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AVALIAÇÃO DO ESTADO MENTAL

- Exame: pesquisa sistemática de sinais e sintomas de alterações do funcionamento mental

- Procedimentos: observação direta, anamnese, relato de familiares/conhecidos/autoridades

- Dividido em:

1) Consciência

2) Atenção

3) Sensopercepção

4) Orientação

5) Memória

6) Inteligência 1º CASOMI 2º APeJuCoL

7) Afetividade

8) Pensamento

9) Juízo crítico

10) Conduta

11) Linguagem

Primeiro grupo: CASOMI – destaque para Síndromes Cerebrais Orgânicas (Demência,


Delirium)

Segundo grupo: APeJuCoL – destaque para Síndromes Psicóticas e Transtornos de Humor

1. ASPECTOS DO PACIENTE NA ENTREVISTA INICIAL

1.1 APARÊNCIA – avaliar postura, modo de andar, roupas, adornos, maquiagem, higiene,
autocuidado, atitude (amigável ou hostil), humor ou afeto predominante, modulação
afetiva, sinais/deformidades físicas importantes, expressões faciais, contato visual.
1.2 ATIVIDADE PSICOMOTORA E COMPORTAMENTO – relação entre atividade física e
funcionamento psicológico; avaliar agitação (padrão acelerado – caminhar, falar em
excesso, não conseguir sentar-se, roer unhas, balançar membros, cruzamento de pernas,
manusear o cabelo, etc), lentificação (padrão retardado – respostas monossilábicas,
latência na resposta, manutenção da posição corporal, pouca gesticulação, expressões
faciais tristes ou inexpressivas, catatonia). Pode ser dividida em Normal, Retardada ou
Acelerada. Descrever manifestações específicas da atividade psicomotora, caso sejam
presentes – estereotipias, maneirismos, negativismos, ecopraxia (imitações de
movimentos de outras pessoas) e flexibilidade cérea (manter posição desagradável por
longo período de tempo apesar do aparente desconforto).
1.3 ATITUDE FRENTE AO EXAMINADOR – avaliar abertura/fechamento do usuário diante da
solicitação de informações (amigável, cooperativa, irônica, hostil, defensiva, sedutora,
ambivalente).
1.4 COMUNICAÇÃO COM EXAMINADOR – avaliar características da fala do usuário, no quesito
quantidade, velocidade e qualidade (pode ser descrito como normalmente responsivo,
loquaz, taciturno, prolixo, volúvel, não espontâneo; a fala também pode ser rápida, lenta,
tensa, hesitante, monótona, emotiva, forte, sussurrada, indistinta). Avaliar também
problemas na fala, tais como gagueira, ecolalia.

2. FUNÇÕES MENTAIS

2.1 CONSCIÊNCIA – estado de lucidez ou alerta em que a pessoa se encontra, variando de


vigília até o coma; reconhecimento da realidade externa ou de si mesmo; capacidade de
responder aos estímulos. Avaliar reação do paciente diante de estímulos, se a reação é rápida
ou lenta, se se mostra sonolento ou não. A lucidez é avaliada pelo discurso do paciente, e caso
haja alterações, devem-se utilizar estímulos verbais e/ou táteis. Alterações:
obnubilação/sonolência, confusão, estupor (responde somente a estímulos vigorosos), coma
(ausência de respostas), hiperalerta.

2.2 ATENÇÃO – dimensão da consciência que designa a capacidade para manter o foco em
uma atividade; eleição/seleção de foco. Avaliar a vigilância (estímulos externos) – podendo ser
hipervigil ou hipovigil; tenacidade; concentração (foco em processos internos do
pensamento/atividade mental); desatenção; distração.

2.3 SENSOPERCEPÇÃO – capacidade de perceber e interpretar estímulos que se apresentam


aos órgãos dos sentidos. Avaliar presença de ilusões, dismegalopsias, alucinações (visuais,
auditivas, táteis, olfativas, vestibulares, de presença, somáticas). Avaliar produções
cinestésicas, despersonalização, desrealização.

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