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TRANSTORNO DA PERSONALIDADE BORDERLINE

1-IDENTIFICAÇÃO

Nome:
CPF:
Idade:
Solicitante:
Nº Inscrição no CRP:
Finalidade:

2-DESCRIÇÃO DA DEMANDA
Josiane, uma mulher hispânica, solteira e desempregada, buscou terapia aos 33 anos para o
tratamento de humor deprimido, pensamentos suicidas crônicos, isolamento social e má higiene
pessoal.Ela havia passado os seis meses anteriores isolada em seu apartamento, deitada na cama, se
alimentando de comida industrializada, assistindo à televisão e fazendo compras on-line, as quais não
tinha como pagar. Vários tratamentos haviam surtido pouco efeito.
A sra.Josiane era a filha do meio de uma família de imigrantes de classe média alta, na qual o pai
supostamente valorizava o sucesso profissional acima de tudo. Ela sentiu-se isolada durante sua
trajetória escolar e vivenciou períodos recorrentes de humor deprimido. Na família, eram conhecidas
suas explosões de raiva. Havia se saído bem academicamente no ensino médio, mas abandonou a
faculdade por irritar-se com uma colega de quarto e com um professor.
A história da sra.Josiane incluía cortes superficiais auto infligidos em várias ocasiões, e pensamentos
persistentes de que seria melhor se estivesse morta. Ela afirmou que geralmente estava “para baixo e
deprimida”, mas tivera dúzias de “manias” de um ou dois dias, nos quais ficava cheia de energia e
nervosa e passava a noite acordada. No dia seguinte “batia uma ressaca” e ela dormia durante 12 horas.
Ela estava sob tratamento psiquiátrico desde os 17 anos e havia sido hospitalizada em unidade
psiquiátrica três vezes devido a overdoses.Os tratamentos consistiram principalmente em
medicamentos: estabilizadores do humor, neurolépticos de baixa dosagem e antidepressivos, que foram
receitados em diversas combinações no contexto de psicoterapia de apoio.
Durante a entrevista, a paciente estava vestida de forma casual e um pouco desarrumada, mas
cooperativa, coerente e objetiva. De modo geral, estava disfórica, com afeto contido, mas sorriu nos
momentos adequados várias vezes.
A história da sra.Josiane incluía cortes superficiais auto infligidos em várias ocasiões, e pensamentos
persistentes de que seria melhor se estivesse morta. Ela afirmou que geralmente estava “para baixo e
deprimida”, mas tivera dúzias de “manias” de um ou dois dias, nos quais ficava cheia de energia e
nervosa e passava a noite acordada. No dia seguinte “batia uma ressaca” e ela dormia durante 12 horas.
3 PROCEDIMENTOS

Pessoas ouvidas no processo:


Número de encontros:
Duração do processo realizado

4 ANÁLISE

Durante a entrevista, a paciente estava vestida de forma casual e um pouco desarrumada, mas
cooperativa, coerente e objetiva. De modo geral, estava disfórica, com afeto contido, mas sorriu nos
momentos adequados várias vezes. Descreveu vergonha por seu baixo desempenho, mas também
acreditava que “estava na Terra para fazer algo grandioso”.
Ela estava sob tratamento psiquiátrico desde os 17 anos e havia sido hospitalizada em unidade
psiquiátrica três vezes devido a overdoses. Os tratamentos consistiram principalmente em
medicamentos: estabilizadores do humor, neurolépticos de baixa dosagem e antidepressivos, que
foram receitados em diversas combinações no contexto de psicoterapia de apoio.

5 CONCLUSÃO

A sra.Josiane apresenta Transtorno da personalidade borderline, instabilidade afetiva, dificuldade


de controlar a raiva, relacionamentos interpessoais instáveis, perturbação da identidade,
comportamento autolesivo, sentimentos de vazio e paranoia transitória relacionada ao estresse.
Portanto, ela satisfaz os critérios para transtorno da personalidade borderline (TPB) do DSM-5.

Indivíduos com TPB frequentemente apresentam sintomas depressivos e/ou bipolares, e a


sra.Josiane não é exceção. Seus sintomas de apresentação incluem um humor predominantemente
deprimido, redução de interesses, alimentação excessiva, energia e ideação suicida crônica.os
sintomas também satisfazem os critérios do DSM-5 para depressão maior. É interessante observar
que as obsessões da sra.Josiane são acusatórias, enquanto as obsessões típicas de uma pessoa
deprimida sem transtorno da personalidade são de culpa e auto acusatórias. Seria válido investigar a
possibilidade de os sintomas depressivos da sra. Delgado são mais episódicos e reativos do que ela
relata inicialmente. Também parece ser possível que ela se qualifique para depressão ao longo da
vida, o que indicaria um transtorno distímico, mas também apontaria para um transtorno da
personalidade.
A instabilidade emocional e a tempestuosidade do afeto do TPB podem ser muito semelhantes a
um episódio maníaco ou hipomaníaco, os quais podem levar ao subdiagnóstico de TPB. Mesmo na
presença de um episódio maníaco significativo, o clínico deve investigar variáveis na história, como
estabilidade afetiva, maturidade dos relacionamentos interpessoais, estabilidade no emprego e em
relacionamentos e autocrítica. Caso se encontrem problemas, um diagnóstico de TPB é provável.
NA CONCLUSÃO INDICAM-SE OS ENCAMINHAMENTOS E INTERVENÇÕES, O DIAGNÓSTICO, PROGNÓSTICO E
HIPÓTESE DIAGNÓSTICA, A EVOLUÇÃO DO CASO, ORIENTAÇÃO OU SUGESTÃO DO PROJETO TERAPÊUTICO.

Local / Data

Nome Psicólogo
CRP _____/__

RUBRICA-SE DA PRIMEIRA ATÉ A ÚLTIMA LAUDA, ASSINANDO A ÚLTIMA

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Clarkin JF, Yeomans FE, Kernberg OF: Psychotherapy for Borderline Personality: Focusing on Object
Relations. Washington, DC, Ameri- can Psychiatric Publishing, 2006

Kernberg OF, Yeomans FE: Borderline personality disorder, bipolar disorder, depression, attention
deficit/hyperactivity disorder, and narcissistic personality disorder: practical differential diagnosis.
Bull Menninger Clin 77(1):1–22, 2013

Oldham JM, Skodol AE, Bender DS (eds): American Psychiatric Publishing Textbook of Personality
Disorders, 2nd Edition. Washington, DC, American Psychiatric Publishing (no prelo).Tusiani B,
Tusiani PA, Tusiani-Eng P: Remnants of a Life on Paper. New York, Baroque Press, 2013

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