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CURSO DE ENFERMAGEM

SISTEMA NERVOSO
Sistema nervoso periférico, nervos cranianos, nervos
espinhais e plexos

Profª Mayana Cavalcante


Mestre em Saúde e Ambiente
Nervos Cranianos
Nervos: Conjuntos de axônios no SNP.
Os 12 pares de nervos cranianos são numerados em numeral romano
de I a XII e emergem todos da base do encéfalo.
Vídeo Nervos Cranianos
Nervo Função
I- Olfatório Captar aromas.
II- Óptico Captar luz.
III- Oculomotor Movimento do Olho.
IV- Troclear Movimento do Olho.
V- Trigêmeo Sensibilidade a dor e temperatura(mais
predominante) face e língua. Ex: queima a
língua, nevralgia do trigêmeo. Auxilia na
motilidade da mastigação.
VI- Abducente Movimento do Olho (abdução).
VII- Facial Movimento dos músculos da face (mais
predominante). Ex: Paralisia facial. Sensitiva:
paladar.
VIII- Vestibulococlear Audição.
IX- Glossofaríngeo Sensitiva: sensação e paladar do terço posterio
da língua. Motora: faringe (deglutição).
X- Vago Motora (predominante): Motilidade visceral,
abdominal e torácica. Sensitiva: Músculo da
Laringe recorrente (fala).
XI- Acessório Movimento trapézio e esternocleidomastóide
(pescoço).
Nervos Espinhais
31 pares de Nervos Espinhais;
Nomeados de acordo com a sua
localização;
Dois feixes de axônios (liga nervo
a medula): Raízes:
Raíz Anterior -> axônios dos
neurônios motores SNC para
células e órgão efetores.
Raíz Posterior -> axônio
sensitivos receptores sensoriais
na pele, músculos e órgãos para
SNC.
Plexos
- União, agrupamento,
emaranhado de nervos
espinhais formando outros
nervos.

Plexo Cervical: C1 a C4.


Plexo braquial: C5 a T1.
Plexo Lombar: L1 a L4.
Plexo Sacral: L4. L5, S1, S2
e S3.
Plexo Coccígeo: S4 e S5.
Plexo cervical
É formado pelos
ramos ventrais dos
quatro primeiros
nervos cervicais; (C1 a
C4), e da origem ao
nervo frênico, que é
predominantemente
motor. Penetrando
pelo pescoço, penetra
na cavidade torácica e
atinge o músculo
diafragma.
Plexo braquial
Unem-se entre si e formam os denominados troncos
superior, médio e inferior. Desses troncos, originam-
se os fascículos; lateral, medial e posterior. Do
fascículo lateral origina-se o nervo músculo-cutâneo,
dos fascículos lateral e medial originam-se os nervos
mediano e ulnar e do fascículo posterior originam-se
os nervos axilar e radial;
Plexo lombar

Resulta da união dos ramos


ventrais de (L1 a L4).
Dá origem aos seguintes nervos:
nervo ílio-hipogástrico, nervo ílio-
inguinal, nervo gênito-femoral,
nervo obturatório e nervo
femoral.
Plexo sacral coccígeo
Plexo sacral: Resulta da união dos
ramos ventrais de L4, L5, S1, S2 e S3).
Dá origem ao nervo ciático e sua
divisão dá origem aos nervos tibial e
fibular comum. Inervam o glúteo,
penetram na coxa.

Plexo Coccígeo: Formado por


pequeno ramo descendente de S4 e
pelos ramos ventrais de S5. Inervam o
períneo e assoalho pélvico.
Nervos Intercostais ou
torácicos
T1 a T12.
Inervam diretamente as estruturas que suprem os
espaços intercostais.
T2 inerva os músculos intercostais do 2º espaço
intercostal e inerva a pele da axila e da face póstero-
medial do braço.
T3 a T6: estendem-se ao longo dos sulcos costais das
costelas e passam para os músculos intercostais e
para a pele da parede torácica anterior e lateral.
T7 a T12 inervam os músculos intercostais e do
abdome e a pele.
Os ramos posteriores dos nervos intercostais
inervam os músculos dorsais profundos e a pele da
face posterior do tórax.
Terminações nervosas
Divide-se: Livre- receptores para a dor, temperatura, cócegas, coceira e
sensações táteis.
Encapsuladas- receptores para o tato, pressão e vibração.
Principais receptores: – mecanorreceptores: detectam pressão mecânica;
fornecem sensações táteis, de pressão, vibratórias, proprioceptivas, e de
audição e equilíbrio; monitoram o estiramento dos vasos sanguíneos e dos
órgãos internos;
– Termorreceptores: detectam alterações na temperatura;
– Nociceptores: respondem aos estímulos resultantes de lesão física ou
química ao tecido;
- Fotorreceptores: detectam a luz que atinge a retina;
- Quimiorreceptores: detectam substâncias químicas na boca (paladar), no
nariz, (olfato) e nos líquidos corporais;
– Osmorreceptores: sensação de pressão osmótica dos líquidos corporais.
Lesão medular
É definida como uma lesão na medula espinhal, com a presença de alterações
na parte motora e na sensibilidade e que vai depender da localização e da
extensão da lesão;

Quanto mais alta é a lesão, ou seja, quanto mais próximo do cérebro, maior é a
perda, e, quanto mais baixa é a lesão ou mais distante do cérebro, menor é a
lesão;

Dependendo, então, do nível atingido, os movimentos e as sensações corporais


poderão estar parcialmente reduzidos ou totalmente perdidos abaixo do nível
da lesão.

A lesão medular pode ser reversível ou irreversível, sendo que a irreversível


pode ser causada por um corte transversal da medula ou por causas congênitas,
e a reversível pode ser por compressão medular quando ainda é possível
intervir a tempo para remover cirurgicamente a causa da compressão ou por
doenças infecciosas ou degenerativas.
Lesão Medular
– congênita (já abordado na primeira aula, ou seja, patologias como
espinha bífida, meningolece e mielomeningocele);
– não traumática, que pode ser gerada por alguns fatores como:
tumores que vão comprimir a medula espinhal, acidentes vasculares,
hérnia de discos e as deformidades da coluna;
– traumática, que é decorrente de acidentes automobilísticos,
ferimentos com armas de fogo, mergulhos, quedas de alturas, entre
outras. Nesses casos, ocorre a fratura ou um deslocamento de uma ou
mais vértebras da coluna, ocasionando uma invasão ao canal medular
que vai atingir a medula espinhal por uma compressão ou corte.
Plasticidade neuronal
Atualmente, sabe-se que o sistema nervoso é
muito flexível e plástico, o que explica cada vez
mais a recuperação dos pacientes após uma lesão
medular é a capacidade do sistema nervoso de se
recuperar, que pode ser chamado de plasticidade
neuronal e significa a capacidade do sistema
nervoso em mudar, adaptar-se e moldar-se a novas
situações, pois os circuitos neuronais são muito
maleáveis, conseguindo adaptar-se após as lesões.

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