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TELMA DE OLIVEIRA BARBOSA-RA:

8137167

Neuroanatomia

Portfólio Ciclo

II

Centro Universitário Claretiano


Bacharelado em Educação Física
Psicologia Aplicada à saúde
Tutor Edson Donizetti Verri

SANTOS/2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

Curso: Bacharelado em Educação Física


Disciplina: Neuroanatomia
Tutor: Edson Donizetti Verri R.A.: 8137167

Aluno: Telma de Oliveira Barbosa Turma:DGEFB2101SANA4S

Descrição da atividade
Fundamentado no estudo das leituras indicadas, responda as questões a seguir:

1) Dê a classificação anatômica e funcional do sistema nervoso.

2) Conceitue o que são as substâncias branca e cinzenta do sistema nervoso.

3) O que são os neurônios e quais suas células de sustentação e proteção?

4) Defina nervos, gânglio nervoso, núcleos nervosos e tratos nervosos.

5) Dê a função dos seguintes nervos cranianos: nervo olfatório (I par), nervo óptico (II par),
nervo oculomotor (III par), nervo troclear (IV par), nervo trigêmeo (V par) e nervo
abducente (VI par).

6) Dê a função dos seguintes nervos cranianos: nervo facial (VII par), nervo
Vestíbulococlear (VIII par), nervo glossofaríngeo (IX par), nervo vago (X par), nervo
acessório (XI par) e nervo hipoglosso (XII par).

7) Quais são os nervos cranianos que são parassimpático?

8) Descreva a medula espinhal, quanto a localização, seu comprimento, e suas


estruturas externas e a função destas estruturas.

9) Dê a definição de estímulo aferente e eferente: onde tem início, seu térmico e que tipo
de estímulo passa por ele: sensitivo e motor.
10) Descreva o que é um nervo espinhal e qual é a sua importância no sistema nervoso.

11) Dê as funções da medula espinhal.

12) Explique o que é um arco reflexo.

13) Quais são as células da glia a quais são suas funções?

14) Como ocorre a Mielinização dos neurônios?

15) O que são sinapse e quais são seus tipos?

Respostas

1) O sistema nervoso é uma rede intrincada de bilhões de neurônios e ainda mais a


neuróglia. Este sistema está organizado em duas subdivisões principais: parte central do
sistema nervoso e parte periférica do sistema nervoso.
A parte central do sistema nervoso (SNC) consiste no encéfalo e na medula espinal. O
encéfalo é a parte do SNC que está localizada no crânio. A medula espinal se conecta ao
encéfalo e é circundada pelos ossos da coluna vertebral. O SNC processa inúmeras
espécies diferentes de informações sensoriais aferentes. É, também, a fonte de
pensamentos, emoções e memórias. A maioria dos impulsos nervosos que estimula os
músculos a se contraírem e as glândulas a secretarem se origina no SNC.
A parte periférica do sistema nervoso (SNP) inclui todo o tecido nervoso fora do SNC.
Componentes do SNP incluem nervos, gânglios, plexos entéricos e receptores sensoriais.
Um nervo é um feixe de centenas a milhares de axônios associado a tecido conectivo e
vasos sanguíneos, que se encontram fora do encéfalo e da medula espinal. Doze pares de
nervos cranianos emergem a partir da base do encéfalo e 31 pares de nervos espinais
emergem da medula espinal. Cada nervo segue uma via definida e inerva uma região
específica do corpo. Gânglios são pequenas massas de tecido nervoso, consistindo
primariamente de corpos celulares de neurônios localizados fora do encéfalo e da medula.
Os gânglios estão intimamente relacionados aos nervos cranianos e espinais. Plexos
entéricos são extensas redes de neurônios localizadas nas paredes dos órgãos do trato
gastrointestinal (GI).

O sistema nervoso exerce um conjunto complexo de tarefas, como sentir os diversos


odores, produzir a fala e lembrar eventos passados; além disso, fornece sinais que

controlam os movimentos corporais e regulam o funcionamento dos órgãos internos.


