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Anatomia Humana

António José Santos Ricardo


Anatomia Humana

Bulbo - Limitado superiormente pela ponte, inferiormente continua-se com a medula espinhal ao nível entre a decussação das pirâmides e
o primeiro nervo espinhal. Ocupa parte do canal vertebral e da cavidade craniana. Anteriormente relaciona-se com o dente do axis,
posteriormente com o cerebelo e lateralmente com as articulações atlanto-occipitais

Nas faces laterais do bulbo encontra-se superiormente à oliva a origem aparente do nervo facial ou VII par e posteriormente a «entrada«
do estato-acústico ou vestíbulo-coclear
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À frente relaciona-se com o clivo do occipital e a artéria cerbral, posteriormente com o cerebelo do qual está separada pelo 4º
ventrículo, inferiormente com o bulbo e superiormente com os pedúnculos cerebrais.
Podemos considerar a face anterior, posterior, laterais, superior e inferior.
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Ligam a ponte ao diencéfalo – tálamo, subtalamo, hipotálamo e o telencéfalo. Diencefalo e telencéfalo derivam-se do
prosencéfalo.
Relacionam-se à frente com o dorso da sela esfenoidal, atrás com os colículos, lateralmente com os lobos temporais e sobretudo o
giro para-hipocâmpico.
Ligam-se ao cerebelo pelos pedúnculos cerebelosos superiores.
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Situa-se nas fossas cerebelosas do occipital atrás da ponte, acima do bulbo e abixo do córtex cerebral occipital. Tem cerca de 10 cm de eixo
transversal, 5 cm verticalmente e 6 cm antero-posteriormente.

A face superior - tenda do cerebelo, sendo convexa e apresenta medialmente o Verme desde a incisura posterior à anterior que se relaciona com os
colículos. Apresenta 2 fissuras que se prolongam lateralmente para os hemisférios cerebelosos.
A Face inferior também é convexa e relaciona-se com as fossas cerebelosas do occipital. Apresenta na linha média o Verme (face inferior) e
lateralmente apresenta as faces inferiores dos hemisférios cerebelosos.
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Cerebelo – divisão anatomo-funcional – 3 lobos 


lobo flóculo-nodular; lobo anterior e o lobo posterior.
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Núcleos centrais do cerebelo – são 4 de cada lado, 2 no
verme e 2 nos hemisférios cerebelosos.
No verme o núcleo fastigial e o globoso, o primeiro mais
anterior no verme e ovoide e o globoso lateralmente.
Os núcleos dos hemisf´rios são o emboliforme lateralmente
ao núcleo globoso e o dentado ou oliva cerebelosa –
corresponde ao neocerebelo.

A substância branca – imagem denominada também de


árvore da vida. Axónios das células de purkinje que ligam
córtex aos núcleos centrais do cerebelo e aquelas que vão
destes através dos pedúnculos cerebelosos.
Controla:
- o equilíbrio – arquicerebelo (lobo floculo-nodular e
núcleos fastigiais)
- Tónus muscular – paleocerebelo (lobo anterior e núcleos
globoso, emboliforme e porção paleodentada do núcleo
dentado)
- Movimentos voluntários – neocerebelo (lobo posterior e
porção neodentada dos núcleos dentados)
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Tálamo
O maior dos núcleos da base do cérebro, ovalar, de grande extremidade posterior, separado do tálamo do lado oposto pelo 3º ventrículo.
Posteriormente apresenta 2 núcleos o corpo geniculado medial e o lateral que juntos compõem o metatálamo.
O tálamo relaciona-se medialmente com o 3º ventrículo, lateralmente com o núcleo lentiforme (estecompõe-se do globo pálido e putámen) e com a
cápsula interna. Posteriormente relaciona-se com os colículos. Anteriromente relaciona-se com a cabeça do núcleo caudado. Inferiormente e de
frente para trás relaciona-se com o hipotálamo, o subtálamo e pedúnculos cerebrais.
O tálamo apresenta substância cinzenta e branca, esta última como que separa os diferentes núcleos e rodeia-os.
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O Talamo apresenta 2 lâminas de substância branca a medular lateral e a medial. Os grupos nucleares são o grupo nuclear
reticular, o nuclear anterior, medial, lateral posterior
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É uma zona de transição entre tálamo e o mesencéfalo estando limitado superiormente pela face inferior do tálamo, inferiormente
pelo núcleo rubro, e as substância negra e medialmente com o terceiro ventrículo e corpo mamilar e lateralmente com a cápsula
interna.
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Hipotálamo
Encontra-se na fossa média da base interna do crânio, limitado anteriormente pelo quiasma óptico e comissura anterior e lateralmente pelos tractos
ou fibras ópticas e posteriormente pelos corpos mamilares. Tem uma forma de funil – infundíbulo, que apresenta atrás o túber cinéreo. O
Infundíbulo prolonga-se antero-inferiormente pela haste hipofisária. Esta na sua origem divide o infundíbulo em anterior, lateral e posterior.
Profundamente o hipotálamo corresponde ao pavimento do terceiro ventrículo.

