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18/08/17

Objetivos
Avaliação em l Distinguir os modelos diagnósticos (dimensional
Psicopatologias e categorial) e aspectos nosográficos
l Treinar o exame do estado mental para
Avaliação Psicológica diagnóstico de psicopatologias
l Treinar uso de testes psicológicos auxiliares ao
diagnóstico psicopatológico
l Treinar role playing de entrevista estruturada
Prof. Dr. Lucas Guimarães para diagnóstico psicopatológico
Perito Forense Psicólogo (TJ/MA)
Doutor em Avaliação Psicológica (USF) l Estabelecer critérios para diagnóstico dos
Prof. Titular de Psicodiagnóstico (UESPI),
Pesq. Visitante Università di Torino (Turim, Itália)
transtornos mentais

3 4

Princípios em
Psicopatologia Variabilidade Normal

Interação Social
l Sinal
l Sintoma
l Síndrome Aprendizagem vicária
Cultura Ciclo Vital
l Espectrum (Espectro) Crise
l Sinal/ Sintoma Patognomônico
l Pródromo
l Variabilidade normal e transtorno mental

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Diagnóstico
Categorial x Dimensional
DSM-IV CID-10
Personalidade
Fatores hereditários Categorial Dimensional
Autoconceito
Fatores congênitos F Mais fácil estabelecer F Sintomas típicos e atípicos
Fatores genéticos Autoestima
Sexo condutas padrão são contemplados
Autoeficácia
Idade F Ordem hierárquica de F Valoriza maior número de
Modelos de vínculos
e apego critérios informações
F Aumenta chances de falsos F Evita criar falsos limites entre
positivos e negativos saúde/doença
Cultura
Violência urbana F Critérios diagnósticos F Diretrizes diagnósticas
Suporte social
Abuso físico e sexual
Catástrofes naturais e urbanas F Maior aceitação pelos F Comparação entre populações
profissionais em diferentes culturas
F Permite estabelecer diferentes
clusters sintomatológicos

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Diagnóstico O que é um
Híbrido Transtorno Mental?
DSM-5 “Transtornos Mentais e Comportamentais as
condições caracterizadas por alterações mórbidas
F Mantém critérios diagnósticos do modo de pensar e/ou do humor (emoções), e/ou
por alterações mórbidas do comportamento
F Aumentam os indicadores associadas a angústia expressiva e/ou
dimensionais
deterioração do funcionamento psíquico global.
F Resultados de pesquisas
neurobiológicas
Os Transtornos Mentais e Comportamentais não
constituem apenas variações dentro da escala do
F Retira os 5 Eixos e muda o
escore para o ICF
"normal", sendo antes, fenômenos claramente
F Mais próxima das condições
anormais ou patológicos”
clínicas e casos empíricos (OMS, 2001)

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O que é um
Transtorno Mental? Sinais e Sintomas

“Um transtorno mental é uma síndrome


caracterizada pela perturbação clinicamente l Tristeza profunda ?
significativa na cognição, na regulação da
emoção ou no comportamento de um indivíduo l Alucinação ?
que reflete uma disfunção nos processos l Comer compulsivo ?
psicológicos, biológica ou de desenvolvimento
subjacentes ao funcionamento mental. l Delírio ?
Os transtornos mentais estão frequentemente l Medo irracional ?
associados a sofrimento ou incapacidade
significativos em atividades sociais, ocupacionais,
ou outras importantes. (...)”
DSM-5 (2013)

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Sinais e Sintomas Sinais e Sintomas


TAB I e II
TEPT Depressão severa c/ s.p.
l Tristeza profunda EDM l Tristeza profunda TOC c/ s.p.
l Alucinação (...) l Alucinação Esquizofrenia
Transt. Psicóticos
l Comer compulsivo l Comer compulsivo TRUSPAS (alucinógeno)
l Delírio l Delírio (...)

l Medo irracional l Medo irracional

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Sinais e Sintomas Sinais e Sintomas

l Tristeza profunda l Tristeza profunda


EDM
l Alucinação TCA l Alucinação
Esquizofrenia
l Comer compulsivo Bulimia l Comer compulsivo TOC c. s/p
Pica
l Delírio l Delírio EDM c. s/p
(...) TRUSPAS (alucinógeno)
l Medo irracional l Medo irracional
TRUSPAS (maconha)
(...)