Essas diversas atividades são agrupadas em três funções básicas: sensorial, integradora e
motora.

Na função sensorial os receptores sensoriais detectam estímulos internos, como um

aumento na acidez sanguínea, e estímulos externos, como um pingo de chuva batendo em


seu braço. Essa informação sensorial é levada até o encéfalo e medula espinal, por meio
dos nervos cranianos e espinais.

Na função integrativa o sistema nervoso integra (processa) a informação sensorial,


analisando e armazenando algumas delas e tomando decisões para as respostas
apropriadas - uma atividade chamada integração.

Na função motora, assim que a informação sensorial é integrada, o sistema nervoso pode
provocar uma resposta motora adequada, ativando os efetores (músculos e glândulas) por
meio dos nervos cranianos e espinais. A estimulação dos efetores provoca contração dos
músculos e secreção das glândulas.

2) Em um segmento do encéfalo ou da medula espinal dissecado recentemente, algumas


regiões parecem brancas e brilhantes, enquanto outras parecem cinzentas. A substância
branca é basicamente composta de axônios mielínicos. A coloração esbranquiçada da
mielina confere à substância branca o seu nome. A substância cinzenta do sistema
nervoso contém corpos celulares neuronais, dendritos, axônios amielínicos, terminais
axônicos e neuróglia. Parece mais acinzentada do que branca, porque as organelas
celulares conferem uma coloração cinzenta, e existe pouca ou nenhuma mielina nessas
áreas. Os vasos
sanguíneos estão presentes tanto na substância branca quanto na cinzenta. Na medula
espinal, a substância branca externa envolve um núcleo interno de substância cinzenta que,
dependendo de sua imaginação, tem o formato de uma borboleta ou de uma letra H em
corte transversal. No encéfalo, uma fina camada de substância cinzenta (córtex)

recobre a superfície das maiores porções do encéfalo: cérebro e cerebelo.

3) Neurônios são as células responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos e


constituem cerca de 10% do tecido nervoso. Como as células musculares, os neurônios
(células nervosas) possuem excitabilidade elétrica, a capacidade de responder a estímulos
e convertê-los em um potencial de ação. Um estímulo é qualquer mudança no ambiente
forte o suficiente para iniciar um potencial de ação. Um potencial de ação ou impulso
nervoso é um sinal elétrico que se propaga(viaja) ao longo da superfície da membrana de
um
neurônio ou de uma fibra muscular. O corpo celular, ou soma, contém um núcleo
circundado por citoplasma que inclui organelas típicas, como retículo endoplasmático
rugoso, lisossomos, mitocôndrias e um complexo de Golgi.A maioria das moléculas
celulares necessárias para o funcionamento do neurônio é sintetizada no corpo celular.

4) Nervo é um feixe de axônios localizado no SNP. Os nervos cranianos conectam o


encéfalo à periferia; os nervos espinais conectam a medula espinal à periferia. Gânglios
nervosos é um local onde há a presença de um aglomerado de nervos que ancoram seus
corpos
celulares. No SNC as estruturas semelhantes a gânglios são conhecidas como núcleos.
Núcleo é uma estrutura do sistema nervoso central que é composta principalmente de
substância cinzenta, e que age como um ponto de trânsito para sinais elétricos (potenciais
de ação) em um subsistema neural.Um trato é um feixe de axônios localizado no SNC.
Os tratos interconectam neurônios na medula espinal e no encéfalo.

5) O Nervo Olfatório ( I par) está relacionado com nosso olfato. Caracteristicamente ele é
formado por inúmeros feixes nervosos que se originam na região olfatória das nossas
fossas nasais, atravessam a lâmina cribiforme do etmóide e terminam no bulbo
olfatório. Algumas condições podem resultar no não funcionamento correto desse
nervo, fazendo com que o indivíduo tenha alterações do olfato. Elas podem ser redução
(hiposmia),
abolição (anosmia), sensação de mau-cheiro (cacosmia), odores distorcidos (parosmia),
dentre outros. Clinicamente, pode-se avaliá-lo expondo o paciente (de olhos fechados)
a aromas conhecidos, avaliando narina por narina.

