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CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

Unidade Ramos Ferreira

CARLISON ALBERTO PINHEIRO ROZAS

SISTEMA NERVOSO – NERVOS CRANIANOS E ESPINHAIS

Manaus- Am
2022
CARLISON ALBERTO PINHEIRO ROZAS

SISTEMA NERVOSO – NERVOS CRANIANOS E ESPINHAIS

Trabalho apresentado ao Curso de Graduação


em Enfermagem da UNIP – Universidade
Paulista, para obtenção de nota parcial
direcionada a matéria de Fisiologia do Sistema
Regulador.

Prof. Esau da Silva Soares

MANAUS- AM
2022
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INTRODUÇÃO

Os nervos são conectados diretamente ao cérebro e ao tronco cerebral por


sensores do corpo e transmitem informações motoras e aos sentidos básicos do corpo
humano, sendo assim os principais como nervos cranianos e nervos espinhais.
Os nervos cranianos transmitem informações sensoriais, incluindo tato, visão,
paladar, olfato e audição. Os nervos que conectam a medula espinhal com outras
partes do corpo são chamados de nervos espinhais. O cérebro se comunica com
quase todo o corpo através dos nervos espinhais.
Diversos nervos cranianos e a maioria dos nervos espinhais estão envolvidos
nas partes somática e autônoma do sistema nervoso periférico. Os nervos espinhais
emergem da medula espinhal pelos espaços entre as vértebras. Cada nervo surge em
duas ramificações curtas (chamadas raízes nervosas espinhais): uma na parte da
frente e outra na parte posterior da medula espinhal.
Raiz nervosa motora (raiz nervosa anterior): a raiz motora surge na parte frontal
da medula espinhal. As fibras nervosas motoras transportam comandos do cérebro e
da medula espinhal para outras partes do corpo, em especial para os músculos
esqueléticos.
Raiz nervosa sensitiva (raiz nervosa posterior): a raiz sensitiva está localizada
na parte de trás da medula espinhal. As fibras nervosas sensitivas transportam para
o cérebro informações sensoriais (em relação à posição corporal, luz, tato,
temperatura e dor) provenientes de outras partes do organismo.
As fibras nervosas sensoriais em cada raiz nervosa sensorial transportam
informações de uma área específica do corpo, denominada dermátomo. Após deixar
a medula espinhal, as raízes nervosas motora e sensitiva correspondentes juntam-se
para formar um único nervo espinhal. Alguns nervos espinhais formam redes de
nervos entrelaçados, denominados plexos nervosos. Em um plexo, as fibras nervosas
dos diferentes nervos espinhais são selecionadas e recombinadas, de forma que
todas as fibras indo ou vindo de uma área de uma parte específica do corpo se juntam
num único nervo.
Sendo assim é notável que cada par tem suas particularidades e suas funções
os nervos cranianos dividido em 12 pares e os nervos espinhais em 31 pares, cada
um com sua função motora e fisiológica.
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1- NERVOS CRANIANOS
NERVO OLFATÓRIO- I: O nervo olfatório é o primeiro dos 12 nervos
cranianos e um dos poucos nervos cranianos que transporta apenas
informações sensoriais especiais. Neste caso, o nervo olfatório é responsável pelo
nosso sentido do olfato.
A informação do odor origina-se no epitélio da cavidade nasal e é transportada
para o cérebro através de componentes do nervo olfatório (nervo craniano 1 - CNI) e
da via olfativa. A diminuição do olfato tem sido associada à doença de Parkinson e,
portanto, pode ser um importante marcador clínico neste e em outros estados de
doença ou lesão.
Para você entender o nervo olfatório e as suas implicações clínicas, este artigo
descreve a neuroanatomia de toda a via olfatória, das suas células receptoras,
localizadas no epitélio nasal, para o córtex olfatório e além. Ele destacará algumas das
características únicas de certas células dentro da via olfativa e a conexão da via às
regiões cerebrais relacionadas à memória (e ao comportamento).
NERVO ÓPTICO- II: A identidade do nervo craniano II (NC II), também
conhecida como nervo óptico, é anterior à anatomia galênica. Conhecido pelos pais da
anatomia grega como nervus optikus, o nervo óptico tem a responsabilidade de
transmitir impulsos aferentes especiais de luz para o cérebro.
Também está envolvido em vários arcos reflexos relacionados com o sistema
ocular. É uma estrutura única que funciona como a ponte entre a camada retiniana dos
olhos e o córtex visual do cérebro.
NERVO OCULOMOTOR- III: O nervo oculomotor é o terceiro dos doze nervos
cranianos. Ele consiste de fibras eferentes viscerais gerais (formando a raiz
parassimpática do gânglio ciliar) e fibras eferentes somáticas gerais (que inervam os
músculos extraoculares).
A principal função deste nervo é a inervação dos músculos extraoculares. Todos
os músculos extraoculares são inervados pelo nervo oculomotor, exceto o músculo
reto lateral (inervado pelo nervo abducente) e o músculo oblíquo superior (inervado pelo
nervo troclear).
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NERVO TROCLEAR- IV: O nervo troclear (NC IV) integra, com os nervos
abducente (NC VI), hipoglosso (NC XII) e a maior parte do oculomotor (NC III), o grupo
dos nervos cranianos eferentes somáticos. Esses nervos são originados a partir de
células localizadas na coluna eferente somática do tronco cerebral, derivada das
placas basais, e os seus axônios se direcionam aos músculos derivados dos
miótomos da cabeça.
Por sua vez, as células da coluna eferente somática são organizadas em
regiões, sendo que as responsáveis pela formação do nervo troclear estão situadas
na região posterior do mesencéfalo. Ao término do desenvolvimento, essas fibras
nervosas ficam dispostas em decussação antes de sair do tronco cerebral e, assim,
torna-se possível que cada NC IV inerve o músculo oblíquo superior (SOM)
contralateral.
Dos doze pares de nervos cranianos, o nervo troclear é o menor, apesar de
seguir o maior percurso intracraniano, o mais fino, e o único cujas fibras se originam
na face dorsal do cérebro e totalmente do núcleo contralateral. O núcleo do nervo
troclear está ao nível do colículo inferior na parte ventromedial da medula cinzenta,
caudal e continuamente com o núcleo do trigêmeo.
NERVO TRIGEMEO- V: O nervo trigêmeo (trigémeo) é o quinto nervo craniano e
possui três divisões bem definidas: o ramo oftálmico, o ramo maxilar e o ramo
mandibular. Os ramos oftálmico e maxilar contém apenas fibras sensitivas, enquanto o
ramo mandibular possui tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras. Os ramos do
nervo trigêmeo inervam uma grande área, incluindo toda a fronte, a face, as regiões
laterais da cabeça e a porção mais superior do pescoço, sendo integrantes importantes
da neuroanatomia.
Sabe aquele momento que você morde uma maçã? Ou aquela sensação boa
de toque carinhoso no rosto ou de dor ao espremer um cravo? Tudo isso é possível
graças ao nervo trigêmeo, um par de nervos cranianos muito importante para nossas
funções cotidianas.
O nervo trigêmeo é composto por fibras sensitivas e motoras, sendo assim,
classificado como nervo misto. É um dos maiores nervos cranianos. Sua origem
aparente no encéfalo se localiza entre a região lateral da ponte e o pedúnculo
cerebelar médio, com uma grande raiz sensitiva e uma pequena raiz motora. Ele
possui uma grande função sensitiva da cabeça e motora na mastigação.
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NERVO ABDUCENTE- VI: O nervo abducente também é um nervo motor