Haste hipofisária.
A HIPOFISE compreende 2 lobos- anterior e posterior – o posterior ou neuro-hipófise.
Anatomia Humana
Anatomia
Humana

Hipotálamo propriamente dito possui diferentes


núcleos. O Hipotálamo secretor apresenta núcleos
com esta função específica endócrina, que se
considera desde função neurotrófica, neuroreguladora
e psicoreguladora. Ao longo das paredes do 3º
ventrículo encontram-se estes núcleos.
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Cranianos – Núcleos
Os núcleos dos pares de nervos cranianos formam ao longo dos pedúnculos cerebrais, mas sobretudo ao longo da ponte e bulbo uma série de
colunas fragmentadas – somato-motoras anterior e posterior e somato-sensitivo-sensoriais anterior e posterior e uma coluna autónoma.
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Os núcleos das colunas somato-motoras dispõem-se


em 2 colunas paralelas, anterior e posterior – a
posterior para os músculos extrínsecos do globo
ocular e da língua. De baixo para cima – núcleo do
hipoglosso, abducente, troclear e o núcleo do nervo
oculomotor.
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Coluna somato-sensitivo-sensoriais – coluna posterior – núcleo do tracto


solitários e núcleos vestíbulo-cocleares que se encontram ao nível do
pavimento do 4º ventrículo.
A coluna anterior corresponde aos núcleos sensitivos do nervo trigémio ou V
par.
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Nervos cranianos motores:


- Oculomotor ou III par –
- Troclear ou IV par –
- Nervo abducente ou VI par –
- Nervo acessório ou XI par –
- Nervo hipoglosso –
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Nervos cranianos mistos
- Nervo trigémio ouV par– raíz sensitiva e motora –
inerva os músculos mastigadores e recebe a
sensibilidade da face, orbita, cavidades nasais e
cavidade oral A raíz sensitiva acaba sendo a
junção dos nervos oftálmico, maxilar e do
mandibular.
- Nervo facial ou VII par – inerva todos os
músculos cutâneos da cabeça e pescoço, dos
ossículos da audição e alguns do véu palatino.
Resposnsável pela salivação das glândulas
salivares submandibulares e sublinguais.

- Glosso-faríngeo ou IX par – inerva os músculos da faringe e do palato mole e recebe as fibras sensitivas da mucosa da língua e faringe. Emerge
do sulco postero-lateral do bulbo abaixo do nervo vestíbulo coclear e acima do vago.