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Sinais e Sintomas

Tristeza profunda
l

l Alucinação
Exame do
l Comer compulsivo Estado Mental
Hipocondria
l Delírio
Fobia Social
l Medo irracional Fobia específica
Estresse Pós-Traumático
com efeito retardado
(...)

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Rotina de Exame do Rotina de Exame do


Estado Mental Estado Mental
l É a pesquisa sistemática de sinais e l Multidisciplinar
sintomas de alterações do funcionamento l Complicações: psicológicas, psiquiátricas,
mental, durante a entrevista. neurológicas, metabólicas, intoxicações
l Fontes de informações: ou efeitos de drogas
1. Observação direta da aparência do paciente,
2. Anamnese
3. Relato de familiares
4. Outros informantes como atendentes, amigos,
colegas ou até mesmo autoridades policiais.

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Rotina de Exame do Rotina de Exame do


Estado Mental Estado Mental

Entrevista Inicial Informações de Identificação


l Data da entrevista l Grau de Instrução
l Descrição Sumária sobre local
l Nome l Profissão ou
(Hospital; Clínica; Ambulatório; Tribunais e Centros
Especializados) l Idade Atividade Laboral
l Motivo pelo qual realiza a avaliação l Data nascimento l Estado Civil
(psicodiagnóstico; perícia; tratamento; internação; cirurgia; l Naturalidade l Composição Familiar
habilitação para porte de armas; diagnóstico diferencial)
l Sexo l Religião

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Apresentação

l Idade “aparente”, aparência e atitudes: pueril,


Aspectos do Paciente jovial, senil
Expressões faciais: apático, entusiasmado...
Na Entrevista Inicial
l
l Vestuário adequado e compatível? Atende as
condições ambientais e variáveis culturais?
l Deambulando ou não?
l Conduzido por acompanhante ou não?

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Atividade Psicomotora e
Apresentação Comportamento

l Aspectos quantitativos e qualitativos do


comportamento motor
FDesleixado e desarrumado em transtornos l Agitação psicomotora (hipercinesia): ‘não para’,
balança pernas, cruza e descruza as pernas, roe
cognitivos
unhas, enrola o cabelo...
FPupilas minúsculas no caso de vício em narcóticos
l Retardo psicomotor (bradicinesia): lentificação geral
FPostura retraída e curva na depressão
dos movimentos, fala, curso do pensamento, humor
FInquietação e hiperatividade em episódio maníaco
deprimido.

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Atividade Psicomotora e Atitudes


Comportamento frente ao Examinador

FPostura fixa e comportamento bizarro na l Colaborativo e comunicativo


esquizofrenia l Atitudes hostis: agressivos e desafiadores
FComportamento hiperativo no abuso de l Atitudes ambivalentes: oscilações constantes
estimulantes, na mania e no TDAH emocionais e mudanças de postura
FRetardo psicomotor na depressão
FTremores na ansiedade e no efeito colateral do l Atitudes sedutoras: estimulam apelo sexual
lítio l Atitudes manipuladoras: charme, eloquência,
FObservação excessiva do ambiente em estados manipulação e discurso manipulador.
paranóides l Atitude dependente: dependência do
terapeuta.

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Atitudes Comunicação com


frente ao Examinador Examinador (atividade verbal)

l Quantidade, velocidade e qualidade


l Normolálico (espontânea e sem alteraç.)
FDesconfiança na paranoia
FSedutor no T. P. Histriônico l Irregular (ritmo e tônus vocal alterado)
FApático no transtorno conversivo (la belle l Prolixo (muitas ideias acessórias)
indifference)
l Não-espontâneo (induzida)
FTrocadilhos nas síndromes do lobo frontal
l Verborrágico (logorréico): quantidade e
fluxo aumentados

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Comunicação com Sentimentos


Examinador (atividade verbal) Despertados
l Na síntese diagnóstica
l Defeitos da fala
l Deve registrar “impressões gerais”
l Gagueira (tartamudez) transmitidas pelo paciente:
l Tiques vocais (súbitas e involuntária) l Simpatia
l Mutismo seletivo (gravemente restrita a l Antipatia
locais específicos) l Sentimento de “pena”
l Ecolalia (repetição completa ou l Irritação
incompleta) l Asco
l ....

