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NEUROFISIOLOGIA DO

COMPORTAMENTO
Roteiro para estudo teórico-prático

Curso: PSICOLOGIA

Professora
DRA. RAQUEL M. ROSA-CASTRO
***

Monitores
Geovana Michelino (Voluntário)
Jonas Garcia (Voluntário)
Lara Andrade (Voluntário)
Maria Paula (Bolsista)
Nathalia Holtz (Voluntário)

Nome: __________________________________________________

RA: _____________________

Sorocaba/SP
2022

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Neurofisiologia do Comportamento
Docente: Profa. Dra. Raquel M. Rosa-Castro
Roteiro para estudo teórico-prático
VESÍCULAS ENCEFÁLICAS

SISTEMA NERVOSO

1. TELENCÉFALO

Como dito anteriormente, o telencéfalo se origina a partir do prosencéfalo, apresentando um


desenvolvimento muito acentuado no sentido lateral e posterior, para construir os hemisférios cerebrais.
Os hemisférios cerebrais são parcialmente separados pela fissura longitudinal do cérebro, em
cujo assoalho encontramos o corpo caloso (principal meio de união entre os hemisférios).
Os hemisférios apresentam cavidades denominadas de ventrículos laterais (direito e esquerdo),
que se comunicam com o III ventrículo pelos forames interventriculares.

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❖ TOPOGRAFIA – A superfície do cérebro apresenta depressões, denominadas sulcos, que
delimitam as circunvoluções cerebrais (giros).
Os sulcos e giros são bastante variáveis, podendo até mesmo diferir entre os dois
hemisférios de um mesmo indivíduo.

Podemos dividir o telencéfalo em cinco lobos:


- Lobo frontal
- Lobo occipital
- Lobo parietal
- Lobo temporal
- Lobo da ínsula

PROCURE ESTABELER OS
LIMITES DOS LOBOS DO
TELENCÉFALO.

FACE SÚPERO-LATERAL
Identifique as seguintes estruturas:
- Sulco lateral
- Sulco central
- Giro pré-central
(Principal área motora do cérebro)
- Giro pós-central
(Aí se localiza uma das áreas sensitivas mais importantes do córtex)
- Giro Cingulado
- Sulco Calcarino
- Sulco Parieto-occipital

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FACE MEDIAL
Identifique as seguintes estruturas:
- Corpo caloso
- Rostro
- Joelho
- Tronco
- Esplênio
- Septo pelúcido
- Ventrículos laterais

FACE ÂNTERO-INFERIOR
Identifique: I par de nervos cranianos – Nervo Olfatório

2. DIENCÉFALO

A vesícula prosencefálica, durante seu desenvolvimento, origina duas novas dilatações: o


diencéfalo e o telencéfalo, sendo que este apresenta um grande desenvolvimento, encobrindo o diencéfalo
(ímpar) situado na posição mediana.

O diencéfalo pode ser dividido em partes, a saber:


- Tálamo
- Hipotálamo
- Epitálamo
- Subtálamo
✓ Todas as partes estão em contato com o III ventrículo.

TÁLAMO: duas massas volumosas de substância cinzenta, dispostas uma de cada lado, na porção
látero-dorsal do diencéfalo.
- Núcleo lentiforme
- Putame
- Globo Pálido
- Cápsula interna do tálamo
- Aderência Intertalâmica
- Fórnix
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HIPOTÁLAMO: pequena área do diencéfalo situada abaixo do tálamo.
Identifique as seguintes estruturas:
- Corpos mamilares
- Quiasma óptico
- II par de nervos cranianos – Nervo Óptico
- Glândula Hipófise

EPITÁLAMO: localiza-se na parte posterior do III ventrículo.


- Glândula Epifise ou Corpo Pineal

SUBTÁLAMO: zona de transição entre mesencéfalo e diencéfalo.

3. TRONCO ENCEFÁLICO

É o segmento que se interpõe entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo


e formado pelas seguintes partes (sentido crânio-caudal):
- Mesencéfalo
- Ponte
- Bulbo

CORTE SAGITAL
Identifique as seguintes estruturas:
- Pedúnculo cerebral (mesencéfalo)
- Aqueduto cerebral (mesencéfalo)
- Ponte
- Bulbo
- IV ventrículo
- Cerebelo (não pertence ao T.E.)