- Nervo vago ou X par – o mais longo dos nervos cranianos, inerva órgãos do pescoço tórax e abdómen. Emerge do sulco postero-lateral do bulbo
abaixo do glosso faríngeo. Inervam os órgãos intratorácicos. Unem-se já na cavidade abdominal originando o tronco comum do vago na junção
gastroesofágica e daí partem ramos para os órgãos abdominais.
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Nervos cranianos sensoriais


- Nervo olfactivo ou I par – origina-se nas células nervosas
que estão situadas no encéfalo formando o epitélio olfactivo
que contém as células olfacto-sensoriais

. Estas células no tecto das fossas nasais daqui originam-se o grupo medial e o lateral do nervo olfactivo que atravessam os
forâmen da lâmina crivosa ou cribiforme do etmóide e alcançam a porção inferior do bulbo olfactivo – daí parte o tracto olfactivo
para trás em direcção ao trígono olfactivo e daí partem 3 estrias olfactivas.
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- Nervo óptico ou II par – inicia-se na retina, atravessa a coroideia e a esclera e constitui o nervo optico que termina nas vias opticas. Depois de se
reunirem e atravessarem a coroide e a esclerótica e formarem o nervo optico este dirige-se posteriormente até ao canal óptico que atravessa e
dirige-se depois à linha média constituindo com o contralateral o quiasma optico. Daqui partem posteriormente de cada lado os tractos opticos
que dão origem a tracto medial e lateral que se dirigem aos colículos.

- Nervo vestíbulo coclear ou VIII par – é o único nervo craniano que não tem trajecto extracraniano. Compõe-se do nervo coclear
– sensação acústica e o nervo vestibular sensação de equilíbrio
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Nervos Espinhais
Medula – apresenta uma intumescência cervical e outra lombosagrada. Dela emergem de cada lado 31 nervos – 8 cervicais, 12
torácicos, 5 lombares, 5 sagrados e 1 coccígeo.
O Filamento terminal é um cordão fino desde o cone medular até base do cóccix.
Anatomia Humana

A medula espinhal Apresenta-se à frente, dentro do canal medular, relação com os corpos vertebrais e discos intervertebrais e ligamento
longitudinal posterior, lateralmente com os pedículos dos arcos vertebrais e entre aqueles os forâmenes intervertebrais, posteriormente com as
lâminas do arco vertebral, ligamentos amarelos e processos espinhosos

As meninges envolvem a medula, com de resto todo o SNC. A duramáter envolve-a por completo e termina em forma de cone constituindo o cone
ou saco dural ao nível da 2ª vértebra sagrada. O espaço epidural – da dura até estruturas ósseas, está preenchido por tecido adiposo e plexos
venosos vertebrais. A aracnóideia e a piamáter limitam o espaço subaracnoideu onde temos o LCR.
As raízes dos nervos espinhais são para cada lado 2, uma sensitiva, posterior e uma motora a anterior que se unem após a passagem pelo espaço
intervertebral, «furando» as meninges e constituindo os nervos espinhais
Anatomia Humana

Face anterior da medula espinhal apresenta um sulco que se prolonga na fissura mediana anterior correspondente ao sulco
mediano anterior do bulbo e que segue desde a decussação das pirâmides até ao cone medular (porção final da medula). No fundo
da fissura está a comissura cinzenta anterior.
A medula apresenta «centros nervosos» na substância cinzentaao redor do canal central. Estes centros são responsáveis pela actividade reflexa, por
parte da vida «autónoma» permitindo a regulação da micção e defecação, etc. no restante a actividade da medula é modulada pelos centros
encefálicos. A substância cinzenta na medula concentra-se no corno anterior, motor e posterior ou sensitivo, entre ambos a comissura cinzenta
Anatomia
Humana

A medula tem uma dupla função – somática e visceral.


Somática sob domínio dos centros superiores, sendo a medula
responsável pela actividade muscular reflexa. A função visceral é em
grande parte «comandada ou dominada» pela medula espinhal,
particularmente nas funções cardio-respiratórias, nutricionais e de
reprodução
Anatomia Humana

A substância branca apresenta 3 «zonas de distribuição» - o


funículo anterior entre a fissura mediana anterior e o sulco
anterolateral, o funículo lateral entre o sulco antero e
posterolateral e o funículo posterior entre o sulco mediano
posterior e o posterolateral.

Entre as fibras longas as ascendentes são sensitivas e as descendentes motoras.