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l Divisão para fins didáticos:


Consciência
Funções Mentais

lAtenção
l Sensopercepção
l Orientação

l Memória

l Inteligência
CASOMI APeJuCoL
l Afeto e Humor

l Pensamento

l Juízo Crítico
l Conduta

l Linguagem

33 34

Funções Mentais Funções Mentais


l Consciência
ü Síndromes l Afeto e Humor
l Atenção Cerebrais Orgânicas ü Psicoses
l Pensamento
l Sensopercepção ü Delirium ü T ranstornos Humor
ü Intoxicações l Juízo Crítico
l Orientação ü T rans. Ansiedade
l Conduta ü Demais Transtornos
l M emória ü Demência
l Linguagem
l Inteligência ü Deficiência
Intelectual

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Consciência Consciência
Conceito Avaliação
☺ Estado de lucidez e de alerta em que KVerificar reações verbais ou táteis
a pessoa se encontra KUso da Escala de Glasgow (abertura
☺ Varia da vigília ao coma ocular, resposta verbal e motora a “S”)
Avaliação Alterações
KObnubilação/ torpor: muita dificuldade
K Observar reações do paciente
frente aos estímulos para permanecer vigil; lentidão na
Representação resposta a “S”; confusão;
K Se a reação é rápida ou lenta; gráfica de
sonolento ou não consciência do
século XVII

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Consciência Consciência
K Obnubilação/ torpor: tende a cair no sono, K Obnubilação/ torpor:
quando não estimulado. l Necessário falar alto ou tocá-lo
§ Grau leve a moderado. para que possa reagir


§ ↓ clareza do sensório;
§ dificuldade de integrar sensações ambientais;
§ lentidão da compreensão;
§ dificuldade de concentração;
§ dificuldade de evocar lembranças;
§ lentidão no pensamento; prejuízos da
orientação

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Causas da
Obnubilação Consciência
l Trauma craniano
l Intoxicações l Confusão: grau intensificado de
l Hipertensão craniana
Álcool e drogas
l Isquemias cerebrais
l
obnubilação; pobreza ideativa,
l Hipóxia cerebral embotamento do sensório; demora
l Alterações
Epilepsia responder a “S”
l metabólicas:
l Meningites l Insuficiência Hepática l Fase aguda alguns T.M.;

l Encefalites l Insuficiência renal intoxicação; infecção; trauma ou


l Hipoglicemia grande estresse emocional
l Eclâmpsia l Alterações da Tireoide

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Consciência Consciência
l Estupor: + grave; grau extremo de
obnubilação; só responde a “S” vigorosos l Coma: abolição completa da consciência
l Esquizofrenia catatônica; intoxicações l Não responde a “S” externos
metais pesados; doenças orgânicas; l Nem internos (fome, frio, necessidades
depressão profunda; reações epilépticas e fisiológicas)
histéricas

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Abertura Ocular Espontânea 4

Consciência
Ao comando verbal 3
À dor 2
Ausente 1
Resposta Motora Obedece comandos 6

l Hiperalerta: Localização à dor 5


Flexão inespecífica (retirada) 4
l Hiperatividade autonômica Flexão hipertônica 3
Extensão hipertônica 2
l Ansiedade
Sem resposta 1
l Respostas ↑ a “S” Resposta Verbal Orientado e conversando 5
Desorientado e conversando 4
l Cocaína, anfetamina; Palavras inapropriadas 3
abstinência de BDZ ou no TEPT Sons incompreensíveis 2
Sem resposta 1
ESCALA DE GLASGOW - Trau mas Grav es : esco re d e 3 a 8 ; Mo d erado s : 9 a 1 2 ; Lev es : 1 3 a 1 5.

45 46

Atenção Atenção
F Direção da consciência. l Concentração: voltar foco para S
F Esforço voluntário para uma atividade com internos ou em atividade mental
foco e campo para S internos ou externos l Teste formal: Sem suspeita de déficit
F Avaliação: foco, campo e quantidade intelectual (100 - 7 por 5 x);

F Vigilância: voltar foco para S externos; l Repetir séries numéricas de forma


pausada, tais como 2-4/ 2-3-5/ 3-4/ 2-4-5-7
l Hipervigil: ↑ da atenção em S triviais ...
l Hipovigil: ↓ enfraquecimento significativo l Ou déficit cognitivo e QI ‹ 80 F (20-3... por
5 x)

