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NEUROANATOMIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ – FACULDADE DE MEDICINA
ROTEIRO DE ESTUDO – SISTEMA NEUROSSENSORIAL
TELENCÉFALO
Indicações para estudo: ! Atlas: Atlas de anatomia humana – Netter; Sobotta; Prometheus; ! Livro
texto: Neuroanatomia Funcional – Ângelo Machado; Anatomia orientada para clínica - Moore; !
Canal no YouTube: Laboratório de Anatomia ICB – UFPA; !Roteiros e vídeos-aulas: Site do Museu de
Anatomia da UFPA.
1. CARACTERÍSTICAS GERAIS
● Localização: ocupa a cavidade supratentorial do crânio.
● Divisão: 2 hemisférios cerebrais (direito e esquerdo) separados incompletamente
pela fissura longitudinal do cérebro e unidos por uma larga faixa de fibras
comissurais (corpo caloso).
● Cada hemisfério possui:
i. 3 polos: frontal, occipital e temporal.
ii. 3 faces: súpero-lateral, inferior e medial.
iii. 5 lobos: frontal, parietal, temporal, occipital e ínsula.
● Principais sulcos:
i. Sulco central (de Rolando),
ii. Sulco lateral (de Sylvius) – ramos ascendente, anterior e posterior.
2. FACES
FACE SÚPERO-LATERAL
● Lobo Frontal: ocupa a fossa anterior do crânio, acima do sulco lateral e adiante do sulco
central.
o Sulco pré-central;
o Sulco frontal superior e inferior;
o Giro pré-central;
o Giro frontal superior, médio e inferior (este último é subdividido em partes orbital,
triangular e opercular; corresponde a área de Broca).
● Lobo Temporal: ocupa a parte lateral da fossa média do crânio, abaixo do sulco lateral.
o Sulco temporal superior e inferior;
o Giro temporal superior, médio e inferior.
● Lobo Parietal
o Sulco pós-central;
o Sulco intraparietal;
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o Giro pós-central;
o Lóbulo parietal superior;
o Lóbulo parietal inferior;
o Giro supramarginal;
o Giro angular.
FACE MEDIAL
● Lobo Occipital
o Sulco Parieto-Occipital (divisão entre o lobo parietal e o lobo occipital);
o Sulco Calcarino;
o Cúneos;
o Giro Occipito-temporal medial.
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● Diencéfalo
o Epitálamo – Representa o limite posterior do III ventrículo, localizado acima do sulco
hipotalâmico. É composto por estruturas encontradas na área de transição do
diencéfalo para o mesencéfalo: glândula pineal e as duas comissuras que a ancoram
ao diencéfalo (comissura das habênulas, superiormente, e comissura posterior,
inferiormente). A comissura posterior marca o limite do epitálamo com o
mesencéfalo.
o Subtálamo – Representa a zona de transição entre o diencéfalo e o tegmento do
mesencéfalo. Localiza-se abaixo do tálamo, limitado lateralmente pela cápsula
interna, medialmente pelo hipotálamo e abaixo dele estão o tegmento e a base do
mesencéfalo. É o único componente do diencéfalo que não está em contato direto
com a luz do III ventrículo.
o Tálamo – massa oval, organizada em núcleos, que ocupa a porção laterodorsal do
diencéfalo. Possui relações com o III ventrículo formando a parede lateral acima do
sulco hipotalâmico, lateralmente com a cápsula interna e inferiormente com o
hipotálamo e o subtálamo. A metade lateral da sua face superior forma parte do
assoalho do ventrículo lateral.
Obs.: Aderência intertalâmica. Porção medial - forma a parede do III ventrículo;
o Hipotálamo – agrupado em núcleos. É representado pelo assoalho do III ventrículo,
que inclui quiasma óptico, túber cinéreo, infundíbulo e corpos mamilares, e pelas
paredes laterais do III ventrículo abaixo do sulco hipotalâmico. Anteriormente é
limitado pela lâmina terminal.
● Estruturas inter-hemisféricas:
o Corpo caloso: Uma comissura inter-hemisférica formada por muitas fibras mielínicas
que penetram no centro branco medular. Seu tronco flete anteriormente formando o
joelho do corpo caloso e se afila formando o rostro, terminando antes da comissura
anterior. Posteriormente, se dilata para formar o esplênio do corpo caloso. Regiões:
▪ Tronco do corpo caloso;
▪ Esplênio do corpo caloso;
▪ Joelho do corpo caloso;
▪ Rostro do corpo caloso;
o Fórnix (fórnice): Origina-se abaixo do esplênio do corpo caloso. Arqueia e diverge
anteriormente, em direção a comissura anterior, formando as colunas do fórnix.