responsável pela motricidade ocular. Logo, ele atua junto com o oculomotor e com o
troclear nessa função. No entanto o músculo que ele inerva é o reto lateral,
responsável pela movimentação lateral do olho. Assim, caso haja uma lesão no nervo
abducente, haverá um desvio medial do olho, gerando um quadro de estrabismo
convergente. Também poderá ocorrer diplopia, já que o desvio ocular faz com que
cada olho foque em um ponto.
Tem função motora, permitindo a lateralização do globo ocular. Associado aos
nervos oculomotor e troclear permite a movimentação completa do globo ocular.
Origem Surge a partir do núcleo abducente, situado na base da ponte, abaixo
do assoalho do 4º ventrículo.
NERVO FACIAL- VII: O nervo facial (VII) é um nervo craniano misto (sensitivo
e motor) e é responsável pela contração dos músculos da mímica facial. Seus axônios
sensitivos se projetam a partir dos calículos gustatórios dos dois terços anteriores da
língua, entrando no temporal para se unir ao nervo facial. Deste ponto, os axônios
sensitivos passam pelo gânglio geniculado, grupo de corpos celulares de neurônios
sensitivos do nervo facial dentro do temporal, e terminam na ponte.
A partir da ponte, os axônios de estendem até o tálamo, e dali para áreas
gustativas do córtex cerebral. O núcleo motor do VII nervo situa-se anterior e
lateralmente ao núcleo do abducente. Após deixar a ponte, o VII nervo entra no meato
acústico interno com o nervo acústico. O nervo continua seu trajeto em seu próprio
canal ósseo, o facial, e sai do crânio via forame estilomastoide. Em seguida, atravessa
a glândula parótida e subdivide-se para suprir os músculos faciais.
A parte sensitiva do nervo facial também apresenta axônios da pele do meato
acústico externo que transmitem sensações táteis, álgicas e térmicas. Além disso,
proprioceptores de músculos da face e do escalpo transmitem informações, por meio
de seus corpos celulares, para o núcleo mesencefálico.
A raiz motora do VII supre os músculos da expressão facial, inclusive o músculo
superficial do pescoço, músculos auriculares, músculos do couro cabeludo e alguns
outros músculos derivados do mesoderma no segundo arco faríngeo embrionário.
NERVO VESTIBULOCOCLEAR- VIII: O nervo vestibulococlear é o oitavo nervo
craniano (CN VIII) e é um nervo puramente sensitivo. Consiste de duas partes: a porção
vestibular, que veicula impulsos nervos do sistema vestibular, e a porção coclear que
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veicula impulsos da cóclea. Ambas estas estruturas fazem parte do ouvido. Este artigo
explica a neuroanatomia e o trajeto do nervo vestibulococlear.
O nervo vestibulococlear é um nervo exclusivamente sensitivo, na qual penetra
na ponte pela porção lateral do sulco bulbo-pontino, região denominada ângulo ponto-
cerebelar (entre a emergência do VII par e o floculo do cerebelo). Ele possui dois
componentes, o vestibular e o coclear, sendo que o primeiro é responsável pelo
equilíbrio, coordenação e orientação espacial, enquanto o coclear, pela audição.
Ambos são classificados como aferentes especiais somáticos, mas têm conexões
centrais, funções e origem distintas. Apresenta-se juntamente com o nervo facial e
intermédio, no meato acústico interno, na porção petrosa do osso temporal.
NERVO GLOSSOFARÍNGEO- IX: O nervo glossofaríngeo, também conhecido
como IX par craniano, é um nervo misto, contendo função tanto motora como
sensitiva. Além disso, apresenta funções parassimpáticas, as quais veremos
posteriormente.
Ademais, durante o desenvolvimento embriológico humano, por volta da quarta
e quinta semanas, forma-se o terceiro arco faríngeo, estrutura que origina o IX par.
Além deste, também, são originados: o músculo estilofaríngeo, o corno maior do
hióide, a parte inferior do corpo do hióide, o timo e a glândula paratireóide inferior.
Este, normalmente, é discutido na literatura junto ao nervo vago (X par), pela
proximidade do local de origem, trajeto e pela relação intrínseca, desempenhando
funções complementares. Por exemplo, quando as manifestações sintomatológicas
são disfagia, disgeusia, rouquidão e paralisia do palato mole, suspeita-se de lesão
desses nervos.
Logo, o estudo deste nervo é um tópico importantíssimo na formação
acadêmica e, neste momento, ajudaremos você a não esquecer sobre o
glossofaríngeo.
O nono par craniano possui sua origem no tronco encefálico.
Ele emerge da face anterior da medula, direcionando-se lateralmente pela
fossa craniana posterior. O nervo deixa o crânio pelo forame jugular. É nesse ponto
em que surge o nervo timpânico, uma composição sensorial e parassimpática mista.
Imediatamente fora do forame jugular, localizam-se seus dois principais
gânglios, conhecidos como gânglios superiores e inferiores (ou petrosos). São eles
que contêm os corpos celulares das fibras sensoriais no nervo glossofaríngeo.
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NERVO VAGO- X: O nervo vago, ou décimo nervo craniano (NC X), é