47 48

Atenção Atenção
l Tenacidade: Manutenção de tarefa l Sintomas eTranstornos Associados
específica
l Hipoprosexia (↓ vigilância e concentração)
l Hipotenaz: ↓ foco na atividade depressão, demências, delirium, efeito
l Hipertenaz: ↑ do foco na atividade adverso de medicamentos, TDAH
l Pedir ao paciente para bater na mesa l Distratibilidade (↓ tenacidade) depressões,
sempre que falar a letra A em uma série de mania, retardo mental etc.
letras aleatórias K, D, A, M, F, G, H, A, I, B,
C, J, A... registra tempo e erros

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Sensopercepção Sensopercepção
l Alucinações: Percepção sensorial na ausência
l Capacidade de perceber e interpretar os S de S externo
oriundos do meio
l Alucinoses: Vivencia as alucinações, mas
l Avaliação: através da entrevista com sabe que ñ são reais. Percebe como “coisas
examinando de sua cabeça” (síndr. de abst. alcoólica;
problemas cerebrais ou infecções)
l Alterações: normais ou patológicas
l Pseudo-alucinações: percepções internas e
l Ilusões: S são percepções reais e mal não discriminadas pelos órgãos do sentido.
interpretadas; Relatos de “como se estivesse ouvindo
celular”, “como se tivesse vibrando...”.
Experiências espirituais

51 52

Sensopercepção Sensopercepção
l Visuais: esquizofrenia, trans. orgânicos l Sensações corporais:
(delirium), depressões psicóticas, luto normal.
l Cinestésicas: músculos e articulações.
l Auditivas: as mais comuns; elementares Quadros Psicóticos e esquizofrenia
(ruído) ou complexas (conversas)
l Viscerais: órgãos internos. Hipocondria
l Pacientes psicóticos; TAB; SCO; início de e transtornos somatoformes.
quadro psicótico ouve os pensamentos
(echo de la pensée) l Superficiais (hápticas): sensações de
orgasmo, como na esquizofrenia
l Podem ser congruentes com humor (“mate-
se”, em pacientes depressivos)

53 54

Sensopercepção Sensopercepção
l Vestibulares: equilíbrio e localização no FVocê já teve a impressão de ouvir vozes? Ou
espaço; sensação de voar. ruídos? Ou já lhe falaram que você falou ter
l SCO e DT ou psicoses pelo uso de ouvido?
FVocê já teve a impressão de visto imagens?
alucinógenos Pessoas? Ou outras coisas?
l Olfativas e gustativas: comuns em FVocê já teve a impressão de ter sentido
quadros de intoxicações (cocaína; gostos, cheiros, ou impressões na pele que
outras pessoas acreditavam não ser reais?
anfetaminas; alucinógenos); psicoses e
DT em abstinência de álcool.

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Orientação Orientação
l Situar-se sobre si mesmo (autopsíquica) l Avaliação: durante a entrevista
e sobre tempo e espaço (alopsíquica)
l Própria Pessoa: nome; data de
l Avaliação: durante a entrevista nascimento; filiação; ocupação; motivo
do atendimento
l Tempo: hora; dia mês e semana; ano;
semestre; tempo (noite ou dia) l Uso de recursos: entrevista livre, MEEM,
ficha de avaliação do serviço e outros
l Espaço: local onde mora; “entrada”;
recursos
cidade; estado; país;

57 58

Orientação Orientação
l Alterações: evolução de comprometimento, l Alterações:
l 1ª Tempo→ emoção forte; estresse; l Desrealização: alteração da
quadros orgânicos; intensa concentração percepção de tempo e espaço
l 2ª Espaço→ Processo mórbido

l 3ª Auto→ Casos avançados de


l Despersonalização: alteração da
deterioração orgânica percepção de si, acerca das
informações pessoais

59 60

Orientação Orientação
l Transtornos:
FVocê já sentiu ter perdido a noção de onde estava? l Síndromes Cerebrais Orgânicas (SCO):
Ou a completa orientação de onde eram as coisas? comumente desorientado
FVocê já teve experiência de perder a orientação das
l Psicoses afetivas
horas? Dos dias? Do mês? E do ano que você
estava na época? l Esquizofrenia
FVocê já teve a percepção de que estava fora do seu l Trans. dissociativo (amnésia
corpo? Ou que não era você? Ou ainda já falaram
que você disse não reconhecer você? psicogênica e alterações da orientação)

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Memória Memória
l Registrar, fixar e evocar informações. Traz l Recente: 5-10 min (CP); Acima de 30 min
emoções associadas; (LP)
l Avaliação: há várias subclassificações l Em 5 min, repetir pente-rua-zul
l O que tomou no café, jantou ontem...
l Imediata: últimos 15 a 20 segundos, como
número de telefones; l Remota: retenção permanente de
informação selecionada
l Repetir sequencia de números (3, 5, 6, 7 )
l Falar de eventos importantes na infância,
ou mencionar 3 palavras ñ relacionadas
família...
(pente, rua e azul) e repetir
imediatamente.