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FACE VENTRAL DO T.E.:
Identifique as seguintes estruturas:
- Pedúnculos cerebrais e emergência do III par de nervos cranianos –
Nervo Oculomotor.
✓ RECONHEÇA E DELIMITE: Mesencéfalo, ponte e bulbo.
FACE DORSAL DO MESENCÉFALO:
Identifique:
- emergência do IV par de nervos cranianos – Nervo Troclear.
- Lâmina quadrigêmea – colículos superiores e inferiores

FACE VENTRAL DA PONTE:


Identifique:
- pedúnculos cerebelares.
✓ Origens do V par de nervos cranianos – Nervo Trigêmio.

FACE DORSAL DA PONTE:


Identifique:
- Sulco mediano
- Colículo facial
- Área vestibular
- Estrias medulares (limite entre a ponte e o bulbo)

FACE VENTRAL DO BULBO:


Identifique:
- Pirâmide do Bulbo
- Oliva do Bulbo
Emergência dos pares de nervos cranianos:
- VI – Nervo Abducente
- VII – Nervo Facial
- VIII – Nervo Vestibulococlear
- IX – Nervo Glossofaríngico
- X – Nervo Vago
- XI – Nervo Acessório
- XII – Nervo Hipoglosso

FACE DORSAL DO BULBO:


Identifique:
- Trígono do Nervo Hipoglosso
- Trígono do Nervo Vago
- Sulco mediano dorsal

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- Obéx
- Tubérculo grácil
- Tubérculo cuneiforme

(Diencéfalo, tronco encefálico e cerebelo)

4. CEREBELO

Formado a partir da parte dorsal do mesencéfalo, suas funções se relacionam com o equilíbrio e
coordenação de movimentos.
Situa-se dorsalmente à ponte e ao bulbo, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículo.
Aloja-se na fossa cerebelar do osso occipital e separa-se do lobo occipital por uma prega denominada
dura-máter.
Reconheça:
- Hemisférios cerebelares
- Vérmis
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- Pedúnculo cerebelar
- Substâncias Cinzenta e Branca

5. MEDULA ESPINHAL

A porção do tubo neural que menos se modifica durante seu desenvolvimento é a medula
espinhal; por isso mesmo se trata do órgão mais simples do SNC.

❖ LIMITES
- Cranialmente: bulbo, aproximadamente ao nível do forame magno do osso occipital;
- Caudalmente: no adulto, está entre a 1ª e a 2ª vértebras lombares, sendo este dado de
importância clínica.

Reconheça:
- Intumescência cervical
- Intumescência lombar
- Plexos: Cervical, Braquial,
Lombar e Sacral
- Cone medular
- Filamento terminal
- Cauda equina
✓ Justifique a formação das
intumescências.

CORTE TRANSVERSAL
Reconheça:
- Substância branca
- Substância cinzenta

Na conexão dos nervos espinhais


com a medula espinhal, observe:
- Gânglio espinhal
- Nervos espinhais
- Cauda equina

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Topografia da Medula Espinhal

- Macroscópicas: A medula apresenta duas dilatações chamadas de intumescências cervical e lombar.


Estas dilatações existem pelo o fato de que nestas existem uma maior quantidade de corpos celulares dos
neurônios motores, que se destinam para os membros superiores (intumescência cervical) e para os
membros inferiores (intumescência lombar). O final da medula apresenta uma estrutura cônica chamada
de cone medular.

Na vista anterior da medula, na linha media, existe a fissura mediana anterior, lateralmente existe o
sulco lateral anterior (esquerdo e direito).

Na vista posterior, na linha media, existe o sulco mediano posterior, bem lateralmente existe o sulco lateral
posterior (esquerdo e direito) e entre os dois, existe o sulco intermédio (esquerdo e direito).

- Microscópicas: A medula apresenta internamente uma estrutura em forma de “H”, que é a substancia
cinzenta, externamente existe a substancia branca. A substancia cinzenta é dividida em coluna ou cornos,
tendo coluna anterior, posterior e lateral. A coluna lateral é encontrada apenas entre os segmentos
medulares T1 e L2.