O Nervo Óptico ( II par) também é um nervo estritamente sensitivo e, diferentemente do


olfatório, se constitui de um feixe grosso que se origina na retina, emergindo na porção
posterior dos globos oculares e penetrando no crânio pelo canal óptico. Posteriormente
passa pelo quiasma óptico, trato óptico, radiculações ópticas, até chegar no córtex visual.
Sua função, bem como indica o nome, é captar os estímulos luminosos, levando-os ao
encéfalo, onde haverá a interpretação dessa informação em visão. Um detalhe
importante é que parte de suas fibras, as oriundas do pólo medial (nasal) da retina,
estabelecem um
cruzamento no quiasma óptico, de forma que as informações colhidas pela retina nasal
de um lado comporão parte do trato óptico do outro lado. Clinicamente, pode ser testado
por meio de testes de campo visual, reflexo fotomotor direto e reflexo motor consensual,
que podem acusar abolição completa ou parcial do campo visual.
O Nervo Oculomotor ( III par) esse nervo, diferentemente dos dois primeiros, é
exclusivamente motor, sendo responsável principalmente pela motricidade extrínseca dos

olhos. Dessa forma, ele inerva os músculos que fazem nossos olhos se moverem: o reto
superior, reto inferior, reto medial e oblíquo inferior. Além disso, também atua em
músculos do bulbo ocular, como o ciliar, responsável pela regulação da convergência
do
cristalino, e o esfíncter da pupila, que controla o grau de abertura pupilar, e no levantador
da pálpebra superior. Sua injúria pode gerar inúmeras condições, como estrabismo
divergente, ptose palpebral e midríase, esta última podendo ser testada pelo mesmo
reflexo fotomotor direto ou consensual que usamos no óptico.

O Nervo Troclear (IV par)) esse par tem a mesma função do oculomotor, atuando na
motricidade ocular. No entanto, o nervo troclear inerva o oblíquo superior. Mas o que
isso quer dizer? Tente olhar para a ponta do seu nariz. Conseguiu? Então, é o troclear e o
oblíquo superior trabalhando. As lesões desse nervo geralmente são oriundas de acidente
vascular encefálico nos pedúnculos cerebelares, o que acarreta fraqueza do oblíquo
superior.

O Nervo Trigêmeo (V par) é um nervo misto com várias funções. Só para se ter uma
ideia, ele não é apenas um, mas sim três nervos associados, que são o nervo oftálmico
(V1, não confundir com óptico!), nervo maxilar (V2) e nervo mandibular. Nesse texto,
não entraremos nas especificidades de cada ramo do trigêmeo, vamos apenas entender
suas funções gerais. Nesse sentido, seu componente motor atua nos músculos da
mastigação, tensor do tímpano, tensor do véu palatino, milo-hióideo e ventre anterior
do digástrico. No componente sensitivo, ele atua na sensibilidade geral da face,
conjuntiva, dentes, 2/3 anteriores da língua e grande parte da dura-máter. Como o
trigêmeo está
envolvido em várias funções, várias são as formas de testá-lo. A motricidade pode
ser avaliada principalmente via reflexos corneopalpebral e massetérico. Já sua
função de sensibilidade pode ser testada por meio de estímulos táteis na região da
face e fronte.

O Nervo Abducente (VI par ) também é um nervo motor responsável pela motricidade
ocular. Logo, ele atua junto com o oculomotor e com o troclear nessa função. No entanto
o músculo que ele inerva é o reto lateral, responsável pela movimentação lateral do olho.
Assim, caso haja uma lesão no nervo abducente, haverá um desvio medial do olho,
gerando um quadro de estrabismo convergente. Também poderá ocorrer diplopia, já que
o desvio ocular faz com que cada olho foque em um ponto.
6) O Nervo Facial (VII par ) as funções básicas do nervo VII são na mímica facial, já que
ele é responsável pela inervação dos músculos da expressão, atuando também na secreção
das

glândulas lacrimal, sublingual e submandibular e na sensibilidade especial da língua, sendo


importante na gustação. Para avaliá-lo, o médico pode solicitar que o paciente faça
expressões variadas, como sorrir mostrando os dentes, elevar os olhos mostrando as rugas,
já que a simetria é um importante indicativo de normalidade. Lesões nesse nervo podem

levar a paralisias faciais, no caso, a uma hemiplegia ipsilateral ao nervo lesado.

