e-neuronio.

Portalsaofrancisco.corpo-humano-hemisferios-cerebrais

Kolb, B., Muhammad, A., & Gibb, R., Searching for factors underlying
cerebral plasticity in the normal and injured brain, Journal of Communication
Disorders (2010), doi:10.1016/j.jcomdis.2011.04.007

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