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OBS: O sulco intermédio é encontrado apenas entre os segmentos medulares C1 e T6.

A substancia branca é dividida em funículos: posterior, anterior e lateral.

1- Funículo anterior = está localizado entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior.

2- Funículo lateral = está localizado entre o sulco lateral anterior e o sulco lateral posterior.

3- Funículo posterior = está localizado entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior. O
funículo posterior é dividido em dois, entre os segmentos medulares C1 e T6, que são: fascículo grácil
(localizado medialmente) e cuneiforme (localizado mais lateralmente).

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MEDULA ESPINHAL

- PIA-MÁTER ESPINHAL
(interna e delgada)
- ARACNÓIDE ESPINHAL
(mais densa, mediana)
- DURA-MÁTER ESPINHAL
(superficial, densa e rígida)

ENVOLTÓRIOS DA MEDULA:
- Dura-máter
- Aracnóide
- Pia-máter

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IMAGENS PARA ESTUDO TEÓRICO-PRÁTICO

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Neurofisiologia do Comportamento
Docente: Profa. Dra. Raquel M. Rosa-Castro
Roteiro para estudo teórico-prático
MENINGES E LÍQUOR

MENINGES E LÍQUOR

6. MENINGES

O Sistema Nervoso Central é envolvido por três camadas:


- Dura-máter – Paquimeninge
- Aracnóide
- Pia-máter – Leptomeninge

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A dura-máter é formada por dois folhetos:
- Periostal
- Meníngico

2. SEIOS DA DURA-MÁTER CRANIANA E PREGAS

Seios venosos:
- Seio sagital superior
- Seio sagital inferior
- Seio transverso (2)
- Seio sigmoide (2)
- Seio occipital
- Seio reto
- Confluência dos Seios

Pregas:
- Foice do cérebro
- Foice do cerebelo
- Tenda do cerebelo
- Diafragma da sela

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3. ARACNÓIDE

Espaços:
- Subaracnóideo
(entre pia-máter e aracnoide – LIQUOR)
- Subdural
(entre aracnoide a dura-máter – VIRTUAL)

Espaço Epidural
(entre dura-máter e o osso)

❖ Granulações aracnoides

4. MEDULA ESPINHAL

A medula espinhal possui três camadas de tecido conjuntivo:

- PIA-MÁTER ESPINHAL
(interna e delgada)
- ARACNÓIDE ESPINHAL
(mais densa, mediana)
- DURA-MÁTER ESPINHAL
(superficial, densa e rígida)

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5. LÍQUOR

❖ Plexos corióides

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Neurofisiologia do Comportamento
Docente: Prof. Dra. Raquel M. Rosa-Castro
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VASCULARIZAÇÃO

VASCULARIZAÇÃO – ENCÉFALO

1. IRRIGAÇÃO

- Artéria carótida comum


- Artéria carótida externa
- Artéria carótida interna

- Canal carotídeo
(visualizar no crânio)

- Artéria vertebral

- Forame do processo transverso

- Artéria
basilar

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POLÍGONO DE WILLIS:

- Artéria cerebral anterior

- Artéria cerebral média

- Artéria cerebral posterior

- Artéria comunicante anterior

- Artéria comunicante posterior

2. DRENAGEM SANGUÍNEA

- Seio sagital superior


- Seio transverso
- Seio sigmoide
- Veia cerebral Magna
(seio reto)
- Veia Cerebral interna
- Veia jugular
- Veia cava superior

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VASCULARIZAÇÃO – MEDULA ESPINHAL

1. IRRIGAÇÃO

- Artéria espinhal anterior


- Artéria espinhal posterior

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Neurofisiologia do Comportamento
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Sistema Nervoso Autônomo

Sistema Nervoso Autônomo


Divisão funcional:

• SN somático = aferente e eferente

• SN visceral = aferente e eferente

*eferente = SN autônomo = simpático e parassimpático

* Diferenças entre a parte eferente do SN somático e a parte eferente do SN visceral:

1- * O SN somático inerva músculo esquelético

* O SN visceral inerva músculo liso, cardíaco e glândulas;

2- * O SN somático é voluntário

* O SN visceral é involuntário (independe da nossa vontade)

3- * O SN somático é controlado pelo córtex cerebral (local de consciência)

* O SN visceral é controlado pelo hipotálamo;

4- * O SN somático apresenta 1 único neurônio entre o SNC e o órgão efetor

* O SN visceral apresenta 2 neurônios entre o SNC e o órgão efetor.