O Nervo Vestibulococlear (VIII par) ocupa, juntamente com os nervos facial e intermédio,
o meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal. Ele é composto por duas
partes: uma vestibular e outra coclear. O vestibular é responsável pelo controle do
equilíbrio, enquanto a coclear se associa com a audição. Dessa forma, a lesão nesse nervo
pode gerar distúrbios auditivos, além de alterações no equilíbrio e enjoo. Ele pode ser
testado de inúmeras formas. Caso queira avaliar o componente auditivo, o médico pode
lançar mão dos testes de Weber e de Rinne, enquanto o de Romberg pode avaliar o
equilíbrio.

O Nervo Glossofaríngeo (IX par) é um nervo misto. Sua ação de aferente se dá na língua,
sendo responsável pela sensibilidade geral e especial (gustação) do terço posterior da
língua, faringe, tonsila, tuba auditiva, além de seio e corpo carotídeo. Já sua atividade
motora é de ordem visceral geral, pertencendo à divisão parassimpática do sistema
nervoso autônomo. Alterações clínicas nesse nervo podem gerar síndromes dolorosas no
terço posterior da língua e faringe.

O Nervo Vago (X par) também é um nervo misto, com funções sensitivas e motoras.
Na sensibilidade, também atua na condução de estímulos gerais da faringe, além de
laringe,
traqueia, esôfago e as vísceras torácicas e abdominais. Já sua função motora se dá de forma
parassimpática, nas vísceras do tórax e abdome, além de inervar músculos da laringe e
faringe. Clinicamente, alterações nesse nervo podem gerar disfagia e disfonia. Nesse caso,
ele pode ser testado ao solicitar que o paciente abra a boca e fale “AAAA”. Uma possível
indicação de lesão é a não elevação do palato, configurando o sinal da cortina, no entanto
podem haver condições mais graves devido a sua ação em vísceras vitais, como o coração.

O Nervo Acessório ( XI par) é um nervo puramente motor, formado por dois ramos, um
interno e um externo. O primeiro, de origem craniana, e o segundo, de origem espinal. O
interno tem trajeto descendente com o vago para inervar vísceras torácicas, enquanto o
externo é responsável pelos músculos trapézio e esternocleidomastóideo. Em caso de lesão
no acessório, esses músculos podem atrofiar e o indivíduo apresentar os ombros caídos.

O Nervo Hipoglosso (XII par) é o último nervo craniano e também é motor. Tal como

seu nome indica, atua na motricidade lingual. Para testá-lo, o médico deve pedir ao
paciente que coloque a língua para fora e, em caso de lesão, ela pode apresentar desvio.

7) O sistema nervoso parassimpático faz parte do sistema nervoso autônomo. É crânio-


sacral, ou seja, do crânio emergem nervos cranianos parassimpáticos como o nervo
oculomotor (III par), nervo facial (VII par), nervo glossofaríngeo (IX par) e nervo vago
(X par).