primariamente associado à divisão parassimpática do sistema nervoso autônomo. Age
como um nervo misto, contendo tanto fibras aferentes sensitivas, quanto fibras
eferentes (motoras e parassimpáticas). Além disso, ele também tem alguma influência
simpática através de quimiorreceptores periféricos. Isso significa que ele leva sinais
motores aos órgãos que inerva, mas também transmite informações sensitivas desses
õrgãos de volta para o sistema nervoso central (SNC).
Também conhecido por nervo pneumogástrico, o nervo vago é um nervo que
percorre do cérebro até o abdômen, e ao longo do seu trajeto, dá origem a vários
ramos que inervam diversos órgãos cervicais, torácicos e abdominais, com funções
sensitivas e motoras, sendo importante para a manutenção de funções vitais como
regulação da frequência cardíaca e arterial, por exemplo.
O par de nervos vagos, localizados de cada lado do corpo, são o 10º par de um
total de 12 pares cranianos que fazem conexão do cérebro com o corpo. Como os
nervos cranianos são denominados como números romanos, o nervo vago é também
chamado de X par, e é considerado o mais longo dos nervos cranianos.
Certos estímulos ao nervo vago, provocados por ansiedade, medo, dor,
alterações da temperatura ou simplesmente por ficar de pé por muito tempo, podem
provocar a chamada síncope vasovagal, em que a pessoa pode ter uma intensa
tontura ou desmaio, pois este nervo pode provocar queda dos batimentos cardíacos
e da pressão arterial.
NERVO ACESSÓRIO- XI: O nervo acessório é o décimo primeiro par entre os
doze pares de nervos cranianos (NC XI). É constituído tanto por radículas craniais
quanto espinais cervicais. As radículas que constituem o componente cranial se
originam a partir do núcleo ambíguo, localizado no bulbo e as radículas de origem
cervical se originam a partir da substância cinzenta lateral proveniente dos segmentos
C1 a C5/C6 da medula espinal cervical. 1,2,3 As radículas que irão constituir a
contribuição da medula espinal cervical penetram na base do crânio através do forame
magno.
Estas seunem às radículas cranianas constituíndo um tronco único que deixa
a cavidade craniana através do forame jugular localizado na base do crânio. Após a
saída do crânio, o nervo acessório apresenta uma trajetória caudal em direção ao
segmento cervical. Este ao se deslocar dorsalmente ao músculo
esternocleidomastoideo, ramifica-se sobre este para realizar a sua inervação. Ao nível
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do ponto de encontro do terço médio e superior da borda anterior deste músculos, o


