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NERVOS CRANIANOS

ALVARO MOREIRA RIVELLI


Médico Neurologista Hospital Santa Isabel - Ubá
Professor de Neuroanatomia - Unifagoc
Coordenador do Internato de Urgência - Unifagoc
Professor de Suporte Básico de Vida - Unifagoc
Mestre pela Universidade de Vassouras
NERVOS CRANIANOS
SENSITIVA I, II, VIII
MOTORA III, IV, VI, XI, XII
MISTA V, VII, IX,X
KANDEL, ER. Principles of Neural Science. 5ed. Porto Alegre: AMGH, 2014;
NERVO OLFATÓRIO - I
O nervo olfatório é um nervo sensitivo (olfato). 
Tem início na mucosa olfatória, localizada no terço superior da cavidade nasal. 
É formado por neurônios bipolares, cujo prolongamento periférico se estende
para a mucosa, enquanto que o prolongamento central atravessa a lâmina
cribiforme do osso etmóide, penetrando na fossa anterior do crânio.
Esses axônios fazem sinapse com células mitrais que formam os bulbos
olfatórios. 
Os axônios das células mitrais se projetam formando os tratos olfatórios, que
após um curto trajeto se dividem em duas estrias olfatórias: medial e lateral. 
A estria olfatória lateral envia os estímulos para únco e giro parahipocampal.
TRANSTORNOS DO OLFATO
 Condutivos*:
 Rinite, desvio de septo, pólipos, ivas, cocaína.
 Neurossensoriais:
 TCE, estesioneuroblastoma, Síndrome de Foster
Kennedy, parkinson.
NERVO ÓPTICO - II
 Origina-se nas células ganglionares da retina. 
 Os axônios dessas células atravessam o canal óptico, alcançando a fossa média do
crânio. 
 As fibras do nervo óptico sofrem cruzamento parcial, formando o quiasma
óptico (estrutura pertencente ao hipotálamo). 
 As fibras provenientes da parte nasal da retina cruzam no quiasma óptico para o
lado oposto, enquanto que as fibras da parte temporal da retina permanecem do
mesmo lado. 
 Após o cruzamento das fibras no quiasma óptico, forma-se o trato óptico, que
contém fibras cruzadas do olho contralateral (fibras da parte nasal da retina), e
fibras não cruzadas do olho ipsilateral (fibras da parte temporal da retina). 
 O nervo óptico é sensitivo e está envolvido com a visão.
 Acuidade visual (rosenbaum);
 Visão de cores (cartão de Ishihara);
 Avaliação do campo visual;
 Fundo de Olho
NERVO OCULOMOTOR - III
 O nervo oculomotor contém fibras pré-ganglionares parassimpáticas. 
 É um nervo motor, que realiza a maior parte da inervação dos músculos
extra-oculares. 
 Possui dois núcleos no mesencéfalo (um somático e outro visceral). 
 O nervo oculomotor alcança a órbita após atravessar a fissura orbitária
superior. 
 Inerva os músculos: levantador da pálpebra, reto inferior, reto superior, 
reto medial e obliquo inferior. 
 Envia fibras autônomas parassimpáticas para a inervação do músculo
ciliar (realiza acomodação visual) e o músculo esfincter da pupila
(miose).
NERVO TROCLEAR - IV
 É um nervo motor, que controla o músculo oblíquo
superior.
NERVO TRIGEMIO - V
 É um nervo misto, com uma pequena parte motora e uma grande parte
sensitiva (conectada com o gânglio do trigêmeo). 
 Possui três raízes, cada uma formando os nervos: ofltálmico (primeira
divisão do trigêmeo V1), maxilar (segunda divisão do trigêmeo V 2) e
mandibular (terceira divisão do trigêmeo V 3). 
 Todas as divisões são sensitivas, exceto a V 3 que é mista (motora e
sensitiva). 
 O n. trigêmeo é responsável pelas sensibilidades geral e proprioceptiva da
cabeça, cavidades nasal e oral e, inervação dos músculos da mastigação
(m. masseter, m. temporal, m. pterigóideo lateral e m. pterigóideo
medial), e ventre anterior do músculo digástrico.
GOSS, C.M. Gray Anatomia. 29ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988;
NERVO ABDUCENTE - VI
 É um nervo motor, que controla o músculo reto
lateral
NERVO FACIAL - VII
 É um nervo misto, contendo fibras pré-ganglionares parassimpáticas. 
 O n. facial contém uma grande raiz motora e uma pequena raiz sensitiva (denominada de n.
intermédio). 
 O n. facial entra no meato acústico interno (junto do n. vestibulococlear), atravessa a
parede posterior da cavidade timpânica (orelha média), local onde emite um ramo
denominado de n. corda do tímpano (que se liga ao nervo lingual do trigêmeo), suprindo os
dois terços anteriores da língua (inervação gustativa). 
 Atravessa o parênquima da glândula parótida (sem inervá-la), e na margem anterior dessa
glândula se divide em cinco ramos terminais, que se distribuem para os músculos da
expressão facial (incluindo o m. platisma do pescoço). 
 Os ramos terminais são: temporais, zigomáticos, bucais, marginal da mandíbula e cervical. 
 O nervo facial apresenta componentes autônomos parassimpáticos que suprem as
glândulas submandibulares, sublinguais e lacrimais.
Avaliação da Função Motora:
 Inspeção;
 Assimetria
 Atrofias
 Fasciculações
 Testes da motilidade facial.
 Paralisia de Bell
 Infecção aguda após infecção viral (pós-herpética) ou pós-vacinal.
 Dor retroauricular e eritema mastoideo, seguido de fraqueza facial unilateral.
 É a causa mais comum de plegia facial.
NERVO VESTÍBULOCOCLEAR - VIII