63 64

Memória Memória
l Memória Script (Lógica): registra
l Memória de Trabalho (Working Memory): informações gerais sobre situações, eventos
relacionada ao planejamento, organização ou episódios
dos estímulos e execução de uma tarefa
l Áreas encefálicas:
l Memória eidética: memória fotográfica e do
l Área de registro: córtex cerebral
registro de informações dos sentidos
(auditiva ou outros sentidos) l Área de retenção: hipocampo
l Memória episódica: registra com detalhes l Área de armazenamento: lobo temporal
situações, eventos e episódios de vida l Área de recuperação: dorso medial do
tálamo

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Memória
Alterações
§ Amnésia: incapacidade total ou parcial de
recordar experiências passadas.
§ Anterógrada: Traumatismo craniano; histeria
§ Retrógrada: doença, traumatismo, acidentes
§ Lacunar: Não se lembra de períodos da vida
(segmentos de anos...). Confabulação (muito
comum no Alzheimer)

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Memória Inteligência
Alterações l Capacidade de entender, recuperar, mobilizar
§ Paramnésia: falsificação da memória pela e integrar de maneira construtiva os
distorção da recordação. aprendizados anteriores ao deparar-se com
situações novas
§ Dejà vu: percepção de revivência de algo
F Deficiência intelectual leve ou “limítrofe”
novo
pode estudar até 6ª ou 7ª série, pode ter
§ Jamais vu: percepção de estranheza de vida independente, mas tem problema com
algo familiar leitura, escrita e conceitos abstratos
§ Hipermnésia: ↑ de evocar informações F Deficiência intelectual moderada pode
(estados orgânicos, como intoxicações febris; estudar até 1ª ou 2ª série e executam
estimulação hipnótica) tarefas simples

69 70

Inteligência Inteligência
l Avaliação: coletar dados sobre série l Raciocínio lógico
escolar; reprovações; dificuldades em l Se faltar luz em casa, o que você faria?
matérias específicas; l O que a maçã tem parecida com a laranja?
l Raciocínio abstrato (Interpretação de
l Raciocínio teórico ou conceitual
metáforas)
l Quem descobriu o Brasil?
l "Quem não tem cão, caça com gato"
l O que causa ferrugem no ferro?
l “Mais vale 1 passarinho na mão que 2
l De que é feito o vidro?
voando”
l Quanto dias a terra demora para completar
l “Desse mato não sai cachorro!”
volta ao sol?

71 72

Inteligência
l Alterações e transtornos
l Deficiência intelectual: atraso ou
insuficiência no QI
l Demência: deterioração global ou orgânica
do funcionamento intelectual.
l Acompanha distratibilidade, déficit de
memória, dificuldades de cálculos,
alterações no humor, prejuízo no
julgamento e abstração

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Afeto e Humor Afeto e Humor


F Emoção: experiência psicofisiológica descrita em função de
humor e do afeto, em relação à variáveis situacionais,
ambientais e psiquiátricas F25% das pessoas com depressão já
F Humor: + constante, estável e subjetivo. tiveram algum nível elaborado de ideação
F Tonalidade de sentimento (depressão, eutimia, mania,
suicida!
hipomania...)
FDespertar durante a madrugada na
F Afeto: + imediato e visível.
depressão
F Associado a manifestações objetivas: embotado,
expansivo, lábil, inapropriado (expressões circunstanciais
da face) FMenor necessidade de dormir na mania

75 76

Afeto e Humor Afeto e Humor


Alterações do Afeto (variação e quantidade) Alterações do Afeto (curso)
§ Restrito: redução de menor intensidade que o § Labilidade afetiva: mudanças bruscas e rápidas no
afeto embotado. (Esquizofrenia e psicoses) tom emocional, sem relação com estímulos externos.
§ Incontinência afetiva: expressão incontrolada e
§ Embotado: severa redução na intensidade do impulsiva do tônus afetivo
tom de sentimento externalizado e dificuldade
de expressar estados afetivos (Esquizofrenia
e psicoses) Alterações do Afeto (apropriação)
§ Plano: nenhum sinal de expressão afetiva; § Apropriado: congruência entre pensamento,
voz monótona e rosto imóvel (Esquizofrenia e sentimento e comportamento
psicoses) § Inapropriado: incongruente entre estes aspectos