8) A medula espinhal, também chamada de medula espinal, faz parte do nosso sistema
nervoso central juntamente com o encéfalo. Está localizada no interior do canal
vertebral, porém não está disposta por toda a coluna. Ela apresenta duas regiões distintas,
a
substância branca e a cinzenta, e dela partem os chamados nervos espinhais. Lesões na
coluna podem levar a lesões medulares, as quais podem ser incapacitantes. A medula
espinhal é uma porção de tecido nervoso que está localizada no interior do canal vertebral,
sem, no entanto, ocupar toda a coluna. Em um indivíduo adulto, ela se estende do forame
magno (cavidade craniana que se comunica com o canal vertebral) até a junção da
primeira e segunda vértebras lombares. A extremidade terminal da medula espinhal é
afilada e recebe o nome de cone medular. Do cone medular até o cóccix, observa-se o
chamado filamento terminal, que é formado pela pia-máter (meninge). Em corte
transversal, é possível observar na medula espinhal duas regiões: a substância branca e a
substância
cinzenta. A substância branca está localizada mais externamente, enquanto a substância
cinzenta se distribui mais internamente e está disposta na forma de letra H. A
substância branca é composta basicamente de fibras nervosas mielinizadas, enquanto a
substância
cinzenta apresenta corpos celulares e dendritos. Assim como o encéfalo, a medula espinal
desenvolve-se a partir do tubo neural. Na medula, inclusive, observa-se um canal central,
o qual é remanescente da cavidade desse tubo. Nesse canal circula líquido cerebrospinal,
também conhecido como cefalorraquidiano. Esse líquido atua, entre outras funções,
garantindo que o sistema nervoso central recebe nutrientes e que resíduos metabólicos
sejam retirados. A medula espinhal é importante por atuar levando informações do
encéfalo para as diversas partes do corpo e também na direção contrária, isto é, do corpo
em direção ao encéfalo. A medula ainda é responsável pela movimentação do corpo, sendo
importante destacar que, apesar de o encéfalo mandar sinais de comando, os circuitos para
movimentação estão na medula. Vale dizer ainda que ela também é capaz de atuar de
forma independente do encéfalo, produzindo respostas simples conhecidas como
atos reflexos.

9) As fibras aferentes são responsáveis por levar as informações que o corpo obtém do
meio externo e de seu interior até o sistema nervoso central. As fibras eferentes, por sua
vez, garantem que os impulsos do sistema nervoso central cheguem até os órgãos
efetores. Os nervos que apresentam apenas fibras aferentes recebem o nome de nervos
sensoriais, e
aqueles que possuem apenas fibras eferentes são chamados de motores.

10) Os nervos espinhais são aqueles que se conectam com a medula espinhal, saindo
aos pares dessa estrutura em cada região do espaço intervertebral. Esses nervos, que
são
encontrados no número de 31 pares, são os responsáveis por inervar o tronco, membros e
uma porção da cabeça. Existem, no total, oito pares de nervos cervicais, doze pares de
nervos torácicos, cinco pares de nervos lombares, cinco pares de nervos sacrais e um
nervo coccígeo.

11) A medula espinhal é importante por atuar levando informações do encéfalo para as
diversas partes do corpo e também na direção contrária, isto é, do corpo em direção ao
encéfalo. A medula ainda é responsável pela movimentação do corpo, sendo
importante destacar que, apesar de o encéfalo mandar sinais de comando, os circuitos
para movimentação estão na medula. Vale dizer ainda que ela também é capaz de atuar
de forma independente do encéfalo, produzindo respostas simples conhecidas como
atos reflexos.

12) Os neurônios motores periféricos situados na medula espinhal reagem a diversos


estímulos mesmo quando são isolados do cérebro e para que esta reação ocorra é
necessária a formação de um arco reflexo. Um arco reflexo é constituído de:

Receptor: reage ao estímulo.

Condutor aferente: transmite os impulsos para um centro reflexo.


Centro reflexo: local onde os estímulos recebidos dos receptores ou de outros centros
podem modificar o efeito do estímulo recebido.

Condutor eferente: conduz a resposta para o órgão efetor.

Órgão efetor: produz reação ou reações.

Os arcos reflexos podem ser simples ou complexos conforme o número de componentes


envolvidos. No caso dos reflexos complexos temos diversos músculos respondendo a um
estímulo, tal como por exemplo, a deglutição e o ato de coçar. Nos reflexos simples, os
componentes são menores e geralmente a resposta é obtida em um único órgão efetor,
como por exemplo, no reflexo de estiramento, onde um único músculo é recrutado.