nervo acessório passa a apresentar uma trajetória livre de contato com este músculos
até alcançar o músculo trapézio.
O conhecimento da anatomia do nervo acessório permite compreender as
doenças decorrentes de lesões associadas ao mesmo, além de amenizar iatrogenias
na prática médica, as quais consistem em importante causa de lesão. Diante disso,
este trabalho objetiva revisar a literatura, agrupar, organizar e associar as informações
disponíveis na literatura médicaa respeito do nervo acessório.
NERVO HIPOGLOSSO- XII: O décimo segundo nervo craniano surge da
medula oblonga, que faz parte do tronco cerebral, explica o livro Clinical Oral Anatomy.
A partir daí, passa pelo espaço abaixo da língua para alcançar os músculos desse
órgão. De fato, "hipo" significa abaixo e "glosso" significa relacionado à língua;
portanto, o nome do nervo descreve o caminho que ele percorre por baixo da língua.
O nervo hipoglosso é um nervo motor e controla os músculos da língua que
permitem a fala e a deglutição. Os músculos extrínsecos da língua ajudam esse órgão
a se mover em direções diferentes, enquanto os músculos intrínsecos a ajudam a
fazer movimentos como enrolar, de acordo com o livro Anatomy and Physiology. Os
músculos extrínsecos controlados pelo nervo hipoglosso incluem:
 O músculo genioglosso, que ajuda a mover a língua para fora da boca.
 O músculo hioglosso, que move a língua para baixo para achatá-la.
 O músculo estiloglosso, que move a língua para cima e para trás.
O único músculo da língua não controlado pelo nervo hipoglosso é o músculo
palatoglosso, de acordo com o primeiro livro citado.
Na substância cinzenta que circunda os núcleos do XII nervo, existem três
núcleos (superior, médio e inferior), coletivamente conhecidos como núcleos
perihipoglossais, correspondentes a primitiva segmentação que o nervo tem no
período embrionário. Lembramos que a musculatura da língua é inervada pelo
hipoglosso, que procede de três somitos occipitais, os quais se fundem nas três raízes
occipitais correspondentes a esses somitos. O processo embriológico pode explicar a
síndrome pescoçolíngua devido à rotação rápida da cabeça, ocasionando
compressão do ramo ventral da raiz de C2 no espaço atlantoaxial. Por essa raiz
correm algumas fibras proprioceptivas da língua, essas fibras vão do nervo lingual
para o nervo hipoglosso e em seguida para a raiz de C2 na medula espinhal. O quadro
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clínico caracteriza-se por dor aguda da região occipitonucal e dormência ipsilateral da


língua.

NERVOS ESPINHAIS

PLEXO CERVICAL (C1-C5) E PLEXO BRAQUIAL (C5-T1):

Os Nervos Cervicais:

Os oito pares de nervos cervicais são derivados de segmentos da


medula entre o nível do forame magno e da metade da sétima vértebra cervical. Os
nervos cervicais emergem da coluna através de forames intervertebrais localizados
lateralmente. Cada nervo se reúne a um ramo comunicante cinzento do tronco
simpático (através do qual recebe fibras vasomotoras). Envia também um pequeno
ramo meníngico recorrente de volta ao canal vertebral, para fornecer inervação
vasomotora e sensitiva à dura, e ramos em direção às divisões primárias anterior e
posterior, as quais são nervos mistos que passam para suas respectivas distribuições
periféricas. Os ramos motores transportam algumas poucas fibras sensitivas que
conduzem impulsos proprioceptivos dos músculos do pescoço.

Divisões Primárias Posteriores:

O C1 (nervo suboccipital) é o único ramo da primeira divisão primária


posterior; é um nervo motor para os músculos do trígono suboccipital, com algumas
poucas fibras sensitivas.

Divisões Primárias Anteriores:

As divisões primárias anteriores dos quatro primeiros nervos cervicais


formam o plexo cervical. Aquelas dos quatro últimos, juntamente com as do primeiro
nervo torácico, formam o plexo braquial.
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O Plexo Cervical
( C1 - C4)

É formado pelo entrelaçamento dos ramos ventrais dos quatro primeiros


nervos cervicais (C1 a C4) em alças irregulares das quais se originam os ramos. Esta
disposição resulta na inervação de áreas cutâneas por ramos de mais de um nervo
espinhal.
Observe:

a) o primeiro nervo cervical, freqüentemente, mas nem sempre, alcança o


plexo formando uma alça com fibras de segundo nervo cervical.
b) Desta alça, ou diretamente de C2, saem fibras que se acolam ao nervo
hipoglosso (um nervo craniano). Estas fibras constituem a raiz superior da alça
cervical e alguns autores a denominam ramo descendente do n. hipoglosso. No
entanto, ela não possui fibras daquele nervo craniano.
c) Ramos do 2º e 3º nervos cervicais se unem num 3º ramo que forma a raiz
inferior da alça cervical. Deste modo, veja que a alça cervical se completa com a união
de suas raízes superior e inferior. Existem ramos que partem da alça cervical e sua
raiz superior inervam os chamados músculos infra-hióideos. A alça cervical situa-se
sobre a veia jugular interna, eventualmente pode ser posterior à veia.
d) De C3, C4 e C5 originam-se ramos que se unem para formar um dos
nervos mais importantes do plexo cervical, o frênico, que inerva o diafragma. O ramo
de C5 é uma contribuição acessória, pois este nervo pertence ao plexo braquial, o
nervo frênico situa-se, no seu trajeto descendente, sobre o m. escaleno anterior e
passa entre a artéria e veia subclávias para penetrar no tórax. Em 1/3 dos casos pode
existir um nervo frênico acessório.
e) De C2, C3 e C4 partem ramos que se unem ao nervo acessório e com ele
chegam aos músculos esternocleidomastóideo e trapézio, mas estas fibras são
sensitivas.
f) De C1 a C4 partem ramos musculares para inervação dos músculos
escalenos e pré-vertebrais.

Áreas de Distribuição dos Nervos Cutâneos da Cabeça e do Pescoço


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Ramos inconstantes do n. vago parecem atingir, também, o plexo


cervical. Do plexo originam-se ramos cutâneos, essencialmente sensitivos e ramos
musculares, essencialmente motores.

1. Ramos Cutâneos ( ramos sensitivos):

Os grandes ramos do plexo cervical são os cutâneos e surgem na borda


posterior do músculo esternocleidomastóideo, ponto de referência importante para
sua identificação.