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Diferenças entre o SN simpático e parassimpático:

1- O SN simpático é SN da luta, da fuga e do stress.

O SN parassimpático é o SN da tranqüilidade.

2- O SN simpático tem uma origem tóraco-lombar (entre as vértebras T1 a L2)

O SN parassimpático tem uma origem crânio-sacral (vai do tronco encefálico ate os segmentos medulares S2,
S3 e S4);

3- O SN simpático apresenta o neurônio pré-ganglionar curto e o pós-ganglionar longo

O SN parassimpático apresenta o neurônio pré-ganglionar longo e o pós-ganglionar curto;

4- O SN simpático, o neurônio pré-ganglionar faz sinapse com vários neurônios pós-ganglionares, pois vai
disseminar varias ações ao mesmo tempo.

O SN parassimpático, o neurônio pré-ganglionar faz sinapse com poucos neurônios pós-ganglionares;

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O SN simpático, o gânglio é para-vertebral (lado) ou pré-vertebral (frente).

O SN parassimpático, o gânglio é intra-mural (localizado na parede do órgão efetor)

No SN simpático e parassimpático, na sinapse entre o neurônio pré e pós-ganglionar, o


neurotransmissor (NT) liberado é a acetilcolina e o receptor é o colinérgico nicotínico;

O SN simpático na sinapse entre neurônios pós-ganglionares e o órgão efetor, o (NT) liberado é a


noradrenalina e o receptor é o adrenérgico;

O SN parassimpático na sinapse entre neurônios pós-ganglionares e o órgão efetor, o (NT) liberado é a


acetilcolina e o receptor é o adrenérgico;

- Exceções: Entre o órgão efetor e o SNC (vice-versa), existe apenas 1 único neurônio, quando o órgão efetor é
uma glândula adrenal ou supra-renal.

Na sinapse entre um neurônio pós-ganglionar e o órgão efetor, sendo o órgão efetor uma glândula sudorípara, o
simpático libera acetilcolina e o receptor é o colinergico muscarínico.

- Funções do SN simpático e parassimpático

Órgão Simpático Parassimpático

Pupila Midríase (aumento do diâmetro da pupila) Miose (diminuição)

Secreção abundante e
Glândulas salivares Secreção escassa e viscosa
fluida

Coração (músculo) taquicardia bradicardia

Pulmões (brônquios) Bronquiodilataçao bronquioconstricçao

Trato digestório Diminui o peristaltismo Aumenta o peristaltismo

Esfíncteres = bexiga e
Contração Relaxamento
gastrointestinais

Fígado Glicogenólise Glicogênese

Pênis Ejaculação Ereção

Músculos pilo eretores


Contração (pêlo arrepiado) Não atua
(aumentam os pêlos)

Glicogenólise (aumenta a força de contração


Músculo esquelético Não atua
gerando energia)

Vasos da periferia Vasoconstricçao Não atua

Glândulas sudoríparas Sudorese Não atua

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• A.D.A.M. Interactive and Practice Pratical, software.
• BEAR, M.F.; CONNORS, P.W.; PARADISO, M.A. Neurociências: Desvendando o Sistema
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3. ed. São Paulo: Atheneu, 2007. 763 p.
• GARDNER, Ernest; GRAY, Donald J.; O’RAHILLY, Ronan. Anatomia: estudo regional do corpo
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• GIRON, Paulo Augusto. Princípios de anatomia humana. Caxias do Sul: Educs, 2009. 9e. (611
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Lista de referências bibliográficas baseada no acervo da biblioteca da Universidade de
Sorocaba. Edições diferentes do mesmo título não afetam significativamente o estudo,
desde que a nomenclatura anatômica esteja atualizada. Em caso de dúvidas, solicite
ajuda do docente ou dos monitores da disciplina.

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