 É um nervo sensitivo, formado pelos nervos: vestibular e


coclear. 
 Suas fibras se originam da orelha interna nas cristas
ampulares do vestíbulo (n. vestibular), e no ducto coclear
(n. coclear). 
 Atravessam o meato acústico interno (junto do n. facial). 
 Este nervo está relacionado com o equilíbrio (posição e
manutenção da cabeça em relação ao tronco) e a audição.
NERVO GLOSSOFARINGEO - IX
 É um nervo misto. 
 Sua parte sensitiva recebe informações provenientes do terço
posterior da língua, úvula, faringe. Inerva os músculos estilofaríngeo
e o constritor superior da faringe. 
 Apresenta inervação especial para a língua (gustação do 1/3
posterior), e componente autônomo parassimpático, inervando a
glândula parótida. 
 O nervo glossofaríngeo emerge do sulco póstero-lateral do bulbo,
atravessa o forame jugular (junto aos nervos vago e acessório, e a
veia jugular interna).
NERVO VAGO - X
 É o décimo par de nervo craniano. 
 O nervo vago era denominado de pneumogástrico, por seu
trajeto pelas regiões torácica e abdominal. 
 O nervo vago é um nervo misto, o maior nervo craniano e
parassimpático do corpo. 
 Sua origem é na fossa rombóide, no trígono do nervo vago
(local do seu núcleo). 
 Emerge no sulco póstero-lateral do bulbo e deixa a cavidade
craniana pelo forame jugular.
 Desce no pescoço posteriormente a veia jugular interna. 
 Cruza anteriormente a artéria subclávia (medialmente ao
nervo frênico). 
 Atravessa a cavidade torácica, posteriormente ao hilo do
pulmão. 
 Distribui-se na cavidade abdominal até a flexura esquerda do
colo. 
 Inerva (estímulos parassimpáticos) as vísceras do pescoço,
tórax e abdome (até o final do colo transverso).
NERVO ACESSÓRIO - XI
 É um nervo motor, com duas raízes (uma bulbar, outra espinal). 
 A origem da raiz espinal do nervo acessório é proveniente da coluna
anterior da  medula espinal (dos cinco primeiros segmentos medulares). 
 Essa raiz ascende em direção ao forame magno, entrando na cavidade
craniana e, une-se com a raiz bulbar. 
 Juntas, as raízes deixam a cavidade craniana por meio do forame jugular. 
 No pescoço o nervo acessório está localizado profundamente ao músculo
esternocleidomastóideo, seguindo o trajeto sobre o músculo levantador
da escápula. 
 Supre os músculos esternocleidomastóideo e trapézio.
NERVO HIPOGLOSSO – XII

 É um nervo motor, suprindo os músculos da língua. 


 Origina-se do núcleo do nervo hipoglosso, localizado
no trígono do nervo hipoglosso (no bulbo). 
 Atravessa o canal do nervo hipoglosso. 
 Envia fibras nervosas que se comunicam com a alça
cervical.
REVISÃO

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