 Nervo Occipital Menor – geralmente é um ramo direto de C2. é o mais


superior dos nervos cutâneos do plexo cervical e corre, com trajeto ascendente, em
direção ao processo mastóide para distribuir-se à pele e couro cabeludo posteriores
ao pavilhão do ouvido externo. Estabelece comunicações com os nervos occipital
maior (ramo dorsal de C2), acessório (XI par craniano), auricular posterior (ramo do n.
facial) e grande auricular (ramo do plexo cervical).
 Nervo Auricular Magno – parte dos troncos de C2 e C3 unem-se para
formar estes dois nervos cutâneos. O nervo auricular magno emerge junto à borda
posterior do m. esternocleidomastóideo. Inferiormente ao nervo occipital menor, mas
como este, tem trajeto ascendente, quase sempre acompanhado pela veia jugular
externa, em direção à pele da face, inferior e anteriormente à orelha.
 Nervo Transverso do Pescoço – circunda a borda posterior do m.
esternocleidomastóideo e se divide em ramos que suprem a maior porção da pele da
parte anterior do pescoço. Possui fibras de C2 e C3 e inerva, com seus ramos
superiores e inferiores, a pele das regiões supra e infra-hióidea. Intercomunica-se
amplamente com o homônimo do lado oposto.
 Nervos Supraclaviculares – Parte de C3 une-se à uma importante
divisão de C4 para formar um tronco comum que logo se divide em nervos
supraclaviculares, anterior, médio e posterior. Estes nervos tem trajeto descendente,
cruzam a clavícula, superficialmente, e inervam a pele do ombro até o plano mediano.

2. Ramos Comunicantes:
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A comunicação co o nervo hipoglosso a partir de C1 e C2 transporta fibras


motoras para os músculos gênio-hióideo e tireo-hióideo e para os músculos esterno-
hióideo e esterno-tireóideo através do nervo hipoglosso descendente. As fibras
sensitivas são conduzidas para a dura da fossa posterior do crânio via ramo meníngeo
recorrente do nervo hipoglosso. A comunicação do nervo vago a partir de C1 é de
função indeterminada, apesar de que o vago ocasionalmente distribui fibras para para
os músculos infra-hióideos que são freqüentemente distribuídas pelo nervo hipoglosso
descendente. As comunicações do gânglio simpático cervical superior para os quatro
primeiros cervicais são, provavelmente, a fonte das fibras vasomotoras. (Estas são
ramos para os nervos periféricos e não apenas ramos para as divisões primárias
anteriores).

3. Ramos Musculares:

O cervical descendente (C2 e C3) inerva os dois ventres do omo-hióideo e


reúne-se ao hipoglosso descendente para formar a alça do hipoglosso (ou alça
cervical). Há um ramo para o músculo esternocleidomastóideo oriundo de C2 e ramos
para os músculos trapézio (C3 e C4) via plexo subtrapézico. Ramos para a
musculatura vertebral adjacente inervam o reto lateral da cabeça e o reto anterior da
cabeça (C1), o longo da cabeça (C2 e C4), o longo do pescoço (C1- C4), o escaleno
médio (C3 e C4), o escaleno anterior (C4) e o elevador da escápula (C3-C5).

 Nervo Frênico – formado principalmente por fibras de C4, raiz principal,


e por fibras de C3 e C5 – raízes acessórias – é predominantemente motor. Desce pelo
pescoço justaposto à face anterior do m. escaleno anterior; dispõe-se em seguida
entre a artéria e a veia subclávia, penetra na cavidade torácica e, aplicado à face
lateral do pericárdio, atinge o diafragma. Recebe fibras eferentes viscerais pós
ganglionares do gânglio cervical inferior do tronco simpático e dá origem à ramos
colaterais pericárdicos e pleurais. O nervo frênico direito atinge o centro tendíneo
(centro frênico) do diafragma, ântero-lateralmente ao forame da veia cava; o nervo
frênico esquerdo o atinge próximo à sua margem ântero-lateral esquerda. Suas
ramificações terminais – ramos frênico-abdominais – essencialmente motoras,
irradiam-se e dispõem-se em parte, na face superior do músculo, entre este e pleura
diafragmática – ramos sub-pleurais – e em parte, na face inferior do músculo, entre
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este e o peritônio – ramos sub-peritoneais. O diafragma é inervado, também, por


alguns ramos sensitivos dos sete últimos nervos intercostais. A alça cervical, outrora
denominada “ alça do hipoglosso” em virtude da suposta intercomunicação dos ramos
descendentes do plexo cervical e do nervo hipoglosso, NC XII, é formado apenas por
fibras de C1, C2 e C3; os ramos que nela tem origem destinam-se principalmente para
os músculos infra-hióideos.
PLEXO BRAQUIAL (C5-T1)

O plexo braquial é uma conjugação de tecido nervoso que é constituída de fibras


formadas pelos ramos ventrais das raízes dos quatro nervos cervicais inferiores e do
primeiro nervo torácico (C5-C8 e T1). Seus ramos se irradiam como grandes nervos
responsáveis pela inervação cutânea e motora de todo o membro superior.
Devido à complexidade desse plexo nervoso, ele foi dividido didaticamente em
cinco seções anatômicas, que contém: cinco raízes, três troncos, seis divisões, três
cordões e treze ramos, havendo ainda mais ou menos quatro outros ramos, quando os
pequenos ramos que surgem diretamente das raízes são considerados.
Raízes
As raízes são a primeira seção do plexo, que emerge dos ramos
ventrais dos quatro últimos nervos espinhais cervicais e do primeiro nervo espinhal
torácico.
Troncos
Os troncos formam a segunda seção. O tronco superior é formado pelos ramos
ventrais do quinto e sexto nervos espinhais cervicais. O tronco médio vem do sétimo
nervo espinhal cervical, e o tronco inferior emerge dos ramos ventrais do oitavo nervo
espinhal cervical e do primeiro nervo espinhal torácico.
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Divisões
As divisões são as bifurcações dos troncos, e são a terceira seção do plexo
braquial. Há duas divisões anteriores e uma divisão posterior. A primeira divisão
anterior é a dos troncos superior e médio, que forma o cordão lateral. A segunda
divisão anterior é a do tronco inferior, que continua como cordão medial. A divisão
posterior surge de todos os três troncos, e forma o cordão posterior.
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Cordões
Conforme emergem dos troncos, os cordões seguem na quarta seção. Os
cordões lateral, medial e posterior agora se dividem em seus ramos nervosos
subsequentes, e continuam distal e inferiormente ao longo do membro superior, para
inervar as várias estruturas anatômicas.