77 78

Afeto e Humor Afeto e Humor


Humor: emoção difusa e prolongada, Alterações do Humor
subjetivamente experimentada pelo paciente que § Luto: tristeza adequada a uma perda real.
“colore a percepção que se tem do mundo”
§ Depressão: sentimento patológico de tristeza.
§ H. eutímico: variação normal do humor § Alexitimia: incapacidade ou dificuldade para
§ H. eufórico: estado de ânimo exaltado e descrever ou conscientizar-se das próprias
persistente emoções.

§ H. disfórico: estado de ânimo desagradável e § Anedonia: perda do interesse ou prazer em


persistente atividades anteriormente prazerozas.

§ H. irritável: facilmente provocado até raiva.

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Afeto e Humor Pensamento

q É o conjunto de funções integrativas


relacionadas a capacidade de associar
FComo você se sente? Como está sua
conhecimentos novos e antigos, integrar
disposição? estímulos externos e internos, analisar,
FPensa que a vida vale a pena ou que você abstrair, julgar, concluir, sintetizar e criar.
quer se prejudicar?
FComo anda o sentido da vida para você?
q O pensamento é avaliado em três aspectos:
FPlaneja(ou) tirar a própria vida? Como? produção (ou forma), curso e conteúdo.
FHouve alguma mudança em seu sono? Em
sua alimentação? Em seu desempenho
sexual?

81 82

Pensamento Pensamento
(forma ou produção) (forma ou produção)

► Organização formal do pensamento ►Organização formal do pensamento

► Pensamento realista: utiliza elementos ► Pensamento incoerente: perda na


concretos e abstratos convencionais e associação lógica em uma sentença
lógicos. (ou entre sentenças);

► Pensamento derreísta: desvio da razão;


preso a fantasias ou lógicas próprias
(pensamento autístico)

83 84

Pensamento (Curso) Pensamento (Curso)

v Relaciona-se ao ritmo do pensamento, que pode


ser normal, rápido ou lento. vFuga de Ideias: variação incessante do tema e
dificuldade para se chegar a uma conclusão.
v Inibição: associa-se ainda a lentidão de
todos os processos psíquicos (sensório; v A progressão do pensamento encontra-se
motor e outros) seriamente comprometida por uma
aceleração associativa
v Circunstancialidade: fala indireta que
demora a atingir o ponto desejado, v Esquizofrenia, psicoses e quadros
caracterizada pelo excesso de detalhes; demenciais

v Perseveração: repetição da mesma resposta


a uma variedade de questões;

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Pensamento (Curso) Pensamento (Conteúdo)


Relaciona-se ao que a pessoa está pensando:
F Ecolalia: repetição de palavras ou frases ideias, crenças, conceitos, preocupações.
ditas pelo interlocutor;
F Pobreza do conteúdo: Pensamento que oferece
F TEA e esquizofrenia catatônica poucas informações, vago, com repetições de vazias ou
F Bloqueio de pensamento: interrupção frases obscuras (Quadros demenciais, deficiência
intelectual e psicoses catatônica)
súbita no curso do pensamento, antes do
seu término. F Ideia supervalorizada: Crença falsa e irreal, mas
que se sustenta com menor firmeza que no delírio , como
F Esquizofrenia catatônica e quadros crenças de ciúme ou grandeza (hipocondria, transtorno
psicóticos de personalidade, TAB, transtornos de ansiedade e
transtornos alimentares)

87 88

Pensamento (Conteúdo) Pensamento (Conteúdo)


Delírios:
F Delírios:
☺ Bizarros: crença falsa, absurda, totalmente
F Crenças que refletem uma avaliação falsa implausível e muito estranha;
da realidade ☺ Sistematizados: relacionados a um único
tema, mantendo uma lógica interna;
F Não compartilhadas por outros membros ☺ Não-sistematizados: vários temas, mais
do grupo sócio-cultural do paciente desorganizados e pouco convincentes;
F Não pode ser dissuadido, através de ☺ Persecutórios: ideia de que está sendo
atacado, prejudicado, perseguido ou vítima
argumentação contrária, lógica e
de conspiração;
irrefutável

89 90

Pensamento (Conteúdo) Pensamento (conteúdo)