Posteriormente, arqueia e diverge para formar as pernas do fórnix. Regiões:
▪ Corpo do fórnix;
▪ Colunas do fórnix (termina no corpo mamilar);
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FACE INFERIOR
● Lobo frontal
o Giro reto;
o Sulco olfatório;
o Sulcos orbitários (ou orbitais);
o Bulbo olfatório;
o Trato Olfatório;
o Substância Perfurada Anterior.
● Lobo temporal
o Sulco Occipito-Temporal;
o Sulco Colateral;
o Sulco Rinal;
o Giro Occipito-temporal medial;
o Giro Para-hipocampal;
o Sulco calcarino;
o Sulco do Hipocampo;
o Istmo do Giro do Cíngulo;
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o Úncus;
o Giro temporal inferior.
3. IRRIGAÇÃO
● Artéria Cerebral Anterior: Ramo da Artéria Carótida Interna, ganha a fissura
longitudinal curva-se em torno do joelho do corpo caloso, onde se ramifica na face
medial de cada hemisfério. Também se distribui à parte mais alta da face dorsolateral.
Irriga a região anterior da face medial e a parte mais alta da face súpero-lateral.
● Artéria Cerebral Média: Ramo da Artéria Carótida Interna. Percorre o sulco lateral
em toda sua extensão, distribuindo ramos que irrigam a maior parte da face súpero-
lateral.
● Artéria Cerebral Posterior: Ramo da Artéria Basilar. Dirigem-se para trás, ganhando
o lobo occipital após percorrerem a face inferior do lobo temporal. Irriga a face inferior
do lobo temporal e o lobo occipital (área visual).
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4. CAVIDADES VENTRICULARES
● Ventrículos Laterais
i. Corno Anterior ou Frontal;
ii. Parte Central;
iii. Corno Posterior ou Occipital;
iv. Corno Inferior ou Temporal;
v. Plexos corióideos;
vi. Forames interventriculares (esquerdo e direito).
● III Ventrículo
i. Forames interventriculares ou de Monro ( esquerdo e direito);
ii. Aderência intertalâmica;
iii. Plexos corióideos.
● IV Ventrículo
i. Aqueduto do mesencéfalo;
ii. Plexos corióideos;
iii. Abertura lateral (Forame de Luschka) do IV ventrículo;
iv. Abertura Mediana (Forame de Magendie) do IV ventrículo.
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● Fluxo do Liquor:
● Artérias Vertebrais;
● Artéria espinhal anterior;
● Artéria Basilar;
● Artérias pontinas;
● Artérias Cerebrais Posteriores;
● Artérias Comunicantes Posteriores;
● Artérias cerebelares (inferior posterior, inferior anterior e superior);
● Artérias Carótidas Internas;
● Artérias Cerebrais Anteriores;
● Artérias Comunicantes Anteriores;
● Artérias corióideas anteriores;
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● Artérias oftálmicas;
● Artérias estriadas dorsais mediais.
6. DRENAGEM VENOSA
● Sistema venoso superficial:
i. Veias cerebrais superficiais superiores: Conjunto de veias superficiais que
drenam da porção superior da face dorsolateral do telencéfalo para os seios
cavernoso, petroso superior e transverso.
ii. Veias cerebrais superficiais inferiores: Conjunto de veias superficiais que
drenam da porção inferior da face dorsolateral do telencéfalo para os seios
cavernoso, petroso superior e transverso.
iii. Veia cerebral superficial média: Origina-se no seio cavernoso,
profundamente, e cursa ao longo do sulco lateral, sendo uma importante
conexão entre o sistema venoso superficial e os seios da base.
iv. Veia anastomósica superior (veia de Trolard): Origina-se na veia cerebral
superficial média na forma de um vaso único ou complexo venoso e segue
para o seio sagital superior. O sulco ou parte da superfície percorrido é
variável, podendo passar pelos sulcos central ou pós-central, mais
comumente.
v. Veia anastomósica inferior (veia de Labbé): Origina-se na veia cerebral
superficial média, sendo a veia mais calibrosa que percorre a superfície
temporal, e cursa póstero-inferiormente em direção à porção anterior do
seio transverso, logo atrás da sua junção com o seio sigmóide.
● Sistema venoso profundo:
Compreende veias que drenam o sangue de regiões situadas profundamente
no cérebro, como corpo estriado, cápsula interna, diencéfalo e grande parte
do centro branco medular do cérebro.
i. Veia Cerebral Magna: Drena quase todo o sangue do sistema venoso
profundo, direcionando-o para o seio reto.
● Seios da Dura-máter:
Espaços entre os dois folhetos da dura-máter que conduzem sangue venoso.
Será abordado no próximo tópico.
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7. MENINGES