As fibras sensitivas transportam informação diferenciada, assim existem fibras que transportam a sensibilidade superficial ou exteroceptiva;
proprioceptiva ou profunda e interoceptiva ou visceral
Anatomia Humana

As fibras lonas ou vias descendentes ou motoras:


2 tipos – vias de motricidade voluntária ou piramidais e vias de
motricidade aotomáticas ou extrapiramidais.
Motricidade voluntária ou piramidais  em 2 tractos  o
O piramidal directo encontra-se no funículo anterior da medula e depois a piramidal directo ou cortico-espinhal anterior e o piramidal
cada nível cruza para o lado oposto e sai pela raíz motora contralateral. O cruzado ou corticoespinhal-lateral.
piramidal cruzado o maior dos 2 cruza para o lado oposto ao nível da
decussação das pirâmides e desce na medula na porção posterior do Existem várias fibras motoras da motricidade automática ou
funículo lateral e a cada nível sai pelo nervo espinhal desse lado. extrapiramidais  rubro-espinhais; tecto-espinhais, retículo-
espinhais, vestíbulo-espinhais, olivo-espinhais.
Anatomia Humana PLEXO CERVICAL

Constitui-se dos ramos anteriores do 1º, 2º, 3º, 4º.


Origina ramos superficiais e profundos do plexo cervical.
Os superficiais são cutâneos inervando a pele da região supra-hoideia e cervical anterior, parotidiana, massetérica e das faces da orelha, mastoideia
e occipital, supra-esternal, supraclavicular, ombro.

Os ramos profundos do plexo cervical inervam os músculos que movem a cabeça e o pescoço e ainda o diafragma, através do nervo frénico que
deriva do ramo anterior do 3º e 4º e 5º nervos cervicais.
Anatomia Humana
Anatomia Humana

É constituído pelos ramos anteriores do 5º, 6º, 7º e 8º nervos cervicais e ramos anterior do 1º nervo torácico.

O ramo anterior do 4º nervo cervical comunica com o ramos anterior do 5º nervo e este depois com o sexto para formar o tronco
superior do plexo braquial; o ramo anterior do 7º nervo cervical forma o tronco médio do plexo braquial. O tronco inferior deste
plexo compõe-se dos ramos anteriores do 8º cervical e 1º torácico. Cada um destes troncos divide-se num ramos posterior e outro
anterior, os posteriores unem-se e formam o fascículo posterior. O ramos anterior do tronco superior e do médio formam o
fascículo lateral e o ramo anterior do tronco inferior forma o fascículo medial.
Anatomia Humana
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Musculo cutâneo
Mediano Anatomia Humana Ulnar
Anatomia Humana
Axilar

Radial
Anatomia Humana
Anatomia Humana
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Constitui-se dos ramos anteriores dos 4 primeiros nervos lombares e determinam os seguintes nervos: nervo ílio-hipogástrico,
ílio-inguinal, cutâneo femoral lateral, génito-femoral ou colaterais, o nervo obturador e femoral ou terminais.
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Obturador
Anatomia Humana Obturador
Anatomia Humana

Obturador femoral e cutâneo-lateral da coxa


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Obturador femoral e cutâneo-lateral da coxa


Anatomia Humana

A reunião do tronco lombo-sagrado com os ramos anteriores dos 3 primeiros nervos sagrados corresponde ao plexo
sagrado.
O tronco lombo-sagrado é a reunião de um ramo do 4º nervo lombar com o 5º nervo lombar.
O plexo sagrado determina ramos colaterais e 1 ramo terminal - o nervo isquiático.
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Fibular Tibial
Anatomia Humana

O plexo pudendo origina-se do ramo


anterior do 2 º nervo sagrado, 3º nervo
sagrado e 4º nervo sagrado.
Este plexo apresenta ramos colaterais e um
terminal o nervo pudendo.

Constitui-se dos ramos anteriores 4º e 5º


sagrados e nervo coccígeo.
Originam-se ramos viscerais  plexo
hipogástrico inferior e nervos cutâneos 
para a pele da região coccígea. Ainda inerva
o músculo grande glúteo e a pele entre o
ânus e a região coccígea.
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