Delírios: Delírios:
☺ de Grandeza: concepção exagerada de própria ☺Somáticos: envolvem o funcionamento do
importância, poder ou identidade; próprio corpo;
☺ Inserção do pensamento: crença de que ☺ de Ciúmes: crença na infidelidade do
pensamentos são colocados na sua cabeça; parceiro;
☺ Roubo do pensamento: crença de que os ☺Messiânicos: acredita ser “Salvador” ou o
próprios pensamentos foram removidos da sua
Messias
mente;

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Pensamento (conteúdo) Pensamento (conteúdo)

Delírios:
FVocê sente que pessoas querem lhe
☺ Erotomania: crença delirante, quase prejudicar?
exclusivamente em mulheres, de que um FQue pessoas tem poderes especiais?
homem está apaixonado por ela. FAlguém está tentando influenciá-lo?
FAs pessoas conseguem ler sua mente?
☺ Capgar: os familiares foram trocados por
FSente que a televisão está falando com
impostores
você?
☺ Cotard: as pessoas são bonecos

93 94

Pensamento (Conteúdo) Juízo Crítico

q Obsessão: intrusivo, incontrolável, associado


com ansiedade, que não pode ser eliminado q Capacidade de perceber e avaliar a
da consciência pelo esforço da lógica realidade externa, interna e capacidades
(transtornos de ansiedade) pessoais
q Implica separar sentimentos, impulsos e
q Pensamento mágico: raciocínio causal que
fantasias próprios, de sentimentos e
associa eventos ou ações e pode ter tema
religioso, supersticioso ou cultural (TOC, T. P. impulsos de outras pessoas.
esquizoide e psicoses) q Risco de Suicídio!
q Fobias: irracional e associado à ansiedade
direcionada a um objeto

95 96

Juízo Crítico Juízo Crítico


q Avaliação
q Casos específicos: você acha que tem
q Insight é uma forma mais complexa de juízo
algum problema? Precisa de tratamento?
crítico
Quais são seus planos para o futuro?
q Envolve um grau de compreensão do paciente
sobre si mesmo, seu estado emocional, sua
doença e as consequências desta sobre si, q Transtornos de Personalidade; Demência;
pessoas que o cercam e sua vida em geral. estados psicóticos e Esquizofrenia;
transtornos de ansiedade; transtornos do
humor (TAB e outros)

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97 98

Juízo Crítico Conduta


Alterações:

FNegativismo: resistência imotivada a todas as


tentativas de movimentação ou às instruções
FLimitado no delirium, na demência, na
dadas;
síndrome do lobo frontal, na psicose e no
funcionamento intelectual limítrofe
FSuperestimado na mania F Catalepsia: doença rara em que
FSubestimado na depressão os membros se tornam rígidos e
a pessoa permanece consciente
(histeria, intoxicação, Parkinson,
epilepsia)

99 100

Conduta Conduta
Alterações:
Catatonia – grupo de anomalias motoras em
F Tique: movimentos distúrbios psicológicos ou neurológicos.
involuntários e espasmódicos
F Postura catatônica: postura imprópria ou bizarra;
(Síndrome de Tourette)
FExcitação catatônica: agitação
influenciada por estado psicótico;
F Estupor catatônico: abolição dos
F Automatismo: movimentos
movimentos;
realizados pelo paciente de forma
automática e involuntária. (crise F Flexibilidade cérea: manutenção de
epiléptica) posturas impostas por outrem;

101 102

Conduta Linguagem

Expressão do pensamento por meio de palavras.


F Esquizofrenia: estados catatônicos e RS § Dislalia (dificuldade na utilização dos
F Depressão: retardo psicomotor, fonemas – “omei – tomei”; pleta – preta”)
negativismo, isolamento e RS
§ Bradilalia (falar muito devagar)
F (Hipo)Mania: impulsividade,
§ Taquilalia (falar muito rápido),
hiperatividade motora, inquietude, gastos
excessivos, hiperatividade sexual; § Ecolalia (repetir as últimas palavras ou
F TDAH: impulsividade e hiperatividade letras da frase do interlocutor)
motora § Mutismo - ausência de fala;

Guimarães (2017)
18/08/17

103 104

Linguagem

§ Afasia (não conseguir expressar ou


compreender o que fala)
§ Logorréia (não parar de falar)
§ Coprolalia (uso de palavras obcenas)
§ Tiques vocais (simples ou complexos)

Guimarães (2017)

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