A cintura escapular e o membro superior funcionam em conjunto a fim de


realizar diversos movimentos fundamentais para o cotidiano do homem, tais como
alcançar, aproximar, afastar objetos e manipulá-los. Assim, as articulações e
músculos do membro superior são requisitados diariamente para exercer
adequadamente todos os movimentos.
No entanto, a execução correta das ações é de responsabilidade do sistema
motor, juntamente ao sistema sensorial, transmitindo a informação necessária ao
sistema nervoso central. Este capta as informações recebidas e as envia por meio de
impulsos nervosos para os músculos, gerando uma resposta neuromuscular para que
o movimento seja executado.
Desse modo, o plexo braquial é considerado a estrutura responsável por
fornecer o suprimento nervoso (comandos motores e sensitivos) para a cintura
escapular, membros superiores e músculos das região cervical, torácica e dorsal.
O plexo braquial é formado pelas raízes ventrais dos nervos espinais de C5 a
T1 e, em seu trajeto, estende-se inferior e lateralmente em ambos os lados das últimas
IV vértebras cervicais e a I vértebra torácica. Passa acima da I costela, posteriormente
à clavícula e, em seguida, adentra na axila. Além disso, pode haver contribuição de
C4 na formação do plexo.
Em sua primeira divisão, as raízes ventrais unem-se e formam troncos
(superior, médio e inferior), os troncos dão origem a fascículos (medial, lateral e
posterior), dos fascículos surgirão os nervos principais.
Formação do plexo braquial
É necessário compreender que as “raízes do plexo braquial” referem-se aos
ramos ventrais dos nervos espinais. Logo, antes de se falar sobre os troncos, é preciso
comentar sobre os nervos que se originam a partir desses ramos ventrais.
Para que leitor tenha melhor entendimento, perceba que os ramos do plexo
braquial podem ser divididos em supraclaviculares – localizados no trígono lateral do
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pescoço, e infraclaviculares – localizados na axila. Os três nervos apresentados a


seguir são exemplos de ramos supraclaviculares.
O ramo ventral de C5 irá originar o n. dorsal da escápula que, em seu trajeto,
perfura o m. escaleno médio e desce profundamente para inervar os mm. romboides
menor e maior. Os ramos ventrais de C5, C6 e C7 formarão o n. torácico longo que
se projeta posteriormente às raízes de C8 e T1 do plexo para inervar o m. serrátil
anterior. Já o ramo ventral de T1 formará o n. intercostal que inerva os mm.
intercostais.
Logo após, os nervos espinais formarão os troncos do plexo braquial (Fig. 1):
 Os ramos ventrais de C5 e C6 unem-se e formam o tronco superior;
 O ramo ventral de C7 continua como tronco médio;
 Os ramos ventrais de C8 e T1 unem-se e formam o tronco inferior.

NERVOS INTERCOSTAIS (TORÁCICOS)


Existem 12 pares de ramos ventrais dos nervos torácicos, os quais não
constituem plexos. Quase todos os 12 estão situados entre as costelas (nervos
intercostais), com o décimo segundo situando-se abaixo da última costela (nervo
subcostal). Os nervos intercostais são distribuídos para as paredes do tórax e do
abdome. Os ramos comunicantes unem os nervos intercostais posteriormente, nos
espaços intercostais.
A maioria das fibras do ramo ventral de T1 entra na constituição do plexo
braquial, mas as restantes formam o primeiro nervo intercostal. O ramo ventral de T2
envia um ramo anastomótico ao plexo braquial, entretanto, a maior parte de suas
fibras constitui o segundo nervo intercostal.
O último ramo ventral dos nervos torácicos (T12) recebe o nome de nervo
subcostal por situar-se abaixo da 12ª costela.
Os nervos intercostais correm pela face interna, junto à borda inferior da costela
correspondente, ocupando o sulco costal, paralelamente e abaixo da veia e artéria
intercostais.
As fibras sensitivas dispersam-se pela região lateral e anterior do tórax,
denominando-se, respectivamente, ramo cutâneo lateral e ramo cutâneo anterior.
Do 7º ao 12º ramos torácicos, anteriormente, abandonam as costelas para
invadir o abdome, inervando assim, os músculos e a cútis até um plano que medeie o
umbigo e sínfise púbica.
22