13) As células da glia, células gliais ou neuróglia são diversos tipos celulares presentes no
sistema nervoso central. Elas não geram impulsos nervosos, não formam sinapses e,
ao contrário dos neurônios, são capazes de se multiplicar através do processo de
mitose,
mesmo em indivíduos adultos. Assim, as células da glia atuam como células de suporte aos
neurônios. Dentre as diversas funções exercidas por essas células, podemos destacar:

Sustentação e isolamento dos neurônios;

Transporte de substâncias nutritivas aos

neurônios;

Participação no equilíbrio iônico do fluido extracelular;

Remoção de excretas e fagocitose de restos celulares.

As células da glia são mais numerosas que os neurônios, existem cerca de 10 células da
glia para cada neurônio no sistema nervoso central. No entanto, por ter um tamanho
reduzido, ocupam aproximadamente a metade do volume do tecido nervoso.

14) O estágio final de maturação ontogenética do sistema nervoso é marcado pelo processo de
mielinização; este se inicia no útero (sexto mês de vida intra-uterina), se intensifica após
o nascimento (por volta dos dois anos), e prossegue às vezes até a terceira década (REED,
2005, p.395). Nem todos os neurônios, contudo, são mielinizados. A mielina é uma
substância lipo-protéica produzida por certos tipos de gliócitos; estas células se enrolam
em torno dos axônios, formando uma bainha isolante de mielina que, entre outros,
contribui para aumentar a velocidade de propagação do impulso nervoso, atribuindo maior
eficiência na transmissão da informação. As diferentes áreas do córtex não sofrem
mielinização homogênea. As regiões corticais com mielinização precoce controlam
movimentos
relativamente simples ou análises sensoriais, enquanto as áreas com mielinização tardia
controlam as funções mentais elevadas. Assim, pode-se afirmar que a mielinização
funciona como um índice aproximado da maturação cerebral. (KOLB; WHISHAW, 2002,
p.253).

15) O conceito de sinapse é um pouco abstrato. De certo modo, esse pode ser considerado
um espaço especializado no qual ocorrem as transmissões de impulsos nervosos entre os
neurônios. Além disso, o termo é largamente utilizado como a denominação de uma ação
ocorrida nesse espaço. A sinapse ocorre, principalmente, quando os terminais dos axônios
liberam neurotransmissores (que nada mais são do que substâncias químicas) a alguma
estrutura vizinha. Elas podem ser de dois tipos: químicas ou elétricas. A química é o
tipo de sinapse mais comum nos seres humanos e outros animais mais complexos.
Ocorre no contato entre o terminal do axônio e um receptor químico (composto por
proteínas).
Alguns dos neurotransmissores mais comumente ativos nesse tipo de sinapse são a
acetilcolina, a serotonina e a epinefrina. Na elétrica nos mamíferos, esse tipo de sinapse
ocorre apenas em células musculares (como no caso do coração) ou gliais (componentes do
sistema nervoso). Os neurotransmissores não são participantes. Em seu lugar, atuam íons, o
que faz com que a reação seja praticamente instantânea nesse tipo de sinapse.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

TORTORA, G. J. Corpo humano: fundamentos de Anatomia e Fisiologia. Porto Alegre:


Artmed, 2017. Capítulo 16 – página 572 a 590 (tecido nervoso), Capítulo 17- página 591 a
618 (medula espinhal e nervos espinhais)

https://www.sanarmed.com/nervos-cranianos-generalidades-anatomicas-e-clinicas-colun
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https://www.biologianet.com/biologia-celular/neuronios.htm#:~:text=Neur%C3%B4nio s
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ar%2C%20dendritos%20e%20ax%C3%B4nios.&text=dendritos%20e%20ax%C3%B
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https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/medicina/arco-reflexo/16292#

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B4nios.&text=As%20c%C3%A9lulas%20da%20glia%2C%20c%C3%A9lulas,present
es%20no%20sistema%20nervoso%20central.

file:///C:/Users/User/Downloads/desenvolvimentos_cerebral.pdf

https://www.stoodi.com.br/blog/biologia/sinapse-o-que-e/

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