O nervo subcostal (T12) dá um ramo anastomótico para o plexo lombar, e por


outro lado, algumas de suas fibras sensitivas vão até a região glútea e face lateral da
coxa.
O nervo torácico longo representa uma das ramificações do plexo braquial,
sendo formado, comumente, pelas raízes de C5, C6 e C7. Sua função é puramente
motora, sendo o responsável pela atividade de um único músculo, o serrátil anterior.
A partir de sua origem, o nervo torácico longo segue atravessando o músculo escaleno
médio. Continua pela face costal da clavícula, sobre a segunda costela, seguindo
acima do músculo peitoral menor. Anteriormente, este nervo é protegido pelo músculo
peitoral maior, e, posteriormente, pelo músculo subescapular. Ao nível da 4ª e da 5ª
costelas, ele passa a se localizar em frente ao músculo grande dorsal. Em seu trajeto
caudal, ele é recoberto apenas pela pele e pelo tecido subcutâneo, ficando, portanto,
muito suscetível a traumas diretos. Possui um comprimento de 24 centímetros em
média, sendo considerado um nervo bastante extenso. Em seu curso, o nervo torácico
longo emite ramos para cada fibra do músculo serrátil anterior.
23

As divisões anteriores do segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto nervos


torácicos, e o pequeno ramo do primeiro torácico, são confinados às paredes
do tórax e são denominados nervos intercostais torácicos.
Eles passam para frente nos espaços intercostais abaixo dos vasos
intercostais. Na parte de trás do tórax, eles se encontram entre a pleura e as
membranas intercostais posteriores, mas logo correm entre os intercostais internos e
os intercostais mais íntimos, em seguida, situam-se entre a pleura e os intercostais
internos.
24

Perto do esterno, eles se cruzam na frente da artéria mamária interna e


do músculo transverso toráceo, perfuram os intercostales internos, as membranas
intercostais anteriores e o peitoral maior e fornecem o integumento da frente do tórax
e sobre a mama, formando os ramos anteriores cutâneos do tórax; a raiz do segundo
nervo se une com os nervos supraclaviculares anteriores do plexo cervical.
O quarto nervo intercostal é inervado por mecanorreceptores cutâneos que se
adaptam lentamente e que se adaptam rapidamente, especialmente por alguns
densamente embalados sob a aréola; inervação desencadeia subseqüentemente a
liberação de oxitocina, que, quando na corrente sanguínea periférica, causa contração
e aleitamento de células mioepiteliais: este é um exemplo de reflexo muscular não
inervo-nervoso.

O ramo cutâneo lateral do último nervo torácico é grande e não dividido.


Perfura os músculos oblíquos internos e externos, desce sobre a crista
ilíaca em frente ao ramo cutâneo lateral do nervo ilio-hipogástrico e é distribuído para
a pele da parte frontal dos músculos da glútea, alguns dos seus filamentos que se
estendem tão baixo quanto o maior trocânter do fêmur.

PLEXO LOMBAR (L1-L5)


25

É responsável pela inervação da parede abdominal anterolateral, órgãos


genitais externos e parte dos membros inferiores. É formado pelos n.e. L1, L2, L3, L4.
Anestesia epidural geralmente ocorre entre L3 e L5, pois o espaço peridural
é maior. A agulha é introduzida lentamente entre os processos espinhosos, até
perfurar a dura-máter e chegar no espaço subaracnóideo, lá se injeta o anestésico ou
aspira o líquido cerebroespinal em caso de punção lombar.
O plexo lombar forma nervos que se dirigem para a parte inferior do tronco e
para os membros inferiores.

Os nervos do plexo lombar são:

Nervo ílio-hipogástrico: origina-se do ramo anterior de L1 e supre a pele da


regão hipogástrica e da pele que recobre a região lateral do glúteo.

Nervo ilioinguinal: origina-se do ramo anterior de L1 e supre a pele da região


superior e medial da coxa e a pele do pudendo.
Nervo genitofemoral: origina-se dos ramos anteriores de L1 e L2.
Divide-se em dois ramos o genital, que supre a pele dos órgãos genitais
externos; e o ramo femoral, que supre a pele da região medial da coxa.
Nervo cutâneo femoral lateral (da coxa): origina-se dos ramos anteriores de
L2 e L3. Emerge na coxa abaixo da espinha ilíaca ântero-superior.
Supre a pela da região lateral da coxa.

Nervo femoral: origina-se dos ramos anteriores de L2, L3 e L4.


Desce para a coxa lateralmente ao músculo psoas maior. Inerva os músculos:
quadríceps femoral, articular do joelho, pectíneo e sartório.
O nervo femoral origina o nervo safeno, esse nervo segue em direção distal,
suprindo a pele da região medial da perna.
O nervo femoral supre a pele da face anterior da coxa.
Nervo obturatório: origina-se dos ramos anteriores de L2, L3 e L4.
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Desce para a coxa medialmente ao músculo psoas maior, atravessando o


forame obturado. Inerva os músculos: obturador externo, pectíneo, grácil, adutores
longo, curto e magno.
O nervo obturatório supre a pele da face distal e medial da coxa.

PLEXO SACRAL E PLEXO COCCÍGEO

O plexo sacral é responsável pela inervação dos glúteos, do períneo e dos


membros inferiores. É formado pelos n.e. L4, L5, S1, S2, S3 e S4. O nervo isquiático
tem sua origem nesse plexo.
O plexo coccígeo é responsável por uma pequena parte de pele que recobre o
cóccix. É formado pelos nervos S4 e S5.
27

O plexo sacral forma nervos que se dirigem para a região glútea, períneo e
membros inferiores.

O plexo sacral foram os nervos:

Nervo glúteo superior: origina-se dos ramos anteriores de L4, L5 e S1.


Atravessa o forame isquiático maior, alcançando a região glútea, acima do
músculo piriforme.
Inerva os músculos: glúteos médio, mínimo e tensor da fáscia lata.

Nervo glúteo inferior: origina-se dos ramos anteriores de L5, S1 e S2.


Atravessa o forame isquiático maior, alcançando a região glútea, abaixo do
músculo piriforme.
Inerva o músculo glúteo máximo.

Nervo cutâneo femoral posterior: origina-se dos ramos anteriores de S2 e


S3 e supre a pele da face posterior da coxa.

Nervo pudendo: origina-se dos ramos anteriores de S2, S3 e S4.


Atravessa o forame isquiático maior, alcançado a região glútea, abaixo do
músculo piriforme.
Continua seu trajeto descendente e atravessa o forame isquiático menor,
alcançando a região do períneo.
Inerva os músculos do períneo.

Nervo isquiático: origina-se dos ramos anteriores de L4, L5, S1, S2 e S3.
Atravessa o forame isquiático maior, alcançado a região glútea, abaixo do
músculo piriforme.
É composto por duas divisões, a fibular e a tibial.
Inerva os músculos posteriores da coxa: bíceps femoral, semitendíneo,
semimembranáceo e a parte extensora do adutor magno.
Na fossa poplítea o nervo isquiático se divide em nervos: tibial e fibular comum.
28

Nervo fibular comum: tem um curto trajeto, após contornar a cabeça da fíbula
se divide em nervos: fibular superficial e fibular profundo.
O nervo fibular superficial está localizado na parte lateral da perna e supre os
músculos fibulares: longo e curto.
O nervo fibular profundo desce pela perna na região anterior.
Supre os músculos: extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux,
tibial anterior, extensor curto dos dedos, extensor curto do hálux e fibular terceiro.

Nervo tibial: desce na região profunda e posterior da perna.


Supre os músculos: gastrocnêmio, sóleo, flexor longo dos dedos, flexor longo
do hálux, tibial posterior, poplíteo e plantar.
Após passar posteriormente ao maléolo medial, o nervo tibial se divide em
nervos plantares medial e lateral.
O nervo plantar medial inerva os músculos: abdutor do hálux e flexor curto do
hálux.
O nervo plantar lateral inerva os músculos: flexor curto dos dedos, flexor curto
do dedo mínimo, abdutor do dedo mínimo, quadrado plantar, adutor do hálux,
interósseos plantares, dorsais e lumbricais.

Nervo sural: formado na fossa poplítea por prolongamento dos nervos tibial e
fibular comum.
O nervo sural inerva a pele da face posterior da perna e lateral do pé.

O plexo coccígeo é formado por:


Um pequeno ramo descendente do ramo ventral do quarto nervo sacral;
Ramos ventrais do quinto nervo sacral;
Nervo coccígeo.
O plexo coccígeo inerva a pele da região do cóccix.
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CONCLUSÃO

Por fim sabemos que os nervos são um dos componentes do nosso sistema
nervoso periférico. Eles podem ser definidos como feixes de fibras nervosas
envolvidas por tecido conjuntivo, sendo cada fibra formada pelo axônio e pelas
bainhas que o envolvem. A função dos nervos é garantir a comunicação entre o
sistema nervoso central e os órgãos efetores e de sensibilidade.
Os nervos apresentam fibras aferentes e eferentes. As fibras aferentes são
responsáveis por levar as informações que o corpo obtém do meio externo e de seu
interior até o sistema nervoso central. As fibras eferentes, por sua vez, garantem que
os impulsos do sistema nervoso central cheguem até os órgãos efetores. Os nervos
que apresentam apenas fibras aferentes recebem o nome de nervos sensoriais, e
aqueles que possuem apenas fibras eferentes são chamados de motores. Existem
ainda nervos mistos, que apresentam os dois tipos de fibras.
As suas funções e objetivo são claras quando se trata de movimento e
comandos, nem que seja dos mais simples possível. O cuidado com cada detalhe do
corpo não é uma mera coincidência e sim uma infinita possibilidade de desvendar os
segredos de uma matéria finita e de recursos limitados. O sistema nervoso é uma
caixinha de surpresa pois há muitos comportamentos a serem estuado e há muito o
que se descobrir.
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REFERÊNCIAS:

DOS SANTOS, Vanessa. Nervos Espinhais, seus plexos e dermátomos |


Colunistas. [S. l.], 16 jun. 2021. Disponível em: https://www.sanarmed.com/nervos-
espinhais-seus-plexos-e-dermatomos-colunistas. Acesso em: 3 mar. 2022.

Alimi Y, Iwanaga J, Loukas M, et al. An unusual variation of the accessory nerve.


Cureus10(6). 2018; e2774. DOI 10.7759/cureus.2774

Duque JE, Quijano Y, Barco J, Peralta E. Apparent origin of glossopharyngeal,


vagus and accessory nerves: an aspect to consider in human neuroanatomy teaching.
Int. J. Morphol. 2018;36(4):1337- 1340.

DO CARMO, Rafael. Nervo glossofaríngeo (IX). [S. l.], 6 jan. 2022. Disponível
em: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/nervo-glossofaringeo-ix. Acesso em:
3 mar. 2022.

TARLÉ, Lupébhia. Nervo facial (VII) | Colunista. [S. l.], 26 ago. 2021.
Disponível em: https://www.sanarmed.com/nervo-facial-vii-colunista. Acesso em: 3
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ARAGUAIA, Mariana. "Doze pares de nervos cranianos"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/biologia/doze-pares-de-nervos.htm.
Acesso em 03 de março de 2022.
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